Amanhã, 20 de abril, é dia do diplomata, quando se comemora a data do nascimento de nosso patrono, o Barão do Rio Branco.
Em 2005, logo depois de adquirir este livro, em viagem pela França, eu decidi propor ao Itamaraty a realização de um empreendimento similar, ou seja, uma obra coletiva tratando de nossa diplomacia.
O livro deveria estar pronto em 2008, quando supostamente comemoraríamos 200 anos de relações exteriores a partir do Brasil,. que não era tanto uma diplomacia brasileira, mas um relato das relações internacionais do Brasil português, a partir do Rio de Janeiro.
Eis a ficha do trabalho então proposto:
1450. “Uma história da diplomacia brasileira”, Metz-Bordeaux, 20-21 jul. 2005, 2 p. Esquema de livro coletivo para ser apresentado como proposta ao IPRI e elaborado como parte das comemorações de 200 anos da chegada da família real ao Brasil.
Creio que cheguei a oferecer o projeto ao próprio SG do Itamaraty, mas não houve nenhum seguimento dessa proposta, com o que permaneci na Biblioteca do Itamaraty durante largos anos, todo o restante do regime lulopetista, para ser resgatado apenas ao final da gloriosa diplomacia do Sul Global (uma fantasmagoria só identificada pela diplomacia lulopetista).
Posso agora revelar esse meu projeto, que provavelmente não será conduzido no horizonte previsível. Talvez eu mesmo decida empreendê-lo.
Uma foto de minhas frequentes estadas na Biblioteca do Itamaraty.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19 de abril de 2022
Uma história da diplomacia brasileira
Paulo Roberto de Almeida
Metz-Bordeaux, 20-21 julho 2005
Preparado para servir de base a projeto de obra coletiva
Esquema preliminar:
00. Prefácio (Ministro de Estado das Relações Exteriores)
01. Introdução (Organizador: Paulo Roberto de Almeida)
Parte I – A Construção do Instrumento Diplomático
02. Formação de uma diplomacia nacional, 1808-1822
03. Construção da diplomacia brasileira, 1822-1844
04. A nacionalização da diplomacia, 1844-1865
05. Desafios à soberania do Império, 1865-1889
Parte II – Consolidação do Instrumento Diplomático
06. Hesitações ao início da República, 1889-1901
07. Esplendor e glória: a era do Barão: 1902-1912
08. Depois do paradigma, a normalidade, 1912-1917
09. Um exercício de internacionalização frustrada, 1918-1930
Parte III – Transição para o Estado Nacional
10. Administrando crises, 1931-1934
11. Os primeiros instrumentos de planejamento e o setor externo, 1934-1939
12. Na tormenta dos conflitos mundiais, 1939-1945
Parte IV – A Consciência do Atraso
13. A ilusão da relação especial, 1945-1951
14. Preparando uma diplomacia alternativa, 1951-1959
15. Política externa independente: estabelecendo as bases, 1959-1964
Parte V – O Intervalo Interdependente
16. Um alinhamento de circunstância, 1964-1965
17. Retomando o projeto desenvolvimentista, 1966-1968
Parte VI – A Diplomacia Blindada dos Generais
18. Independência ou sorte?: o Brasil grande potência, 1969-1974
19. O triunfo do desenvolvimentismo, 1975-1979
20. Administrando crises e reafirmando o terceiro-mundismo, 1979-1985
Parte VII – A Reconciliação Democrática
21. Confirmando as bases do projeto desenvolvimentista, 1985-1989
22. O último do primeiro mundo, 1990-1992
23. Hesitações e dúvidas num novo entorno regional, 1993-1994
24. Administrando a globalização, 1995-2002
Parte VIII – A Reinvenção Diplomática
25. Uma política externa ativa, 2003-2006
26. Bases institucionais e políticas da diplomacia brasileira
Apêndices:
27. Cronologia da diplomacia brasileira, 1808-2008
28. Ministros das relações exteriores em cada chefia de Estado, 1822-2008
29. Fontes primárias e documentos fundacionais da diplomacia brasileira
30. Bibliografia geral sobre as relações internacionais do Brasil
Metz-Bordeaux, 20-21 julho 2005