Jornal do Commercio encerra atividades após quase 200 anos
Fundado pelo francês Pierre Plancher em 1827, veículo foi comprado pelo Grupo Diários Associados em 1959. A publicação é a mais antiga do Rio e a segunda mais antiga do Brasil.
O Jornal do Commercio e o Diário Mercantil,
do Grupo Diários Associados, encerraram hoje (29) suas atividades.
Fundado pelo francês Pierre Plancher em 1º de outubro de 1827, o Jornal do Commercio foi
comprado pelo Grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, em
1959. A publicação é a mais antiga do Rio e a segunda mais antiga do
Brasil, depois do Diário de Pernambuco.
Na
capa da edição de hoje (29), o jornal ressalta que é o veículo de
comunicação há mais tempo em circulação ininterrupta no país. “Nesses
quase dois séculos foi testemunho de todos os episódios que marcaram a
história”, diz o comunicado aos leitores. O texto também lembra que o
veículo sobreviveu às mais “severas e dolorosas” crises políticas da
sociedade brasileira, mas que não teve êxito em superar a atual crise
financeira, que classificou como a “mais dramática e mortífera já
vivenciada pelo país”.
“Não
foi possível suportar a tempestade dentro da qual o Brasil, ferido, se
debate, e que deu seus primeiros sinais em 2014”, diz o comunicado, que
também homenageia funcionários, leitores, anunciantes e fornecedores. A
edição online do Jornal do Commercio também foi extinta.
O Jornal do Commercio surgiu com foco na economia, com base nas publicações Preços Correntes, Notícias Marítimas e Movimento de Importação e Exportação, editadas por Plancher desde sua chegada ao Rio.
Várias
personalidades colaboraram para o jornal ao longo de quase 200 anos,
entre elas, Dom Pedro II, Rui Barbosa, José Veríssimo, Visconde de
Taunay, Alcindo Guanabara, Barão do Rio Branco e Félix Pacheco. No fim
de 2015, o Grupo Diários Associados fechou a Rádio Nativa FM. A Rádio Tupi é o único veículo do conglomerado no Rio de Janeiro que continua funcionando.