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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 15 de outubro de 2011

E for falar na Academia: socios correspondentes estrangeiros

Aqui vai a lista (desformatada) de todos os sócios correspondentes da Academia Brasileira de Letras, com prestigiosos nomes da cultura, da ciência, das humanidades em geral, mas também do mundo político (nem sempre pelas boas razões)...
O link original está aqui.

Sócios Correspondentes e Patronos
Cadeira 1
 Nome  País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Alexandre de Gusmão Brasil  Patrono
-
1695
1753
 Bartolomeu Mitre Argentina 1º ocupante
1898
1821
1906
 Gonçalves Viana Portugal 2º ocupante
1910
1840
1914
 Alberto d'Oliveira Portugal 3º ocupante
1914
1873
1940
 Padre Serafim Leite, S. J. Portugal 4º ocupante
1940
1890
1969
 Marcelo Caetano Portugal 5º ocupante
1970
1906
1980
 Antônio Alçada Baptista Portugal 6º ocupante
 1981 
1927
2008
 Didier Lamaison França 7º ocupante
 2009
1947
-

Cadeira 2
Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Antônio José da Silva, o JudeuBrasil Patrono
 -
 1705
 1739
 Eça de Queirós Portugal 1º ocupante
 1898
 1845
 1900
 Carlos Malheiro Dias Portugal 2º ocupante
 1907
 1875
 1941
 Egas Moniz Portugal 3º ocupante
 1942
 1874
 1955
 Reinaldo dos Santos Portugal 4º ocupante
 1957
 1880
 1970
 João Gaspar Simões Portugal 5º ocupante
 1970
 1903
 1987
 Mário Soares Portugal 6º ocupante
 1987
 1924
 -

Cadeira 3
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Botelho de Oliveira Brasil Patrono
 -
 1636
 1711
 Elisée Réclus França 1º ocupante
 1898
 1830
 1905
 Jaime de Séguier Portugal 2º ocupante
 1910
 1860
 1932
 Armando Erse de
Figueiredo (João Luso)
 Portugal 3º ocupante
 1932
 1875
 1950
 Rebelo Gonçalves Portugal 4º ocupante
 1950
 1907
 1982
 Álvaro Salema Portugal 5º ocupante
 1982
 1914
 1991
 Urbano Tavares Rodrigues Portugal 6º ocupante
 1992
 1923
 -

Cadeira 4
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Eusébio de Matos Brasil Patrono
 -
 1629
 1692
 Émile Zola França 1º ocupante
 1898
 1840
 1902
 António Correia de Oliveira Portugal 2º ocupante
 1910
 1879
 1960
 Aquilino Ribeiro Portugal 3º ocupante
 1960
 1886
 1963
 Leopold Sédar Senghor Senegal 4º ocupante
 1966
 1906
 2001
 António Braz Teixeira Portugal 5º ocupante
 2002
 1936
 -

Cadeira 5
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 D. Francisco de Sousa Brasil Patrono
 -
 1628
 1713
 Eugênio de Castro Portugal 1º ocupante
 1898
 1869
 1944
 Augusto de Castro Portugal 2º ocupante
 1945
 1883
 1971
 Joaquim Paço d`Arcos Portugal 3º ocupante
 1972
 1908
 1979
 Domingos Monteiro Portugal 4º ocupante
 1979
 1903
 1980
 David Mourão-Ferreira Portugal 5º ocupante
 1981
 1927
 1996
 Mia Couto Moçambique 6º ocupante
 1998
 1951
 -



Cadeira 6

 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Mathias Ayres Brasil Patrono
 -
 1705
 1763
 Guerra Junqueiro Portugal 1º ocupante
 1898
 1850
 1923
 Enrique Lopes de Mendonça Portugal 2º ocupante
 1923
 1856
 1931
 José Leite de Vasconcelos Portugal 3º ocupante
 1931
 1858
 1941
 Joaquim Leitão Portugal 4º ocupante
 1941
 1875
 1956
 Nuno Simões Portugal 5º ocupante
 1959
 1894
 1975
 Jacinto do Prado Coelho Portugal 6º ocupante
 1976
 1920
 1984
 Vergílio Ferreira Portugal 7º ocupante
 1984
 1916
 1996
 Alberto Noguès Paraguai  8º ocupante
 1996
 1912
 2000
 Luciana Stegagno Picchio Itália 9º ocupante
 2002
 1920
 2008
 Arnaldo Saraiva Portugal 10º ocupante
 2008
 1939
 -

Cadeira 7
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Nuno Marques Pereira Brasil Patrono
 -
 1652
 1728
 Henrik Sienkiewicz Polônia 1º ocupante
 1900
 1846
 1916
 Júlio Dantas Portugal 2º ocupante
 1917
 1876
 1962
 Vitorino Nemésio Portugal 3º ocupante
 1962
 1901
 1978
 Joaquim Veríssimo Serrão Portugal 4º ocupante
 1978
 1925
 -

Cadeira 8
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Rocha Pita Brasil Patrono
 -
 1660
 1738
 John Fiske EUA 1º ocupante
 1900
 1842
 1901
 Cândido de Figueiredo Portugal 2º ocupante
 1901
 1846
 1925
 José Maria Rodrigues Gondim Portugal 3º ocupante
 1925
 1857
 1942
 Fidelino de Figueiredo Portugal 4º ocupante
 1942
 1888
 1967
 Luís Forjaz Trigueiros Portugal 5º ocupante
 1967
 1915
 2000
 Agustin Buzura Romênia 6º ocupante
 2001
 1938
 -

Cadeira 9
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Santa Rita Durão Brasil Patrono
 -
 1722
 1784
 John Hay EUA 1º ocupante
 1900
 1838
 1905
 Ramalho Ortigão  Portugal 2º ocupante
 1910
 1836
 1915
 António Feijó Portugal 3º ocupante
 1915
 1860
 1917
 João de Barros Portugal 4º ocupante
 1917
 1881
 1960
 Hernâni Cidade Portugal 5º ocupante
 1961
 1887
 1974
 Adriano Moreira Portugal 6º ocupante
 1975
 1922
 -

Cadeira 10
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Frei Vicente do Salvador Brasil Patrono
 -
 1564
 1636
 Teófilo Braga Portugal 1º ocupante
 1898
 1843
 1924
 Antero de Figueiredo Portugal 2º ocupante
 1924
 1866
 1953
 José Caeiro da Mata Portugal 3º ocupante
 1955
 1883
 1963
 Cardeal Manuel Cerejeira Portugal 4º ocupante
 1964
 1888
 1977
 Fernando Namora Portugal 5º ocupante
 1978
 1919
 1989
 Agustina Bessa-Luís Portugal 6º ocupante
 1989
 1922
 -

Cadeira 11
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Alexandre Rodrigues Ferreira Brasil Patrono
 -
 1755
 1815
 Garcia Mérou Argentina 1º ocupante
 1898
 1862
 1905
 Javier de Viana Uruguai 2º ocupante
 1910
 1868
 1926
 Miguel Luis Rocuant Chile 3º ocupante
 1926
 1889
 1950
 Eduardo Barrios Chile 4º ocupante
 1952
 1884
 1963
 Georges Raeders França 5º ocupante
 1969
 1896
 1980
 Curt Meyer-Clason Alemanha 6º ocupante
 1981
 1910
 -

Cadeira 12
 Nome País Posição Eleição NascimentoFalecimento 
 Antônio de Morais Silva Brasil Patrono
 -
 1757
 1824
 Guilherme Blest Gana  Chile 1º ocupante
 1898
 1829
 1905
 Victor Orban Bélgica 2º ocupante
 1910
 1868
 1946
 Sàmuel Putnam EUA 3º ocupante
 1947
 1892
 1950
 Enrique Larreta Argentina 4º ocupante
 1950
 1873
 1961
 Ricardo Saenz Hayes Argentina 5º ocupante
 1962
 1888
 1970
 Mario Amadeo Argentina 6º ocupante
 1977
 1911
 1983
 Fred P. Ellison EUA 7º ocupante
 1983
 1922
 -

Cadeira 13
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Domingos Borges de Barros Brasil Patrono
 -
 1779
 1855
 Henrik Ibsen Noruega 1º ocupante
 1898
 1828
 1906
 Conde de Monsaraz Portugal 2º ocupante
 1910
 1853
 1913
 John Gasper Branner EUA 3º ocupante
 1913
 1850
 1922
 Georges Dumas França 4º ocupante
 1922
 1866
 1946
 Georges Duhamel França 5º ocupante
 1946
 1884
 1966
 André Malraux França 6º ocupante
 1967
 1901
 1976
 Roger Caillois França 7º ocupante
 1977
 1913
 1978
 Jean d'Ormesson França 8º ocupante
 1979
 1925
 -

Cadeira 14
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Frei Francisco de Mont'Alverne Brasil Patrono
 -
 1784
 1858
 Herbert Spencer Inglaterra 1º ocupante
 1898
 1820
 1903
 Jean Finot Polônia 2º ocupante
 1910
 1856
 1922
 Ernest Martinenche França 3º ocupante
 1922
 1869
 1950
 Ramón Menéndez Pidal Espanha 4º ocupante
 1951
 1869
 1968
 William Grossman  EUA 5º ocupante
 1969
 1906
 1980
 Daisaku Ikeda Japão 6º ocupante
 1992
 1928
 -

Cadeira 15
 Nome País Posição EleiçãoNascimento  Falecimento
 Frei Gonçalves Ledo Brasil Patrono
 -
 1781
 1847
 D. José Echegaray Espanha 1º ocupante
 1898
 1833
 1916
 José Santos Chocano Peru 2º ocupante
 1910
 1875
 1934
 Rodolfo Rivarola Argentina 3º ocupante
 1935
 1857
 1942
 Ricardo Rojas Argentina 4º ocupante
 1943
 1882
 1957
 Miguel Ángel Carcano Argentina 5º ocupante
 1959
 1889
 1978
 Claude L. Hulet EUA 6º ocupante
 1978
 1920
 -

Cadeira 16


 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 José Bonifácio de
Andrada e Silva
 Brasil Patrono
 -
 1765
 1838
 Giosué Carducci Itália 1º ocupante
 1898
 1836
 1907
 Guglielmo Ferrero Itália 2º ocupante
 1907
 1871
 1942
 Jacques Maritain França 3º ocupante
 1942
 1882
 1973
 Julio Cesar Chaves Paraguai 4º ocupante
 1973
 1907
 1989
 Hermann M. Görgen Alemanha 5º ocupante
 1989
 1908
 1994
 Maurice Druon França 6º ocupante
 1995
 1918
 2009
 José Saramago Portugal 7º ocupante
 2009
 1922
 2010
 Leslie Bethell Inglaterra 8º ocupante
 2010
 1937


Cadeira 17
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Odorico Mendes Brasil Patrono
 -
 1799
 1864
 León Tolstoi Rússia 1º ocupante
 1898
 1828
 1910
 Martin Brussot Áustria 2º ocupante
 1912
 1881
 1968
 Herculano Amorim Ferreira Portugal 3º ocupante
 1969
 1895
 1974
 Rubem Andresen Leitão Portugal 4º ocupante
 1975
 1924
 1975
 Vitorino Magalhães Godinho Portugal 5º ocupante
 1976
 1918
 2011

Cadeira 18
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Silva Alvarenga Brasil Patrono
 -
 1749
 1814
 Paul Groussac França 1º ocupante
 1898
 1848
 1929
 Francisco Rodríguez Marín Espanha 2º ocupante
 1929
 1855
 1943
 Dardo Regules Uruguai 3º ocupante
 1943
 1887
 1961
 Aurelio Miró-Quesada Peru 4º ocupante
 1962
 1907
 1998
 José Vitorino de Pina Martins Portugal 5º ocupante
 2000
 1920
 2010

Cadeira 19
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Sotero dos Reis Brasil Patrono
 -
 1800
 1871
 Rafael Obligado Argentina 1º ocupante
 1898
 1851
 1920
 Gabriel d'Annunzio Itália 2º ocupante
 1900
 1863
 1938
 Ramón J. Cárcano Argentina 3º ocupante
 1938
 1860
 1946
 Gregório Aráoz Alfaro Argentina 4º ocupante
 1947
 1870
 1955
 Gregorio Marañón Espanha 5º ocupante
 1956
 1887
 1960
 Dámaso Alonso Espanha 6º ocupante
 1960
 1898
 1990
 Octavio Paz México 7º ocupante
 1990
 1914
 1998
 Alain Touraine França 8º ocupante
 1998
 1925
 -

Cadeira 20
 Nome País Posição Eleição Nascimento Falecimento
 Visconde de Cairu Brasil Patrono
 -
 1756
 1835
 Theodor Mommsen Alemanha 1º ocupante
 1898
 1817
 1903
 Goran Bjorkman Suécia 2º ocupante
 1910
 1860
 1923
 Alexandre Conty França 3º ocupante
 1924
 1864
 1947
 André Maurois França 4º ocupante
 1948
 1885
 1968
 Jean Roche
 França 5º ocupante
 1969
 1917
 2006
 Eduardo Lourenço de Faria
Portugal 6º ocupante
 2006
 1923
 -

Rio Branco: concurso da ABL e do Itamaraty


ABL e Itamaraty lançam concurso de redação em homenagem ao Barão do Rio Branco

(Notícias, 13/10/2011)
Academia Brasileira de Letras e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), por intermédio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) lançam o “Concurso de Redação Barão do Rio Branco – 100 anos”, que se insere na celebração do primeiro centenário da morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, que ocorrerá em 10 de fevereiro do próximo ano.
Poderão ser inscritos alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, regularmente matriculados em escola reconhecida. A redação visa avaliar a capacidade de expressão escrita e o conhecimento dos estudantes sobre a vida e a obra de Rio Branco, Patrono da Diplomacia Brasileira.
Cada candidato poderá participar com apenas uma redação, que deverá ter extensão mínima de 60 (sessenta) e máxima de 90 (noventa) linhas. Para validar a participação, o candidato deverá preencher o formulário de inscrição que encontra-se no  Edital (disponível também no site http://www.funag.gov.br/) e enviá-lo a concursos@academia.org.br, até às 18h da sexta-feira, dia 25 de novembro de 2011. As inscrições encaminhadas depois desta hora e dia serão automaticamente recusadas.
A data limite para entrega da redação será a dia 10 de março de 2012, sexta-feira. Cada autor premiado receberá a importância de R$ 2 mil, a ser depositada na conta bancária em nome do beneficiário.
Confira o Edital do concurso.

CONCURSO DE REDAÇÕES Nº 01/2011
BARÃO DO RIO BRANCO – 100 ANOS
CAPÍTULO I 
Do Objeto e das Condições de Pagamento 
Art. 1º O “Concurso de Redações Ministério das Relações Exteriores/Fundação
Alexandre de Gusmão-Academia Brasileira de Letras (MRE/FUNAG-ABL) Barão do 
Rio Branco – 100 anos”  insere-se na celebração do Primeiro Centenário da Morte de 
José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, que ocorre em 10 de 
fevereiro de 2012. A redação visa a avaliar a capacidade de expressão escrita e o 
conhecimento dos estudantes de ensino médio sobre a vida e a obra de Rio Branco, 
Patrono da Diplomacia Brasileira.  
Art. 2º  As despesas com o presente Concurso correrão à conta do orçamento da 
Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), para o exercício de 2012.  
CAPÍTULO II 
Das Inscrições e Envio das Redações 
Art. 3º  Poderão ser inscritos no “Concurso de Redações MRE/FUNAG-ABL Barão do 
Rio Branco – 100 anos” os alunos do 1º, 2º ou 3º anos do Ensino Médio, regularmente 
matriculados em escola reconhecida.  
Art 4º  É vedada a participação no Concurso de parentes em primeiro grau de membros 
da Comissão Julgadora, de servidores do MRE, da FUNAG, de Acadêmicos e de  
servidores da ABL.  
Art. 5º  Cada  candidato poderá participar com apenas uma redação. Tal redação deverá  
ter  extensão mínima de 60 (sessenta) e máxima de 90 (noventa) linhas, digitada com 
fonte “Times New Roman”, tamanho: 12  em espaço 1,5;  margens laterais: 3 cm; 
margem superior e inferior: 2,5 cm.  
Art. 6º Para validar sua inscrição, o candidato deverá preencher o formulário de 
inscrição, disponível em http//www.funag.gov.br e http//www.academia.org.br,                               
e enviá-lo a  concursos@academia.org.br, até às 18:00 horas da sexta-feira,  25 de 
novembro de 2011. As inscrições encaminhadas depois da hora e data antes 
mencionadas serão automaticamente recusadas.  
Art. 7º Após o envio do formulário de inscrição mencionado no artigo 6º, o candidato 
receberá uma resposta, dentro de cinco (5) dias úteis, com o seu código individual, o 
qual passará a ser o identificador para quaisquer contatos, em todas as fases, até ao fim 
do concurso.  Art. 8º Caso não receba o código identificador dentro do prazo estipulado no art. 7°, o  
candidato deverá entrar em contato com a ABL, por intermédio do email 
concursos@academia.org.br
Art. 9º Na folha de redação, o candidato deverá colocar somente o código de 
identificação atribuído no ato de inscrição. 
Art. 10º O candidato deverá enviar sua redação, com a devida identificação do 
remetente, pelos Correios, ao endereço da Academia  Brasileira de Letras, avenida 
Presidente Wilson, 203, Castelo 20030-021, Rio de Janeiro, RJ, com a indicação 
“Concurso Barão do Rio Branco”,  ou por via eletrônica, ao endereço eletrônico 
concursos@academia.org.br                               .                                .  
Art. 11  A data-limite para entrega da redação é  a sexta-feira,  10 de março de 2012, até 
às 18:00 horas. Para efeito de participação, será considerada a data de envio, pelos 
Correios ou via eletrônica.  O envio em data e hora posterior desclassificará 
automaticamente o candidato.  
Art. 12 O ato de inscrição no concurso implica a cessão, sem ônus, dos direitos autorais 
à FUNAG, com vistas a eventual publicação das redações.  
Capítulo III 
Da Comissão Julgadora 
Art. 13 A Comissão Julgadora, co-presidida pelo Presidente da FUNAG e pelo 
Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário da Morte do 
Barão do Rio Branco, criada pela Portaria 02/2011,  do Presidente da Academia 
Brasileira de Letras, atuará graciosamente e será composta paritariamente por seis 
membros, de reconhecido mérito, escolhidos de comum acordo pelos Co-Presidentes.  
Art. 14  Os membros da Comissão Julgadora selecionarão as redações a serem 
premiadas, de acordo com os seguintes critérios:  
a) adequação à proposta e ao gênero; 
b) argumentação (fuga do senso comum, informalidade, unidade); 
c) coesão (ligação de ideias, substituição, paragrafação); 
d) coerência (clareza, organização das ideias, progressão temática); 
e) gramática (acentuação, ortografia, pontuação, concordância e regência); e 
f) estética (letra legível,  margens regulares, ausência de borrões e rasuras, título 
centralizado).  
Art. 15  Até a data provável de 30 de junho de 2012, serão divulgados, pelos sites 
www.funag.gov.br e www.academia.org.br, os nomes dos autores das redações 
premiadas.  
Art. 16  A Comissão Julgadora fará a entrega dos prêmios mencionados neste edital, em 
cerimônia conjunta a ser realizada até 28 de agosto de 2012, na sede da ABL, no Rio de 
Janeiro.  Art. 17 A Fundação Alexandre de Gusmão arcará com os custos relativos às passagens 
aéreas dentro do território nacional dos autores premiados, bem como de hospedagem,  
para participação na cerimônia de premiação. As passagens aéreas serão concedidas, 
necessariamente, em classe econômica.  
Caso os autores premiados sejam menores de idade, serão também fornecidas 
passagem em classe econômica e hospedagem para um acompanhante.  
CAPÍTULO IV 
Da Premiação 
Art. 18  Serão atribuídos prêmios às dez redações consideradas como as melhores pela 
Comissão Julgadora. As decisões da Comissão Julgadora serão soberanas, em quaisquer 
circunstâncias. A Comissão Julgadora poderá deixar  de conferir prêmios, caso julgue 
cabível.  Cada autor premiado receberá  a importância de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a 
ser depositada em conta bancária em nome do beneficiário. Os dados da referida conta 
deverão ser informados à FUNAG com antecedência de 15 (quinze) dias da premiação.  
CAPÍTULO V 
Disposições Finais 
Art. 19. A falta de cumprimento de qualquer exigência deste edital acarretará a 
automática eliminação da redação concorrente. 
Art. 20. A participação implica a plena aceitação das normas deste edital e o 
descumprimento de qualquer uma delas acarretará a desclassificação. 
Art. 21. A Comissão Julgadora será competente para dirimir, graciosamente, eventuais 
dúvidas de interpretação do presente edital. 
Brasília,  26  de setembro de 2011 
(Gilberto Vergne Sabóia) 
Presidente da Fundação Alexandre de Gusmão 
(Alberto da Costa e Silva) 
Presidente  da Comissão Organizadora das Comemorações do  
Centenário da Morte do Barão do Rio Branco da 
Academia Brasileira de Letras

Livro: O Dissenso de Washington - Rubens A. Barbosa





Preservar a memória nacional
Rubens Antônio Barbosa, Ex-Embaixador em Washington
O Estado de S.Paulo, 27/09/2011
A preocupação com a preservação da memória de fatos e de momentos históricos no Brasil ainda é incipiente e não merece a atenção dos que militam na vida pública ou mesmo na atividade privada. Poucos são os relatos existentes de personalidades que poderiam dar testemunho relevante nesse sentido.
Não há uma contribuição significativa no gênero de autobiografias ou de relatos de participantes que tiveram algum papel na política, na economia ou na diplomacia para melhor entender a ação de personagens ou para conhecer diferentes percepções da formulação de políticas públicas. E também - porque não? - ficar sabendo de histórias curiosas e às vezes picantes dos bastidores dos centros de poder.
Durante quase cinco anos como embaixador em Washington, registrei, de forma sistemática, os principais acontecimentos em que estive envolvido, direta ou indiretamente, ou em que acredito ter tido algum tipo de influência. Com esses elementos informativos, decidi publicar um depoimento sobre o trabalho que transcorreu num período especialmente movimentado da vida diplomática na capital dos EUA.
O Dissenso de Washington, que será lançado hoje na Livraria da Vila da Alameda Lorena, em São Paulo, procura retratar o panorama das relações Brasil-EUA e os principais temas regionais e globais, vistos daquele posto de observação. O livro busca também sintetizar os conflitos políticos domésticos na dividida sociedade norte-americana e descreve os muitos desencontros dos EUA em relação ao Brasil e à América Latina na primeira metade da década inicial do século 21.
Nem sempre o trabalho de um embaixador, nos postos de maior visibilidade política e diplomática, coincide com acontecimentos especialmente marcantes na História do país onde está acreditado e também de seu próprio. No período em que trabalhei em Washington, de 1999 a 2004, pude presenciar as eleições presidenciais com vitória do partido oposicionista, tanto nos EUA quanto no Brasil, os ataques do 11 de Setembro e a eclosão das guerras no Afeganistão e no Iraque.
Também vivi a excepcional experiência de acompanhar de perto um longo período do relacionamento entre o Brasil e os EUA, como embaixador dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e de Lula, em governos que desenvolveram políticas externas bem distintas, o que, por vezes, acarretou desencontros no entendimento entre os dois países.
Apesar das nossas boas relações com os EUA no tocante aos temas políticos e diplomáticos, o diálogo com os membros do governo americano tendeu a se limitar quase que exclusivamente a questões de natureza bilateral, alguns problemas regionais, poucos assuntos globais e matérias pontuais do interesse de Washington. O envolvimento do Brasil em temas mais amplos de política internacional existia na época, mas era reduzido. Na descrição que faço no livro, ficam evidentes as limitações do nosso país no cenário internacional até 2004, apesar do visível aumento do nosso peso na América Latina.
Não seria novidade dizer que o trabalho diplomático num posto como Washington significa estabelecer uma interlocução direta e desarmada com as autoridades locais e os formadores de opinião, assim como buscar novas maneiras de projetar os interesses do Brasil na capital do país mais poderoso do mundo.
Era muito gratificante trabalhar com esse objetivo e perceber como gradativamente aumentava o interesse do governo local em conhecer o pensamento e a posição do Brasil nos assuntos mundiais de maior relevância. Era frustrante, no entanto, constatar que o Brasil ainda pouco pesava no processo decisório internacional, ao contrário dos outros membros do Bric - Rússia, Índia e China -, que, por circunstâncias históricas e geográficas, são protagonistas em conflitos regionais, dispõem de arsenais nucleares e ocupam posição de realce na política externa dos EUA.
No contato quase diário com colegas embaixadores e nos relatos que ouvia sobre as discussões com autoridades norte-americanas durante as visitas de chefes de Estado e ministeriais, ficava claro quão distante ainda se encontrava o Brasil do centro das decisões globais. Em conversas informais com os embaixadores dos principais países aliados dos EUA, como Reino Unido, França, Alemanha e Japão, ou mesmo de países rivais, como a China, podia-se perceber claramente que as questões e os temas de política internacional tratados por eles com o governo americano eram de um nível a que o Brasil ainda não tinha acesso.
A maior exposição externa nos últimos anos já indicava que o Brasil tinha potencial enorme, não só para se destacar como coadjuvante, mas também para ser atuante em qualquer questão na América Latina e em outros assuntos econômicos e políticos internacionais, como ocorre nos dias de hoje.
Em razão do crescente envolvimento nas questões globais, intensificou-se a participação brasileira em alguns assuntos de nosso interesse, como comércio, energia, meio ambiente, mudança de clima, agricultura e integração regional, questões que estão hoje no topo da agenda internacional. Atualmente, e cada vez mais, a voz do Brasil faz-se ouvir.
Como resultado de todas essas experiências, os quase cinco anos passados em Washington reforçaram minha convicção de que a nossa relação bilateral mais relevante é com os EUA, apesar das oportunidades perdidas pelo Brasil. A importância dos EUA, evidentemente, não exclui a necessidade de intensificar a aproximação com outros países, muito menos deixar de lado nossos interesses maiores. A defesa do interesse nacional e o respeito mútuo devem dar o tom do relacionamento entre os dois países.
Com essas notas que fiz na condição de observador privilegiado, espero deixar minha singela contribuição para nossa memória diplomática. 


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Comando Sul provocou atritos entre EUA e Brasil
Claudia Antunes
Folha de S.Paulo, 26/09/2011


Revelação está em livro de Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos EUA
"Dissenso de Washington" traz bastidores da relação bilateral durante os governos FHC e Lula

O Comando Sul das Forças Armadas americanas foi fonte de atritos entre EUA e Brasil depois do 11 de Setembro, segundo um livro que será lançado amanhã pelo ex-embaixador em Washington Rubens Barbosa.
Além de alimentar a imprensa com boatos sobre terrorismo na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), a fim de "valorizar sua atuação", o comando sediado em Miami treinava militares paraguaios propondo cenários em que os "brasiguaios" provocavam a partição do país vizinho.
O então chefe da força, general James Hill, equiparou as drogas a "armas de destruição em massa" e sugeriu que restrições legais ao uso dos militares contra o tráfico fossem "eliminadas" na América Latina.
"Hill tentava vincular seu comando aos temas quentes da agenda de segurança a fim de garantir sua fatia no orçamento do Pentágono", escreve Barbosa em "Dissenso de Washington - Notas de um Observador Privilegiado sobre as Relações Brasil-Estados Unidos".
O atual consultor e editor da revista "Interesse Nacional" relata sua experiência nos EUA entre 1999 e 2004, período da eleição de George W. Bush e do 11 de Setembro.
Ele esteve no Pentágono dois dias depois do local ter sido atacada. Foi o primeiro a ser avisado por John Bolton, do Departamento de Estado, de que os EUA queriam afastar o brasileiro José Maurício Bustani da Opaq (órgão da ONU para a proscrição de armas químicas).
Bolton depois foi embaixador na ONU, entidade que Bush criticou, em encontro com o presidente Lula, chamando-a de "shopping de boas ideias".
Barbosa traz os bastidores de uma relação bilateral que cresceu sob Fernando Henrique Cardoso e Lula. O Brasil começa a ter reconhecido seu papel global e não só regional, mas é um avanço aos trancos, como nos últimos 200 anos. "O Brasil está empenhado em salvar o mundo dos EUA", queixaram-se funcionários americanos aos brasileiros em 2002.
Na ocasião, os dois países divergiam sobre a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Enterrada sob Lula, a proposta morreu antes, diz Barbosa, quando os EUA retiraram da agenda temas de interesse brasileiro, como os subsídios agrícolas.
O livro, crítico à diplomacia lulista por não apostar na "parceria estratégica" firmada em 2003, mostra a ação de José Dirceu, quando presidente do PT, para tranquilizar os EUA sobre as intenções de Lula recém-eleito.
Conta como Bush quase aceitou a proposta do Brasil de negociar um acordo comercial entre EUA e Mercosul, via paralela à Alca.
Há muitos detalhes reveladores, como um diplomata americano que pergunta a um assessor: "Quando mesmo foi nossa intervenção na República Dominicana?"

O PCdoB, quem diria?, caiu na farra (com o nosso dinheiro)....

Pode ser que não seja o PCdoB, pode ser que este último partido maoista da face da Terra -- com os naxalistas da Índia, que são outros malucos extra-terrestres -- ainda seja impoluto e amigo da probidade (nos documentos do partido pelo menos), mas também parece que seus militantes mais bem sucedidos cairam na corrupção geral que parece atingir quase todos e um por um dos políticos versados em malandragens oficiais, ou seja, usar verba pública para fins privados.
Na verdade é muito pior, pois não se trata apenas de usar benesses do cargo, mas de organizar o assalto sistemático aos cofres públicos para fins pouco claros.
Minha contagem da contenda "imprensa vs governo" já deve ter passado de dez "demissíveis", embora o governo tenha demitido apenas quatro ou cinco. Demitido não é bem o caso, para ministros pegos com a boca na botija, como se dizia antigamente. Eles se demitiram, gritando contra a imprensa e recebendo os votos de confiança de quem devia zelar pela moralidade pública.
Paulo Roberto de Almeida 



Reinaldo Azevedo, 15/10/2011 08:37:13

As coisas ficaram definitivamente complicadas para o comunista sem multidões Orlando Silva, ministro do Esporte e homem-chave — deveria ser ao menos — na organização da Copa de 2014. A presidente Dilma Rousseff pode prestar um favor à moralidade pública e à competição com um único ato: a demissão de Silva, que tem de ir cantar em outra freguesia. Será uma decisão tardia. Deveria ter sido demitido por Lula. Jamais deveria ter sido reconduzido por ela própria.
Vocês se lembram daquele imbróglio envolvendo o PCdoB e ONGs de fachada que recebiam uma bolada do Programa Segundo Tempo e não prestavam serviço nenhum? Alguns militantes do partido foram presos. Entre eles, estava o policial militar João Dias Ferreira. Em entrevista à VEJA desta semana, ele dá detalhes de como funcionava (funciona ainda?) um esquema instalado dentro do Ministério do Esporte que pode ter desviado R$ 40 milhões em 8 anos.
Mas isso ainda é muito pouco. O chefe do rolo, ele garante, é o próprio Orlando Silva.  João Dias afirma que, quando secretário-executivo do Ministério — o titular era Agnelo Queiroz, do PT, atual governador do Distrito Federal —, O MINISTRO RECEBEU PESSOALMENTE SOMAS DE DINHEIRO NA GARAGEM DO MINISTÉRIO. Ele diz que, na gestão Agnelo, que também se beneficiava da maracutaia, o programa Segundo Tempo já funcionava como caixa dois do PCdoB.
A roubalheira era simples e eficiente. As ONGs só recebiam o dinheiro mediante uma taxa previamente negociada, que podia chegar a 20% do valor dos convênios. O PC do B indicava tudo: de “fornecedores” a pessoas encarregadas de dar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias. O próprio João Dias, amigão de Agnelo, controlava duas entidades, que receberam R$ 3 milhões. Segundo o inquérito, dois terços desse dinheiro desapareceram. Quando foram presos, os militantes do PC do B deram algumas pistas sobre o funcionamento do esquema. João Dias ficou de bico calado. Agora decidiu falar.
Ele dá o nome do homem que fazia a coleta e levava dinheiro para o ministério, inclusive para o agora ministro. Trata-se de Célio Soares Pereira, que também fala a VEJA. O relato sobre uma ocorrência de 2008 impressiona: “Eu recolhi dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas R$ 50 e R$ 100″.
Por que agora?
E por que Ferreira resolveu romper o silêncio? Leiam um trecho da reportagem de Rodrigo Rangel:
A lua de mel do policial com o ministério e a cúpula comunista começou a acabar em 2008, quando passaram a surgir denúncias de irregularidades no Segundo Tempo. Ele afirma que o ministério, emparedado pelas suspeitas, o deixou ao léu. “Eu tinha servido aos interesses deles e, de repente, quando se viram em situação complicada, resolveram me abandonar. Tinham me prometido que não ia ter nenhum problema com as prestações de contas.” O policial diz que chegou a ir fardado ao ministério, mais de uma vez, para cobrar uma solução, sob pena de contar tudo.
No auge da confusão, ele se reuniu com o próprio Orlando Silva. “O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem”, diz. O ministro, por meio de nota, confirma ter se encontrado com o policial. Diz que o recebeu em audiência, mas nega que soubesse dos desvios ou de cobrança de propina. “É uma imputação falsa, descabida e despropositada. Acionarei judicialmente os caluniadores”, afirmou o ministro em nota.
Dinheiro na campanha do Apedeuta
Leiam na edição impressa a íntegra da reportagem, de seis páginas. Entre outras coisas, João Dias revela que repassou, em 2006, R$ 1 milhão da dinheirama para a campanha presidencial de Luiz Inácio Apedeuta da Silva. Dinheiro dos impostos. Dinheiro dos pobres. O policial afirma que, numa das idas ao ministério para tentar resolver seus problemas, foi recebido pelo secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, também do PC do B: “Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram”. Filgueira admite o encontro, mas nega ter apanhado… O fato é que, vejam lá, ele conseguiu parte do que queria com ou sem os sopapos.
Credibilidade?
Já posso ouvir certo alarido: “Que credibilidade tem alguém com esse perfil?” Ora, a pergunta não deve ser feita à reportagem de VEJA, mas ao agora governador Agnelo Queiroz e a Orlando Silva. Do primeiro, o policial é amigo; do segundo, é correligionário. Tanto o ministro como um secretário da pasta o receberam em gabinete. Se João Dias é bandido, temos um ministro e um secretário que se encontram com bandido, certo? VEJA cumpre o seu papel: contar o que sabe. De resto, não há dúvida de que o Programa Segundo Tempo era uma pilantragem controlada pela turma do PC do B. Agora é um militante do partido e um ativo participante do esquema quem diz: o chefe é Orlando Silva.
É evidente que o ministro não tem condições de continuar na pasta. Moralmente, já não tinha desde o ano passado, quando o esquema foi revelad. A (des)organização da Copa do Mundo de 2014 prova, também, que ele é incompetente. A partir de agora, corre o risco de ter seu tempo tomado pela necessidade de se defender. A República e o próprio torneio podem arcar com esse custo?
Não faltam motivos, como a gente vê, para que a população saia às ruas com uma vassoura na mão. Está na hora de Dilma descobrir onde esqueceu a sua.

Livro: O Congresso por Ele Mesmo (hummmm....)


Enfim, não sei se o Congresso por ele mesmo é uma boa coisa, pois autopercepções costumam ser enganosas, indulgentes consigo mesmo, autocomplacentes, edulcoradoras da situação real, mas fica a recomendação.
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Paulo R. de Almeida

SBPC e royalties do pre-sal: a SBPC se engana...

A presidente (ou presidenta, como preferem alguns mistificados pela má propaganda governamental) da SPB está totalmente errada ao entrar na corrente rentista que pretende assegurar royalties do pré-sal (que só vão estar disponíveis muitos anos à frente) para serem investidos em educação.
Errada e iludida, como todos aqueles que pretendem se apossar de nacos dos royalties do pré-sal (pelas minhas contas, somando todas as frações já atribuídas já deve dar algo em torno de 320%), como se dinheiro fosse a garantia de que todas as coisas vão ser feitas na devida forma.
Quando é que as pessoas vão aprender que dinheiro não resolve os problemas?
Dinheiro mal gasto é a pior maldição que possa haver.
Quando se tem um projeto de produtividade, de qualidade, de eficiência, pode ser que as coisas melhorem.
Apenas colocar dinheiro público em más políticas, só pode resultar em más políticas mais caras, mais custosas, mais ineficientes.
A educação não vai melhorar com mais dinheiro, aliás pode até piorar.
A educação só vai melhorar quando as políticas e orientações (políticas, aliás) mudarem, radicalmente.
E isso não depende de dinheiro. Apenas de uma mudança de mentalidade...
Paulo Roberto de Almeida 

Presidente da SBPC reitera que recursos do pré-sal devem ser aplicados em Educação

Jornal da Ciência, 11/10/2011
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),Helena Nader, reitera a necessidade de deixar claro na lei a garantia de que uma parte dos recursos do petróleo extraído da camada de pré-sal seja aplicada em investimentos em Educação (básica e técnica) a fim de garantir o desenvolvimento sustentado do País.
"O petróleo é do Estado, ele não deve ser usado como uma política de governo. Dessa forma, essas riquezas devem ser utilizadas para promover o crescimento do País. E nada melhor do que investir esses recursos na Educação básica e técnica e em ciência e tecnologia que geram inovação", reforça Helena. Segundo ela, investimentos em inovação representam mais emprego qualificado e desenvolvimento de produtos de maior valor agregado para atender às necessidades da sociedade brasileira.   
O Brasil é considerado um grande produtor de commodities, ou seja, de produtos com baixo valor agregado, justamente pela falta de fomento à pesquisa. Por exemplo, na área de fármacos (produtos farmacêuticos) o País é abastecido pelas importações e acumula um déficit comercial em torno de US$ 12 bilhões por ano.  
 "O risco que temos de esses recursos não serem assegurados para Educação, principalmente, é de esses recursos serem utilizados como política de governo e não como política de Estado. O governo atual quer investir em Educação, mas não temos a garantia de que os futuros governos vão querer investir em Educação", menciona a presidente da SBPC, que volta a pedir o apoio da sociedade brasileira e da imprensa para levantar essa bandeira.
Além de querer um montante carimbado da partilha dos royalties do petróleo da camada de pré-sal para a Educação, ciência, tecnologia e inovação (C,T&I), Helena defende também a manutenção do veto do ex-presidente Lula às mudanças nas regras de distribuição de royalties e participações de petróleo. Essa opinião é compartilhada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante.
O ministro lembra que, pelas regras em vigor, uma parte da receita da exploração do petróleo está vinculada ao Ministério, outra parte à ao Ministério da Marinha, dentre outros. O artigo vetado, porém, tira essa vinculação e pulveriza os recursos para estados e municípios. Ou seja, prevê que royalties e participações especiais sejam  divididos entre os estados e municípios de acordo com os critérios dos fundos federais.
"Se fizerem isso, o sistema de ciência e tecnologia perde R$ 1 bilhão e isso compromete os sistemas de pós-graduação, universidades, laboratórios, pesquisas que são fundamentais para o Brasil inclusive gerar riquezas, poder crescer, poder competir mundialmente," disse o ministro recentemente.  A manutenção ou não do veto será decidida pelo Congresso nos próximos dias. O Senado Federal deve colocar também na pauta de votação a proposta sobre a partilha dos royalties do petróleo entre estados produtores e não-produtores até 19 deste mês. Caso a matéria seja votada pelos senadores, ela será enviada à Câmara dos Deputados com o compromisso de ser apreciada antes de 26 deste mês.
Já na distribuição da receita do petróleo extraído da camada de pré-sal, a presidente da SBPC menciona que a proposta defendida pela comunidade científica é a destinação mínima de 30% de todas as receitas geradas pelo petróleo para estados, municípios e para o Distrito Federal para educação e CT&I. A área também pede 7% das receitas da União.

Historias da Carochinha (politicamente corretas, como o governo gosta...)


Histórias como o Governo quer, Coluna Carlos Brickmann
(*)Coluna exclusiva para a Edição dos jornais de Domingo, 16 de outubro de 2011

A ministra Iriny, aquela que implicou com a propaganda da Giselle Bündchen, já tomou uma surra memorável no Conar, Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária: 20x0. Mas tanto ela quanto a secretária da Educação do Rio, Cláudia Costin, ainda tentam se meter nos roteiros das novelas.

Imaginemos como seriam as histórias se Suas Excelências pudessem impor seus pontos de vista. A Chapeuzinho seria "Vermelha", claro - o adjetivo não concordaria com o substantivo, mas com o gênero, que seria valorizado. O Lobo Mau precisaria mudar de nome, para que as crianças não associassem a maldade a um animal. Ele se chamaria Lobão - por que não Édison Lobão, de quem o Governo gosta tanto? Não comeria a Vovó: isso é coisa de humorista sem graça. Seria companheiro da Vovó. Chapeuzinho, em vez de chamar os caçadores para livrá-la do lupino assédio, iria a uma delegacia, em que seria tratada com toda a dignidade, para denunciá-lo com base na Lei Maria da Penha. E seria atendida.

Os Três Porquinhos seriam amigos do Lobão. Em vez de caçá-los, Lobão os levaria para Brasília, onde comeriam, mamariam e ficariam amigos de Sarney. Joãozinho e Maria não seriam presos pela Bruxa, que isso não é exemplo que se dê às criancinhas. Com fome, iriam para uma instituição conveniada, daquelas com verbas do Governo. Não teriam de provar que estavam engordando, porque obesidade também é feio e a comida, afinal, nem seria tanta, embora superfaturada.

Mas mostrariam o dedinho, ah, isso mostrariam. E fariam muito bem.