O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 17 de outubro de 2015

Google Scholar: trabalhos mais citados de Paulo Roberto de Almeida

Aqui estão meus trabalhos mais citados por outros pesquisadores, tal como computado pelo Google Scholar, segundo critérios que eles mesmos determinaram...

Google Scholar Paulo Roberto deAlmeida works citations

Índices de citaçõesTodosDesde 2010
Citações1024541
Índice h1511
Índice i102111

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 47 (1), 162-184
2004

PR Almeida
São Paulo: LTr 2
1998

PR Almeida, O Brasil
Porto Alegre: Livraria do Advogado 82
1999

PR Almeida
Revista brasileira de política internacional 49 (1), 95-116
2006

PR Almeida
Revista de Sociologia e Política 20, 87-102
2003

PR Almeida
Revista Cena Internacional. Brasília: UnB-IREL 9 (1), 7-36
2007

PR Almeida
Relações Internacionais: dois séculos de História: entre a ordem bipolar e o ...
2001

PRDE Almeida
Integración & Comercio 2 (6)
1998

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 36 (1), 11-36
1993

PR Almeida
Carta Internacional 2 (01), 03-10
2007

MC Lima, PR Almeida
Encontro Internacional" América do Sul 2005: Desafios e Perspectivas".(2000 ...
2005

PR Almeida
Revista Brasileira de política internacional 53 (2), 160-177
2010

PR Almeida
Meridiano 47, 4-9
2006

PR Almeida
Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: LTr
1999

PR Almeida
Política externa 3 (1)
1994

C Almeida, I Alcario
1999

PR Almeida
Revista de Informação Legislativa, Brasília
1989

PR ALMEIDA
São Paulo: Paz e Terra
2002

PR Almeida
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão
1992

PR de Almeida
Contexto Internacional 12 (1), 53
1990

PR de Almeida
Contexto Internacional 26 (1), 7
2004

PR Almeida
Revista de Geopolítica 1 (2), 5-20
9
2010

PR ALMEIDA, O Brasil
Revista Espaço Acadêmico
9
2005

PR ALMEIDA
9
2005

PR de Almeida
Meridiano 47, 11-15
9
2004

PR ALMEIDA
Correio Braziliense ou Armazém Literário. Edição Fac-similar. São Paulo ...
9
2001

PR Almeida
Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) 4, 381-447
9
2000

MSP Castro
Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: Ltr, 191-216
9
1999

PR Almeida
Boletim de Integração Latino-Americana
9
1995

PR ALMEIDA
RBCE Comércio Exterior 40, 52-60
9
1994

PR Almeida
Parcerias estratégicas 9 (18), 157-190
8
2012

PR Almeida
Brasília: Edição do Autor
8
2009

PR Almeida
Via Política
8
2007

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 44 (1), 112-136
8
2001

PR de Almeida
Revista Estudos Históricos 1 (27), 31-62
8
2001

PR Almeida
Cadernos Adenauer 2, 37-56
8
2000

K Jakobsen
Chaloult e Almeida (orgs.), 232-248
8
1999

PR ALMEIDA
Revista Espaço Acadêmico
7
2004

PR Almeida, F Giambiagi, JG Reis, A Urani
Reformas no Brasil: Balanço e Agenda, Fábio Giambiagi, José Guilherme Reis e ...
7
2004

E Cardoso, PR Almeida, R Barbosa
O Brasil e os Estados Unidos num mundo em mutação. Washington, DC
7
2003

PR Almeida
São Paulo em Perspectiva 16 (1), 3-16
7
2002

PR Almeida, Y Chaloult
Revista Brasileira de Política Internacional 42 (2), 145-160
7
1999

PR de Almeida
Contexto Internacional 19 (2), 307
7
1997

PR ALMEIDA
Boletim de Integração Latino-Americana
7
1994

PR ALMEIDA
De agosto de
6
2009



PR Almeida
Cena internacional 10 (2), 72-97
6
2008

PR ALMEIDA, O Brasil
MAZZUOLI, Valério de Oliveira; SILVA, Roberto Luiz (Coords.). O Brasil e os ...
6
2003

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 45 (2), 229-239
6
2002

PR Almeida
Meridiano 47 3 (22), 14
6
2002

PR ALMEIDA
preparado para libro en homenaje al Dr. Werter Faria, edición coordinada por ...
6
2001

PRDE Almeida
O Mercosul no limiar do século XXI. São Paulo: Cortez, 17-26
6
2000

PR de Almeida
Contexto Internacional 14 (2), 161
6
1992

PR Almeida
Estudos Avançados 5 (12), 187-203
6
1991

PR Almeida
Temas & Matizes 14, 73-95
5
2008

G Dupas
Chaloult e Almeida (orgs.), 132-146
5
1999

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 40 (2), 76-105
5
1997

PR de Almeida
Intellector, Río de Janeiro: Centro de Estudos em Geopolítica e Relaçôes ...
4
2008

PR Almeida
Carta Internacional. São Paulo
4
2006

PR Almeida
O crescimento das relações internacionais no Brasil. Brasília: Instituto ...
4
2005

PR de Almeida
International Relations and Brazil’s Foreign Policy: A Historic Perspective ...
4
2002

Y Chaloult
Mercosul, NAFTA e ALCA: A Dimensão Social, São Paulo, Ltr, 38-68
4
1999

PR Almeida
Revista espaço acadêmico 10 (119), 106-114
3
2011

PR Almeida
Parcerias Estratégicas 10 (21), 301-314
3
2010

M Diaz, PR Almeida
Stanley Foundation
3
2008

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 47 (2), 223-226
3
2004






PR Almeida
Revista História Hoje (revista eletrônica de História) 1 (1)
3
2003

PR Almeida, FR Fins
Revista Brasileira de Política Internacional 44 (1), 151-154
3
2001

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 41 (SPE), 42-65
3
1998

PR ALMEIDA
Brasília: Senado Federal
3
1992

PR Almeida
Revista espaço acadêmico 10 (120), 114-119
2
2011

PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (114), 165-173
2
2010

PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (113), 38-45
2
2010

PR Almeida
RESGATE-Revista Interdisciplinar de Cultura 1 (3), 33-52
2
2010

PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (101), 41-50
2
2009

PR Almeida
Carta Internacional 1 (01), 03-04
2
2006

PR Almeida
Meridiano 47 6 (61), 8
2
2005

PR Almeida
Meridiano 47 6 (59), 13
2
2005

PR ALMEIDA
VII Annual Meetings of the Hewlett/UIUC Project on Brazil: Brazil in a Neo ...
2
2004

PR Almeida
Revista brasileira de política internacional 41 (SPE), 85-98
2
1998

PR ALMEIDA, F ROGIDO FINS
Via Mundi, Boletim de análise do estado da arte em relações internacionais ...
2

  
PR Almeida
Boletim Meridiano 47 3 (27), 3-5
1
2011

PR Almeida
Boletim Meridiano 47 3 (28-29), 13-15
1
2011

PR Almeida
Boletim Meridiano 47 4 (30-31), 30-34
1
2011

PR Almeida
Boletim Meridiano 47 11 (118), 27-29
1
2010

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 53 (2), 217-218
1
2010



PR Almeida
Meridiano 47 9 (95), 5
1
2008

PR Almeida
Meridiano 47 3 (25), 12
1
2002

PR Almeida
Meridiano 47 2 (17), 9
1
2001

PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 40 (2), 183-185
1
1997


 












O custo absurdo da (in)Justica no Brasil - Luciano Da Ros

 A Injusta Justiça 
Custo da Justiça no Brasil: Injustiça Social





Você pode pedir a um Poder que ele próprio faça uma autoreforma? Não, isso é ingênuo, como constatou Giordano Bruno frente à Igreja Católica Romana. Um Poder, como o Judiciário ou o Legislativo, que fixa suas próprias remunerações de maneira irresponsável, tem de ser controlado por quem? Em primeira instância, pelos vetos do Poder Executivo, em última, pela Sociedade.
Como a opinião pública — "a pior entre todas as opiniões" — brasileira está pensando ou agindo no momento? Ataca só a honesta mandatária atual do Poder Executivo e transforma em "herois nacionais" (sic) gente desonesta, como aquele juiz que faz prejulgamentos diários na imprensa e aquele parlamentar que tem dinheiro roubado na Suíça e faz "cara-de-paisagem"...
Claudia Safatle (Valor, 30/09/15) informa que as despesas do Poder Judiciário no Brasil equivalem a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB).Somados a esse percentual o orçamento do Ministério Público, de 0,32% do PIB, e mais 0,2% do custo das defensorias públicas e advocacia pública, o gasto total com o sistema de justiça no país chega a 1,8% do PIB, ou R$ 121 bilhões. Esse sistema consome 0,2% do PIB na França, 0,3% do PIB na Itália, 0,35% do PIB na Alemanhae 0,37% do PIB em Portugal. O PIB usado para o cálculo é o do Banco Central, de R$ 5,73 trilhões, em 12 meses até agosto.
Por todas as formas de análise comparada que se faz, tanto o Poder Judiciário (estadual, federal, trabalhista, militar e eleitoral, além do STF e o CNJ) quanto o sistema mais amplo de justiça no Brasil custam muito caro ao país.
É o que constata o estudo O Custo da Justiça no Brasil: Uma Análise Comparativa Exploratória, elaborado por Luciano Da Ros, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que circula em gabinetes do governo federal. O autor é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRGS, onde faz pós-doutorado, e doutorado em Ciência Política pela Universidade de Illinois.
O trabalho é um subsídio importante na discussão do gasto crescente do setor público, principalmente considerando-se que o Congresso deve confirmar ou derrubar o veto presidencial ao reajuste de salários do Poder Judiciário.
O projeto de lei 7920/14, aprovado pela Câmara em 25 de março e vetado por Dilma Rousseff em 22 de julho, prevê aumento de salários de até 78,56% aos servidores do judiciário, a ser pago em parcelas entre este e o ano de 2017.
A justificativa para o veto foi que a proposta representa uma despesa adicional de R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos, ao fim dos quais passa a R$ 10 bilhões por ano. Uma cifra pesada para o Tesouro Nacional bancar em uma situação fiscal precária como se encontra.
Para um orçamento que equivale a 1,3% do PIB, o Poder Judiciário no país é um caso "desviante", segundo o autor, se comparado com os países da OCDE, com os Estados Unidos ou, ainda, os com vários países latino americanos.
Somente El Salvador (1,35% do PIB) tem despesa com o poder judiciário nesse patamar. Tomando a taxa de câmbio de R$ 3,36, isso significa que a despesa per capita desse Poder no Brasil é de US$ 91,15 por ano.
Segundo o estudo de Da Ros, 89% da despesa é consumida com a folha de salários – padrão superior à média de 70% nos países europeus. São 16,5 mil magistrados – ou 8,2 juízes por 100 mil habitantes – o que não destoa dos demais países considerados. Portanto, não é a quantidade de magistrados no Brasil que explica o alto custo do Judiciário, mesmo levando em conta os seus elevados salários
O que foge ao padrão é o corpo de servidores, assessores, terceirizados, dentre outros, que totalizam 412,5 mil funcionários. São 205 funcionários para cada 100 mil habitantes, número muito superior aos 150 na Argentina, 66,9 na Alemanha, 42,1 no Chile, 41,6 na Colômbia ou 40,5 na Itália.
O Ministério Público – na ausência de informações o autor teve que buscar dados nos Estados e demais órgãos federais – teve um gasto de R$ 15,4 bilhões no ano passado, ou 0,32% do PIB. Apesar das dificuldades de se encontrar uma estrutura semelhante nos países comparados, Da Ros obteve informações que evidenciam uma despesa muito menor: é de 0,02% na Alemanha e na Espanha, de 0,06% em Portugal e de 0,09% na Itália.
Segundo cálculos do autor, R$ 9,9 bilhões, ou cerca de 0,2% do PIB, foram dispendidos com as defensorias estaduais e federais, Advocacia-Geral da União, procuradorias Estaduais e com as procuradorias dos dois municípios mais ricos do país (SP e RJ).
O legado de instituições autoritárias, o longo período de incertezas jurídicas decorrentes das crises econômicas dos anos 1980 e 1990, e as desigualdades socioeconômicas ajudariam a explicar por que o Brasil tem um sistema de justiça tão mais caro do que os europeus ou norte-americanos. O autor salienta que o judiciário brasileiro é identificado como um dos melhores da América Latina, mas não é possível desconhecer que seu custo atingiu um patamar além do desejável.
É fato que a carga processual é exorbitante: 95 milhões de processos tramitavam no sistema em 2013, praticamente 1 para cada 2 habitantes e 6.041 por magistrado. Mas a proporção da força de trabalho que auxilia cada magistrado na sua função é também substancialmente maior. No Brasil há 68 novos casos por funcionários anualmente, enquanto que em Portugal são 135 novos casos para cada servidor e 229 na Itália.
"Talvez seja o momento de considerar que o pêndulo orçamentário em relação ao Poder Judiciário tenha ido muito longe, particularmente no momento no qual o Brasil enfrenta difíceis escolhas relativas ao equilíbrio fiscal(...)", conclui Da Ros.