Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 28 de junho de 2015
Petrolao elevado a vigesima potencia: a roubalheira petralha denunciada - Veja
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 27 de junho de 2015
A mafia que tomou de assalto o Brasil - Reinaldo Azevedo
A economia vai mal. Muito mal. Mas a política está muito pior. É discutível se a crise econômica piora a política, mas é certo que a crise política piora a economia. É a fraqueza do governo que dá as cartas. Dilma não sabe o que dizer, o que fazer, o que anunciar. E, um ano e três meses depois de iniciada a operação Lava Jato — depois de muitos desacertos, ainda em curso, protagonizados também pela Procuradoria Geral da República, sob o comando de Rodrigo Janot, e pelo juiz Sérgio Moro —, eis que cai a máscara, eis que a verdade se desnuda: UMA VERDADEIRA MÁFIA TOMOU CONTA DO ESTADO BRASILEIRO. E ELA PRECISA SER TIRADA DE LÁ PELA LEI.
Vá à banca mais próxima e adquira um documento: a edição desta semana da revista VEJA. Em 12 páginas, você lerá, no detalhe, como atuou — atua ainda? — a máfia que tomou conta do Brasil e como se construiu o establishment político que nos governa. O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e ex-amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, resolveu contar tudo. Ficou preso mais de cinco meses. Só fez o acordo de delação premiada depois de ter deixado a cadeia. ESTE BLOGUEIRO FALASTRÃO, COMO LULA ME CLASSIFICOU NO CONGRESSO DO PT, SENTE-SE, DE ALGUM MODO, VINGADO. Vingado também contra as hostes da desqualificação e do cretinismo da esquerda e da direita burra e desinformada. NÃO HÁ NEM NUNCA HOUVE CARTEL DE EMPREITEIRAS, COMO SEMPRE SUSTENTEI. O QUE SE CRIOU NO BRASIL FOI UMA ESTRUTURA MAFIOSA DE ACHAQUE.
É claro que as empreiteiras praticaram crimes também. Mas não o de formação de cartel. Insistir na tese do cartel CORRESPONDE A NEGAR A ESSÊNCIA DO MODELO QUE NOS GOVERNA.
O achaque
VEJA teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki. É demolidor. Segue, em azul, um trecho do que vai na revista:
Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de dezoito figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro às campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais.
A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. O empreiteiro delatou ao STF essas somas que entregou aos donos do poder, segundo ele, mediante achaques e chantagens. Relatou que teve três encontros em 2014 com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro de Comunicação Social.
Nos encontros, disse, ironicamente, ter sido abordado “de maneira bastante elegante”. Contou ele: “O Edinho me disse: ‘Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando”. A abordagem elegante lhe custou 10 milhões de reais, dados à campanha de Dilma. Um sservidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos diretamente com
Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
(…)
Retomo
Edinho, claro, nega. Será preciso agora saber quem é o tal Manoel Araújo Sobrinho, que tem de ser convocado pela CPI nas primeiras horas da segunda-feira. Ricardo Pessoa sempre foi considerado o homem-bomba do caso, muito especialmente por Lula e pelo Palácio do Planalto. Ele é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o coordenador do “Clube do Bilhão”. O nome é meio boboca, e duvido que tenha existido algo parecido. Mas é inegável que ele exercia uma espécie de liderança política entre os empresários.
Escrevi aqui umas quinhentas vezes que INSISTIR NA TESE DO CARTEL CORRESPONDIA A NEGAR A NATUREZA DO JOGO. Empresas, quando se cartelizam, fazem uma vítima do outro lado. Sim, as vítimas da roubalheira são os brasileiros, é inegável. Mas, do outro lado da negociação com as empreiteiras, estava a Petrobras, a contratadora única, que determinava os preços, e no comando da empresa, a máfia que tomou conta do governo e impunha as suas vontades.
Máfia cachaceira
Quando falo em máfia, não forço a mão nem recorro a uma figura de linguagem. Havia até senha secreta para entregar dinheiro aos petistas, segundo Ricardo Pessoa. As palavras, nem poderia ser diferente, referem-se, vamos dizer, ao universo alcoólico. Tudo compatível com um Poderoso Chefão chamado “Brahma”. Leiam esta passagem da reportagem, em que o empreiteiro conta como era entregue O DINHEIRO VIVO AO TESOUREIRO DA CAMPANHA DE LULA, EM 2006.
Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC contribuiu com 2,4 milhões de reais em dinheiro vivo para a campanha à reeleição de Lula, numa operação combinada diretamente com José de Filippi Júnior, que era o tesoureiro da campanha e hoje trabalha como secretário de Saúde da cidade de São Paulo.
Para viabilizar a entrega do dinheiro e manter a ilegalidade em segredo, o empreiteiro amigo de Lula e o tesoureiro do presidente-candidato montaram uma operação clandestina digna dos enredos rocambolescos de filmes sobre a máfia. Pessoa contou aos procuradores que ele, o executivo da UTC Walmir Pinheiro e um emissário da confiança de ambos levavam pessoalmente os pacotes de dinheiro ao comitê da campanha presidencial de Lula. Para não chamar a atenção de outros petistas que trabalhavam no local, a entrega da encomenda era precedida de uma troca de senhas entre o pagador e o beneficiário.
Ao chegar com a grana, Pessoa dizia “tulipa”. Se ele ouvia como resposta a palavra “caneco”, seguia até a sala de Filippi Júnior. A escolha da senha e da contrassenha foi feita por Pessoa com emissários do tesoureiro da campanha de Lula numa choperia da Zona Sul de São Paulo. Antes de chegar ao comitê eleitoral, a verba desviada da Petrobras percorria um longo caminho. Os valores saíam de uma conta na Suíça do consórcio Quip, formado pelas empresas UTC, Iesa, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que mantém contratos milionários com a Petrobras para a construção das plataformas P-53, P-55 e P-63.
Em nome do consórcio, a empresa suíça Quadrix enviava o dinheiro ao Brasil. A Quadrix também transferiu milhares de dólares para contas de operadores ligados ao PT. Pessoa entregou aos investigadores as planilhas com todas as movimentações realizadas na Suíça. Os pagamentos via caixa dois são a primeira prova de que o ex-presidente Lula foi beneficiado diretamente pelo petrolão.
Até agora, as autoridades tinham informações sobre as relações lucrativas do petista com grandes empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, mas nada comparável ao testemunho e aos dados apresentados pelo dono da UTC. Depois de deixar o governo, Lula foi contratado como palestrante por grandes empresas brasileiras. Documentos obtidos pela Polícia Federal mostram que ele recebeu cerca de 3,5 milhões de reais da Camargo Corrêa. Parte desse dinheiro foi contabilizada pela construtora como “doações” e “bônus eleitorais” pagos ao Instituto Lula. Conforme revelado por VEJA, a OAS também fez uma série de favores pessoais ao ex-presidente, incluindo a reforma e a construção de imóveis usados pela família dele. UTC, Camargo Corrêa e OAS estão juntas nessa parceria. De diferente entre elas, só as variações dos apelidos, das senhas e das contrassenhas. “Brahma”, “tulipa” e “caneco”, porém, convergem para um mesmo ponto.
Pixuleco
Leiam a reportagem da VEJA. Ao longo de 12 páginas, vocês vão constatar que o país foi literalmente assaltado por ladrões cínicos e debochados. João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT que foi objeto de um desagravo feito pela Executiva Nacional do partido na quinta, depois de um encontro de Rui Falcão com Lula, chamava a propina de “pixuleco”. Segue um trecho.
O empreiteiro contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Por orientação do então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das questões financeiras da quadrilha diretamente com o tesoureiro. A simbiose entre corrupto e corruptor era perfeita, a ponto de o dono da UTC em suas declarações destacar o comportamento diligente do tesoureiro: “Bastava a empresa assinar um novo contrato com a Petrobras que o Vaccari aparecia para lembrar: ‘Como fica o nosso entendimento político?’”. A expressão “entendimento político”, é óbvio, significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha. Aliás, propina não.
Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra. Como eram dezenas de contratos e centenas as liberações de dinheiro, corrupto e corruptor se encontravam regularmente para os tais “entendimentos políticos”. João Vaccari era conhecido pelos comparsas como Moch, uma referência à sua inseparável mochila preta. Ele se tornou um assíduo frequentador da sede da UTC em São Paulo. Segundo os registros da própria empreiteira, para não chamar atenção, o tesoureiro buscava “as comissões” na empresa sempre nos sábados pela manhã.
Ele chegava com seu Santa Fé prata, pegava o elevador direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º andar do prédio, falava amenidades por alguns minutos e depois partia para o que interessava. Para se proteger de microfones, rabiscava os valores e os porcentuais numa folha de papel e os mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e distribuía os pedaços em lixos diferentes”. Foi tudo filmado.
Retomo
Aí está apenas parte dos descalabros narrados por Ricardo Pessoa. E agora? Até havia pouco, parecia que o petrolão era fruto apenas de empresários malvados, reunidos em cartel, que decidiram se associar a três funcionários corruptos da Petrobras — tese de Dilma por exemplo — e a alguns parlamentares, a maioria de segunda linha, para roubar o país. Faltava o cérebro dessa operação, que sempre esteve no Poder Executivo.
Eis aí. Nunca houve cartel. Eu estava certo! O depoimento de Ricardo Pessoa — que não se deixou constranger pela prisão preventiva e que, tudo indica, confessou o que quis, não o que queriam ele confessasse — REVELA A REAL NATUREZA DO JOGO.
Ainda não terminei. Em outro post, vou chamar Rodrigo Janot e o juiz Sérgio Moro para um papinho sobre lógica elementar.
Corrupcao companheira: registro historico da roubalheira organizada
Empreiteiro lista 18 políticos na Lava-Jato e Dilma convoca reunião
Presidente da UCT diz que pagou R$ 62 milhões para campanhas com dinheiro da Petrobras. Para o caixa 2 ao PT, foram R$ 3,6 milhões. Ele entregou vários documentos aos investigadores, como planilha de pagamentos e agenda não apreendida pela PF
postado em 26/06/2015 20:14
Eduardo Militão , Enviado Especial
Só para o caixa 2 do PT, foram R$ 3,6 milhões. Pessoa firmou que pagou o valor para o partido entre 2010 e 2014. Os valores foram pagos aos então tesoureiros José de Filipi Júnior e João Vaccari Neto, presos na Operação Lava-Jato. Ele fez delação premiada em que apresentou documentos, planilhas e agenda pessoal não apreendida pela Polícia Federal para comprovar pagamentos ilegais a campanhas de 18 políticos, como Dilma e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Collor (PTB-AL), o senador Ciro Nongueira (PP-PI) e o ex-senador Gim Argello (PTB-DF).
Em delação premiada prestada a procuradores da Procuradoria Geral da República (PGR), Pessoa trouxe informações novas sobre a investigação que apura esquema de desvio de dinheiro na Petrobras, que foi vítima de um cartel de empreiteiras que combinava licitações, superfaturava obras e repassava propinas a políticos e funcionários da estatal. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque o empreiteiro fez acusações contra políticos com foro privilegiado, como ministros, deputados e senadores.
Segundo o Correio apurou com fontes com acesso à investigação, Pessoa prestou 27 depoimentos durante uma semana. Além das afirmações, apresentou documentos. Um deles é uma agenda pessoal, que não foi apreendida pela Polícia Federal. Os depoimentos foram tomados em Brasília, mas para evitar chamar a atenção, as oitivas não aconteciam na Procuradoria Geral da República, mas no Ministério Público Militar, de acordo com essa fonte. A quantidade de detalhes que trouxe chegou a atrapalhar o andamento da negociação do acordo.
De acordo com a a revista Veja, os pagamentos para 18 figuras políticas tinham origem nos contratos da empreiteira com a Petrobras. Lista divulgada pela publicação elenca a distribuição de R$ 62,75 milhões para políticos. O ex-presidente Collor foi quem mais recebeu dinheiro de contratos com da UTC com a petroleira: R$ 20 milhões. Em segundo lugar, ficou João Vaccari, que comandou as finanças do PT até ser preso na Lava-Jato: R$ 15 milhões.
A campanha de Dilma de 2014 recebeu R$ 7,5 milhões. A de Gim, R$ 5 milhões. Condenado no mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ficou com R$ 3,4 milhões. O prefeito de São Paulo, R$ 2,6 milhões, pouco mais que os R$ 2,4 milhões da campanha de Lula em 2006. O ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, R$ 250 mil.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, os pagamentos feitos pela UTC Engenharia ao PT sob forma de caixa dois incluíram repasses em 2010, 2011, 2012 e 2014 nas mãos de Filippi, totalizando R$ 750 mil. Para Vaccari, foram R$ 2,9 milhões divididos em parcelas em 2011, 2012 e 2013.
Negativa
Procurado, o PT não se manifestou até a publicação deste texto. Mas o ministro Aloízio Mercadante negou ter recebido doações irregulares da UTC Engenharia. “A empresa UTC, por ocasião da campanha ao governo do Estado de São Paulo, em 2010, fez uma única contribuição, devidamente contabilizada e declarada à Justiça Eleitoral, no valor de R$ 250 mil reais, conforme demonstrado em minha prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral”, afirmou o ministro ontem, por meio de uma nota distribuída à imprensa. A doação foi feita em 27 de agosto de 2010.
A Constram, empresa do grupo da UCT, fez ainda outra doação, de mais R$ 250 mil, em 29 de julho de 2010. O ministro destacou que esse valor também foi informado à Justiça Eleitoral. “Desconheço o teor da delação premiada do senhor Ricardo Pessoa”, afirmou Mercadante.
PUBLICIDADE
sexta-feira, 26 de junho de 2015
OECD and the global political economy, 1948 to present - conference, Zurich, 27-29 August 2015
We are happy to announce the program for the first historical conference on the OECD entitled “Warden of the West. The OECD and the global political economy, 1948 to present” that will take place 27-29 August 2015 at the University of Zürich. You will find enclosed the conference poster and final program (both are also available at www.OECDhistoryproject.net).
Registration: attendance is free and all interested are most welcome. However, for organization purposes, please contact us (matthias.schmelzer@unige.ch) if you plan to attend the conference!
Please distribute widely.
Best wishes,
Matthias Schmelzer
Paul Bairoch Institute of Economic History
University of Geneva
Pont d'Arve 40, CH-1205 Geneva
www.unige.ch/ses/ihise
CONFERENCE PANELS:
Thursday 27.08.2015
• Increasing output. The challenges of productivity and free trade
• From growth to crisis. Overseeing the capitalist economy
Friday 28.08.2015
• Beyond competition. Connections across the economic front of the Cold War
• Being a member of the Club. Membership, rules, and access
• Natural limits. Facing environmental and energy challenges
• Roundtable – Writing the history of the OEEC/OECD
Saturday 29.08.2015
• Human capital. Managing and adapting the workforce
• Contested development. The Rich Mans’ Club and the Global South
CONVENORS
Prof. Matthieu Leimgruber & Dr. Matthias Schmelzer - Forschungsstelle für Sozial- und Wirtschaftsgeschichte, University of Zurich, www.fsw.uzh.ch
CONFERENCE VENUE
Rämistrasse 74 (Law faculty building), room RAI-J-031
PROGRAM AND REGISTRATION
www.OECDhistoryproject.net
INTERNATIONAL CONFERENCE
THURSDAY 27.08.2015
13h30 Welcome & Introduction
13h45 Increasing output. The challenges of productivity and free trade
Comments: Jakob Tanner (Zurich)
• Carine Germond (Maastricht)
Sharing ideas, shaping policy. Agricultural experts and expertise in the OEEC/OECD, 1955-1992
• Ludovic Fulleringer (Geneva & EHESS Paris)
Ore, wood and coal. A new look at the OEEC productivity program during the 1950s
• Wolfram Kaiser (Portsmouth)
The OEEC/OECD and steel, 1948-1989
15h45 Coffee break
16h15 From growth to crisis. Overseeing the capitalist economy
Comments: Tobias Straumann (Zurich)
• Floriane Galeazzi (Rouen)
The OECD WP3 as a gatekeeper of the international payments system, 1961-1987
• Samuel Beroud (Geneva)
“Positive adjustments”: the emergence of supply-side economics in the OECD and G7, 1975-1983
• William Glenn Gray (Purdue, USA)
Peer pressure in Paris. OECD country exams in the radical 1970s
18h30 Food and drinks
FRIDAY 28.08.2015
9h00 Beyond competition. Connections across the economic front of the Cold War
Comments: Sandrine Kott (Geneva)
• Andrej Marković (Zurich) & Ivan Obadić (EUI Firenze)
The limits of non-alignment. Yugoslavia and the OEEC/OECD, 1955-1980
• Daniel Stinsky (Maastricht)
“Community of destiny”? The OEEC and the UN Economic Commission for Europe, 1947-1961
10h30 Coffee break
11h00 Being a member of the Club. Membership, rules, and access
Comments: Richard Woodward (Hull)
• Heinrich Hartmann (Basel)
Professor Tinbergen’s delicate mission. OECD expertise between policy making and public protest in Turkey in the 1960s
• Peter Carroll (Hobart, Australia)
Access, influence and policy learning in the 1960s and 1970s: Australian, Japanese and New Zealand membership of the OECD
• Magdaléna Hadjiisky (Strasbourg)
Exploration of a conversion. New Public Management at the OECD-PUMA, 1970s-1990s
13h00 Lunch
14h15 Natural limits. Facing environmental and energy challenges
Comments: Rüdiger Graf (ZZF Potsdam)
• Henning Türk (Duisburg-Essen)
Anticipations and reactions. The OECD, the IEA and the second oil crisis in 1979
• Iris Borowy (Aachen)
Addressing transfrontier pollution: The OECD Environment Committee in the 1970s
• Dominique Pestre (EHESS Paris)
The Economicization of the environment. The place of OECD, 1970-2010
16h15 Coffee break
16h45 Roundtable – Writing the history of the OEEC/OECD
• Vincent Gayon (Paris-Dauphine)
• William M. Hynes (OECD NAEC Program)
• Matthieu Leimgruber (Zurich)
• Richard Woodward (Hull)
19h30 Conference Dinner
SATURDAY 29.08.2015
9h00 Human capital. Managing and adapting the workforce
Comments: Matthias Schmelzer (Zurich)
• Emmanuel Comte (EUI Firenze) & Simone Paoli (Padua)
The OEEC/OECD in West European migration policies, from the Cold War to the North-South confrontation, 1947-1986
• Regula Bürgi (Luxemburg)
Planned education for the “free world”. The emerging role of the OEEC/OECD in education expertise, 1957-1972
• Rianne Mahon (Waterloo, Canada)
Articulating a feminist agenda Inside the OECD. The Working Party on the role of women in the economy, 1974-1998
11h00 Coffee break
11h30 Contested development. The Rich Mans’ Club and the Global South
Comments: Corinne Pernet (Basel)
• Patricia Hongler (Luzern)
The construction of a Western voice. OECD and UNCTAD in the 1960s and 1970s
• Kevin O’Sullivan (Galway)
Mobilizing for development. The OECD, NGOs and global governance, 1973-1988
13h00 Wrap up comments and lunch
WARDEN OF THE WEST: THE OECD AND THE GLOBAL POLITICAL ECONOMY, 1948 TO PRESENT
Economia brasileira: as coisas vao melhorar? NAAAAOOOO!!! - Itau Macroeconomica
Pesquisa macroeconômica - Itaú, 26/07/2015
• Taxa de desemprego alcança 6,7% no mês
• Resultados fiscais fracos em maio
• Relatório de inflação indica que juros devem continuar a subir
Nova alta da taxa de desemprego em maio
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego atingiu 6,7% em maio, em linha com a nossa projeção e um pouco acima das expectativas de mercado (6,6%). Com ajuste sazonal, a taxa aumentou de 6,0% em abril para 6,3% em maio (Gráfico 1). A massa salarial real recuou 1,8% contra o mês anterior, demonstrando que o aumento de 0,3% de abril foi transitório. A contração da massa salarial reforça o cenário de enfraquecimento do consumo das famílias em 2015. À frente, esperamos que a taxa de desemprego continue em tendência de alta e termine o ano em 7,6%.
Resultados fiscais fracos em maio
Os dados fiscais de maio mostram dificuldades no lado da receita. A arrecadação federal foi de R$ 91,5 bilhões, resultado abaixo das expectativas e impactado pela fraqueza da atividade econômica. Com isso, o governo central teve um déficit primário de R$ 8,1 bilhões, o que representa um fraco resultado para o mês. Os dados do governo consolidado serão divulgados na semana que vem.
Câmara aprova medida de ajuste fiscal
A Câmara aprovou o projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos, aumentando as alíquotas em 56 setores da economia. Esta medida é relevante para o resultado fiscal em 2016. Além desse projeto de lei, a Câmara aprovou a MP do salário mínimo e adicionou uma emenda que estende a regra de reajuste do salário mínimo para todos os aposentados. Esta medida, caso seja implementada, eleva os gastos da Previdência em torno de R$ 10 bilhões por ano. Ambas as medidas seguem para análise do Senado.
CMN eleva a TJLP e reduz a banda para meta de inflação em 2017
O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou em 0,5 p.p. a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que parametriza boa parte dos empréstimos do BNDES. A alta, a terceira este ano, faz parte do conjunto de ajustes econômicos propostos pela equipe econômica. Projetamos que a TJLP alcance 7% este ano e 8% no ano que vem (Gráfico 2). O Conselho também decidiu a meta de inflação para 2017, que foi mantida em 4,5%, mas o intervalo de tolerância foi reduzido de 2,0 p.p. para 1,5 p.p.
Relatório de Inflação: Missão quase, mas ainda não, cumprida
O Banco Central divulgou o Relatório de Inflação do segundo trimestre. As previsões apresentadas no cenário de referência (juros e câmbio constantes) mostram inflação em 4,8% no final de 2016 - um pouco menor do que o 4,9% do Relatório de Inflação do primeiro trimestre, mas ainda acima do centro da meta de 4,5%. O BCB salientou que os avanços na luta contra a inflação “ainda não se mostram suficientes". Isso indica que o ciclo de alta deve continuar na próxima reunião. Acreditamos que seja a última elevação de juros. O relatório de inflação reforça nosso cenário de uma última alta de 0,50 p.p. em julho.
Aprovação do governo volta a recuar
De acordo com pesquisa Datafolha conduzida entre os dias 17 e 18 de junho, a aprovação do governo caiu de 13% em abril para 10% neste mês (Gráfico 3). Este é o nível de aprovação mais baixo registrado desde setembro de 1992. A pesquisa também perguntou sobre as perspectivas econômicas dos entrevistados: cerca de 77% dos respondentes acreditam que a inflação deve subir, enquanto 73% esperam um aumento do desemprego.
Confiança e utilização da capacidade instalada na indústria voltam a cair em junho
Segundo a prévia da sondagem empresarial da FGV, o índice de confiança do empresário industrial recuou 4,7% em maio e atingiu 68,2 (Gráfico 4). Caso o resultado seja confirmado, será o menor nível da série histórica. A prévia do nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) também aponta recuo de 79 para 78,7, com ajuste sazonal. Os dados preliminares da sondagem sugerem queda da produção industrial no mês, o que poderá ser confirmado na semana que vem com a divulgação final.
Confiança do consumidor volta a recuar
A confiança do consumidor (calculado pela FGV) recuou 1,4% em junho na comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal. O índice continua perto do mínimo histórico da série iniciada em 2005. O percentual de pessoas reportando que está difícil conseguir emprego aumentou de 82,2% em maio para 84,5% em junho, reforçando o cenário de enfraquecimento do mercado de trabalho.
Déficit em conta corrente menor do que esperado em maio
O déficit em conta corrente no mês de maio somou US$ 3,4 bilhões, bem abaixo da nossa projeção (US$ 5,0 bi) e do consenso do mercado (US$ 4,6 bi). Acumulado em 12 meses, o déficit recuou para US$ 95,7 bi (4,4% do PIB), o que reflete tanto o câmbio mais depreciado quanto a atividade em ritmo mais lento. Os principais destaques no mês foram, mais uma vez, as contas de viagens internacionais, transportes e remessas de lucros e dividendos. Do lado do financiamento, a situação permanece confortável, com o investimento direto no país cobrindo 87% do déficit em conta corrente. No entanto, houve arrefecimento nos fluxos de investimento em carteira e direto acumulados em 12 meses.
Caio Megale
Laura Pitta
Giulia Coelho
Pesquisa macroeconômica - Itaú
Ilan Goldfajn - Economista-Chefe