Convite a um debate menos
confrontacionista e mais cordato sobre os candidatos à PR
Paulo Roberto de Almeida
Existe uma maneira fácil
– para um debate entre pessoas normais, razoáveis, entenda-se – de dirimir qual
o melhor candidato dentre os que estão se apresentando fora do espectro
tradicional dos grandes partidos: postar uma declaração, um manifesto, um artigo,
um ensaio, um discurso, uma nota, uma carta, qualquer escrito mais ou menos
estruturado, num Português aceitável, que exponha claramente os propósitos do
dito candidato, suas intenções, seu programa para uma eventual presidência que
venha a ganhar, no qual esse candidato diga, em suas palavras – portanto sem
esses recursos a marqueteiros políticos que embelezam o discurso – e de modo
sincero o que, exatamente, ele pretende fazer se chegar à PR.
Por exemplo, existem
questões já postas, às quais ele NÃO PODE fugir: crise fiscal, reforma da
Previdência, papel do Estado na economia, investimentos em infraestrutura,
segurança, relações exteriores (isto é, abertura econômica, ou fechamento,
liberalização comercial, ou protecionismo), o que fazer com as estatais, com a
Embraer, com a corrupção, todas essas questões são absolutamente OBJETIVAS, e
não dependem do candidato gostar delas ou não, pois terá de enfrentá-las uma
vez sentado na cadeira presidencial.
Para tudo isso, não basta
declarações gerais, demonstrações de "vou fazer, vou acontecer",
"eu sou o único", etc.
Se os apoiadores (que já
se manifestam, alguns até de forma raivosa), conseguirem postar esses
"manifestos pré-eleitorais" de eventuais candidatos, será possível
manter um debate civilizado, ordenado, objetivo, sobre questões relevantes para
a vida de todos a partir de 2019.
Aceito qualquer proposta
minimamente coerente, clara, objetiva, sem propaganda encomiástica...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de dezembro de 2017