O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 23 de abril de 2013

O imperio, o petroleo e as ameacas assustadoras... - o petroleo, para o bem e para o mal

Primeiro o Império, que aparentemente corre o risco de ficar sem petróleo, se se concretizarem as ameaças do companheiro petrolífero-militar-parlamentar-bolivariano.
Depois, o subimpério, que corre o risco de ficar com o seu petróleo estocado a sete mil metros de profundidade, esperando tempos melhores.
Duas matérias altamente instrutivas, pelo menos a segunda...
Paulo Roberto de Almeida


Jaua amenaza a EEUU con medidas en suministro energético


El canciller Elías Jaua, dijo este lunes que su país está dispuesto a tomar medidas "en el orden comercial, energético, económico y político" contra Estados Unidos si es sancionado por ese país, al "rechazar" las recomendaciones de Washington sobre el recuento de votos de los recientes comicios presidenciales. Queremos "rechazar de manera categórica las inaceptables declaraciones de la señora Roberta Jacobson (secretaria de Estado adjunta para América Latina de Estados Unidos)", dijo Jaua a la televisora multiestatal Telesur, destacando que "lo más grave" de los dichos de la funcionaria es que "amenaza a Venezuela con sanciones".
"Si Estados Unidos apela al expediente de sanciones económicas o de cualquier otra índole, nosotros tomaremos las medidas en el orden comercial, energético, económico y político que consideremos necesarias para responder de manera contundente", añadió Jaua en declaraciones desde Ecuador, donde participa en una reunión de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA).
En 2012, Venezuela -principal productor de crudo sudamericano- exportó unos 900.000 barriles diarios a Estados Unidos, país con el que mantiene una tensa relación pero que sigue siendo el principal comprador del petróleo venezolano.
Jacobson instó el domingo, en unas declaraciones ofrecidas a la cadena CNN en español, a recontar los votos de los comicios presidenciales en Venezuela para que haya "confianza" y para "resolver la división" en el país.
La responsable afirmó además que "la mitad de los venezolanos no tiene confianza en el resultado" de los comicios del 14 de abril, en los que se impuso el delfín del fallecido Hugo Chávez, Nicolás Maduro, con un estrecho margen de 1,8% ante el opositor Henrique Capriles.
Consultada sobre la aplicación de eventuales sanciones a Venezuela en caso de que no hubiera un recuento de los votos, Jacobson señaló: "No podemos decir si vamos a implementar sanciones o no vamos a implementar sanciones".
Capriles supedita su reconocimiento de los resultados del domingo al proceso de auditoría ampliada que el Consejo Nacional Electoral tiene previsto iniciar esta semana, tras una impugnación del líder opositor.
Maduro, por su parte, ya asumió el viernes la presidencia al margen de las protestas opositoras que, según el gobierno, dejaron ocho muertos y decenas de heridos el día después de los comicios.
Jaua, que también tildó de "injerencistas" y "groseras" las declaraciones de Jacobson, acusó a su vez a Estados Unidos de estar "tras los hechos violentos del 15 de abril" y de no querer reconocer la "voluntad" del pueblo venezolano.
Además, el canciller destacó que la auditoría que se realizará al proceso electoral "no va a tener ninguna incidencia" en el resultado de los comicios.
"En Venezuela hay un resultado firme, una victoria clara y limpia", destacó.
Estados Unidos y Venezuela carecen de embajadores en sus respectivas capitales desde 2010.
El canciller venezolano, Elías Jaua, dijo este lunes que su país está dispuesto a tomar medidas "en el orden comercial, energético, económico y político" contra Estados Unidos si es sancionado por ese país, al "rechazar" las recomendaciones de Washington sobre el recuento de votos de los recientes comicios presidenciales.AFP

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“SHALE GAS” E PRÉ-SAL: O MUNDO TALVEZ SEJA PEQUENO PARA OS DOIS !
 BRASIL DEVE COLOCAR “AS BARBAS DE MOLHO” -  BOOM INDUSTRIAL NOS EUA

(JPNOR-03) 1.  Duas tecnologias novas desenvolvidas recentemente nos Estados Unidos estão revertendo todos os prognósticos de rápida alteração no equilíbrio de forças econômico do planeta e podem afetar seriamente o sonho brasileiro de achar um corte de caminho para o clube dos grandes do mundo.   A primeira envolve injetar uma mistura de água, areia e produtos químicos em estruturas rochosas que contêm microporos cheios de gás de modo a liberar os hidrocarbonetos aprisionados nelas. A segunda torna muito mais fácil chegar às mais finas camadas dessas rochas enterradas a baixas profundidades, além de permitir a perfuração de diversos poços a partir de um único ponto de partida.

2.    Essas duas novas técnicas de extração do que por lá se chama de “shale gas” estão provocando uma verdadeira explosão nos números de produção de gás e petróleo dos Estados Unidos e barateando de tal forma os custos de diversas industrias intensivas em energia que todos os prognósticos sobre a “crise  sistêmica” da economia americana, que estaria irremediavelmente condenada a ser engolida por economias emergentes, estão sendo refeitos.  Os entornos de Pittsburgh que, nos últimos anos, pareciam um cemitério de velhas siderúrgicas desativadas, assistem hoje a uma corrida frenética de capitais americanos, russos, franceses e até chineses para voltar a fabricar aço com a energia mais barata do mundo.

3.   O Maciço Marcellus, uma formação geológica de rochas arenosas impregnadas de gás e óleo se estende por quase 1.000 quilômetros ao longo das montanhas Apalaches do estado de Nova York até o de West Virgínia. Somente no ano passado o governo da Pennsylvania emitiu 2.484 permissões para a perfuração desse novo tipo de poço de petróleo. Somente os poços da porção do Maciço Marcellus nesse estado produziram 895 bilhões de pés cúbicos de gás em 2012, partindo de 435 bilhões no ano anterior. Em 2008 essa produção era igual a zero.  Isso representou uma injeção de US$ 14 bilhões na economia da Pennsylvania no ano passado (dados da Economist).

4.    Arkansas, Louisiana, Oklahoma e Texas viveram explosões semelhantes. A produção de gás e petróleo extraído dessas rochas quadruplicou nos Estados Unidos entre 2007 e 2010 e acrescentou 20% à produção nacional de petróleo em geral nos últimos cinco anos. Técnicos da British Petroleum afirmam que a produção deve continuar crescendo à base de 5,3% ao ano até 2030 e que, já no fim deste ano os Estados Unidos ultrapassarão a Rússia e a Arábia Saudita e se tornarão o maior produtor de petróleo e gás do mundo.  O preço do gás nessa região caiu de US$ 13 o BTU em 2008 para US$ 1 a 2 no ano passado, o segundo preço mais baixo do mundo depois do Canadá. As fabricas americanas consumidoras de gás estão pagando 1/3 do que pagam as alemãs e ¼ do que pagam as coreanas.

5.   Gás barato também se traduz em eletricidade barata. Em 2011 as fábricas americanas nessas regiões já estavam pagando metade do custo da energia no Chile ou no México e ¼ do que se paga na Itália.  Não é só a indústria de metalurgia que se beneficia com isso. Além de todas as demais, as de uso intensivo de energia, como as de plásticos, fertilizantes e outras também se tornam imbatíveis. E, além disso, os Estados Unidos têm a maior rede do mundo de oleodutos e gasodutos, o que espalha facilmente essa riqueza a preço baixo para todo o país. A Costa do Golfo, onde existe outro maciço dessas rochas, também vive um forte renascimento industrial.

6.   Fabricas instaladas no Chile estão sendo desmontadas e transportadas inteiras para a Louisiana. A Bridgestone, a Continental e a Michelin, revertendo um longo processo de declínio, estão reativando e aumentando suas fábricas de pneus na Carolina do Sul. Tudo gira em torno do início da exploração de novas jazidas de rochas porosas como as da Bacia Permian, na Louisiana, a de Eagle Ford Shale, no Texas, a da Formação Baken em Dakota do Norte e a Mississipi Lime, que atravessa o subsolo de Oklahoma até o Kansas. O efeito da redução das importações de petróleo no déficit comercial americano foi de US$ 72 bilhões no ano passado, ou 10% do déficit total. Esse “petróleo não convencional” gerou US$ 238 bilhões em atividades econômicas diretas, 1,7 milhão empregos e US$ 62 bilhões em impostos só no ano passado, sem contar os efeitos indiretos decorrentes da redução nos preços da eletricidade, do gás e dos produtos químicos.

7.   Analistas do Citigroup e do UBS calculam que só essa indústria vai gerar um crescimento de 0,5% do PIB norte-americano por ano nos próximos anos além de ensejar um renascimento das industrias de manufaturas nos Estados Unidos. As decisões recém anunciadas da GE de trazer de volta da China e do México para o Kentucky a produção de sua linha branca, e da Lenovo, o gigante chinês de hardware que comprou a linha de computadores pessoais da IBM, de produzi-los na Carolina do Norte são apontados como os primeiros passos desse  processo de reversão.
O efeito dessa inovação nos preços internacionais do petróleo ainda são pequenos. Mas os Estados Unidos, que foram os maiores importadores do mundo e rapidamente se tornarão autosuficientes, não são o único lugar do mundo onde existe esse tipo de formação rochosa que, lá, praticamente aflora do chão.

8.  De modo que o Brasil, que já está gastando por conta de reservas de petróleo enterradas a seis ou sete quilômetros debaixo do fundo do oceano, cuja extração começa a se tornar economicamente palatável com o barril acima de US$ 100 no mercado internacional, deveria por as barbas de molho e pensar melhor antes de jogar dinheiro fora.  Pois, por tudo que já se sabe por enquanto, o mundo ainda é pequeno demais para o “shale gas” e o pré-sal ao mesmo tempo.

Incompetencia petrolifera e gestao irresponsavel: a Petrossauro dos companheiros (Editorial Estadao)


Autossuficiência mais distante

22 de abril de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo
Sete anos depois de o ex-presidente Lula ter anunciado com estardalhaço a autossuficiência do Brasil em petróleo, o País precisa importar combustível para suprir a demanda interna. Por causa da gestão que o governo do PT impôs à Petrobrás, a autossuficiência durou pouco e sua reconquista demorará. Como admite a empresa, ela só será novamente alcançada em 2020, em termos plenos (incluindo derivados).
Como outros grandes atos do governo petista, a autossuficiência anunciada por Lula - com as mãos sujas de óleo, imitando o gesto com que, décadas antes, Getúlio Vargas comemorara a descoberta do primeiro poço da Petrobrás - no dia 21 de abril de 2006, na inauguração da Plataforma P-50, a 120 quilômetros do litoral fluminense, foi tema de intensa campanha publicitária. "Quando a Petrobrás foi criada, muitos não acreditavam que fosse viável", disse, em comunicado, o então presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. "O fato é que, 53 anos depois, ela conquistou a autossuficiência para o Brasil."
Mas a administração que afirmou ter "conquistado" essa condição foi responsável também por "desconquistá-la", pois não conseguiu fazer a produção crescer em ritmo igual ou superior ao do aumento da demanda interna por combustíveis derivados de petróleo. Em 2012, a produção média da Petrobrás foi de 1,98 milhão de barris/dia, mas o consumo total alcançou 2,06 milhões de barris/dia de derivados, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo. O consumo continua a subir, mas a Petrobrás continua a produzir menos. Em janeiro, a produção atingiu 1,96 milhão de barris/dia, menos do que a média de 2012, e, em fevereiro, caiu para 1,92 milhão de barris/dia.
A falta de manutenção adequada dos poços fez a produção cair mais depressa. A necessidade de reparos de maior porte, porque a manutenção não foi feita adequadamente, tem implicado a paralisação das operações por períodos mais longos, o que também contribui para fazer cair a produção global da empresa.
Do lado do refino, o que se constata é que, por terem sido definidos de acordo com critérios políticos e não técnicos, alguns projetos não saíram do papel e outros andam muito devagar, e a um custo muito maior do que o orçado inicialmente.
A construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é uma espécie de síntese da política da Petrobrás na área de refino durante a gestão Lula. Para agradar ao então presidente bolivariano da Venezuela, Hugo Chávez, seu aliado político, o ex-presidente brasileiro colocou a estatal venezuelana PDVSA como sócia (com 40% de participação) da Refinaria Abreu e Lima. A sócia não investiu nenhum tostão na obra, que está muito atrasada e cujo custo, inicialmente orçado em US$ 2,3 bilhões, não ficará em menos de US$ 18 bilhões.
A estagnação da capacidade de refino, por causa do atraso na construção de refinarias, força a Petrobrás a importar derivados em quantidades crescentes, para atender à demanda interna. Com a produção do petróleo em queda e sem aumentar a capacidade de refino, a empresa quadruplicou seu déficit comercial no primeiro trimestre do ano, em relação aos três primeiros meses de 2012. De janeiro a março, a Petrobrás aumentou suas importações em 40,2%, mas suas exportações diminuíram 50,3%. O resultado foi um déficit comercial acumulado de US$ 7,4 bilhões.
A produção, reconhece a presidente da empresa, Graça Foster, só voltará a aumentar a partir de 2014. É possível que, no próximo ano, a produção de petróleo seja igual ou ligeiramente superior, em volume, ao consumo interno de derivados. No entanto, como a capacidade de refino não será aumentada, o País continuará importando derivados.
A autossuficiência de fato, incluindo petróleo bruto e derivados, só será alcançada em 2020, quando, de acordo com seu planejamento estratégico, a Petrobrás estará produzindo 4,2 milhões de barris de petróleo por dia, terá capacidade de refino de 3,6 milhões de barris/dia e o consumo interno será de 3,4 milhões de barris/dia.

A seca traicoeira, traidora, bandida, e o retirante agressivo...

Já não se fazem secas como antigamente. Nos velhos tempos, ela ficava parada, secando, mirradinha, esperando as coisas definharem em volta de si. Agora ela ataca, essa meliante, e incita o retirante a não se retirar, mas atacar por sua vez, não a seca, mas o supermercado, que é onde está a comida, claro...


“A seca é um sofrimento que a gente sabe que na hora ela não vê ninguém. Ela ataca todo mundo, obviamente, quanto mais pobre pior. Mas, além disso, uma coisa nós tivemos o cuidado: o Brasil não pode mais ver aquela história de retirante faminto atacando supermercado, não tendo aonde cair…”.

Mas com o Bolsa qualquer coisa, isso não é mais preciso...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Integracao Regional: novo livro - Paulo R. Almeida

Acabo de receber o meu livro: um pouquinho magro, para o meu gosto, mas foi o que me solicitaram fazer: curtinho, simples, acessível, essas coisas... 
Parece que os alunos de hoje não gostam de muita leitura, e querem coisas mais elementares.
Não sei se me conformei ao padrão...




Paulo Roberto de Almeida
Integração Regional: uma introdução
São Paulo: Saraiva, 2013, 192 p.;
Coleção: Temas Essenciais em R.I., vol. 3
Coordenadores: Antonio Carlos Lessa, Henrique A. de Oliveira
ISBN: 978-85-02-19963-7



Índice



Prefácio                       xi

Sumário                       xv

Capítulo 1. Introdução: Regionalismo,
um fenômeno complexo da economia mundial    1
     1.1 O regionalismo e a economia mundial  3
     1.2 Acordos regionais preferenciais           6
     1.3 Como surgiram, como funcionam e quais são os tipos?           10
            Questões para discussão         10
            Para saber mais            11

Capítulo 2. O conceito de regionalismo e os processos de integração   13
     2.1 Parceiros voluntários    15
     2.2 O novo regionalismo    16
     2.3 O papel dos mercados nos processos de integração    18
            Questões para discussão         21
            Para saber mais            22

Capítulo 3. Por que acordos regionais? Para quê integração econômica?        23
     3.1 Os motivos da integração econômica   25
     3.2 Os efeitos negativos da adesão a um bloco comercial  26
     3.3 Benefícios da integração           27
     3.4 A globalização              31
     3.5 A “imitação” dos modelos bem sucedidos       35
     3.6 Esquemas de integração, um processo dinâmico          37
            Questões para discussão         38
            Para saber mais            39

Capítulo 4. Como são os acordos regionais?
Que tipos de integração econômica existem?       41
     4.1 Os processos de integração econômica            42
     4.2 Cooperação intergovernamental e cooperação supranacional –
           exemplos históricos      43
     4.3 Tipos de integração econômica            45
         4.3.1 Acordos de integração superficial 46
                  4.3.1.1 Área de preferencia tarifária (APT)          46
                  4.3.1.2 Zona de Livre Comércio (ZLC)    46
         4.3.2 Acordos de integração profunda   47
                  4.3.2.1 União Aduaneira (UA)     47
                  4.3.2.2 Mercado Comum (MC)   48
                  4.3.2.3 União Econômica e Monetária (UEM)    49
     4.4 Perspectivas da regionalização e da globalização         50
            Questões para discussão         52
            Para saber mais            52

Capítulo 5. Por que não integrar: razões antigas e modernas, boas e más       53
     5.1 Examinando os efeitos adversos dos esquemas de integração  55
     5.2 A influência das teorias econômicas nas políticas de comércio internacional 57
     5.3 O pensamento latino-americano           60
     5.4 A integração na América Latina           61
     5.5 Uma avaliação complexa          63
            Questões para discussão         64
            Para saber mais            65

Capítulo 6. Como se processa a integração no plano internacional?    67
     6.1 O itinerário contemporâneo dos blocos econômicos    69
     6.2 O mercado comum       72
     6.3 Globalização com regionalização          74
            Questões para discussão         82
            Para saber mais            83

Capítulo 7. O futuro do regionalismo comercial: mais do mesmo?      85
     7.1 Diferentes visões do livre comércio     87
     7.2 As alternativas parciais de liberalização           88
     7.3 Os infratores do sistema          90
     7.4 O protecionismo, fator prejudicial à saúde do sistema            91
     7.5 Os pontos positivos das tendências atuais      92
     7.6  A marcha da insensatez           94
            Questões para discussão         96
            Para saber mais            96

Conclusão: Do Zero ao Infinito?     97
     As bondades do livre comércio, em perspectiva teórica e prática  99
     As maldades da discriminação contra terceiros: uma ameaça sempre presente      101
     O grande salto para a frente do regionalismo comercial     103

Cronologia da integração no contexto internacional      107
     Experimentos de integração no sentido lato anteriores ao GATT 108
     O sistema multilateral de comércio: integração em marcha lenta    111
     A integração na América Latina: muitas declarações, pouca integração     118
     Fim do socialismo, impulsos na globalização e na regionalização  123
     Desenvolvimentos da integração nas Américas      127
     Multiplicação, expansão e dispersão dos experimentos integracionistas   130

Glossário                   143

Bibliografia comentada       169 

Disponível no site da Editora: www.saraivauni.com.br
link: http://www.saraivauni.com.br/Obra.aspx?isbn=9788502199637

The Economic Consequences of Mister Lula - talk at Brazil Lemann Institute of the University of Illinois (1 May)

Por enquanto só o título da palestra, depois a própria:


CENTER FOR LATIN AMERICAN & CARIBBEAN STUDIES

LEMANN INSTITUTE FOR BRAZILIAN STUDIES

UNIVERSITY OF ILLINOIS AT URBANA-CHAMPAIGN



Wednesday, May 1st, 2:00pm-3:30pm

Paulo Roberto de Almeida, Sociologist and Diplomat

Brazilian Foreign Policy: The Economic Consequences of Mister Lula

http://www.clacs.illinois.edu/lemann/events/default.aspx

A Avaaz virou linha auxiliar do MST; pior: virou servical de alguns bestalhoes ecoloesquizofrenicos...

Antigamente, muito antigamente a Avaaz era uma iniciativa de almas cândidas interessadas nas boas causas da humanidade: direitos humanos, corrupção, justiça, igualdade, enfim, essas bondades que todo mundo quer e poucos conseguem implementar.
Depois de ter sido conquistada (assaltada seria o nome mais correto) por militantes das causas esquizofrênicas ela passou a ser mais uma organização "social" a serviço dos companheiros de ideias totalitárias, embora pretendidamente progressistas.
Tem uma coisa que faz muito mal à inteligência: ecologista ignorante, ou ideológico. Geralmente eles são antimercado, o que já é um sinal que algo não funciona bem entre as duas orelhas desses novos cruzados da vida pura.
Agora eles se juntaram ao MST e a um bando de trogloditas da agricultura de subsistência (geralmente a mais danosa ao meio ambiente) para demonizar uma empresa de engenharia genética, que trabalha, nesta ordem, para obter lucro, e para oferecer sementes mais produtivas aos produtores rurais. Se essas sementes são, ou não, danosas ao meio ambiente ou à saúde humana, cabe às autoridades, munidas de relatórios científicos, decidir.
Mas os reacionários da causa perdida não pretendem isso: eles querem simplesmente proibir a empresa de trabalhar, já tendo decidido, a priori, e ideologicamente, que seus produtos são nefastos.
Nefastas são suas posições, ideias (se eles têm alguma), movimentações.
A Avaaz é uma linha auxiliar do MST, apenas isto. Ela foi reduzida a isto...
Vejam abaixo sua campanha mentirosa, deformada, fraudulenta.
Paulo Roberto de Almeida 


Caros membros da Avaaz,

Uma mega empresa está gradualmente tomando conta do nosso estoque de comida e colocando o futuro dos alimentos do planeta em perigo. Mas nós podemos virar o jogo contra as empresas que, como a Monsanto, continuam a pressionar por políticas que priorizam seus lucros, ao invés do bem-estar das pessoas. Comprometa-se com uma doação no valor de R$4 agora a ajudar a parar esta perigosa dominação da nossa política e dos nossos alimentos: 

Uma mega empresa está gradualmente tomando conta do nosso estoque global de alimentos, envenenando nossa política e colocando o futuro da comida do planeta em perigo. Para impedir que isso aconteça, temos que desmascará-los e desarticular a rede de controle global da Monsanto.

Monsanto, a gigante química que nos deu venenos como o Agente Laranja e DDT, tem um esquema superlucrativo. Primeiro passo: desenvolver pesticidas e sementes geneticamente modificadas (GM) projetadas para resistir aos mesmos pesticidas, patentear as sementes, proibir os agricultores de replantar suas sementes ano após ano e, em seguida, enviar espiões para investigar e processar os agricultores que não cumprirem essas diretrizes. Segundo passo: gastar milhões em lobby com funcionários do governo e contribuir para campanhas políticas, colocar ex-figurões da Monsanto em altos cargos no governo, e, em seguida, trabalhar com eles para enfraquecer os regulamentos e colocar os produtos da Monsanto nos mercados mundiais.

Como a lei dos EUA permite que as empresas gastem quantias ilimitadas para influenciar a política, muitas vezes isso significa que elas podem comprar as leis que quiserem. No ano passado, a Monsanto e empresas gigantes de biotecnologia gastaram absurdos US$45 milhões para acabar com uma iniciativa que rotularia produtos GM na Califórnia, ainda que 82% dos estadunidenses queiram saber se estão comprando GM ou não. Neste mês, a empresa ajudou a forçar a aprovação da "Lei de Proteção da Monsanto", que impede os tribunais de proibirem a venda de um produto, mesmo que este produto tenha sido aprovado pelo governo por um equívoco.

O poder da Monsanto nos EUA serve de base para que a empresa exerça seu domínio ao redor do mundo. No entanto, corajosos agricultores e ativistas da UE, do Brasil, da Índia e do Canadá estão resistindo e começando a vencer.

Estamos em um ponto de inflexão global. Se quantidade suficiente de nós nos comprometer-se com uma doação no valor de R$4 agora, poderemos unir forças para romper o controle da Monsanto sobre nossa política e comida e ajudar a acabar com a apropriação dos nossos governos pelas grandes corporações. A Avaaz só irá processar sua doação se conseguirmos o suficiente para fazer uma diferença real:


A Monsanto está na linha de frente de uma verdadeira tomada da agricultura industrial - atropelando os pequenos agricultores e pequenas empresas, enquanto grandes fazendas de monocultura sugam os nutrientes da terra, diminuem a diversidade genética, e criam a dependência de fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos. A ironia é que não é claro que a dizimação da agricultura natural e sustentável tenha trazido qualquer aumento no rendimento das culturas. Apenas mais lucro para as empresas. Nossos governos deveriam intervir, mas o lobby da Monsanto impede que eles façam qualquer coisa.

O monopólio da Monsanto é de cair o queixo: eles possuem patentes sobre mais de 96% das sementes transgênicas plantadas nos EUA. E, além das preocupações sobre saúde e segurança, as mesmas patentes permitem que a Monsanto impeça qualquer agricultor ou cientista de testar suas próprias sementes! Ainda assim, alguns países conseguiram proibir ou restringir produtos da Monsanto.

Eles afirmam que seus produtos custam menos, mas muitas vezes os agricultores são atraídos para contratos plurianuais - os preços dos grãos sobem, são levados a comprar novas sementes a cada temporada e usar mais herbicidas para manter a plantação livre das "super ervas-daninhas". Na Índia, a situação é tão calamitosa que uma área de produção de algodão tem sido chamada de "o cinturão do suicídio", pois dezenas de milhares dos agricultores mais pobres tiraram suas vidas para escapar de uma dívida tenebrosa.

Mas os agricultores e cientistas também estão reagindo e vencendo. Um grupo na Índia ajudou alcançar a vitória de três batalhas em torno de patentes de produtos que não eram geneticamente modificados contra corporações e, no Brasil, cinco milhões de agricultores processaram a Monsanto pela coleta injusta de royalties, tendo recebido uma indenização de $2 bilhões! Cientistas estão fazendo campanha a favor dos modelos de agricultura sustentável e, só na semana passada, 1.5 milhão de nós aderiu à luta contra as patentes convencionais na UE.

Apenas um enorme protesto, global e unificado, pode enfrentar frente a frente a Monsanto e o controle dos nossos governos pelas grandes corporações. Vamos expor este poder de comando sobre nossas democracias, ajudar os agricultores a lutar, desafiar leis e patentes injustas, e enfrentar de igual para igual o lobby das corporações. Comprometa-se com uma doação no valor de R$4 e apoie um plano de ação agora:


Nosso tempo está se esgotando. Para enfrentarmos enormes crises ambientais, climáticas e alimentares, precisamos de uma agricultura sustentável e de inovação - mas isso é mais bem feito por diversos agricultores e cientistas que sabem o que funciona melhor em diferentes ecossistemas, ao invés de um bloco empresarial impulsionado por seu próprio lucro, que busca o controle do futuro de nossos alimentos.

Este Golias das corporações está aumentando seu poder em todo o mundo. Mas se nossa forte comunidade de 21 milhões de membros permanecer unida, teremos uma chance. Membros da Avaaz resistiram repetidas vezes contra os maiores vilões do mundo, e venceram. Agora é hora de crescer ainda mais e salvar nossas políticas da influência de interesses especiais, proteger nossa oferta de alimentos, e obter justiça para os agricultores pobres.

Com esperança e determinação,

Alice, Oli, Joseph, Ricken, Pascal, Chris, Michelle, Emily, e toda a equipe da Avaaz Mais informações:

Grãos do descontentamento (em inglês) (Texas Observer):

Monsanto processa pequeno agricultorpara proteger a patente das sementes (em inglês) (The Guardian):

Divulgadas as contribuições políticas (em inglês) (Monsanto):

A verdadeira Lei de Proteção da Monsanto: como gigantes da GMcorrompem reguladores e consolidam seus poderes (em inglês) (ThinkProgress):

Lei de Proteção da Monsanto coloca as empresas de comidas GM acima dos tribunais federais (em inglês) (The Guardian):

Biodiversidade para alimentos e agricultura (em inglês) (UN Food and Agriculture Organization):

A colheita do medo da Monsanto (em inglês) (Vanity Fair):

Wikileaks mostra como os EUA pressionam por produtos GM na UE (em inglês) (The Guardian):

USDA dá sinal verde para semente de milho GM inútil (em inglês) (Mother Jones):

Fontes adicionais (em inglês) (Avaaz):

A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 21 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 18 países de 6 continentes, operando em 17 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

Você está recebendo essa mensagem porque assinou a campanha "Community Petitions Site" no dia 2012-09-28 usando o seguinte endereço de email: pralmeida@me.com.
Para garantir que as mensagens da Avaaz cheguem à sua caixa de entrada, por favor adicione avaaz@avaaz.org à sua lista de contatos. Para mudar o seu endereço de email, opções de idioma ou outras informações pessoais, entre em contato conosco, ou clique aqui para descadastrar-se.

Para entrar em contato com a Avaaz, não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.

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Eu escreveria a eles: dizendo que eles são linha auxiliar dos neandertais do MST...
Paulo Roberto de Almeida