O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Fracasso da economia companheira e a ameaca totalitaria sempre presente...

Os lulo-petistas, a a malta de mercenários a soldo que os cercam, são um pouco como aquele lobo da história: perdem o pelo, mas não perdem o vício.
Pegos com a boca na botija, como se diz, roubando deslavadamente, tentam se esquivar dizendo que seria impossível acabar com a corrupçnao, pois todo mundo a pratica, em ampla escala.
MENTIRA! MENTIRA! MENTIRA!
Para reduzir, certamente não acabar, mas limitar amplamente a corrupção seria preciso duas coisas. Primeiro: diminuir o peso do Estado na economia, pois todos os casos de corrupção, repito TODOS, envolvem desvio de dinheiro público. Desvio não, roubo puro e simples, falcatruas deliberadas, contratos construídos expressamente para permitir superfaturamente, desvio, roubo, enfim. Os petistas se tornaram especialistas nesse tipo de coisa: antes roubavam o lanche das crianças e o transporte dos cidadãos, querendo isso dizer que eles arrancavam propinas dos pequenos contratos que faziam nas prefeituras que dominavam. Depois, com a conquista do Estado, o grande butim, passaram a criar estatais e lotaram as existentes com os seus companheiros, com a função expressa de roubar, como se viu na grande vaca petrolífera (e não apenas Pasadena, um grande e exitoso negócio, mas também na refinaria Abreu e Lima, equivalente a várias Pasadenas juntas, e da qual ainda não se falou nada; só com esta, são vários bilhões de reais de sobrefaturamento, pois passou de 3 ou 4 bilhões a previsão inicial para mais de 20 bi atualmente.
Segundo: afastar a máfia do poder, pois o que se roubava antes em escala artesanal, pela mão dos políticos tradicionais e suas pequenas falcatruas com ONGs familiares, passou a se roubar em escala mega-industrial, transnacional, com o partido mafioso no poder. Afastado este, a corrupção voltará ao seu estilo tradicional quase uma feira de quarteirão, comparado com as grandes superfícies do partido neobolchevique. Aliás, se compararmos a corrupção que afastou Collor da presidência (hoje um aliado dos companheiros) com os atuais esquemas, aquele pobre diabo (que eu achava a maior fraude do Brasil, até ser superado pelo sapo barbido) deveria ter sido julgado num juizado de pequenas causas (afinal de contas, foram alguns milhões, e um Fiat Elba). O partido neobolchevique roubou e continua roubando na faixa de bilhões e só conhecemos a ponta do iceberg, maior do que aquele que afundou o Titanic.
Não bastasse isso, temos a destruição da economia pela incompetência de todos eles, não só o patético ministro da área, mas sua chefe e todos os outros, keynesianos de botequim. Els conseguiram desmentir Keynes e Celso Furtado juntos: produziram inflação sem qualquer crescimento, como mostra a primeira matéria abaixo.
Na segunda, temos a ameaça renovada. O plebiscito do partido totalitário para reformar o sistema político-eleitoral à sua imagem e semelhança, sem falar do decreto bolivariano dos sovietes companheiros.
Não existe outro caminho senão escorraçá-los pelo voto, e ficar preparados para o que vem depois: a sabotagem, o saque, a desorganização do Estado e os roubos de última hora.
O desastre companheiro já está custando muito caro ao Brasil.
Vou fazer a minha lista dos crimes econômicos do lulo-petismo.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil economía
Expertos rebajan al 0,48 % previsión de crecimiento para Brasil en 2014
 
Expertos financieros han vuelto a recortar su previsión de crecimiento para la economía de Brasil en 2014 y la situaron ahora en 0,48 %, frente al 0,52 % que proyectaban hasta la semana pasada, informó el Banco Central.
[ver artículo completo...]

Brasil elecciones
Rousseff promete plebiscito para impulsar una reforma política
La presidenta brasileña y aspirante a la reelección, Dilma Rousseff, prometió que si gana las elecciones de octubre próximo convocará un plebiscito popular con el objetivo de impulsar una amplia reforma política..
[ver artículo completo...]

Podridao: o chefe da mafia e sua pupila. Posso expressar meu nojo, repulsa, indignacao?

Acho que o jornal Valor Econômico faz uma avaliação muito moderada das propinas arrancadas pelo esquema companheiro na Petrobras e companhaias associadas.
Quanto ao jornalista Ricardo Noblat, só posso atribuir a temor de ser processado pelos companheiros suas palavras igualmente moderadas, e até condescendentes, sobre o maior escândalo de corrupção já ocorrido no Brasil, maior, em magnitude de valores e extensão de companhias e políticos envolvidos, do que todos os anteriores, inclusive o Mensalão, que deve ter movido algo na faixa de 300 milhões de reais (talvez mais). Este aqui, não considerando ainda os bilhões desviados da refinaria Abreu e Lima, deve ficar pelo menos no dobro do que o jornal estima. 
E porque falar de "mar de lama ameaça a Petrobras"? Ela já está no mar de lama há muito tempo, desde o começo do regime corrupto dos companheiros. Feitos de bobo? Lula e a soberana? Bobo é quem afirma uma coisa dessas. Eles  foram bobos, e sim comandaram todo o esquema, e nunca foram tampouco enganados por subordinados.  Surpreendida? Acho que Noblat não quer dizer o que pensa e o que sabe. E ela não degolou ninguém por vontade própria, e sim os próprios foram antes degolados pela imprensa, sem o que nunca teriam saído do governo.
Paulo Roberto de Almeida 

Propinas na Petrobras podem somar R$ 3,4 bi
Jornal Valor Econômico, 8/09/2014
O esquema de corrupção delatado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal pode ter movimentado cerca de R$ 3,37 bilhões. A cifra foi estimada com base na suposta comissão de 3% sobre os investimentos realizados pela diretoria comandada por Costa entre maio de 2004 e abril de 2012. Levantamento realizado pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, nos balanços da Petrobras indica que esses investimentos chegaram a R$ 112,39 bilhões em valores nominais no período, sendo R$ 108,13 bilhões no país e R$ 4,26 bilhões no exterior.

Mar de lama ameaça a Petrobras

Ricardo Noblat, 8/09/2014

A exemplo de Lula no caso do mensalão em 2005, quando Dilma dirá que foi traída e pedirá desculpas aos brasileiros pelo escândalo do mar de lama que entope os dutos da Petrobras, ameaçando tragar a maior empresa do continente?
No mínimo, é o que se espera dela, ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e presidente da República em final de mandato.
Digamos que Dilma compete com Lula para ver quem foi mais feito de bobo por seus subordinados.
A auxiliar de mais largo prestígio nos oito anos de Lula no poder, a presidente eleita sem jamais ter sido, sequer, síndica de prédio, Dilma foi surpreendida, assim como o seu mentor, pelo escândalo do mensalão – o pagamento de propina a deputados federais para que votassem conforme a vontade do governo.
Foi surpreendida de novo quando chefiou a Casa Civil da presidência da República e ficou sabendo que um dos seus funcionários confeccionara um dossiê sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, dona Ruth.
Dilma pediu desculpas ao casal. O autor do dossiê conseguiu manter-se na órbita do serviço público.
Outra vez, Dilma foi surpreendida pela suspeita de malfeitos praticados por Erenice Guerra, seu braço direito na Casa Civil e, mais tarde, sucessora no comando do ministério.
Na ocasião, Dilma estava em campanha pela vaga de Lula. Para evitar danos à sua candidatura, Erenice pediu demissão. Dali a dois anos, a Justiça a inocentou por falta de provas de que roubara e deixara roubar.
Quase ao término do seu primeiro ano de governo, batizada por assessores de “a faxineira ética”, Dilma degolou seis ministros de Estado. Pesaram contra eles acusações de corrupção publicadas pela imprensa.
De lá para cá, ministérios e cargos públicos foram entregues por Dilma aos ex-ministros degolados ou a grupos políticos ligados a eles. A “faxineira ética” baixou à sepultura.
Por ora, Dilma está atônita e se recusa a falar sobre o mais novo escândalo que bate à sua porta.
Paulo Roberto Costa, chamado de Paulinho por Lula, preso em março último pela Polícia Federal como um dos cérebros da quadrilha acusada de roubar a Petrobras, começou a contar o que sabe – ou o que diz saber. Em troca, quer o perdão judicial para não ter que amargar até 50 anos de cadeia.
Dilma sabe muito bem quem é Paulinho, nomeado por Lula em 2004 para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Saiu dali só em 2012.
No período, compartilharam decisões, algumas delas, responsáveis por prejuízos bilionários causados à Petrobras.
Dilma mandou diretamente na empresa enquanto foi ministra das Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Manda, hoje, via o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia.
Lobão foi citado por Paulinho como um dos políticos integrantes da mais nova e “sofisticada organização criminosa” da praça, juntamente com mais seis senadores, 25 deputados federais e três ex-governadores.
A organização superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para um caixa que financiava campanhas de políticos da base de apoio ao governo. Por suposto, nem Lula nem Dilma sabiam disso.
O que é mais notável: entra campanha e sai campanha da Era PT, e os adversários do governo são acusados por Lula e Dilma de se valerem da Petrobras como arma política.
Pois bem, debaixo do nariz deles, camaradas deles usaram a Petrobras como arma para enriquecer. 

Dilma e Lula - Foto Michel Filho /Agência O Globo

Raul Velloso sintetiza o estado (lamentavel) da economia companheira

Brasil afunda num mar de rosas

artigo para o Blog do Noblat, 8/09/2014
Raul Velloso
São várias as inconsistências no modelo econômico perseguido pelo atual governo. Os resultados desastrosos obtidos até agora legam um enorme desafio para a administração que se iniciará em 2015, seja qual for.
De acordo com as pesquisas, o eleitor parece já ter percebido que há muitos problemas por corrigir. Torçamos, então, que os candidatos da oposição estejam preparados para enfrentá-los.
A principal inconsistência está em estimular forte e seguidamente o consumo e achar que tudo o mais se resolve como uma decorrência natural, especialmente o crescimento dos investimentos e da produção industrial. 
Estimular o consumo interno além da conta é o mesmo que penalizar a poupança. Assim, quanto mais rápido for o crescimento que se deseja, mais o país dependerá de poupança de fora para financiar suas necessidades de investimento.
O mundo tem favorecido como nunca a absorção de poupança por países como o Brasil. Só que a única maneira de o ingresso de poupança materializar-se é via financiamento de déficits externos equivalentes.
Para esses déficits ocorrerem, a taxa de câmbio tende a diminuir, fazendo com que os setores que comercializam com o exterior, notadamente a indústria, importem mais em detrimento da produção local. Para júbilo governamental, os salários da indústria tendem simultaneamente a crescer, só que acima da produtividade, inviabilizando os negócios.
Para entender isso melhor, é só pensar na China, que tem o modelo oposto. Lá se poupa muito e ele é voltado para atender ao consumo de produtos industrializados dos demais países. Investe-se muito nesses setores e se exportam grandes volumes de capitais e produtos, estes a preços cada vez menores.
A exemplo da Austrália, exportamos commodities agrícolas e minerais para os asiáticos e importamos produtos industriais deles. O que não se pode é achar que, nesse quadro, a indústria será forte um dia em nosso país, a não ser por exceção, como no caso da Embraer.
Quando o governo diz que fortalecer a indústria é um de seus principais objetivos deixa dúvidas no ar. Ou parece não entender do assunto, o que é pior. Acaba intervindo na economia para tentar compensar os segmentos prejudicados, com medidas que são vistas pelos industriais como não sustentáveis, e estas, além de custar caro, não produzem os efeitos desejados.
A queda, desde 2008, na razão entre investimento e PIB, na produção industrial e no próprio crescimento do PIB estão aí para confirmar isso. O governo culpa o cenário externo adverso, pura conversa fiada, como demonstrou Alexandre Schwartsman na Folha de SP de 13/08/14. O crescimento médio da produção industrial mundial passou a ficar maior do que no Brasil já há algum tempo.
O segundo grande eixo da inconsistência governamental é o populismo tarifário, prática em que estamos perfeitamente alinhados com a Argentina (veja “www.raulvelloso.com.br”).
Para agradar os eleitores, estimular o consumo e ajudar a indústria, o governo tenta jogar para baixo, na marra, preços críticos da economia, como os pedágios, as tarifas urbanas, e os preços de eletricidade e petróleo, despejando uma ducha de água fria sobre aqueles que deveriam ser cortejados – os investidores privados.
As contas decorrentes dessas práticas lamentáveis são gigantescas, e estão sendo empurradas para o próximo mandato, sem aviso à população. Em energia elétrica, por exemplo, é da ordem de R$ 50 bilhões, o que equivale a dois anos de gasto com o Bolsa-Família. Um escândalo!
Outra grande inconsistência está no principal motor do modelo, os gastos correntes, especialmente com gigantescas transferências previdenciárias e assistenciais, que crescem a mil por hora e vão “engolir” o PIB em breve.
Para viabilizá-los, a carga tributária tem de crescer sempre e os investimentos em infraestrutura cair, o que suga o sangue das veias da economia, especialmente da indústria, menos competitiva, e tem óbvios limites.
E como o DNA do governo é estatal e anti-qualquer-lucro, parece que estimula os investimentos privados em infraestrutura, mas na prática os penaliza. Anuncia que fez isso e aquilo, mas de fato pouco acontece. Ao final, ninguém cobra nada, como no caso da segunda rodada de concessões rodoviárias, de 2007/08, que, segundo matéria na mídia há alguns dias, continuam travadas.
Qualquer coisa que relembre racionamento de energia é proibida no vocabulário governamental, pois foi criticando a gestão FHC nesse e noutros aspectos que o atual governo chegou ao poder.
Só que a oferta de energia – onde o governo interfere de A a Z – não cresce conforme o governo determina, por incompetência, escassez de recursos e por desestimular os investidores privados sérios.
A seca deste ano, que se encaixa na normalidade climática, acaba sendo usada como bode expiatório. Enquanto isso, estimulado pela redução tarifária extemporânea sob a MP 579 e pelo adiamento da inclusão dos custos atuais na conta de luz, o consumidor residencial mantém seus hábitos de consumo de energia como se estivéssemos num mar de rosas.

Raul Vellosoeconomista, é o novo colaborador do blog. Escreverá aqui uma vez por mês