Táxis-helicópteros para carros
Motoristas no mundo inteiro têm a mesma experiência quando são pegos no trânsito: ficam frustrados e não podem fazer nada porque não há para onde ir, exceto esperar. Embora parecesse não haver solução para esse problema, Dubai tinha outros planos: táxis-helicópteros. No céu de Dubai, você pode testemunhar táxis-helicópteros transportando os carros das pessoas ricas e famosas. Os moradores de Burj Khalifa testemunham regularmente esses táxis-helicópteros voando por toda a cidade.
A iniciativa começou em 2017, quando uma empresa alemã concordou em ser o primeiro serviço de táxi aéreo do mundo. A Volocopter forneceu os AATs de 18 rotores (táxis aéreos autônomos). Um táxi para um grupo de seis pessoas custa cerca de $144 por pessoa.
Supercarros da polícia de Dubai
Dado que há um enorme número de automóveis de luxo em Dubai, parece que os policiais também precisam transitar em grande estilo, mais por necessidade do que por diversão. É mais comum do que se esperaria ver policiais patrulhando as ruas de Dubai em veículos de luxo de alta qualidade, como Bugattis, Ferraris e Lamborghinis. O Lamborghini Aventador é, sem dúvida, um carro de polícia único. Com um tempo de 0–96 km/h de 3 segundos e uma velocidade máxima de cerca de 354 km/h, não é surpresa que os motoristas em Dubai não infrinjam a lei com frequência.
Ser parado por um Aventador seria uma experiência e tanto. As multas por excesso de velocidade em Dubai são caras, então não se arrisque. Os preços variam de $273 para infrações menores a mais de $800 para violações significativas.
Experiência de Flyboard
Fãs de esportes radicais e entusiastas de esportes aquáticos em Dubai têm opções praticamente ilimitadas de como aproveitar o tempo livre, apesar do fato de haver uma quantidade significativa de competição. É desnecessário viajar para o Golfo Pérsico para encontrar o próximo passatempo de fim de semana em busca de emoção se as quadras de tênis de arranha-céus e os tigres de estimação não forem suficientes para satisfazer a necessidade de aventura. Botas para Flyboard estão disponíveis para compra no Golfo Pérsico.
Flyboard é a última tendência entre as pessoas com alguns milhares de dólares sobrando. A pressão da água do gadget é direcionada através de bicos de jato nas botas, permitindo que o usuário flutue na água. As botas podem impulsionar o usuário a mais de 21 metros no ar ou debaixo d'água a velocidades de até 40 km/h.
Comentário PRA:
Agora leiam: todas essas extravagâncias existem, e algumas até "piores" (ou melhores) do que essas, o que sinaliza que o dinheiro pode, sim, comprar a felicidade e, mais frequentemente, o exibicionismo desses superricos.
O fato é o seguinte: eles não roubaram o dinheiro de ninguém, não exploraram nenhum pobre do Terceiro Mundo, não corromperam ninguém. O dinheiro, muito dinheiro, simplesmente lhes caiu na conta, fruto de uma riqueza natural, o petróleo, que brota da terra a um custo mínimo – por vezes apenas 4 dólares o barril, como custo de exploração – e um lucro máximo, agora que se aproxima de 90 dólares (já chegou a 130 o barril). Outras oportunidades foram criadas por eles, como o comércio - LIVRE COMÉRCIO nos Emirados –, o turismo, o setor financeiro, cassinos e outros serviços (onde quem trabalha não são os árabes, mas milhares de imigrantes, da Índia, do Sri Lanka, das Filipinas, e outros, como Bengalis e paquistaneses nos trabalhos mais duros). O dinheiro brotou naturalmente ou do trabalho e das oportunidades criadas por pessoas espertas.
E se houvesse um imposto mínimo sobre as grandes fortunas?
Nenhum problema. Em primeiro lugar, ele não será aprovado em lugares como esses, paraísos fiscais e do livre comércio. Mas mesmo que fosse aprovado, não causaria nenhum tremor nesses superrricos. Quem pode pagar, digamos, 1 ou 2 milhões (provavelmente mais) por uma Mercedes cravejada de diamantes, pagar mais alguns milhões para o Estado ou alguma entidade internacional de "combate à pobreza" não faria NENHUMA DIFERENÇA, nem para os ricos, nem para os pobres, que continuariam existindo.
Supondo-se que um fundo de 5 bilhões de dólares seja distribuído por 3 ou 4 bilhões de pobres no planeta, daria 1,5 dólar para cada um e isso se dissiparia sem causar nenhum efeito sobre a situação deles.
Pode-se pensar em investir esses recursos em educação ou infraestrutura, mas ainda assim seria insuficiente e demoraria muito tempo para eliminar a pobreza. A responsabilidade primária tem de ser de cada Estado, não de um "fundo global de combate à pobreza", que sabemos que não resolveria absolutamente NADA.
Terminando: os luxos abusivos, ostensivos, ofensivos desses ricos dão muito trabalho a muita gente, que precisa sustentar todo esse exibicionismo que custa muito caro para ser "produzido" (sim, muita gente precisa produzir tudo isso).
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22 de abril de 2024