Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 11 de janeiro de 2009
1002) Dez novas regras de diplomacia: um interesse persistente
Trata-se, provavelmente, do texto que mais tocou os jovens candidatos à carreira ou mesmo os simples curiosos pelo assunto, pois que recebo continuamente comentários a respeito, alguns postados diretamente no blog.
Tendo em vista esse interesse continuado, faço nova postagem desse texto neste momento, para dizer que ele não teve, jamais, a pretensão de servir de guia para ninguém, constituindo, tão somente uma reflexão pessoal sobre o assunto, a partir de um livro mais que centenário. Mas, tendo em vista as reações despertadas, vou pensar em escrever algo mais elaborado a esse respeito.
Ele vai aqui transcrito em sua versão mais sintética, tendo uma versão maior sido publicada na revista Espaço Acadêmico (ano 1, nº 4, setembro 2001; ISSN: 1519.6186).
Dez Regras Modernas de Diplomacia
Paulo Roberto de Almeida
Quinta-feira, 22 de Dezembro de 2005
Este ensaio breve sobre as novas regras da diplomacia, me foi inspirado pela leitura de um livro de um diplomata português do século XIX: Frederico Francisco de la Figanière: Quatro regras de diplomacia (Lisboa: Livraria Ferreira, 1881, 239 p.). Ao lê-lo, passei a redigir imediatamente algumas regras mais adaptadas ao século XXI. O trabalho foi escrito originalmente entre Chicago (em 22 de julho de 2001) e depois novamente em viagem de São Paulo a Miami e daí a Washington (em 12 de agosto de 2001). Foi publicado originalmente na série “Cousas Diplomáticas” (nº 1), da revista eletrônica Espaço Acadêmico, e espero poder ampliá-lo assim que me for dada oportunidade.
Reflexões rápidas para futuro desenvolvimento...
1. Servir a pátria, mais do que aos governos, conhecer profundamente os interesses permanentes da nação e do povo aos quais serve; ter absolutamente claros quais são os grandes princípios de atuação do país a serviço do qual se encontra.
O diplomata é um agente do Estado e, ainda que ele deva obediência ao governo ao qual serve, deve ter absoluta consciência de que a nação tem interesses mais permanentes e mais fundamentais do que, por vezes, orientações momentâneas de uma determinada administração, que pode estar guiada — mesmo se em política externa isto seja mais raro — por considerações “partidárias” de reduzido escopo nacional. Em resumo, não seja subserviente ao poder político, que, como tudo mais, é passageiro, mas procure inserir uma determinada ação particular no contexto mais geral dos interesses nacionais.
2. Ter domínio total de cada assunto, dedicar-se com afinco ao estudo dos assuntos de que esteja encarregado, aprofundar os temas em pesquisas paralelas.
Esta é uma regra absoluta, que deve ser auto-assumida, obviamente. Numa secretaria de estado ou num posto no exterior, o normal é a divisão do trabalho, o que implica não apenas que você terá o controle dos temas que lhe forem atribuídos, mas que redigirá igualmente as instruções para posições negociais sobre as quais seu conhecimento é normalmente maior do que o do próprio ministro de estado ou o chefe do posto. Mergulhe, pois, nos dossiês, veja antigos maços sobre o assunto (a poeira dos arquivos é extremamente benéfica ao seu desempenho funcional), percorra as estantes da biblioteca para livros históricos e gerais sobre a questão, formule perguntas a quem já se ocupou do tema em conferências negociadoras anteriores, mantenha correspondência particular com seu contraparte no posto (ou na secretaria de estado), enfim, prepare-se como se fosse ser sabatinado no mesmo dia.
3. Adotar uma perspectiva histórica e estrutural de cada tema, situá-lo no contexto próprio, manter independência de julgamento em relação às idéias recebidas e às “verdades reveladas”.
Em diplomacia, raramente uma questão surge do nada, de maneira inopinada. Um tema negocial vem geralmente sendo “amadurecido” há algum tempo, antes de ser inserido formalmente na agenda bilateral ou multilateral. Estude, portanto, todos os antecedentes do assunto em pauta, coloque-o no contexto de sua emergência gradual e no das circunstâncias que presidiram à sua incorporação ao processo negocial, mas tente dar uma perspectiva nova ao tema em questão. Não hesite em contestar os fundamentos da antiga posição negociadora ou duvidar de velhos conceitos e julgamentos (as idées reçues), se você dispuser de novos elementos analíticos para tanto.
4. Empregar as armas da crítica ao considerar posições que devam ser adotadas por sua delegação; praticar um ceticismo sadio sobre prós e contras de determinadas posições; analisar as posições “adversárias”, procurando colocá-las igualmente no contexto de quem as defende.
Ao receber instruções, leia-as com o olho crítico de quem já se dedicou ao estudo da questão e procure colocá-las no contexto negocial efetivo, geralmente mais complexo e matizado do que a definição de posições in abstracto, feita em ambiente destacado do foro processual, sem interação com os demais participantes do jogo diplomático. Considerar os argumentos da parte adversa também contribui para avaliar os fundamentos de sua própria posição, ajudando a revisar conceitos e afinar seu próprio discurso. Uma saudável atitude cética — isto é, sem negativismos inconseqüentes — ajuda na melhoria constante da posição negociadora de sua chancelaria.
5. Dar preferência à substância sobre a forma, ao conteúdo sobre a roupagem, aos interesses econômicos concretos sobre disposições jurídico-abstratas.
Os puristas do direito e os partidários da “razão jurídica” hão de me perdoar a deformação “economicista”, mas os tratados internacionais devem muito pouco aos sacrossantos princípios do direito internacional, e muito mais a considerações econômicas concretas, por vezes de reduzido conteúdo “humanitário”, mas dotadas, ao contrário, de um impacto direto sobre os ganhos imediatos de quem as formula. Como regra geral, não importa quão tortuosa (e torturada) sua linguagem, um acordo internacional representa exatamente — às vezes de forma ambígua — aquilo que as partes lograram inserir em defesa de suas posições e interesses concretos. Portanto, não lamente o estilo “catedral gótica” de um acordo específico, mas assegure-se de que ele contém elementos que contemplem os interesses do país.
6. Afastar ideologias ou interesses político-partidários das considerações relativas à política externa do país.
A política externa tende geralmente a elevar-se acima dos partidos políticos, bem como a rejeitar considerações ideológicas, mas sempre somos afetados por nossas próprias atitudes mentais e algumas “afinidades eletivas” que podem revelar-se numa opção preferencial por um determinado tipo de discurso, “mais engajado”, em lugar de outro, supostamente mais “neutro”. Poucos acreditam no “caráter de classe” da diplomacia, mas eventualmente militantes “classistas” gostariam de ajudar na “inflexão” política ou social de determinadas posições assumidas pelo país internacionalmente, sobretudo quando os temas da agenda envolvem definição de regras que afetam agentes econômicos e expectativas de ganhos relativos para determinados setores de atividade. Deve-se buscar o equilíbrio de posições e uma definição ampla, verdadeiramente nacional, do que seja interesse público relevante.
7. Antecipar ações e reações em um processo negociador, prever caminhos de conciliação e soluções de compromisso, nunca tentar derrotar completamente ou humilhar a parte adversa.
O soldado e o diplomata, como ensinava Raymond Aron, são os dois agentes principais da política externa de um Estado — embora atualmente outras forças sociais, como as ONGs e os homens de negócio, disputem espaço nos mecanismos decisórios burocráticos — mas, à diferença do primeiro, o segundo não está interessado em ocupar território inimigo ou destruir sua capacidade de resistência. Ainda que, em determinadas situações negociais, o interesse relevante do país possa ditar alguma instrução do tipo “vá ao plenário com todas as suas armas (argumentativas) e não faça prisioneiros”, o confronto nunca é o melhor método para lograr vitória num processo negociador complexo. A situação ideal é aquela na qual você “convence” as outras partes negociadoras de que aquela solução favorecida por seu governo é a que melhor contempla os interesses de todos os participantes e na qual as partes saem efetivamente convencidas de que fizeram o melhor negócio, ou pelo menos deram a solução possível ao problema da agenda.
8. Ser eficiente na representação, ser conciso e preciso na informação, ser objetivo na negociação.
Considere-se um agente público que participa de um processo decisório relevante e convença-se de que suas ações terão um impacto decisivo para sua geração e até para a história do país: isto já é um bom começo para dar dignidade à função de representação que você exerce em nome de todos os seus concidadãos. Redija com clareza seus relatórios e seja preciso nas instruções, ainda que dando uma certa latitude ao agente negocial direto; não tente fazer literatura ao redigir um anódino memorandum, ainda que um mot d’esprit aqui e ali sempre ajuda a diminuir a secura burocrática dos expedientes oficiais. Via de regra, estes devem ter um resumo inicial sintetizando o problema e antecipando a solução proposta, um corpo analítico desenvolvendo a questão e expondo os fundamentos da posição que se pretende adotar, e uma finalização contendo os objetivos negociais ou processuais desejados. No foro negociador, não tente esconder seus objetivos sob uma linguagem empolada, mas seja claro e preciso ao expor os dados do problema e ao propor uma solução de compromisso em benefício de todas as partes.
9. Valorize a carreira diplomática sem ser carreirista, seja membro da corporação sem ser corporativista, não torne absolutas as regras hierárquicas, que não podem obstaculizar a defesa de posições bem fundamentadas.
Geralmente se entra na carreira diplomática ostentando certo temor reverencial pelos mais graduados, normalmente tidos como mais “sábios” e mais preparados do que o iniciante. Mas, se você se preparou adequada e intensamente para o exercício de uma profissão que corresponde a seus anseios intelectuais e responde a seu desejo de servir ao país mais do que aos pares, não se deixe intimidar pelas regras da hierarquia e da disciplina, mais próprias do quartel do que de uma chancelaria. Numa reunião de formulação de posições, exponha com firmeza suas opiniões, se elas refletem efetivamente um conhecimento fundamentado do problema em pauta, mesmo se uma “autoridade superior” ostenta uma opinião diversa da sua. Trabalhe com afinco e dedicação, mas não seja carreirista ou corporativista, pois o moderno serviço público não deve aproximar-se dos antigos estamentos de mandarins ou das guildas medievais, com reservas de “espaço burocrático” mais definidas em função de um sistema de “castas” do que do próprio interesse público. A competência no exercício das funções atribuídas deve ser o critério essencial do desempenho no serviço público, não o ativismo em grupos restritos de interesse puramente umbilical.
10. Não faça da diplomacia o foco exclusivo de suas atividades intelectuais e profissionais, pratique alguma outra atividade enriquecedora do espírito ou do físico, não coloque a carreira absolutamente à frente de sua família e dos amigos.
A performance profissional é importante, mas ela não pode ocupar todo o espaço mental do servidor, à exclusão de outras atividades igualmente valorizadas socialmente, seja no esporte, seja no terreno da cultura ou da arte. Uma dedicação acadêmica é a que aparentemente mais se coaduna com a profissão diplomática, mas quiçá isso represente uma deformação pessoal do autor destas linhas. Em todo caso, dedique-se potencialmente a alguma ocupação paralela, ou volte sua mente para um hobby absorvente, de maneira a não ser apenas um “burocrata alienado”, voltado exclusivamente para as lides diplomáticas. Sim, e por mais importante que seja a carreira diplomática para você, não a coloque na frente da família ou de outras pessoas próximas. Muitos se “sentem” sinceramente diplomatas, outros apenas “estão” diplomatas, mas, como no caso de qualquer outra profissão, a diplomacia não pode ser o centro exclusivo de sua vida: os seres humanos, em especial as pessoas da família, são mais importantes do que qualquer profissão ou carreira.
Postado por Paulo R. de Almeida em 22.12.05 no Blog Paulo Roberto de Almeida
1001) O mais perfeito idiota brasileiro homenageia o seu ditador favorito
Más leituras à parte, um dia vai se catalogar todos os atentados estéticos, funcionais e arquitetônico que o personagem abaixo -- que pode ser considerado não apenas como o mais perfeito idiota brasileiro, mas sério candidato a idiota universal -- perpetrou contra Brasília, o Brasil e outros países, com suas construções disformes, desfuncionais e simplesmente horríveis, sem qualquer requisito de habitabilidade.
Agora mesmo, o idiota em questão pretende elevar um símbolo fálico em Brasília, mais um monumento ao desperdício, ao mau-gosto e ao uso indevido de dinheiro público. Idiotas são também aqueles que permitem que esses atentados continuem...
Quando a verdade se impõe
OSCAR NIEMEYER
Folha de S.Paulo, 11.01.2009, Tendências-Debates
Alcança enorme sucesso na Europa um livro que reabilita Stálin, figura tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista
ESTOU NO Rio, em meu apartamento em Ipanema, alheio à agitação que hoje, 31 de dezembro, afeta toda a cidade. Recebo, pelo telefone, o abraço de fim de ano de meu amigo Renato Guimarães, lembrando-me, com entusiasmo, do livro sobre Stálin que, meses atrás, lhe emprestei. Uma obra fantástica do historiador inglês Simon Sebag Montefiore, sobre a juventude de Stálin, que tem alcançado enorme sucesso na Europa, reabilitando a figura do grande líder soviético, tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista.
E fico a pensar como essa publicação me chegou às mãos por um amigo, o arquiteto argelino Emile Schecroun, que hoje reside na capital francesa. E vale a pena comentar um pouco da vida desse querido companheiro, que, ao ter início a luta entre a França e a Argélia, deixou o PCF em Paris, onde vivia, para filiar-se ao partido comunista argelino e combater no seu país de origem, ao lado de seus irmãos, por sua libertação. E contar como sua mulher foi torturada e ele, um dia, preso e enviado sob algemas para a França.
Duas ou três vezes por ano Emile vem ao Rio me ver. Quer falar de política, lembrar dos velhos camaradas de Paris. Às vezes eufórico, contente com o que vai acontecendo pela Europa; outras, como na última ocasião em que me visitou, preocupado com a crise que envolve o PCF, na iminência de ter que alugar um andar da sede que projetei. Tentei intervir, propondo uma entrada independente que servisse de acesso aos que vão utilizar aquele pavimento... Mas logo meu amigo reage, certo de que a situação política tende a melhorar, de que os jovens da França continuam atentos ao que passa pelo mundo, prontos a protestar contra tudo o que ofende a dignidade humana.
E volto a lembrar daquele livro, a figura de Stálin ainda muito jovem, sua paixão pela leitura, o seu interesse nos problemas da cultura, das artes e da filosofia, sempre a cantar e dançar alegremente com seus amigos.
É claro que a juventude russa já sofria a influência de escritores como Dostoiévski, Tolstói e Tchecov, a protestar contra a miséria existente, revoltados com a violência do regime czarista. Muitos, a exemplo de Dostoiévski, enviados para a prisão na Sibéria, onde durante anos ficaram detidos. Depois, como tantas vezes ocorre, a vida a levar o jovem Stálin à luta política, que, apaixonado, o ocupou até a morte.
E o livro relata as prisões sucessivas que ocorreram em plena juventude, as torturas que presenciou, enfim, tudo que marcou a sua atuação heroica na luta contra o capitalismo.
Ponho-me a folhear a obra, surpreso em constatar que o seu autor, depois de enorme pesquisa que se estendeu a arquivos da Geórgia, somente há muito pouco tempo franqueados a pesquisadores, levantou informações inéditas importantes sobre a vida de Stálin.
É bom lembrar que não se trata de autor de esquerda, mas de alguém que, pondo de lado suas posições político-ideológicas, soube interpretar uma juventude diferente, marcada pela inquietação cultural, que levou Stálin à posição de revolucionário e líder supremo da resistência contra o nazismo. Muito animado, Renato me diz que, seguindo a linha política de sua editora, esse vai ser um dos livros que com o maior interesse irá publicar.
A tarde se estende lentamente. Em breve o povo estará nas ruas a cantar -alguns esquecidos de que a miséria em que tantos vivem não se justifica, outros, como nós, confiantes em que um dia o mundo será melhor.
OSCAR NIEMEYER, 101, arquiteto, é um dos criadores de Brasília (DF). Tem obras edificadas na Alemanha, na Argélia, nos EUA, na França, em Israel, na Itália e em Portugal, entre outros países.
1000) Pausa para um pouco de humor...musical
Nota introdutória (PRA):
Elas são, provavelmente falsas.
Devem ser obras de professores de música, frustrados por não serem DJs famosos, que passam a atribuir a alunos e candidatos essas pérolas da enciclopédia universal do conhecimento musical, que denotam, antes de mais nada, notavel espírito de conciliação.
As pérolas conciliam a mais perfeita ignorância com bom senso de humor, sentido da cronologia histórica e ritmos musicais, compositores quase esquecidos e seus modernos sucedâneos, enfim, uma salada musical que permite dois ou três minutos de elevada inspiração musical...
Para usar no próximo concerto...
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- Bach está morto desde 1750 até os dias de hoje.
- Agnus Dei é uma famosa compositora que escreveu música para igreja.
- Handel era meio alemão, meio italiano e meio inglês.
- Beethoven escreveu música mesmo surdo. Ele ficou surdo porque fez música muito alta. Ele caminhava sozinho pela floresta e não escutava ninguém, nem a Pastoral, uma MOSSA que poderia ser a sua Amada IMORTAU e inspirou ele a criar uma sinfonia muito romântica. Ele faliu em 1827 e mais tarde morreu por causa disto.
- Uma ópera é uma canção que dura mais de 2 horas.
- Henry Purcell é um compositor muito conhecido, mas até hoje ninguém ouviu falar dele.
- O Bolero de Ravel foi composto pelo Ravel.
- A harpa é um piano pelado.
- Opus Póstuma é música composta quando o compositor compôs depois de morto.
- Mozart morreu jovem. Sua maior obra é a trilha do filme "Amadeus".
- A importância de "Tristão e Isolda" reside no fato de que é uma música muito triste. Mais triste que a "Tristesse" de SCHOPING.
- Virtuoso no piano é um músico com muita moral.
- Os maiores compositores do Romantismo são: Chopin, Schubert e Tchaikovsky. No Brasil temos Roberto Carlos e Daniel.
- Música cantada por duas pessoas é um DUELO.
- Eu sei o que é um sexteto, mas não sei dizer.
- Stravinsky revolucionou o ritmo com "A MASSACRAÇÃO da Primavera".
- Carlos Gomes compôs a PRÓTESEFONIA do programa de rádio "A Hora do Brasil".
- "Carmen" é uma ópera e "CARMINHA Burana" é sua filha.
- Muitos pesquisadores concordam que a Música Medieval foi escrita no passado.
- A ópera mais Romântica é a Paixão de Mateus por Bach.
- Tem dois tipos de Cantatas de Bach: as Cantatas religiosas e as CANTADAS DI PROFANAÇÃO, que ele usou no palácio.
- Meu compositor preferido é Opus.
- Chopin fez poucas baladas, pois sofria de tuberculose. Assim não dava para ele cair na gandaia à noite, dançar, beber e curtir as minas, MAIS parece que ele não era chegado.
- Cage inventou os 4 minutos de silêncio.
- Suíte é uma música de danceterias barrocas.
- Há uma espécie de Corais feitas por Bach, que se chamam Florais e são usados como remédios milagrosos.
- "Messias" é uma missa de Handel cuja originalidade é ter muitos aleluias.
- Os menestréis e trovadores transmitiam notícias e estavam nas festas. Andavam de cidade em cidade, de castelo em castelo e iam até nos shows de TV.
- O regente de uma orquestra é igual a um guarda de trânsito maluco porque agita os braços controlando muitos instrumentos na sua frente.
- "As 4 Estações" é o CD mais vendido da banda do Vivaldi, depois que fez sucesso num comercial de sabonete, que não me lembro o nome agora.
- Os compositores Renascentistas reviveram a música, pois ela havia
sido morta pela Inquisição.
- As Fugas de Bach são famosas porque ele não queria ficar preso em nenhum sistema.
- A música eletroacústica é a mais avançada das tendências da música eletrônica hoje em dia. Seus principais compositores são os DJs e a banda Craftwork.
- O metrônomo foi inventado para os músicos não andarem depressa.
- Barroco é uma palavra derivada de Bach.
- Handel compôs muitas peças geniais para COURO.
- Música atonal é aquela sem som ou que explora o não-som, mais ou menos quase um anti-som. Seus mais importantes criadores são da família Berg: Schoenberg, ALBANBERG e WEBERG.
- Pierre Boulez e STOQUEHAUZEN são compositores contemporâneos. É raro ser contemporâneo, pois muitos contemporâneos não vivem até morrer.
- A mais bela sinfonia é a ÓDIO ÀLEGRIA
(Sorrisos desafinados...)
sábado, 10 de janeiro de 2009
999) Maquiavel revisitado: o Moderno Príncipe
O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado)
Paulo Roberto de Almeida
Doutor em ciências sociais; Mestre em economia internacional; Diplomata.
CV Lattes
Resumo:
Este “Maquiavel revisitado” segue fielmente o roteiro traçado nos últimos meses de 1513 pelo pensador e diplomata florentino. A estrutura e o título dos capítulos permanecem idênticos: apenas troquei “Itália” por “nação”, em dois capítulos finais, seja para tornar a reflexão mais universal, seja para fazê-la aplicável a uma outra grande nação de tradição latina. A temática e a substância de cada um dos capítulos também permanecem relativamente similares: os problemas que angustiavam o segretario de meio milênio atrás parecem rigorosamente os mesmos, com pequenas adaptações de detalhe ou de linguagem.
As referências e o tratamento dos problemas são, contudo, inteiramente atuais, ainda que se tenha optado por um estilo e um linguajar deliberadamente “caducos”, como forma de manter um “parentesco espiritual” com a obra de meu predecessor diplomático do Renascimento. O que eu fiz, sim – e nisso me cabe o copyright, ainda que eu deva conceder os moral rights ao florentino –, foi reescrever totalmente o seu “manual de política prática” no sentido daquilo que eu penso deva determinar, hoje, a política moderna: o compromisso democrático; o cumprimento das “regras do jogo”, como diria um outro filósofo da política, Norberto Bobbio; a transparência na administração da coisa pública; a correção no manejo do pubblico denaro e, sobretudo, a honestidade intelectual, que para mim é o critério básico de qualquer ação social, independentemente da área na qual ela se insira.
Maquiavel escreveu o seu pequeno “manual” como uma espécie de guia de conduta para os governantes, mas ele se coloca bem mais do ponto de vista do Estado do que do ponto de vista dos cidadãos. Talvez se pudesse dizer, sem ostentação ou pretensões exageradas, que meu pequeno manual pretende ser uma espécie de guia de conduta para os governados e ele se coloca, mais bem, do ponto de vista dos indivíduos, que constituem, afinal de contas, o destino final de toda a ação política.
Indice
Prefácio e Dedicatória
1. Quantos são os tipos de principados e como conquistá-los
(26 capítulos, reproduzindo exatamente os temas e problemas do original de Maquiavel)
26. Exortação para tentar recuperar a nação e libertá-la dos bárbaros
Carta a Niccolò Machiavelli
Recomendações de leituras
Info: 170 páginas A4; 2,5 cm nas margens (56 mil palavras; 360 mil caracteres com espaço)
Contato com o autor:
Tels. Cel.: (61) 9208-0082 - Fax: 3347-7792
Outros livros do autor
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
998) Samuel Huntington: in Memoriam
In Memoriam: Samuel P. Huntington
April 18, 1927 — December 24, 2008
Scholar, Teacher, Friend
To commemorate the passing of Samuel P. Huntington, the preeminent political scientist of the second half of the twentieth century, Foreign Affairs has made available this selection of writings by and about him from our pages.
Selected Essays From Foreign Affairs
July 1968
The Bases of Accommodation
by Samuel P. Huntington
America and the World 1987/88
Coping with the Lippman Gap
by Samuel P. Huntington
Winter 1988/89
The US — Decline or Renewal
by Samuel P. Huntington
Summer 1993
The Clash of Civilizations?
by Samuel P. Huntington
November/December 1996
The West: Unique, Not Universal
by Samuel P. Huntington
September/October 1997
The Erosion of American National Interests
by Samuel P. Huntington
March/April 1999
The Lonely Superpower
by Samuel P. Huntington
Huntington's Books in Foreign Affairs
September/October 1997
The Soldier and the State: The Theory and Politics of Civil-Military Relations
Reviewed by Eliot A. Cohen
September/October 1997
Political Order in Changing Societies
Reviewed by Francis Fukuyama
Winter 1981/82
American Politics: The Promise of Disharmony
Reviewed by Gaddis Smith
Spring 1992
The Third Wave: Democratization In The Late Twentieth Century
Reviewed by Andrew J. Pierre
997) Forum Social Mundial: trocando as bolas
Uma observação ou duas.
1) Diálogo apenas entre iguais, se subentende, pois os antiglobalizadores não dialogam com globalizadores, como este que aqui escreve, por exemplo.
2) O deputado Adão Pretto afirmou que: "Essa é uma oportunidade de mostrarmos que o capitalismo não é a melhor forma de governar".
O deputado está trocando as bolas: o capitalismo NUNCA foi uma forma de governo, apenas uma maneira -- mais eficiente do que outras, reconheça-se -- de produzir mercadorias, simplesmente isto.
Para formas de governar, o deputado pode escolher entre democracia popular, democracia, ditadura, totalitarismo, caudilhismo, parlamentarismo, presidencialismo, surrealismo e algumas outras, menos o capitalismo, que para isso ele é muito limitado, eu até diria totalmente sem jeito para essas coisas...
PRA
Fórum Social é oportunidade de diálogo sobre problemas do mundo, dizem petistas
Os deputados petistas Leonardo Monteiro (MG), Eudes Xavier (CE) e Adão Pretto (RS) consideraram ontem que a realização do 9º Fórum Social Mundial é uma oportunidade de integração entre os países e momento de elaborar propostas estratégias para um mundo diferente do atual. O 9º Fórum Social Mundial acontece este ano, em Belém (PA), com o tema "Um Novo Mundo é Possível". Durante seis dias o evento vai reunir ativistas de mais 150 países.
Para o deputado Leonardo Monteiro, o Fórum é um espaço importante para um amplo diálogo sobre problemas sociais do mundo. "Essa é uma oportunidade de discutirmos sobre cidadania social no mundo. É gratificante para nós, brasileiros, sermos reconhecidos como exemplo de cidadania. Os programas do governo brasileiro que combatem a fome e a pobreza têm sido elogiados pelo mundo. A expectativa para esse 9º Fórum Social Mundial é positiva", disse.
De acordo com o deputado Eudes Xavier, o Brasil é pioneiro como articulador do FSM. Eudes comentou ainda que o encontro é oportuno e deve trazer algumas soluções para a crise que o mundo vive hoje. "Além de ser importante para o nosso País sediar esse fórum, espero que o encontro faça propostas que busquem uma melhor condição de vida para toda sociedade civil", afirmou.
O deputado Adão Pretto afirmou que a questão do meio ambiente e o aquecimento global são temas com necessidade urgente de discussão. "O mundo precisa dar uma importância especial a esses assuntos. Do contrário, teremos um colapso global e temos toda condição de evitar isso", destacou.
Ele disse ainda que outro ponto a ser debatido no fórum, a crise financeira mundial, será discutido com profundidade. "Essa é uma oportunidade de mostrarmos que o capitalismo não é a melhor forma de governar", defendeu.
O Fórum Social Mundial será realizado do dia 27 de janeiro ao dia 1° de fevereiro. Algumas atividades serão realizadas nas tendas temáticas da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Federal Rural da Amazônia (UFRA).
996) Em defesa de Israel (simplesmente isso)
Alias, contra toda a esquerda, de maneira geral, e certos "intelectuais" em particular (que certamente não merecem essa designação).
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Paulo Roberto de Almeida
EM DEFESA DE ISRAEL
Pilar Rahola
Por que não vemos manifestações em Paris, ou em Londres, ou em Barcelona contra as ditaduras islâmicas? Por que não as fazem contra a ditadura birmanesa? Por que não há manifestações contra a escravidão de milhões de mulheres que vivem sem nenhum amparo legal? Por que não se manifestam contra o uso de “crianças bomba”, nos conflitos onde o Islã está envolvido? Por que nunca lideraram a luta a favor das vítimas da terrível ditadura islâmica do Sudão? Por que nunca se comoveram pelas vítimas de atos terroristas em Israel? Por que não consideram a luta contra o fanatismo islâmico, uma de suas principais causas? Por que não defendem o direito de Israel de se defender e de existir? Por que confundem a defesa da causa palestina, com a justificação do terrorismo palestino?
E a pergunta do “milhão”, por que a esquerda européia, e globalmente toda a esquerda, estão obcecadas somente em lutar contra as democracias mais sólidas do planeta, Estados Unidos e Israel, e não contra as piores ditaduras? As duas democracias mais sólidas, e as que sofreram os mais sangrentos atentados do terrorismo mundial. E a esquerda não está preocupada por isso.
E finalmente, o conceito de compromisso com a liberdade. Ouço essa expressão em todos os foros pró-palestinos europeus. “Somos a favor da liberdade dos povos”, dizem com ardor. Não é verdade. Nunca se preocuparam com a liberdade dos cidadãos da Síria, do Irã, do Yemen, do Sudão, etc. E nunca se preocuparam com a liberdade destruída dos palestinos que vivem sob o extremismo islâmico do Hamás. Somente se preocupam em usar o conceito de liberdade palestina, como míssil contra a liberdade israelense.
Uma terrível consequência decorre destas duas patologias ideológicas: a Manipulação jornalística.
Finalmente, não é menor o dano que causa a maioria da imprensa internacional. Sobre o conflito árabeisraelense NÃO SE INFORMA, SE FAZ PROPAGANDA. A maioria da imprensa, quando informa sobre Israel, viola todos os princípios do código de ética do jornalismo. E assim, qualquer ato de defesa de Israel se converte em um massacre e qualquer enfrentamento, em um genocídio. Foram ditas tantas barbaridades, que já não se pode acusar Israel de nada pior. Em paralelo, essa mesma imprensa nunca fala da ingerência do Irã ou da Síria a favor da violência contra Israel; da inculcação do fanatismo nas crianças; da corrupção generalizada na Palestina. E quando fala de vítimas, eleva à categoria de tragédia qualquer vítima palestina, e camufla, esconde ou deprecia as vítimas judias.
Termino com uma nota sobre a esquerda espanhola. Muitos são os exemplos que ilustram o anti-israelismo e o antiamericanismo que definem o DNA da esquerda global espanhola. Por exemplo, um partido de esquerda acaba de expulsar um militante, porque criou uma página de defesa de Israel na internet. Cito frases da expulsão:`Nossos amigos são os povos do Irã, Líbia e Venezuela, oprimidos pelo imperialismo. E não um estado nazista como o de Israel.` Por outro exemplo, a prefeita socialista de Ciempuzuelos mudou o dia da Shoá pelo dia da Nakba palestina, depreciando, assim, a mais de 6 milhões de judeus europeus assassinados.
Ou em minha cidade, Barcelona, o grupo socialista decidiu celebrar, durante o 60º. aniversário do Estado de Israel, uma semana de `solidariedade com o povo palestino`. Para ilustrar, convidou Leila Khaled, famosa terrorista dos anos 70, atual líder da Frente de Libertação Palestina, que é uma organização considerada terrorista pela União Européia, que defende o uso das bombas contra Israel. E etc. Este pensamento global, que faz parte do politicamente correto, impregna também o discurso do presidente Zapatero. Sua política exterior recai nos tópicos da esquerda lunática e, a respeito do Oriente Médio, sua atitude é inequivocamente pró-árabe. Estou em condições de assegurar que, em particular, Zapatero considera Israel culpado do conflito, e a política do ministro Moratinos vai nesta direção.
O fato de o presidente ter colocado uma Kefia palestina, em plena guerra do Líbano, não é um acaso. É um símbolo. A Espanha sofreu o atentado islâmico mais grave da Europa, e `Al Andalus` está na mira de todo o terrorismo islâmico. Como escrevi faz tempo, “nos mataram com celulares via satélite, conectados com a Idade Média”. E, sem dúvida, a esquerda espanhola está entre as mais anti-israelenses do planeta. E diz ser anti-israelense por solidariedade! Esta é a loucura que quero denunciar com esta conferência.
CONCLUSÃO
Não sou judia, estou vinculada ideologicamente à esquerda e sou jornalista. Por que não sou anti-israelense como a maioria de meus colegas? Porque como não judia, tenho a responsabilidade histórica de lutar contra o ódio aos judeus, e na atualidade, contra o ódio a sua pátria, Israel. A luta contra o anti-semitismo não é coisa dos judeus, é obrigação dos não judeus. Como jornalista, sou obrigada a buscar a verdade, para além dos preconceitos, das mentiras e das manipulações. E sobre Israel não se diz a verdade. E como pessoa de esquerda, que ama o progresso, sou obrigada a defender a liberdade, a cultura, a convivência, a educação cívica das crianças, todos os princípios que as Tábuas da Lei converteram em princípios universais.
Princípios que o islamismo fundamentalista destrói sistematicamente. Quer dizer, como não judia, jornalista de esquerda tenho um tríplice compromisso moral com Israel. Porque, se Israel for derrotado, serão derrotadas a modernidade, a cultura e a liberdade. A luta de Israel, ainda que o mundo não queira saber, é a luta do mundo.
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Fonte: http://www.pilarrahola.com
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Em complemento:
Em Quero é Paz!
Rodrigo Constantino
"Tudo que é necessário para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam." (Edmund Burke)
Em 1949, o cartaz para o Congresso Mundial da Paz em Paris foi impresso com uma litografia de Picasso, que eternizou a pomba como símbolo da paz. Os patrocinadores do evento, paradoxalmente, eram os assassinos de Moscou. Os objetivos dos comunistas eram basicamente dois: poderiam dispersar a atenção mundial de Moscou e das atrocidades lá cometidas por Stalin; e forçariam uma associação simplista entre comunismo e luta pela paz. Enquanto ingênuos bem intencionados levantavam cartazes pedindo paz, seus financiadores executavam milhões de inocentes atrás da cortina de ferro.
Desde então, os comunistas, sempre mais preocupados com a propaganda ideológica do que com os seres humanos, organizam passeatas em nome da paz quando surge uma oportunidade para atacar democracias liberais. No caso recente da guerra em Gaza, o PT não perdeu tempo e logo fez uma declaração de repúdio ao "terrorismo de Estado" israelense, enquanto não existem documentos do partido fazendo uma única crítica ao verdadeiro terrorismo do Hamas. O tiranete Hugo Chávez chegou a expulsar o embaixador de Israel da Venezuela. E o PSTU organizou manifestações onde bandeiras dos Estados Unidos e Israel foram queimadas por indivíduos vestindo camisetas com a foto do assassino Che Guevara estampada.
A jornalista espanhola Pilar Rahola escreveu um artigo em defesa de Israel onde perguntas inconvenientes são feitas. Apesar de não ser judia e ser de esquerda, Rahola questiona por que as manifestações "pela paz" nunca condenam ditaduras islâmicas. Ela pergunta também por que a submissão feminina no Islã nunca é alvo de manifestações no Ocidente. Ela quer saber por que essas manifestações "pacifistas" nunca têm como alvo o uso de crianças palestinas como escudos humanos ou bombas. Por fim, ela deseja saber onde estavam esses "pacifistas" quando a ditadura islâmica exterminava milhares de vítimas no Sudão. Pilar deixa no ar a sua pergunta do "milhão": por que a esquerda européia, e globalmente toda a esquerda, estão obcecadas somente em lutar contra as democracias mais sólidas do planeta, Estados Unidos e Israel, e não contra as piores ditaduras? O silêncio diante dessa questão é uma confissão de hipocrisia da esquerda mundial.
Os "pacifistas" costumam sempre pregar a saída diplomática para os problemas geopolíticos. Vestidos com a causa pacifista, os comunistas franceses exortaram os trabalhadores das fábricas de armamento a sabotarem seu trabalho e pressionaram os soldados a desertarem, quando os exércitos nazistas estavam a poucas semanas de ocupar Paris. Quando o inimigo despreza a razão e luta por uma causa fanática, a diplomacia é totalmente ineficaz. Conversar com Bin Laden, Hitler, Stalin ou Ahmadinejad não rende bons frutos. Com terroristas não se negocia, é o lema da polícia americana. Mas os "pacifistas" não querem debater os meios mais eficazes para manter a paz. Eles desejam apenas monopolizar o fim, ou seja, posar de únicos defensores verdadeiros da paz.
Muitos "pacifistas" usam Gandhi como suposta prova de que a reação pacífica pode ser o caminho certo. Ignoram que do outro lado estava a Inglaterra, com uma população mais esclarecida e sujeita aos apelos populares. Fosse um Hitler ou Stalin, Gandhi seria apenas mais um mártir morto sem bons resultados. Para quem duvida, basta ver o destino do Tibete. Os monges que seguem Dalai Lama não passam de escravos da ditadura comunista chinesa. Gandhi teria alertado: "olho por olho e a humanidade acabará cega". Creio que faltou mencionar algo alternativo: "olho por nada e uma parte da humanidade acabará cega; a parte inocente". Como bem colocou George Orwell, o jeito mais fácil de acabar com uma guerra é perdê-la.
Não quero ser mal compreendido. Odeio violência com todas as minhas forças. Acho que seu uso é um último recurso, após o fracasso de todas as alternativas. Porém, não vou sucumbir ao mundo das fantasias, dissociado da realidade. Em certas ocasiões, lidando com certas pessoas, não existe outra opção que não a reação dura ou mesmo violenta. Ninguém vai oferecer rosas para um estuprador na iminência de um estupro. Não é razoável achar que há chance de diálogo com quem mata crianças deliberadamente em nome de sua causa. Chega a ser infantil afirmar que a educação sozinha faria um animal que pratica genocídio virar um bom samaritano. O mundo real não é tão belo. Frutos podres existem e as causas são variadas. Quem não ataca as conseqüências dos atos bárbaros desses indivíduos está pedindo para viver num mundo caótico, sob o domínio do mal. Por mais chocante que isso possa parecer, talvez seja exatamente o que muitos "pacifistas" desejam. Não passam de misantropos disfarçados. Finalizo com o alerta sábio de Schopenhauer: "Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa".
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
995) Miséria de idéias no Forum Social Mundial 2009
Li, com atenção, o artigo abaixo e confesso que, espremendo, espremendo, não consegui achar nenhuma, repito NENHUMA, idéia relevante nesse artigo. A pobreza intelectual talvez só seja superior à pobreza da renda per capita dos indígenas da Amazónia, onde se realiza, desta vez, o piquenique anual dos antiglobalizadores.
Como é possível escrever tanto sem dizer absolutamente nada?
É preciso, de fato, uma grande dose de vazio mental para conseguir não transmitir nenhuma idéia interessante em alguns parágrafos banais...
Um instigante laboratório político
Cândido Grzybowski
Folha de S.Paulo, 8.01.2009
"Fórum Social Mundial na Amazônia, neste momento da História mundial, é bem-vindo e inspirador"
Após quatro anos, o Brasil volta a sediar um encontro central do Fórum Social Mundial, desta vez em Belém (PA). Em sua nona edição, o Fórum segue para a Região Amazônica, compartida por nove países da América Latina, povos e culturas muito diversos - território em disputa, tanto no acesso e uso de seus recursos naturais como de rumos e sentidos; um dos pulmões do Planeta.
Temos muito a dizer sobre a Amazônia, que, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro, transforma-se, em realidade, em um instigante laboratório político, ao abrigar o maior evento da sociedade civil organizada.
Em um momento em que mergulhamos em múltiplas crises (entre elas, a financeira), é bom olhar para onde ainda existe esperança: a Amazônia, a nossa Região.
Como participante ativo do Fórum Social desde sua primeira edição em Porto Alegre, em 2001, penso que o encontro deste ano convida a nos abrirmos à problemática amazônica e a nos inspirarmos nos diferentes povos e seus territórios, como guardiões que são de um ecossistema fundamental para eles mesmos e para a Humanidade. E nos coloca como desafio, sobretudo, ousar pensar em alternativas ao desenvolvimento, confundido, tantas vezes, com taxas de crescimento a qualquer custo. Esta é uma tarefa de criação teórica e cultural, mas sobretudo política.
Repolitizar a economia e a própria vida, com uma perspectiva democrática radical, de participação, justiça social e ambiental, é o caminho possível para começar a formular um pensamento gerador de alternativas estratégicas. No Fórum Social Mundial aprendemos, entretanto, que não se trata de formular um pensamento único como alternativa.
A reordenação do poder e das economias, para que sirvam aos seres humanos, garantido todos os direitos a todos, sem discriminações, precisa estar pautada pela diversidade, de acordo com necessidades e possibilidades dos territórios de cada povo.
A nova arquitetura do poder político é, por si só, a tarefa mais premente: estamos diante da necessidade de uma espécie de refundação em novas bases. Como? Sem dúvida, de ponta-cabeça, do local ao mundial, partindo do princípio que é necessário "democratizar a democracia e a economia". É fundamental valorizar a soberania cidadã, identificando, nesse movimento, o que precisa ser gerido de forma subsidiária por um poder democrático mundial, tendo como base um multilateralismo ativo e solidário, com busca de consensos ao invés de imposição pela força.
O Fórum Social, como espaço aberto, propicia e estimula exatamente esse tipo de atitude, de ousar e dispor-se a estabelecer o diálogo franco entre as múltiplas organizações da sociedade civil, mas também chefes de Estado e organismos multilaterais. Por tudo isso, o Fórum na Amazônia, neste momento da História mundial, é bem-vindo e inspirador.
Cândido Grzybowski é sociólogo e diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).
994) Forum Social Mundial: Belem, 27 janeiro-1 fevereiro 2009
Transcrevo, em primeiro lugar, como é de justiça, a chamada publicitária dos organizadores do movimento, com um resumo breve do que ocorrerá.
Depois, dou uma informação sobre um recente artigo que publiquei que examina cada uma das "teses" dos antiglobalizadores, com o meu olhar crítico, como é meu hábito.
Devo dizer, antecipadamente, que por uma questão de honestidade intelectual e por simples deferência para com os dados da realidade ou do mero bom-senso, não tenho a menor complacência para as "teses" surrealistas dos antiglobalizadores.
Fórum Social Mundial defenderá paz, justiça e ética
De 27 de janeiro a 1° de fevereiro a cidade de Belém (PA) vai sediar o 9º Fórum Social Mundial, que acontece este ano com o tema "Um Novo Mundo é Possível". Durante seis dias, Belém assume o posto de centro de toda a região para abrigar o evento que reúne ativistas de mais 150 países. Algumas atividades serão realizadas nas tendas temáticas da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Federal Rural da Amazônia (UFRA). A escolha pelas tendas foi feita para contemplar a demanda de público - os locais podem receber de 300 a 750 pessoas.
Serão 14 tendas divididas entre as universidades federais do Pará, que também serão espaços de debates, seminários, conferências, assembléias e atividades culturais. As diversas atividades do FSM serão realizadas em torno de alguns objetivos, definidos após a realização de uma ampla consulta pública a diversas organizações e entidades participantes do processo do FSM.
Entre esses objetivos, estão a construção de um mundo de paz, justiça, ética e respeito pelas espiritualidades diversas; livre de armas, especialmente as nucleares; pela democratização e descolonização do conhecimento, da cultura e da comunicação; pela criação de um sistema compartilhado de conhecimento e saberes; pela construção de uma economia democratizada, emancipatória, sustentável e solidária, com comércio ético e justo, centrada em todos os povos; e pela defesa da natureza como fonte de vida para o planeta Terra.
Definição - O FSM é um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo. Após o primeiro encontro mundial, realizado em 2001, configurou-se como um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais. Essa definição está na Carta de Princípios, principal documento do FSM.
O Fórum caracteriza-se também pela pluralidade e pela diversidade, de caráter não confessional, não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial.
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Voilà, feita a transcrição da chamada publicitária, informo agora sobre o meu trabalho recentemente publicado que faz uma análise dessas "idéias":
“Fórum Surreal Mundial: Pequena visita aos desvarios dos antiglobalizadores”, Brasília, 22 dezembro 2008, 17 p. Consolidação das críticas às idéias surreais do FSM. Publicado em Mundorama, divulgação científica em relações internacionais (27.12.2008; link: http://mundorama.net/2008/12/27/271220081129/).
Se ouso, neste momento, agregar algo, seria para contradizer uma das frases que fazem a publicidade do encontro.
NÃO, o FSM NÃO é "um espaço de debate democrático de idéias, [de] aprofundamento da reflexão, [de] formulação de propostas, [de] troca de experiências e [de] articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil", posto que só podem participar dessas atividades aqueles "que se opõem ao neoliberalismo".
Ora, se os antiglobalizadores se fecham ao debate de idéias, se proibem, ab initio, que qualquer pessoa que não partilhe de suas idéias surrealistas participe desses encontros, se eles se recusam terminantemente a ouvir outras teses, é porque se sentem tremendamente inseguros quanto à validade ou legitimidade de suas "teses".
A outra hipótese, obviamente, é que eles são tremendamente sectários e fechados a qualquer contestação de suas "verdades reveladas", o que revela um comportamento mais religioso, na verdade fundamentalista, do que racional ou aberto ao diálogo democrático.
PRA, 8.01.2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
993) Um balanço bem-humorado da era Bush
Bushisms: U.S. leader sets standard for mangled phrases during presidency
By The Associated Press, The Associated Press
President George W. Bush will leave behind a legacy of Bushisms, the label stamped on the U.S. leaders original speaking style. Some of the president's more notable malapropisms and mangled statements:
-"I know the human being and fish can coexist peacefully." - September 2000, explaining his energy policies at an event in Michigan.
-"Rarely is the question asked, is our children learning?" - January 2000, during a campaign event in South Carolina.
-"They misunderestimated the compassion of our country. I think they misunderestimated the will and determination of the commander-in-chief, too." - Sept. 26, 2001, in Langley, Va. Bush was referring to the terrorists who carried out the Sept. 11 attacks.
-"There's no doubt in my mind, not one doubt in my mind, that we will fail." - Oct. 4, 2001, in Washington. Bush was remarking on a back-to-work plan after the terrorist attacks.
- "It would be a mistake for the United States Senate to allow any kind of human cloning to come out of that chamber." - April 10, 2002, at the White House, as Bush urged Senate passage of a broad ban on cloning.
- "I want to thank the dozens of welfare-to-work stories, the actual examples of people who made the firm and solemn commitment to work hard to embetter themselves." - April 18, 2002, at the White House.
-"There's an old saying in Tennessee - I know it's in Texas, probably in Tennessee - that says, fool me once, shame on - shame on you. Fool me - you can't get fooled again." - Sept. 17, 2002, in Nashville, Tenn.
-"Our enemies are innovative and resourceful, and so are we. They never stop thinking about new ways to harm our country and our people, and neither do we." - Aug. 5, 2004, at the signing ceremony for a defence spending bill.
-"Too many good docs are getting out of business. Too many OB/GYNs aren't able to practice their love with women all across this country." - Sept. 6, 2004, at a rally in Poplar Bluff, Mo.
- "Our most abundant energy source is coal. We have enough coal to last for 250 years, yet coal also prevents an environmental challenge." - April 20, 2005, in Washington.
- "We look forward to hearing your vision, so we can more better do our job." - Sept. 20, 2005, in Gulfport, Miss.
-"I can't wait to join you in the joy of welcoming neighbours back into neighbourhoods, and small businesses up and running, and cutting those ribbons that somebody is creating new jobs." - Sept. 5, 2005, when Bush met with residents of Poplarville, Miss., in the wake of hurricane Katrina.
-"It was not always a given that the United States and America would have a close relationship. After all, 60 years we were at war 60 years ago we were at war." - June 29, 2006, at the White House, where Bush met with Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi.
-"Make no mistake about it, I understand how tough it is, sir. I talk to families who die." - Dec. 7, 2006, in a joint appearance with British Prime Minister Tony Blair.
- "These are big achievements for this country, and the people of Bulgaria ought to be proud of the achievements that they have achieved." - June 11, 2007, in Sofia, Bulgaria.
- "Mr. Prime Minister, thank you for your introduction. Thank you for being such a fine host for the OPEC summit." - September 2007, in Sydney, Australia, where Bush was attending an APEC summit.
-"Thank you, Your Holiness. Awesome speech." April 16, 2008, at a ceremony welcoming Pope Benedict to the White House.
-"The fact that they purchased the machine meant somebody had to make the machine. And when somebody makes a machine, it means there's jobs at the machine-making place." - May 27, 2008, in Mesa, Ariz.
-"And they have no disregard for human life." - July 15, 2008, at the White House. Bush was referring to enemy fighters in Afghanistan.
- "I remember meeting a mother of a child who was abducted by the North Koreans right here in the Oval Office." - June 26, 2008, during a Rose Garden news briefing.
-"Throughout our history, the words of the Declaration have inspired immigrants from around the world to set sail to our shores. These immigrants have helped transform 13 small colonies into a great and growing nation of more than 300 people." - July 4, 2008 in Virginia.
- "This thaw - took a while to thaw, it's going to take a while to unthaw." Oct. 20, 2008, in Alexandria, La., as he discussed the economy and frozen credit markets.
Fonte: http://ca.news.yahoo.com/s/capress/090103/world/distinctly_bushisms
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992) Aquecimento global: o debate continua...
Iludindo o público
JOSÉ CARLOS DE AZEVEDO
TENDÊNCIAS/DEBATES
Folha de S. Paulo, 6.01.2009
Há quase 20 anos, o IPCC, órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico
N. WIENER graduou-se em matemática aos 14 anos e doutorou-se em lógica aos 18 na Universidade Harvard. Conhecido como pai da cibernética, contribuiu para outros ramos da ciência e afirmou que as "tentativas de modelar o clima espremendo equações da física em computadores, como se a meteorologia fosse uma ciência exata como a astronomia, estão condenadas ao fracasso", que a "auto-ampliação de pequenos detalhes frustraria qualquer tentativa de prever o clima" e que "os líderes dessa atividade estavam iludindo o público ao pretender que a atmosfera é previsível".
Opinião semelhante foi a de J. von Neumann, matemático que contribuiu para a mecânica quântica, as teorias dos jogos e dos computadores, o projeto da bomba de hidrogênio e a previsão do tempo.
Há quase 20 anos, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês), órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico.
Dois grupos distintos cuidam do clima: o dos cientistas, que conhecem a complexidade do problema e procuram decifrá-la, e os "modeladores", que usam teorias do século 19 e "prevêem" o clima até o final dos séculos.
Este segundo grupo usa computadores colossais, faz projeções e estimativas, fala de indícios e vestígios, já consumiu US$ 50 bilhões e nada contribuiu para elucidar o problema. Quer frear o desenvolvimento mundial e levar países à miséria ao propor a redução drástica do uso de combustíveis fósseis porque, diz ele sem provas, o dióxido de carbono (CO2) gerado pelo homem é o responsável pelo aquecimento. Reduzindo a emissão, acrescenta, o aquecimento no fim deste século será de uns dois graus e a natureza estará salva.
Mais eficazes são as propostas do Voluntary Human Extinction Movement e da Gaia Liberation Front, que querem extinguir a humanidade para salvar a natureza.
Não há prova que o CO2 é responsável pelo "efeito estufa", mas é certo que o Sol e a água (nuvens, vapor d'água, cristais de gelo) condicionam a temperatura e o clima na Terra. O IPCC e seus 2.500 "cientistas", porém, culpam o CO2.
Ocorre que o IPCC não estuda nada: faz resenha de trabalhos publicados, adultera-os quando lhe convém e alardeou a importância de dois deles, o de Michael Mann e o relativo às camadas de gelo extraído na Antártida, em Vostok.
O trabalho de Mann analisou a temperatura na Terra entre os anos 1000 e 1980 e disse que as emissões de CO2 a partir do início da era industrial causaram o maior aumento de temperatura daquele milênio. Pois esse trabalho é uma manipulação de dados e nem falam mais dele. Quanto às camadas de gelo, é certo que o aumento da temperatura antecede o da emissão do CO2, e não o oposto.
A banda de música do IPCC é o filme do Al Gore, cuja exibição foi proibida na Inglaterra por decisão judicial, exceto se mencionar as inverdades que contém: aumento do nível dos mares, morte de corais e ursos polares, Tuvalu, Vostok, malária etc.
Restou ao IPCC citar os 2.500 "cientistas" e o seu "consenso" sobre CO2 "antropogênico". Consenso não é referencial científico e, se for questão de números, há muitas listas de consensos de cientistas qualificados, identificados e contrários ao IPCC: a de Frederick Seitz, antigo presidente da Academia Nacional de Ciências e do Instituto Americano de Física dos EUA e atual presidente da Universidade Rockefeller e do Instituto George Marshall, por exemplo, tem mais de 32 mil assinaturas. O último relatório do IPCC tem 51.
A compreensão da natureza do clima começou em 1610 com Galileu, descobridor das manchas do Sol. Em 1752, Franklin mostrou que as nuvens têm cargas elétricas. Em 1998, o Instituto de Pesquisas Espaciais da Dinamarca provou a influência da radiação cósmica no clima. Em 2006, o Cern, o maior centro de pesquisas nucleares, cujo acelerador de partículas tem 27 km, criou um consórcio com dezenas de universidades e cientistas para ampliar as descobertas na Dinamarca que provam que o campo magnético do Sol controla a radiação cósmica incidente e, portanto, o clima; e que a passagem do Sol pela Via Láctea explica as glaciações e interglaciações. Os "modeladores" iludem a população e não dizem que o pólo Norte de Marte está derretendo.
Os investimentos em computadores profetas devem ser destinados às pesquisas em biologia. As plantas retiram da atmosfera, por ano, bilhões de toneladas de carbono, e um bom laboratório -a Embrapa, por exemplo-, com um mínimo daqueles US$ 50 bilhões, pode desenvolver plantas que absorvem mais carbono. Elas farão o ar mais limpo e produzirão mais alimentos.
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO , 76, é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA). Foi reitor da UnB (Universidade de Brasília).
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Uma questão de bom senso
João Luis Mauad
O Globo, 2008
Quando os Vikings chegaram à costa da Groenlândia, no final do primeiro milênio, aquela era uma terra fértil, sem gelo, coberta de verde (daí o nome Greenland), excelente para o pasto animal, além de um ótimo local para a pesca. Um ambiente tão convidativo que, perto do ano 1100, havia cerca de 3000 pessoas vivendo ali. A partir do século XV, no entanto, as temperaturas médias começaram a cair, as geleiras expandiram-se na direção do oceano e a colônia pereceu.
Flutuações globais da temperatura terrestre não são novidade. Das poucas coisas que se pode dizer com certeza sobre o clima do planeta é que vários foram os ciclos de aquecimento e resfriamento ao longo da história, uns mais longos, outros mais curtos. Segundo o último relatório do IPCC / ONU, estamos vivendo um período inter-glacial quente, porém ainda bem mais ameno que o anterior.
O fato de a Terra já ter sido mais quente do que é atualmente, malgrado os homens ainda não queimassem combustíveis fósseis, foi um dos motivos que me levaram, em princípio, a questionar nossa culpa pelo flagelo do clima. Hoje, depois de alguma investigação a respeito, posso dizer que minhas dúvidas só aumentaram.
Muitos acham que há consenso sobre a responsabilidade humana pelo aquecimento global e as catastróficas conseqüências previstas. Não é verdade. Basta uma pesquisa rápida na Internet para comprovar que inúmeros especialistas de diversas nacionalidades, donos de currículos nada desprezíveis, têm contestado aquele diagnóstico. Aliás, apelar para algum suposto consenso é uma velha estratégia para evitar o debate, que convida ao adesismo e afasta a reflexão. O trabalho científico, diferentemente da política, dispensa consensos e requer que um só investigador obtenha resultados que sejam verificáveis. Os grandes cientistas da história são grandes precisamente porque romperam com o senso comum.
A hipótese de que as emissões de C02 provenientes da atividade humana estejam produzindo algum aquecimento é bastante viável. Entretanto, tal hipótese não pode ser provada por argumentos teóricos formais e, tampouco, os dados empíricos disponíveis são suficientes para confirmá-la. Os estudos a esse respeito são, majoritariamente, baseados em simulações de computador cujos modelos, apesar dos inegáveis avanços tecnológicos, ainda estão muito longe de reproduzir toda a complexidade dos fenômenos naturais relacionados ao clima, com suas infinitas e intrincadas variáveis. O próprio relatório da ONU não nega essas dificuldades quando afirma, textualmente: "Em razão das incertezas envolvidas, a atribuição de causas humanas para as mudanças climáticas é, basicamente, uma questão de julgamento". (AR-4; item 6.3d; 2nd draft).
Malgrado eu não seja um cientista, acredito que, como disse recentemente o dinamarquês Bjorn Lomborg, "se nós estamos prestes a embarcar no mais caro projeto político de todos os tempos", cujas propostas, se efetivadas, mexeriam profundamente com os alicerces da nossa civilização, "talvez nós devêssemos estar certos de que tal projeto está apoiado em solo rígido, em fatos reais, e não apenas nos fatos convenientes. "
Quando o assunto é aquecimento global, entretanto, o público praticamente só tem tido acesso a um dos lados da controvérsia, enquanto o outro, composto de gente chamada pejorativamente de "céticos" ou "vendidos", sofre todo tipo de discriminação, já tendo sido comparados até aos "negadores do holocausto". Definitivamente, esta não é a maneira mais correta de encarar uma questão tão complexa.
Não custa lembrar que, no passado, alguns equívocos graves já foram cometidos em nome de supostos consensos científicos. O melhor exemplo disso talvez seja o DDT, considerado o mais poderoso e barato inseticida já desenvolvido, especialmente eficaz contra o mosquito transmissor da malária, mas cujo uso foi praticamente banido da face da terra, após intensa pressão de grupos ambientalistas nos anos 70. Já em 2006, após exaustivos estudos científicos, a OMS decidiu não só liberar o DDT como sugerir a sua utilização, inclusive no interior das moradias, uma vez que a alegada toxicidade não restou comprovada. Infelizmente, nesse meio-tempo a malária tirou muitas vidas que teriam sido poupadas se a ciência não tivesse sido atropelada pela ideologia.
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E um Post Scriptum na mesma linha, justamente lido neste instante:
What Disappearing Sea Ice?
Gregory Young
American Thinker, January 05, 2009
Despite the mountains of contrary evidence, concerns over disappearing sea ice and the unfounded position that the North Pole could melt entirely in 2008, pushed U.S. government bureaucrats to officially list the polar bear as an endangered species in May of 2008. And then guess what happened....
After the onslaught of record breaking bitter temperatures during the last quarter of this year, and with less wind, the amount of sea ice has significantly and dramatically rebounded at the fastest rate ever before recorded. Currently being measured to be about where it was 29 years ago in 1979, sea ice is again as expansive and dense as it was when global cooling proponents of the time said that we were witnessing the advance of a mini ice age.
Reported by the University of Illinois's Arctic Climate Research Center, and derived from satellite observations of the Northern and Southern hemisphere polar regions, sea ice has been restored to pre-AGW levels. The fantasy and absurdity of AGW is becoming laughable, and again is proven conclusively wrong.
Will the "Global Cooling = Global Warming" crowd, and their enablers at the MSM, be recharging their spin on the cold and now "very hard" evidence of cooler weather as yet another indication of Global Warming?
Now that the northern ice pack has been refurbished, polar bears will be free to eat as many seals as possible. It certainly seems that the polar bears are no longer an endangered species. The same cannot be said, however, about AGW proponents....
sábado, 3 de janeiro de 2009
991) Arte antisemita e antijudaica: uma triste realidade
O povo de Israel, hoje, está longe de ser indefeso, mas a cultura do ódio que vem sendo instilada em tantos jovens por uma propaganda viciosa, causa, sem dúvida alguma, sofrimento indizível em tantas famílias enlutadas por crimes e ataques bárbaros contra o povo de Israel e os pertencentes a essa cultura judaica.
Minha transcrição tem, assim, o sinal de um protesto contra esses "artistas" a soldo de uma causa ignóbil e execrável.
Colaborações Brasileiras Ao Terror Palestino
Luiz Nazário *
escritor e professor de cinema da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
Visão Judaica online
Agosto2008
No dia 11 de julho de 2008, um encontro Irã-Brasil ocorrido na Embaixada do Irã discutiu a "relação cultural e artística no campo do cartoon", na presença de Masoud Shojaei Tabatabaei (Diretor da Casa do Cartum do Irã); Amir Abdolhosseini (Diretor Administrativo da Casa do Cartum do Irã); Filip Pinto, Diogo Almedia e da Sra. Marjaneh Najafi (Autoridades da Embaixada do Brasil no Irã).
Decidiu-se pela realização de uma exibição de "trabalhos artísticos" de cartunistas iranianos e brasileiros no Irã e no Brasil, com o compromisso de que de 3 a 5 cartunistas brasileiros irão ao Irã para oficinas e exibições de trabalhos assim como de 3 a 5 cartunistas iranianos virão ao Brasil para oficinas e exibições de trabalhos. A data sugerida para a realização do evento, a cargo de Masoud Shojaei Tabatabaei no Irã e de Marcio Leite no Brasil, foi outubro de 2008.
Depois do sucesso do carioca Carlos Latuff, que publicou suas obras nas revistas DMagazine (Itália), Power of Working Class (Coréia do Sul) e em diversos sites e blogs anti-semitas de todo o mundo, uma vez que, por ideologia socialista, o artista abriu mão dos direitos autorais de seu trabalho, ganhando, em compensação, uma duvidosa fama internacional, com prêmios e menções honrosas na Casa do Cartum do Irã, outros brasileiros passaram a seguir seu caminho, destacando-se nas mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas.
Qual o segredo do "sucesso" dos cartunistas brasileiros junto às mídias que pregam um novo Holocausto dos judeus, através do "eufemismo" da eliminação da "entidade sionista" da face da Terra? A receita é simples: diabolizar Israel, esse "Pequeno Satã", sem deixar de diabolizar a América, aquele "Grande Satã". Na nova utopia totalitária gestada nos movimentos antiglobalização o "Império" e a "entidade sionista" compõem o Mal a ser eliminado do mundo todo bom para que nele reinem paz e amor, se Allah quiser.
No recente e imoral concurso "Caricaturas do Holocausto" - comparável, em seu propósito de degradar os judeus, à Exposição de Arte Degenerada (Entartet Kunst) no 'Terceiro Reich' - organizado pela Casa do Cartum do Irã, essa agência de propaganda da República Islâmica presidida por Mahmud Ahmadinejad, o Brasil foi um dos países com maior número de trabalhos inscritos, ficando em terceiro lugar no ranking dos colaboracionistas, com 21 cartunistas selecionados, atrás apenas do Irã - anfitrião do evento, com 157 selecionados - e da Turquia, com 31.
Diversos brasileiros ganharam menções honrosas e Carlos Latuff alcançou o Segundo Prêmio com o cartoon de um palestino chorando em uniforme de judeu de Auschwitz. A imagem, ilustrando as metáforas da propaganda iraniana, palestina, árabe, islamita, esquerdista, anti-sionista, anti-semita e neonazista, sugeria que os judeus eram os novos nazistas e os palestinos os novos judeus, isto é, inocentes vítimas oprimidas de um regime totalitário, sofrendo, desarmados e impotentes, como os judeus sob o nazismo, a agressão da poderosa máquina de guerra do Estado Judeu, com seu exército de carrascos comparáveis às tropas SS.
No universo de Latuff, Israel despeja gasolina sobre crianças libanesas que já ardem em chamas; o ex-Primeiro Ministro de Israel, Ariel Sharon, é um vampiro sedento de sangue palestino; e o atual, Ehud Olmert, é um louco babando em camisa de força sonhando com a guerra total; ou banhando-se na piscina de sangue em que transformou a Faixa de Gaza; soldados israelenses usam aventais de açougueiros ensangüentados divertindo-se em decepar a machado cabeças de palestinos ou fuzilá-los em valas comuns; uma mãe palestina chora a morte do filho num caixão "100% made in Israhell"; pacatos cidadãos de Gaza, arrasados com cortes de energia, comida e remédios pelo cruel governo de ocupação israelense temem que o próximo passo seja a instalação de câmaras de gás; etc.
Mas Latuff não está só em seu colaboracionismo artístico à campanha de propaganda guerreira (hipocritamente autodenominada "pacifista") contra Israel. As mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas contam com um novo colaboracionista: o cartunista e empresário brasileiro Marcio Leite, que fundou a agência Mais Propaganda e criou o portal e a revista Brazilcartoon, tendo como um de seus modelos a Casa do Cartum do Irã e a revista Irancartoon. Leite é o novo darling da Casa do Cartum do Irã: sua ilustração para o Salão Internacional de Gaza 2008, ao celebrar, de forma graficamente estilizada, o terror do Hamas, representando a Faixa de Gaza como um fuzil cujo gatilho é a bandeira da Autoridade Palestina, ganhou, merecidamente, o Segundo Prêmio (2 mil euros) naquele concurso belicista anti-Israel. E assim vai crescendo, de forma cada vez mais explícita, o colaboracionismo dos artistas brasileiros ao terror palestino.
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Permito-me um addendum, totalmente pessoal:
Esses "artistas" antissemitas, que fazem um trabalho artistica e moralmente deplorável, não cerrem certamente nenhum risco pessoal, quanto à sua insegurança ou integridade física. Não se tem notícia de que "esquadrões" de zelosos defensores da causa judaica tenham jamais atacado fisicamente algum antissemita notório, a não ser, como cabe, pela via da justiça, por processos judiciais ou outros ataques pela imprensa, ou seja, mantendo-se no padrão de civilidade que se espera de pessoas que respeitam profundamente a vida e o direito de expressão.
Tal não foi o caso, como é notório, de agitadores anti-islâmicos, ou os famosos cartunistas da Dinamarca, cerca de três anos atrás, que correram risco de vida ao ousar fazer piada com a figura de Maomé. Na Holanda, como se sabe, um cineasta foi morto, esfaqueado na garganta em plena via pública, por um fanático islamista. Não preciso dizer da militante somaliana que teve de refugiar-se nos Estados Unidos por temer por sua vida, justamente em conexão com o mesmo cineasta assassinada, Theo Van Gogh.
Tampouco preciso lembrar o caso do escritor indiano-britânico Salman Rushdie, até hoje condenado a ser executado por qualquer "muçulmano fiel", que pretenda cumprir a "fatwa" decretada contra ele, a propósito de seu romance "Versos Satânicos", pelo lider religioso iraniano que comandou a revolução de 1979.
Triste contraste, sem dúvida.
Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 6.01.2009
990) Israel: um pouco de lembrança da história
"A luta contra Israel será uma luta total. O objetivo fundamental será a destruição de Israel. Eu não poderia pronunciar estas palavras três ou cinco anos atrás, mas hoje, confio em nossas forças atuais."
Gamal Abdel Nasser
Cairo, 26 de maio de 1967.
Atual, não lhe parece?
989) Intelectuais argentinos se solidarizam com o povo cubano
"EXPRESAN SU ADHESIÓN AL PUEBLO DE CUBA INTELECTUALES ARGENTINOS
Ante la situación política de Cuba, un grupo de intelectuales argentinos dio a conocer una declaración, en la que expresa su apoyo moral al pueblo de ese país en su lucha para restabelecer el imperio de la libertad y la justícia en la tierra de Martí. La declaración dice así:
Los escritores y artistas argentinos que subscriben, en estos momentos en que, luego de superado un período de dictadura, el país se apresta a recuperar su plena normalidad institucional, dentro del orden democrático basado en ele respeto de los derechos fundamentales de la persona humana, expresan su solidaridad con quienes, en otros pueblos de América, luchan por la liberación de sus respectivos países, sometidos a regímenes de fuerza. Desean manifestar especialmente su apoyo moral al pueblo cubano, que, tremendamente agraviado y despojado de las garantias elementales de la civilización política, sufre persecución, vejamen y tortura, y lucha con admirable decisión y valentia para abatir la dictadura y restablecer, en la tierra de Martí, el imperio de la libertad y la justicia, cimentados en la soberania del pueblo y la vigencia del derecho."
Firmam o documento dezenas de nomes de intelectuais conhecidos na história artística e literária argentina, entre eles Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges...
Sim, retomo eu agora, ambos escritores, como se sabe, já não estão mais entre nós desde algum tempo, o que me permite fazer dois esclarecimentos:
1) O texto, na verdade, não é atual, tendo sido publicado no diário El Mundo, de Buenos Aires, em 2 de março de 1958.
2) O trecho no qual os intelectuais argentinos fazem menção a uma "ditadura superada", se refere, mais exatamente, ao primeiro período peronista, que durou, como se sabe, de 1945 a 1955. Eles se orgulhavam, assim, de ter deixado para trás um triste período de sua história e se dispunham a ajudar outros povos da América Latina que também lutavam contra a ditadura em seus respectivos países, antecipando um pouco o que seria a chamada "doutrina Betancourt", formulada depois de superada a ditadura na Venezuela nesse mesmo ano de 1958 (e que levou inclusive o governo venezuelano a suspender relações diplomáticas com o Brasil, quando instalada entre nós a ditadura militar de 1964).
Se me permito fazer um comentário atual, na verdade uma triste constatação, seria esta:
Não creio que, atualmente, intelectuais brasileiros ou argentinos, ou de qualquer outro país latino-americano, se dispusessem a assinar um manifesto do mesmo teor -- poderia ser inclusive EXATAMENTE O MESMO TEXTO, retirada, eventualmente, a menção inicial à ditadura superada na Argentina - em favor do povo cubano, em luta pelo restabelecimento da democracia e do império da liberdade, da justiça e do direito naquela ilha, desde cinquenta anos dominada por um regime que prometeu acabar com uma ditadura opressiva.
Pode ser patético fazer tal tipo de constatação "regressiva", mas ela nos revela quanto recuamos na defesa da democracia e da liberdade em nossos países. Em nome de não se sabe qual soberania popular e de não se sabe qual ameaça de dominação imperialista, intelectuais de nossos países se dispõem, de forma totalmente servil e incompreensível, a assinar manifestos em favor da CONTINUIDADE DA DITADURA E DA OPRESSÃO.
Triste constatação sem dúvida...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3 de janeiro de 2009
PS.: Retirei o texto acima do seguinte livro, que estou lendo: Jorge Luis Borges, Textos Recobrados (1956-1986). Buenos Aires, Emecé Editores, 2007, p. 323-324.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
988) Administrando as pedras do caminho...
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Augusto Cury
Dez leis para ser feliz
Editora Sextante, 2003
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
987) Cuba: 50 anos de castrismo, em 1 de janeiro de 2009
Números são, em geral, objetivos, e apresentam um retrato relativamente fiel da realidade. O problema é que não dispomos de números muito claros para a situação de Cuba.
Não vou sequer adentrar em questões qualitativas, de natureza mais impressionista ou subjetiva, mas seria interessante obter-se agora, 50 anos depois da tomada do poder pelo movimento liderado por Fidel Castro, uma avalição relativamente imparcial da realidade cubana, no dia a dia...
Communist Cuba: 50 Years Of Failure
Investor's Business Daily
Wednesday, December 31, 2008
Communism: New Year's Day marks 50 years of communist rule in Cuba. The Castro oligarchy will trumpet its survival and celebrate. But the reality, up close, is that it's the longest-running failure in the New World.
Spare us the fireworks and media-parroted claims of Fidel Castro's dictatorship bringing universal health care and education to Cuba. The real story is that a prosperous Cuba was turned into ruins in just five decades.
Its inflation-adjusted gross domestic product is a mere 5% of what it was in 1958, the year before Castro took over, according to Jorge Salazar-Carillo of Florida International University.
"It's a major failure," Carmelo Mesa-Lago, a University of Pittsburgh economist, told IBD. "Cuba is unable to increase food production to meet its needs and now imports 84% of its food. Cuba produced 7 million tons of sugar in 1952. This year, it's 1.5 million tons. This is the result of economic policy of collectivization, killing of individual incentive, inefficiency, constant changes of policy."
Reliable data are hard to come by. S&P refuses to rate the country for that reason. The regime conceals its failures. But if long lines at the Spanish embassy seeking immigration aren't enough of an indicator, the chronology of Cuba's economy tell an important story:
1957: Cuban GDP is about $2.8 billion, unadjusted for inflation.
1959: Castro and his guerrillas take over and begin confiscating U.S.-owned private businesses.
1960: President Eisenhower imposes trade embargo, excluding food and medicine; Castro responds by "rapidly nationalizing most U.S. enterprises," as he himself wrote.
1961: President Kennedy tightens the embargo. Castro blames it for plant shutdowns, parts shortages and 7,000 transportation breakdowns a month, leaving 25% of public buses inoperable. He then targets Cuban companies for expropriation.
1962: Begins food rationing. Half of passenger rail cars go out of service from lack of maintenance.
1963: President Kennedy freezes Cuban assets in the U.S.
1965: Signs deal with USSR to reschedule $500 million in debt.
1966: Signs new deal with Soviets for $91 million in trade credits.
1968: Begins petroleum rationing, says Soviets cut supplies.
1969: Begins sugar rationing in January, announces state plan to produce 10 million tons of sugar by the following year.
1970: Castro announces only 8.5 million tons of sugar produced. Blames U.S. Diverts 85% of all Cuban trade to the USSR.
1973: Tries for the first time to tie wages to productivity.
1974: Ramps up wartime spending to send 3,000 Cuban troops to Africa. It hits $125 per person, highest in Latin America, by 1988.
1975: President Ford announces softening of the embargo, letting foreign subsidiaries of U.S. companies sell products in Cuba.
1979: President Carter lets Cuban-Americans visit family in Cuba. Soviet aid totals $17 billion from 1961-79, or 30% of Cuba's GDP.
1980: Economic hardship forces Castro to permit farmers to sell surplus to state quotas in private markets with unregulated prices. 100,000 Cubans flee the island for the U.S. via the Mariel boatlift.
1982: Cuba doubles military spending. President Reagan re-establishes travel ban and prohibits spending money on the island.
1983: Cuba signs accord in Paris to refinance its foreign debt.
1984: "Armed Forces of Latin America" yearbook says: "Cuba is probably the world's most completely militarized country."
1985: Cuba signs new debt restructuring, blaming Mexico's crisis for its debacle. Permits selling of private housing for the first time. Total aid from USSR since 1961 hits $40 billion.
1986: Castro defaults on $10.9 billion in Paris Club debt. Blames sugar prices. Abolishes coffee breaks, cuts subsidies. Soviets give $3 billion more in credit and aid. Castro bans farmers markets.
1987: Stops paying entirely on $10.9 billion Paris Club debts.
1988: Forbids release of inflation data, making it impossible for researchers to assess Cuban economic performance.
1990: By official statistics, GDP per capita declines 10.3%.
1991: Sugar crop falls to 7 million tons. Politburo purged. USSR ends $5 billion in subsidies. "Special Period" of austerity begins.
1992: Horse-drawn carts replace cars, oxen replace Soviet tractors. Time magazine reports tin cans are recycled into drinking cups and banana peels into Cuban sandals.
1993: World Bank says GDP contracts 15.1% per capita, as industrial output plunges 40% per person.
1994: Some private-sector activity permitted. GDP per capita shows no growth, but Castro hails "recovery." Agricultural output down 54% from 1989, with sugar at 4 million tons. Castro blames bad finances, and "errors and inefficiency." Food consumption, according to USDA, falls 36%. Some 32,000 Cubans flee for Florida.
1995: Havana admits GDP fell 35% from 1989 to 1993. Vice President Carlos Lage claims GDP grew 2.5%, as inflation hits 19%.
1996: Castro hikes private business taxes. President Clinton tightens embargo. Castro claims GDP rose to 7% in year.
1997: GDP reported up 2.5%, falling short of 5% projection. Failed sugar harvest, bad weather, crop pests, foreign debts blamed.
1998: GDP growth claimed at 1.2% with no inflation. U.S. embargo, global financial crisis, low commodity prices, too much rainfall, Hurricane Georges and severe drought blamed. Castro urges other debtor nations to form a cartel.
1999: GDP claimed at 6.2%. Subsidies from Venezuela begin. Castro blames U.S. dollar for woes and urges use of the euro.
2000: Cuban court rules U.S. owes Cuba $121 billion for embargo.
2001: 3.6% GDP growth, output remains below 1989. Blames loss of subsidies, second-worst sugar harvest ever at 3.5 million tons.
2002: Freezes dollar sales to preserve foreign reserves. Shuts down 118 factories due to power shortages. Buys $125 million in U.S. food. Defaults on $750 million in Japanese debts.
2003: Earns more tight sanctions from President Bush and European Union over dissident roundups. GDP rises just 1.8%.
2004: Castro declares GDP a capitalist instrument, adjusts calculations, declares GDP growing at 5%.
2005: Foreign firms asked to leave and market liberalization scrapped. Imports hit three-times the level of exports. Hurricanes blamed for falling farm output. Sugar figures not released. Castro calls economic crisis an "enemy fabrication." Claims GDP up 11%.
2006: Castro claims 12.5% economic growth, "despite the crippling effects of the U.S. embargo," Luxner News notes.
2007: 7.5% GDP growth claimed; adverse weather said to have affected construction and agriculture.
2008: 4.3% GDP growth claimed, far short of 8% forecast. "One of the most difficult years since the collapse of the Soviet Union," economy minister says. Hurricanes and fuel prices blamed.
That, in sum, is Cuba after 50 years. But lest you get the wrong idea, Cuba hasn't failed at everything: "Given their goal — to destroy capitalism and entrench themselves — they're a success," said Humberto Fontova, an expert on Castro's regime.
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Concluindo: Atribuir esses resultados ao embargo americano seria um equívoco monumental, posto que Cuba está livre de relacionar-se economicamente com a maioria dos países membros da ONU. Provavelmente, a única comparação possível para a situação de Cuba seria com o único outro experimento comunista ainda em vigor no planeta, isto é, o da Coréia do Norte, ou RPDC.
986) Desconcentracao da pesquisa cientifica mundial
Cerca de dois anos atrás, ao fazer uma resenha de um livro sobre ciência e tecnologia no mundo, coloquei-me frontalmente contra a tese principal do autor, que pretendia confirmar velhas teses "terceiro-mundistas" sobre a concentração da pesquisa científica no mundo e, consequentemente, da inovação tecnológica. Mesmo sem dispor dos dados básicos relativos aos centros de produção de ciência e tecnologia, ou seja, sem fundamentar quantitativamente meus argumentos, coloquei-me em oposição completa às teses do autor, seja porque elas contrariavam os dados da realidade visível, em nossos países, seja ainda porque elas contrariavam o simples bom senso.
Minha resenha, publicada na revista do CGEE, Parcerias Estratégicas, despertou a ira do autor do livro -- na verdade, uma tese acadêmica, defendida na UnB, em banca contando com professores que supostamente partilhavam das teses do autor -- que pretendeu responder negando minha resenha e considerando-a pouco fiel às idéias defendidas em sua obra. Talvez fosse isso mesmo, mas eu pretendo ficar do lado da realidade, não de autores que realimentam velhas teses desgastadas pelo tempo e que contrariam simplesmente a racionalidade do desenvolvimento dos mercados.
Minha resenha pode ser lida nestas coordenadas:
“A produção do conhecimento nas sociedades contemporâneas: a concentração e as desigualdades são inevitáveis?”, Brasília, 25 novembro 2006, 11 p.
Resenha de Fernando Antonio Ferreira de Barros: A tendência concentradora da produção de conhecimento no mundo contemporâneo (Brasília: Paralelo 15 – Abipti, 2005, 307 p.), aproveitando algumas idéias da primeira (1536)
In Parcerias Estratégicas (Brasília: CGEE; nº 23, dezembro 2006; ISSN: 1413-9375; p. 435-446; link).
O autor respondeu à minha resenha por artigo de réplica, “A tendência concentradora da produção de conhecimento no mundo contemporâneo, Réplica, Fernando Antônio Ferreira de Barros”, na mesma revista Parcerias Estratégicas (Brasília: CGEE; nº 25, dezembro 2007; ISSN: 1413-9375; p. 291-300; link).
Neste último dia do ano de 2008, o Le Monde (data de capa de 1.01.2009) traz uma matéria que confirma largamente minhas teses. A ler e refletir.
Recherche : la Chine en passe de combler son retard
LE MONDE, 31.12.08
Dépenses, compétences, publications scientifiques, brevets : la Chine, comme le montre le dernier rapport bisannuel de l'Observatoire des sciences et des techniques (OST) qui vient de paraître, a progressé de manière spectaculaire sur tous les fronts de la recherche et du développement (R & D).
Même si, comme le signalait une enquête de l'Organisation pour la coopération et le développement économiques (OCDE), les dépenses et les avancées de la recherche chinoise doivent être relativisés (Le Monde du 30 août 2007), cette puissance s'intensifie incontestablement.
Alors que les Etats-Unis demeurent, et de loin, la superpuissance en matière de recherche et développement avec une dépense intérieure de 280 milliards de dollars (198 milliards d'euros), loin devant l'Union européenne (UE) avec 199 milliards de dollars et le Japon (113 milliards de dollars), la Chine s'invite à la table des grands avec une dépense de 101 milliards de dollars.
Une dynamique de progrès y est enclenchée. Ce pays a multiplié par plus de deux ses dépenses intérieures en R & D entre 2000 et 2005, propulsant sa part dans les dépenses mondiales de 6,2 % à 11,8 %, tandis que celles des Etats-Unis, de l'UE, et du Japon dans une moindre mesure, ont régressé. Mais alors que les dépenses publiques s'affichent en forte augmentation aux Etats-Unis (+ 20 % entre 2000 et 2005) et dans l'Union européenne (+ 4 %) , elles diminuent au Japon (- 19 %) et en Chine (- 21 %). A l'inverse, le secteur privé gagne du terrain dans ces deux pays.
La démographie est un autre indicateur mis en avant dans le rapport de l'OST. Sur les 140 millions d'étudiants recensés dans le monde, 40,3 % sont en Asie, contre 25,8 % en Europe, 15,3 % en Amérique du Nord, 9 % en Amérique centrale et du Sud et 5,6 % en Afrique. Dotée d'un capital humain gigantesque - et bien qu'une faible proportion de sa population ait accès à l'enseignement supérieur -, la Chine est le pays qui compte le plus grand nombre d'étudiants : 23,4 millions, contre 17,3 millions aux Etats-Unis.
Même chose en termes de chercheurs. Sur les 6 millions recensés dans le monde, l'OST pointe que 35,2 % d'entre eux vivent en Asie, contre 32,8 % en Europe et 25,4 % en Amérique du Nord. A eux seuls, les Etats-Unis concentrent 1,4 million de chercheurs, contre 1,3 million dans l'UE et 1,1 million en Chine. C'est cependant au Japon que la densité de chercheurs par rapport à la population active est la plus forte (10,6 chercheurs pour 1 000 actifs), ce ratio s'établissant à 9,21 aux États-Unis et à 5,70 dans l'Union, très loin devant la Chine qui ne dispose que de 1,43 chercheur pour 1 000 actifs.
GRANDE PRODUCTIVITÉ
Les publications constituent aussi un indicateur précieux pour mesurer la dynamique des équipes de recherche. La croissance de l'Asie, qui a gagné plus de 4 points entre 2001 et 2006, passant de 18,3 % à 22,4 % dans la part mondiale des publications, est là encore patente. Pour la seule Chine, le bond en avant a été phénoménal, le pays progressant de 96 % au cours de la période, se propulsant au troisième rang mondial "avec 7 % des publications toutes disciplines confondues", soit trois places de mieux qu'en 2001.
Toutefois, cette productivité ne s'accompagne pas d'une grande visibilité. Non seulement l'Union européenne reste le numéro un incontesté en matière de publications scientifiques (33,3 %), devant les Etats-Unis (26,2 %), mais, de surcroît, "l'impact" de ces travaux (c'est-à-dire le nombre de citations entraîné par une publication) - particulièrement ceux des Américains - est bien plus fort que celui des Asiatiques.
Autre indice important du dynamisme technologique d'un pays, les demandes de brevet européen de pays d'Asie explosent : leur part a augmenté de 41 %, tandis que celle des demandes émanant des pays d'Europe et d'Amérique du Nord a baissé de 11 %, toujours sur la période 2000-2006. Au sein du continent asiatique, la hausse des dépôts de brevets de la Corée du Sud (+ 205 %) et de la Chine (+ 124 %) est particulièrement remarquable. L'OST cite notamment la progression de cette dernière en électronique-électricité, celle de l'Inde en chimie - matériaux et pharmacie - et biotechnologies et celle de la Corée du Sud en instrumentation, notamment.
Au plan mondial cependant, l'Europe, et l'UE en particulier avec 37,3 % des demandes de brevet, les Etats-Unis avec 28,9 % et le Japon (17,8 %) restent largement majoritaires. Ces trois grands dominent également le système de brevets américain, les Etats-Unis bénéficiant de plus de la moitié des demandes déposées (51,3 %), devant le Japon (21,3 %) et l'UE (14,7 %). Mais ici comme sur le Vieux Continent, leurs parts - à l'exception de celle du Japon - diminuent au profit de la Chine (+ 261%) et des dix pays d'Asie du Sud-Est regroupés dans l'Asean (+ 84 %).
Brigitte Perucca
Le Monde, édition du 01.01.09
Addendum em 5.01.2009:
América Latina: A ciência cresce, apesar da crise
Nora Bär
in Jornal da Ciência e-mail, 5.01.2009
Aumenta o número de cientistas, de publicações e de pedidos de patentes, mas é preciso mais investimento privado
Nora Bär é editora de Ciência e Saúde do jornal La Nacion, Argentina:
Aunque la "crisis" amenace la economía mundial, el año que acaba de cerrarse arroja un balance positivo para la ciencia local y del resto de América latina. Con todos los indicadores en crecimiento (inversión, recursos humanos, publicaciones, patentes), se consolida un período de expansión de alrededor de seis años que, según los especialistas, debería continuar.
Tales son las conclusiones que surgen de la precisa radiografía que traza "El estado de la ciencia", informe elaborado anualmente por la Red Iberoamericana de Indicadores de Ciencia y Tecnología (Ricyt), del Programa de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo, y el Observatorio Iberoamericano de Ciencia, Tecnología e Innovación, perteneciente al Centro de Altos Estudios Universitarios de la Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura.
"Hay muchos motivos para ser optimistas -dice el doctor Mario Albornoz, coordinador de la Ricyt y director del Centro Argentino de Información Científica y Tecnológica del Conicet-. El carro se ha puesto en marcha. Exitos tenemos muchos. El asunto es lograr que esos casos excepcionales de cualquiera de nuestros países se conviertan en la regla."
Para Albornoz, aunque la inversión en ciencia crece en forma despareja, otros indicadores -como el aumento de recursos humanos dedicados a actividades científico-tecnológicas, o el de publicaciones en revistas de primer nivel internacional- dejan entrever un panorama alentador.
"El único país que supera una inversión del 1% del PBI en ciencia es Brasil -comenta-. El resto está lejos de ese nivel [la Argentina llega al 0,49%]. Pero aunque hubo un crecimiento leve en la inversión, hubo uno importantísimo en calidad. América latina es la región que más crece en publicaciones en todas las bases de datos, y no sólo en el Science Citation Index(SCI)."
Aunque no con el ímpetu de Brasil, la producción científica local medida por las publicaciones en revistas internacionales también creció vigorosamente: en la última década pasó de 4262 a 5935 en el SCI; de 1994 a 2669, en la base Pascal, y de 658 a 1426, en Compendex, por citar sólo algunas.
"Después de los años «malos», principalmente como consecuencia de la crisis de 2001, los científicos encontraron un clima que les permitió trabajar tranquilos y recuperar el entusiasmo", dice Albornoz.
Otro dato positivo es el retorno de investigadores, que ya superan los 600, "un número nada despreciable", según el especialista.
"Tal vez no tenga la envergadura que podría tener, pero lo cierto es que antes se nos iban -reflexiona-. Es algo que no se puede pasar por alto. Y menos aún si se tiene en cuenta que la tendencia es creciente. Todo indica que este año serán más aún."
Otra de las noticias auspiciosas que deja 2008 es el excelente momento por el que está pasando el Conicet, que está consolidándose y continúa creciendo a razón de más de 2000 investigadores por año.
"Y lo ha hecho sin tensiones ni conflictos -subraya Albornoz-. Hay quienes observan que el aumento en el número de becas [para el ingreso a la carrera de investigador] que se conceden hace que baje el tradicional nivel de excelencia. Pero los brasileños también dieron becas para doctorados masivamente, y aunque luego muchos fueron fracasos académicos, el crecimiento está a la vista? Por otro lado, es tan bueno que pueda haber una salida académica para que los pibes no tengan que irse afuera..."
Un capítulo novedoso en la actividad científico-tecnológica de la región es el del patentamiento. El número de patentes es uno de los indicadores utilizados para medir los resultados de los sistemas de innovación y desarrollo, pero como tradicionalmente la investigación en América latina se hacía en ámbitos académicos no había tradición de patentamiento. En el país, el Conicet es la institución, entre las públicas y las privadas, que más número de patentes solicitó.
"Las propias universidades tomaron conciencia de que tienen que alentar el patentamiento, y ahora hay incluso argentinos que están patentando en los grandes mercados, lo que significa que tienen esperanzas de que sus desarrollos sean competitivos en el plano internacional", explica Albornoz.
Dentro de este panorama estimulante, subsiste lamentablemente un dato negativo: "El drama, sobre todo en nuestro país, es la falta de inversión privada. Brasil encontró una manera de estimularla a través de las concesiones de explotación de servicios públicos. En la Argentina estamos atrasados, igual que el resto de América latina. Y eso no es culpa del sistema científico, sino consecuencia del tipo de estructura económica de nuestros países. Tiene más herramientas para corregirlo el ministro de Economía que el de Ciencia", afirma el especialista.
Sin embargo, enseguida concluye: "Los engranajes se han puesto en marcha y hacen prever que [este proceso de crecimiento] no va a decaer, porque hay optimismo, hay gente de calidad trabajando y hay apoyo institucional. Si además mejora el financiamiento, creo que puede haber un salto interesante".
(La Nacion, 2/1)
985) Um balanço de final de ano, com alguma explicação para tal...
Paulo Roberto de Almeida
(www.pralmeida.org; pralmeida@mac.com)
Em 31 de dezembro de 2008
A cada final, ou começo, de ano, somos todos tentados a empreender uma espécie de balanço do ano que se passou e a estabelecer algum tipo de planejamento, ou agenda de trabalho, para o ano que se inicia. Isto é próprio desta época, pois a maior parte das pessoas e empresas segue o calendário anual, gregoriano no caso de nossas sociedades ocidentais, para fins de balanço periódico, para contabilidade (e eventual distribuição de lucros), para estoque patrimonial, levantamento de ativos em caixa, ou seja lá o que for.
No que me concerne, não tenho dividendos a distribuir, nem saldos a contabilizar, ou dívidas a pagar – a não ser a rotação normal dos cartões de crédito – e muito menos teria contas a prestar a alguém, a não ser à minha família e minha própria consciência. Sou um ser livre, tanto quanto permitido pela minha condição de funcionário público, de professor universitário e de colaborador voluntário, regular ou ocasional, para uns tantos pasquins eletrônicos que insistem em me ter como escritor anarco-literário. Mas, essa “prestação de contas” eu posso fazer se desejar, pois ninguém irá me cobrar nada se não o fizer. Esta condição que exibimos, de pessoas livres em sociedades livres, é algo relativamente novo na história da humanidade, tendo se consolidado apenas a partir do Iluminismo europeu e do constitucionalismo contemporâneo, sendo ainda desconhecida em determinadas sociedades (felizmente, cada vez em menor número).
A rigor, só posso empreender um balanço de meus trabalhos escritos, pois esta é, talvez, a parte mais visível de minha atividade pessoal, a que mais me engaja, me cativa e me atrai, em sua simplicidade aparente.
(...)
(Aos que desejarem continuar lendo este último trabalho do ano de 2009, permito-me encaminhá-los a este link.)
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
984) China: movimento Carta 08 pede democracia e reformas profundas
O resultado foi a revolução republicana de Sun-Yat Sen, em 1911, que acabou com a monarquia e tentou instalar um regime republicano parlamentar.
Não foi possivel estabilizar um regime democrático, inclusive porque a China vivia submetida ao regime de concessões em favor das principais potências imperiais européias, EUA inclusive, a partir dos tratados desiguais de 1844 (que terminaram apenas um século depois, em plena Segunda Guerra) que concederam Honk-Kong para a GB por um século e impuseram o sistema de extra-territorialidade em favor dos estrangeiros, que inclusive dispunham de zonas exclusivas em várias cidades e portos.
A China, já humilhada pelo Japão em 1895, mergulhou, a partir dos anos 1920, num quadro de guerras intermitentes entre generais e chefes regionais, o que impeliu o Japão a invadi-la e submetê-la, a partir da Mandchuria, em 1931.
O resto foi história, de guerra ou de totalitarismo, inclusive o massacre de Nanquim, perpetrado pelos japoneses, em 1937, e a guerra civil depois da derrota do Japão, em 1945, que culminou com a vitória dos comunistas em 1949, e a expulsão dos nacionalistas para Taiwan.
Talvez a Carta 08 consiga seus objetivos, dentro de mais uma geração, provavelmente, quando a prosperidade for suficiente para que o Partido Comunista admita uma liberalização ampliada...
A China NUNCA conheceu democracia, jamais... (como a Russia, aliás...).
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Paulo Roberto de Almeida
China's Charter 08
The New York Review of Books, Volume 56, Number 1 · January 15, 2009
Translated from the Chinese by Perry Link
The document below, signed by more than two thousand Chinese citizens, was conceived and written in conscious admiration of the founding of Charter 77 in Czechoslovakia, where, in January 1977, more than two hundred Czech and Slovak intellectuals formed a
loose, informal, and open association of people...united by the will to strive individually and collectively for respect for human and civil rights in our country and throughout the world.
The Chinese document calls not for ameliorative reform of the current political system but for an end to some of its essential features, including one-party rule, and their replacement with a system based on human rights and democracy.
The prominent citizens who have signed the document are from both outside and inside the government, and include not only well-known dissidents and intellectuals, but also middle-level officials and rural leaders. They chose December 10, the anniversary of the Universal Declaration of Human Rights, as the day on which to express their political ideas and to outline their vision of a constitutional, democratic China. They want Charter 08 to serve as a blueprint for fundamental political change in China in the years to come. The signers of the document will form an informal group, open-ended in size but united by a determination to promote democratization and protection of human rights in China and beyond.
Ler o Manifesto Carta 08 e outras informações, neste post do meu blog dedicado a textos para leitura.