Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Rolf Kuntz: Brasil a caminho do caos economico (OESP)
terça-feira, 26 de abril de 2016
Grande Destruiçao: Mansueto Almeida apresenta um show de horrores economicos (Ibmec-Brasília)
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Venezuela: inflacao e penuria trazem caos economico e politico:surrealismo total
Todas as compras feitas pelos venezuelanos são computadas em um sistema de dados para garantir que cada consumidor não tente comprar os mesmos produtos racionados em um período menor do que sete dias.Soldados patrulham as filas fora dos supermercados, policiais da guarda bolivariana ficam dentro dos supermercados, e funcionários públicos conferem as carteiras de identidade à procura de falsificações que poderiam ser utilizadas para driblar o sistema de racionamento. Procuram também por imigrantes com visto expirado. Um funcionário público da imigração grita alertando que transgressores serão presos.[...]O governo enviou tropas para patrulhar as enormes filas que se estendem por várias quadras. Alguns estados proibiram as pessoas de esperaram fora dos supermercados ao longo das madrugadas, e funcionários do governo estão de prontidão perto das portas de entrada e saída, prontos para prender qualquer um que tenta driblar o sistema de racionamento.
Jornalistas são proibidos de filmar ou tirar fotos das prateleiras vazias. Já os consumidores também estão sob instruções rígidas. Você só pode comprar bens escassos em dias específicos da semana, dependendo do número final na sua carteira de identidade. Sendo assim, se, por exemplo, a sua carteira de identidade termina em zero ou em um, você só pode ficar em uma fila às segundas-feiras. E, ainda assim, isso não significa que o sabonete e o leite que você quer comprar estarão necessariamente disponíveis naquele dia.[…]É comum ver pessoas entrando em filas sem nem sequer saber o que está à venda. Elas simplesmente veem a fila, entram nela e então perguntam a quem está imediatamente à frente para o que é aquela fila. E é extremamente provável que essa pessoa à frente também tenha feito exatamente o mesmo com a pessoa que está à frente dela.Testemunhamos uma fila que só se movia quando algumas pessoas que já estavam lá na frente desistiam de esperar e iam tentar a sorte em outro lugar. Isso significa que as pessoas que estavam lá no fim da fila, dobrando a esquina, não viam isso, e acreditavam enganosamente que estava havendo algum progresso e que a fila de fato estava se movendo. E isso as estimulava a permanecer na fila por mais tempo.Só que, para tragédia geral, essa fila não era para absolutamente nada. Simplesmente ouviu-se um rumor de que o supermercado em questão havia recebido uma remessa de algo — ninguém sabia o quê —, e isso bastou para que se formasse uma fila. No final, não havia nada. Apenas mais um dia perdido.
"Os estoques, inclusive os das indústrias farmacêutica e alimentícia, estão chegando a níveis críticos", disse Eduardo Garmendia, presidente da Confederação Venezuelana das Indústrias (Conindustria). "Todo o sistema já está sendo afetado pela dificuldade de se conseguiu matérias-primas, mas tudo é ainda pior no quesito bens essenciais, pois estes estão sofrendo um impacto direto; estamos falando de remédios e comida".No caso dos alimentos, os estoques das principais indústrias do país irão durar menos de um mês, de acordo com dados publicados pela Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea)."Há empresas de alimentos que, até hoje, neste ano, ainda não conseguiram um único dólar", disse Pablo Baraybar, presidente da Cavídea. "Em algumas linhas de produção, temos estoques para apenas mais 10 ou 20 dias".Isso certamente tornará as coisas exponencialmente mais difíceis para aqueles venezuelanos que sofrem diariamente para colocar comida em suas mesas.O que pode ocorrer daqui a apenas algumas semanas é a total paralisação do país após o esgotamento de todos os estoques, pois as empresas não estão recebendo do governo os dólares necessários para pagar pelas importações.[...]É por isso que o governo venezuelano vem fazendo uma intensa propaganda sobre a possibilidade de que a China esteja disposta a fornecer um empréstimo de US$ 10 bilhões para projetos de infraestrutura na Venezuela."O governo está a todo o momento dizendo 'os chineses estão vindo, os chineses estão vindo; os chineses são os únicos que podem nos salvar desse martírio", disse Russ Dalen.Só que, quando o dinheiro chinês chegar — caso isso realmente ocorra —, ele só poderá ser utilizado para importar produtos da China ou ser investido em projetos específicos previamente aprovados pelos governos venezuelano e chinês, o que não necessariamente irá trazer alívio para os milhões de venezuelanos, que, dentro de poucos meses, não mais conseguirão obter leite e farinha nas prateleiras dos supermercados após passarem o dia inteiro na fila.
Acima, uma fila na Romênia em 1986; abaixo, uma fila na Venezuela em 2015 |
sexta-feira, 20 de março de 2015
Venezuela: dependencia desesperada da China e caos cambial
Venezuela-China
Venezuela negocia préstamos por US$10.000 millones con China
InfoLatam, Caracas, 19 de marzo de 2015
- Ese préstamo, dijo la fuente, sería pagadero en 10 años y permitiría a PDVSA satisfacer sus necesidades de financiamiento este año sin salir a los mercados internacionales.
Los primeros 5.000 millones serían depositados en abril en un fondo especial chino destinado a financiar proyectos en Venezuela para luego ser transferidos a las reservas del país, dijo la fuente de la estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) que pidió omitir su nombre por no poder hablar públicamente.
Ese tramo tendría que liquidarse en cinco años, después de que China aceptara extender el vencimiento, precisó la fuente.
Los otros 5.000 millones son negociados como un “préstamo especial” para PDVSA, que podría firmarse en junio y que pone como condición que el dinero se utilice para financiar proyectos petroleros.
Ese préstamo, dijo la fuente, sería pagadero en 10 años y permitiría a PDVSA satisfacer sus necesidades de financiamiento este año sin salir a los mercados internacionales.
“China quiere respaldar de manera determinante inversiones en áreas como campos maduros para que PDVSA pueda incrementar producción rápidamente”, comentó la fuente.
Ante el desplome de los precios internacionales del crudo, el país miembro de la OPEP ha buscado más apoyo financiero de China, que ha prestado más de 45.000 millones de dólares a Venezuela en la última década a cambio de envíos de petróleo.
Los recursos de los dos préstamos serán entregados por el Banco de Desarrollo de China y serán canalizados en Caracas por el Banco de Desarrollo venezolano hacia el fondo chino y PDVSA.
Venezuela tiene un complejo esquema de venta de divisas bajo el férreo control cambiario del Gobierno. Hace poco más de un mes, se creó un nuevo sistema de tasa variable que se sumó a otras dos plataformas que funcionan con tasas fijas.
Bajo este esquema, Venezuela vende dólares a 6,3 bolívares por billete verde para la importación de alimentos y medicinas, a 12 bolívares para otros bienes prioritarios y para el resto de productos a una tasa variable que ronda los 190 bolívares.
La petrolera PDVSA está obligada a vender el grueso de sus divisas por exportaciones a las dos tasas más bajas. Pero para financiar sus gastos locales, la empresa también ha comenzado a vender dólares a una tasa de cambio más favorable en el sistema cambiario de libre flotación (Simadi), afirmó la fuente.
“Se irá notando la presencia de PDVSA en este mercado”, dijo la fuente. El flujo que aporte la estatal será clave para mantener el sistema funcionando, y podría contribuir a bajar el precio del dólar en el mercado paralelo, que cerró el jueves a cerca de 260 bolívares.
Los dólares que provienen del financiamiento de los socios de PDVSA en empresas mixtas, y los que cobra por los servicios que les presta, se venderán a la tasa más alta, dijo la fuente.
Y en un estímulo a las empresas petroleras extranjeras que operan en Venezuela, el Gobierno también permitirá que “prácticamente todas” puedan financiar sus gastos operativos y de inversión a la tasa variable, dijo la fuente.
PDVSA negocia además mecanismos para garantizar que sus proveedores “estratégicos” mantengan el suministro de insumos, a pesar del incremento de la deuda que tiene con estas empresas.
Por ejemplo, General Electric estaría dispuesta a transformar unos 350 millones de dólares que la petrolera le adeuda por sus servicios en deuda financiera a pagar en tres años, dijo la fuente.
domingo, 8 de março de 2015
Venezuela: o ideologo do socialismo do seculo 21 diz que o sistema e'inepto; e nao faz autocritica
'Sem reformas, militares chavistas derrubarão Maduro'
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Venezuela: a economia mais mal administrada do mundo (e o Brasil segueatras...) - Economist
Of oil and coconut water
Probably the world’s worst-managed economy
At the end of the second quarter Venezuela’s trade-related bills exceeded the $21 billion it currently holds in foreign assets (see chart), almost all of which is in gold or is hard to turn into cash. Over $7 billion in repayments on its financial debt come due in October. The government insists it has the means and the will to pay foreign bondholders. Few observers expect it to miss the deadline. Even so, the dreaded word “default” is being bandied about.
Even if it stays current on its financial dues, Venezuela is behind on other bills. Earlier this month two Harvard-based Venezuelan economists, Ricardo Hausmann and Miguel Angel Santos, caused a stir by criticising the government’s decision to keep paying bondholders religiously while running up billions in arrears to suppliers of food, medicine and other vital supplies. “To default on 30m Venezuelans rather than on Wall Street”, they wrote for Project Syndicate, a website, “is a signal of [the government’s] moral bankruptcy.” President Nicolás Maduro branded Mr Hausmann a “financial hitman” and threatened him with prosecution.
Another Venezuelan economist, Francisco Rodríguez of Bank of America Merrill Lynch, thinks that scarcities of basic goods stem from the government’s refusal to adopt sensible exchange-rate policies. On the black market a dollar trades for over 90 bolívares; “official” dollars are worth between 6.3 and 50 bolívares, depending on which of the country’s multiple exchange rates you use. Exports of oil and its derivatives, which are dollar-denominated, account for 97% of Venezuela’s foreign earnings. Using an overvalued official rate means that the country is not making as much money as it could: the fiscal deficit reached 17.2% of GDP last year.
The government has been bridging that gap in part by printing bolívares. That has caused the money supply almost to quadruple in two years and led to the world’s highest inflation rate, of over 60% a year. Food prices, by the government’s reckoning, have nearly doubled in the past year, hitting the poor, its main constituency, hardest of all.
Even worse than inflation is scarcity. The central bank stopped publishing monthly scarcity figures earlier this year, but independent estimates suggest that more than a third of basic goods are missing from the shelves. According to Freddy Ceballos, president of the federation of pharmacies (Fefarven), six out of every ten medicines are unavailable. The list runs from basic painkillers, such as paracetamol, to treatments for cancer and HIV. One unexpected side-effect has been a sharp increase in demand for coconut water, which Venezuelans normally buy to mix with whisky. Nowadays it is sought out more for its supposed anti-viral and anti-bacterial properties.
Unable to obtain what they need through normal channels, people are having to improvise. Social media are packed with requests for urgently required medicines, while some highly sought-after goods—babies’ nappies, say—are offered in exchange for others, like spare parts for cars. Those lucky enough to have friends or relatives abroad arrange for emergency relief. “My cousin in Panama sends my mother’s Parkinson’s treatment,” says one Caracas resident. “It costs $30 a time there, compared with a few bolívares here, but here you can’t get it.” An opposition political party has even asked the Red Cross to help relieve the scarcity of medicines.
The mess is a reflection not just of import-dependence and a shortage of dollars, but also the mismanagement of domestic industry. Some food producers have been nationalised; price controls often leave manufacturers operating at a loss. Some price rises have recently been authorised, but manufacturers say it is impossible to maintain normal output with such stop-go policies. For its part, the government blames what it calls an “economic war” and the contraband trade. It has instituted a nightly closure of the border with Colombia, and plans to fingerprint shoppers to prevent “excessive” purchases.
The prospects for a change of course are gloomy. On September 2nd Mr Maduro replaced the vice-president for economic affairs, Rafael Ramírez, with an army general; Mr Ramírez also lost his job as chairman of PDVSA in the reshuffle, which saw him moved to the foreign ministry. Under Mr Ramírez, PDVSA has not thrived. Oil exports have fallen by over 40% since 1997 because of lack of investment, offsetting the benefit from price gains. Nonetheless, Mr Ramírez was seen as the only man in the cabinet arguing for exchange-rate unification, a cut in fuel subsidies and a curb on the burgeoning money supply.
Venezuela’s streets are calmer now than earlier this year, when clashes between opposition protesters and government forces left more than 40 people dead. The reshuffle appears to have strengthened Mr Maduro’s position. Bondholders may well keep getting paid. But the price of the revolution’s survival seems to be the slow death of Venezuela.
Eleicoes 2014: Forbes lista 5 motivos para NAO reeleger quem ocupa apresidencia (existem muitos outros mais, claro...)
Eleições 2014
'Forbes' lista cinco motivos para o Brasil não reeleger Dilma
Revista americana publica em seu site texto de colunista em que afirma que má gestão da presidente coloca em risco avanços econômicos e sociais do país
Aécio e Marina trocam farpas no Twitter
Marina volta a rebater acusações de que é contra o pré-sal
Cinco razões da 'Forbes' por que Dilma não deve ser reeleita
Dilma não promoveu as mudanças para tornar a vida dos mais pobres melhor
O PT, partido que declarou o objetivo de defender os pobres e socialmente excluídos, não promoveu durante o governo Dilma a melhora na condição de vida dessa parcela da população que prometeu. Segundo o colunista, uma das razões é o retorno da inflação, que tem assustado brasileiros desde a década de 1970. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012, a desiqualdade de renda melhorou de 2002 até a década seguinte. No entanto, essa melhora empacou há dois anos. Ao mesmo tempo, a receita arrecadada pelos ricos cresceu 50%. Isso significa que o governo Dilma quebrou um padrão de dez anos de progresso na distribuição de renda. Em outra questão, Forbes cita que o número de analfabetos também cresceu pela primeira vez em quinze anos, durante o governo de Dilma – tanto a presidente quanto Lula haviam prometido erradicar o analfabetismo do país.
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Dívida Pública cresce. E o governo poupa menos
“O orçamento federal está constantemente em déficit, e Dilma se comprometeu a cumprir uma meta de superávit primário de 1,9% do PIB neste ano e 2% no próximo ano”, diz Antunes. Os gargalos do sistema brasileiro causam ineficiência e corrupção - e são responsáveis por um sistema de impostos bizantino.
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A estratégia de manter a inflação em alta para manter empregos é questionável
Para inflação e baixo desemprego conviverem bem – como é o desejo de Dilma Rousseff -, é necessário que a economia apresente crescimento. No entanto, não é o que está ocorrendo no Brasil. A Forbes afirma que a piora da inflação se deve ao aumento dos salários e da diminuição dos lucros de empresas. Dilma entende que a solução seria aumentar as taxas de juros, enrijecer a política fiscal brasileira e permitir que os preços se ajustem. No entanto, essas medidas afetam diretamente o consumo no país, que representa 63% da economia brasileira. A revista afirmou que para uma governante populista, é como um remédio caro que, mesmo que o paciente precise comprá-lo, não terá condições de acesso.
A Petrobras está sob investigação por abrigar "dentro de suas paredes" um esquema de corrupção multimilionário, lembra o colunista. “As finanças da Petrobras sob administração petista não são nada menos do que desapontadoras”, diz o texto. A estatal está sendo usada pelo governo como uma forma de conter a inflação do país, segurando os preços dos combustíveis, o que causou um rombo de 20 milhões de reais à empresa em 2013. Segundo a revista, a ironia neste caso é que a 'úncia solução lógica' para o problema da Petrobras veio de sugestão do nanico Pastor Everaldo: "privatizar a estatal".
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