O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Site pessoal: www.pralmeida.net.
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domingo, 29 de junho de 2025

Pensando em coisas inúteis e mal sabidas ou percebidas:- Paulo Roberto de Almeida

Pensando em coisas inúteis e mal sabidas ou percebidas

Paulo Roberto de Almeida

Tem gente que vem ao mundo, não para consertar o que andava meio capenga, mas para estragar o que estava bem, ou razoável, e só para atrapalhar a vida dos outros e destruir muito do que se havia penosamente construído em duas ou três gerações antes do infausto aparecimento desses insanos demolidores da vida civilizada. Só consigo pensar em três ou quatro personagens maléficos que ainda estão por aí e que continuam tentando transformar o mundo, nosso planetinha redondo (que eles querem transformar em quadrado, cheio de buracos aterradores e precipícios inescapáveis), e que prometem fazer ainda muitos estragos adicionais, antes de desaparecem nas fímbrias (eu preferiria nas trevas) da História, sem deixar qualquer traço das suas malignidades excepcionais (ninguém antes conseguiu ser tão malvado quanto eles, salvo talvez o Hitler, o Stalin, o Mao e o Pol Pot, tirando da linha até o Gengis Khan e o Drácula, que nem sei se existiu de verdade ou se só foi algum filme ainda por fazer do Woody Allen). 

Pois bem, vamos às minhas propostas (que podem ser complementadas por gente ainda mais daninha que essas ervas que insistem em atrapalhar o verdinho da nossa grama sempre tão bem cuidada por alguns estadistas que ainda insistem em aparecer) e que submeto à consideração dos meus dezoito leitores (alguns apenas passantes distraídos):

Eu colocaria em primeiro lugar o Putin, que veio para transformar o mundo num imenso KGB, e que ainda vai ter o seu Gulag, se ainda não conseguu fazer da antiga prisão dos povos o modelo ideal de despotismo oriental (coisa que o Max Weber acreditava que era representada pelo antigo Império do Meio, mas que anda muito bem e renascendo, sob os cuidados de um novo imperador).

Em segundo lugar vem aquele palhaço do Trump, que quer transformar o mundo num imenso balcão de negócios, mas só para ele e para a sua família de semelhantes, vários deles imigrantes ilegais, e que só por raiva supremacista ele quer expulsar daquela nação de imigrantes bem sucedidos e que fizeram o sucesso de um império por acaso (e que tem vergonha de ser).

Em terceiro lugar, eu colocaria o Netanyahu, um vulgar arrivista e corrupto político, que conseguiu transformar a antiga “terra santa” num inferno a céu aberto, e até destruir a credibilidade humanista do povo supostamente escolhido por deus para o bem-estar de toda a humanidade (está conseguindo, ao que parece, com a ajuda do seu amigo trambiqueiro imobiliário, que quer transformar aquelas paragens num resort só para ricos, idiotas e exibicionistas como ele e o Bezos).

Em quarto, mas não último ou definitivo lugar (para não deixar o nosso Brazilzinho de fora), aquele covarde e incompetente milico, não por ter sido apenas um golpista fracassado, mas sobretudo por ter sido um negacionista vacinal (além de elogiador de torturadores), que conseguiu matar muita gente na pandemia (muitos dos seus próprios aliados, coitados deles), e que ainda não foi punido por mais esse crime contra os pobres brasileiros, e que conseguiu destruir a credibilidade diplomática deste Brasil ao qual eu servi durante minhas décadas de Serviço Exterior, bastante bem respeitado no mundo, até ele vir estragar tudo com seus aspones amestrados que implantaram uma miséria diplomática na política externa e que quase destruíram a inteligência no Itamaraty.

Pronto, fico com estes, mas quem quiser que fique livre para escolher e indicar seus malvados favoritos.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 29/06/2025