O texto que elaborei para iniciar um debate tinha esta apresentação:
"Começou, finalmente, o debate, sem aquelas acusações debiloides dos lulopetistas, sem os argumentos ridículos do ex-chanceler da "ativa e da altiva". Um ex-ministro, Rubens Ricupero, um ex-chanceler e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, e o atual chanceler do governo Bolsonaro debatem sobre a política externa atual. Os três textos são oferecidos para comentários e observações pertinentes."
Não vejo razão, portanto, para um gesto tão drástico quanto a exoneração para esse simples confronto entre os textos de três ministros de Estado.
Mas encontro outro motivo, talvez mais relevante, que é minha condenação do sectarismo e do fundamentalismo de um dos três descendentes da estirpe presidencial, aquele que condenou a soltura do ex-presidente encarcerado para participar do velório e cremação do neto.
Minha frase está bem evidente neste tweet do dia 2 de março:
Paulo R. de Almeida (@PauloAlmeida53) | |
Fundamentalistas de esquerda e de direita não só se parecem, como são exatamente iguais. noticias.uol.com.br/ultimas-notici…
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E o motivo da minha postagem está aqui:
Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, o debate acerca da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixar a prisão em Curitiba para acompanhar o sepultamento de um parente só coloca o petista "em voga posando de coitado".
Lula perdeu nesta sexta o neto Arthur, de sete anos, vítima de uma meningite. O comentário foi feito no Twitter, em resposta do deputado a um usuário que publicou uma enquete a seus seguidores para opinarem sobre o tema.
"Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum", escreveu Eduardo.
"Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio posando de coitado."