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terça-feira, 26 de abril de 2016

Grande Destruiçao: Mansueto Almeida apresenta um show de horrores economicos (Ibmec-Brasília)

Nesta segunda-feira 25 de abril, a convite de Marcio Coimbra, do Ibmec-Brasília, assisti à palestra de Mansueto Almeida, a quem estou tentando "seduzir" para uma nova palestra sobre o cataclisma econômico brasileiro, no Uniceub (dia 13 de maio, talvez já num novo governo), e acho que uma frase resume toda a sua apresentação: "Não vai ser fácil, não, nos próximos 2 a 3 anos".
 
Os números apresentados, numa aparente frieza tecnocrática, são terríveis, e muito piores do que os que aparecem nas matérias correntes da "mídia", embora Mansueto tenha usado, para fins de comparação internacional, os dados do mais recente World Economic Outlook, que todos podem downloadar no site do FMI.
A taxa de crescimento e a taxa de investimento permanecerão absolutamente medíocres até o final desta década, e em 2021 nós, brasileiros, teremos uma renda per capita INFERIOR à de 2011. Ou seja, mais uma década perdida, ou não, retrocedida!
O déficit fiscal nominal permanecerá na faixa de 6% do PIB, ou seja, números escandalosos, e os juros, portanto, vão consumir uma parte substancial das receitas públicas.
A dívida bruta, sempre segundo os dados do FMI, não será a maior do mundo, nominalmente, na altura de 90% do PIB, mas o Brasil será o país mais ENDIVIDADO do MUNDO, pela magnitude dos juros, pois pagará um serviço muito superior ao da Grécia, que tem uma DP de 177% do PIB, mas gasta apenas 3,9% com juros, ao passo que o Brasil paga o DOBRO.
Madame Pasadena e seus conselheiros econômicos aloprados conseguiu produzir uma inversão de mais de 200 bilhões de reais em 3 anos, e sem mencionar as bobagens das políticas setoriais, o Brasil pagou 8,4% do PIB em juros em 2015, e neste ano o valor pode ser igual.
O Brasil tem uma dívida praticamente similar à dos países desenvolvidos, quando deveria estar na faixa dos emergentes, em torno de 31% do PIB.
Como Mansueto indicou, são os países ricos que gastam mais com políticas sociais, porque têm condições de fazê-lo. Ou seja, o Brasil construiu para si uma camisa de força da qual é difícil escapar agora.
Reformas terão de ser feitas, sobretudo na área previdenciária e de benefícios sociais, assim como a desvinculação do salário mínimo desses benefícios e sua desindexação, assim como a maior parte das vinculações obrigatórias que consomem grande parte das receitas com certas áreas.
O Brasil está gastando HOJE tanto quanto Alemanha e Japão com a rubrica previdenciaria (11% do PIB), tendo uma razão de dependência três vezes menor. Ou seja, quanto gastaremos quando chegarmos, realmente, ao número de velhos do Japão, em 2040?
Atualmente, estamos no pior dos mundos, pois a receita cai, as despesas podem até cair, mas sua proporção do PIB aumenta, pois este está caindo. A despesa fiscal continua aumentando num ritmo preocupante.
A situação dos estados federados, então, é caótica, e sem solução, pois eles não conseguem sequer controlar o pagamento de pessoal (e nisso foram muito irresponsáveis durante os anos "gordos").
Conclusão: até 2018, o esforço fiscal teria de ser de 240 bilhões, ou 4% do PIB, o que é virtualmente impossível.
Em outros termos: um calote da dívida pública já não mais inimaginável, o que não ocorria até 4 anos atrás.
Como eu digo, os lulopetistas levaram o país a uma GRANDE DESTRUIÇÃO, e todos vamos pagar pelo desastre companheiro.
Sorry pelo pessimismo, folks, mas os números do Mansueto Almeida (não é meu parente) foram realmente impressionantes.
Vou poupá-los de mais pessimismo e desejar boa noite a todos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 de abril de 2016.

terça-feira, 22 de abril de 2014

A economia e a politica do Brasil em tempos nao convencionais: palestra PRA na UnB (24/04, 19hs)

Na próxima quinta-feira, dia 24 de março, as 19hs, no auditório da Engenharia Elétrica da Faculdade de Tecnologia, darei uma palestra sobre os temas acima listados, ou seja, a economia e a política do Brasil em tempos não convencionais (que ainda não acabaram, e ameaçam continuar...).
Em todo caso, apresentarei a minha versão da história passada, da história recente, e dos desafios que se colocam ao Brasil sob a liderança da nova Nomenklatura, as elites que temos, e que estão fazendo do Brasil isto que vocês estão vendo agora mesmo, com tantas páginas de política que parecem estar deslocadas de lugar.
Sejam bem-vindos ao debate, que espero esclarecedor, com base em informação, leituras, experiência, bastante racionalidade e um pouco de bom-senso...
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 8 de junho de 2010

Professor Werner Baer, famoso brasilianista, faz palestras em Brasilia

A Economia Brasileira em Perspectiva Histórica
Curso da Escola de Altos Estudos


A Escola de Altos Estudos para a Cooperação Acadêmica Internacional em Nível de Pós-Graduação Stricto Sensu do Ceppac realiza entre 19 e 24 de julho de 2010 o curso a A Economia Brasileira em Perspectiva Histórica. O convidado é o professor do Departamento de Economia da Universidade de Illinois Werner Baer.
As atividades ocorrerão junto ao Décimo Congresso Internacional da Brazilian Studies Association (Brasa), que será realizado entre 22 e 24 de julho no Centro de Convenções e Eventos Meliá 21.
Voltado para estudantes de pós-graduação de Ciências Sociais e Economia e a funcionários de governos, o curso da Escola de Altos Estudos do Ceppac terá uma etapa de aulas presenciais, que serão realizadas na UNB entre 19 e 24 de julho, e uma etapa de aulas a distância, desenvolvidas através da plataforma Moodle, da UNB.
Gratuito, o programa poderá ser aproveitado como uma disciplina de seis créditos, com 44 horas de aulas presenciais e 24, a distância. As atividades presenciais serão transmitidas também ao vivo pela internet.
A avaliação considerará a frequência, com exigência de no mínimo 80% de participação, e um trabalho final. O melhor trabalho integrará a publicação do curso. As inscrições poderão ser feitas no site do Ceppac, e as vagas são limitadas.
Ao realizar esse curso, o Ceppac dá continuidade a sua busca constante por promover o debate interdisciplinar entre cientistas de destaque nacional e internacional que tem contribuições relevantes para as Ciências Sociais no Brasil e na América Latina. A vinda de Werner Baer para ministrar aulas na Escola de Altos Estudos do Ceppac atende ainda aos objetivos do projeto Altos Estudos da CAPES.
Werner Baer
O professor Werner Baer, PhD em Economia por Harvard, trabalha na Universidade de Illinois e é reconhecido internacionalmente por sua profunda contribuição para a compreensão da história econômica brasileira. Seus trabalhos são fundamentais para se entender o Brasil a partir de uma perspectiva de sua história econômica.
A obra desse economista tem influenciado gerações de cientistas sociais brasileiros. Suas pesquisas sobre economia internacional, com foco na América Latina e especialmente em pesquisas sobre o Brasil, tem contribuído para entender as características socioeconômicas do nosso país e da região, assim como o papel do Brasil no contexto latino-americano.
Um dos aspectos originais do trabalho de Baer é a ligação que ele faz entre heranças históricas, sociais e institucionais do passado brasileiro e seu envolvimento direto e permanente com as questões mais atuais das políticas econômica e públicas.
Werner Baer é reconhecido também por seu papel na estruturação do Instituto de Pesquisas Econômicas da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, por seu incentivo à criação de inúmeros cursos de mestrado no país na década de 1970 e por seu trabalho em instituições brasileiras, como FGV/RJ, FIPE/USP, IPEA e IBGE.
O curso A Economia Brasileira em Perspectiva Histórica tem financiamento da Capes e os apoios de CEPPAC.