O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Dicas para a carreira diplomatica: repeating myself...

Bem, pelo menos não tenho de pagar direitos autorais a mim mesmo, ou talvez sim. Vou me premiar com alguns livros mais (que depois não saberei encontrar numa das minhas duas bibliotecas...).
Como continuam a me perguntar sobre a carreira (como são persistentes esses candidatos) e as receitas-milagre para nela ingressar, e como não tenho tempo de escrever mais o "enésimo" artigo sobre a questão, vou postar e repostar novamente uma lista de trabalhos que já fiz sobre a questão (deve estar faltando os mais recentes, mas ninguém é perfeito).
Creio que dá para achar todos e cada um, clicando nos meus blogs (sim, tenho, ou tive, mais de um) ou no site, pelas palavras certas...
Quem não achar, e ficar muito deprimido por isto, pode me pedir pelo número do trabalho...
Bom 2011 a todos e felicidades nos projetos pessoais e acadêmicos...
Paulo Roberto de Almeida

QUINTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2009
1192) Diplomacia: dicas gerais para candidatos e interessados

Aproximadamente um ano atrás, para atender a vários pedidos de informações e ajuda na preparação de candidatos à carreira diplomática, eu consolidei várias informações dispersas em blogs ou sites sob minha responsabilidade num post que vai reproduzido abaixo.
A razão desta repetição é a mesma: demandas que chegam continuamente para comentar isto ou aquilo da carreira, para opinar sobre cursos e outras coisas mais. Desde então devo ter produzido mais algumas respostas, que vou procurar acrescentar a esta informação.
(Os trabalhos que não estiverem disponíveis após busca em meu site, poder ser solicitados pelo seu número de indentificação, e também pelo nome, pois pode haver alguma descompensação no registro de originais.)

Quarta-feira, Junho 25, 2008
897) Carreira Diplomática: dicas

Em dezembro de 2006, como eu recebia muitas solicitações de diversos candidatos à carreira diplomática para fornecer "dicas" sobre estudos, cursinhos, perguntas sobre a própria carreira, resolvi consolidar alguns escritos numa lista única, revisar a seção pertinente do meu site (www.pralmeida.org) sobre o assunto e postar uma informação que segue abaixo.
Devo dizer que continuo recebendo muitos pedidos individuais de ajuda quanto a carreira, estudos, dicas para o concurso, etc., como se eu fosse um grande especialista no assunto (o que não sou). Em todo caso, resolvi renovar a postagem anterior, que segue in fine, tendo agregado antes alguns textos escritos no intervalo, para justamente atender a essas solicitações tópicas. (Aqueles interessados em algum que não disponha de link apropriado para leitura direta, podem solicitar-me topicamente, fazendo menção ao número da série.)
Façam bom uso... (uma recomendação, aliás, dispensável)
Paulo Roberto de Almeida

Alguns textos recentes sobre carreira diplomática (da lista de originais):

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática.

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática.

1893. “A importância do profissional de relações internacionais no setor público”, Brasília, 1 junho 2008, 1 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário a Projeto Transdiciplinar UNISUL sob a responsabilidade de estudante RI Unisul, Florianópolis, SC.

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia).

1812. “Academia e diplomacia: um questionário sobre a formação e a carreira”, Brasília, 1 outubro 2007, 5 p. Respostas a questionário colocado por estudante da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

1780. “Aspectos da carreira diplomática: algumas considerações pessoais”, Brasília, 10 de agosto de 2007, 1 p. Palestra feita em Brasília, no curso preparatório à carreira diplomática O Diplomata em 11.08.07, com links para sites e blogs de informação.

1739. “Carreira diplomática: uma trajetória”, Brasília, 27 março 2007, 5 p. Respostas a perguntas colocadas pela Carta Forense, para caderno especial sobre concursos, sobre diplomacia. Publicado, sob o título “Minha trajetória como concursando”, na revista Carta Forense (ano 5, nr. 47, abril 2007, Caderno de Concursos, p. C2-C3; link: www.cartaforense.com.br)

1723. “Concurso do Rio Branco: algumas dicas genéricas sobre o TPS”, Brasília, 7 fevereiro 2007, 2 p. Feito em caráter particular, tornado genérico; postado no blog Diplomatizzando sob nr. 698 (link).

1722. “Aos formandos do curso de RI da Universidade Tuiuti do Paraná, turma 2007”, Brasília, 6 fevereiro 2007, 5 p. Palavras aos formandos do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que escolheram meu nome para designar esse grupo de bacharelandos. Postado no blog Diplomatizzando sob nr. 699 (link).

Postagem anterior:
Quinta-feira, Dezembro 28, 2006

669) Carreira Diplomatica: dicas
Carreira Diplomática
Dicas e argumentos sobre uma profissão desafiadora
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)

Apresentação de minha seção sobre a carreira diplomática no site pessoal: Link

Diplomacia
Instrumentos, preparação à carreira, subsídios para estudos
(Texto elaborado em 2005)

A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em decorrência da maior inserção internacional do Brasil e dos avanços da globalização e da regionalização. Os candidatos têm em geral procurado os cursos de graduação em relações internacionais. Muitos já ostentam inclusive mestrado ou doutoramento. Em todo caso, o concurso à carreira diplomática possui especificidades que fazem dele um processo altamente seletivo e bastante rigoroso, ainda que aberto unicamente aos talentos e méritos individuais.
Os candidatos devem, em primeiro lugar, verificar na página do Instituto Rio Branco, no site do Ministério das Relações Exteriores, as últimas informações sobre o concurso, programa de estudos, bibliografia, etc.A Funag anunciou, em março de 2006, estar colocando à disposição do público em geral toda a sua coleção de livros que se referem aos trabalhos do Instituto Rio Branco já publicados, bem como todos os volumes resultantes dos seminários do IPRI, nos últimos anos. Veja a relação completa e o endereço do site neste link do meu blog, onde apresento o material.
Consoante o papel didático exercido por esta página, pretendo colocar a partir deste espaço uma série de textos que poderão guiar, ajudar, esclarecer, consolar ou, quem sabe até, divertir os candidatos à carreira diplomática. Começo por oferecer uma bibliografia resumida, que nada mais é senão o conjunto das leituras recomendadas no programa oficial do Instituto Rio Branco, mas reduzidas ao que eu considero, pessoalmente, como sendo o essencial, isto é, uma lista de primeiras leituras, para que cada candidato dê início a seu próprio programa de estudos. Veja aqui a bibliografia.
Procurarei estabelecer uma forma de organização racional e uma estrutura clara para os vários textos aqui disponíveis, mas nem sempre isso será possível. A página também será alimentada gradualmente, à medida em que faça a seleção dos textos pertinentes e sua transposição para esta base. Sou colaborador regular da revista Espaço Acadêmico; veer meus meus artigos no link.
Como atendo a muitas demandas colocadas sobre a carreira diplomática e a própria preparação para o concurso que habilita a ingressar na carreira – seja sob a forma de cursos de graduação de relações internacionais, seja sob o formato de cursinhos preparatórios – tenho uma série de outros textos que procuram responder a essas questões repetidamente a mim feitas. Algumas reflexões que tenho feito, seja individualmente, seja a convite de responsáveis por esses cursos de relações internacionais, ou pelos próprios alunos, foi inserida nesta seção deste site: Internacionalistas: uma carreira, uma profissão? (em curso de atualização).
Um exemplo pode ser visto neste meu texto: “O que faz um diplomata, exatamente?”, que responde a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, contendo uma remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; está em meu blog nr. 153, neste link.
Por outro lado, você também deve ter pensado em tudo o que você sempre quis saber sobre a carreira diplomática...
...e nunca teve a quem perguntar... Pois, agora já tem! Ao meu colega Renato Godinho, que preparou um excelente "FAQ", ou questões mais perguntadas, sobre a carreira, o concurso do Instituto Rio Branco e outros aspectos curiosos (como salário, por exemplo, que falta completar, para traduzir toda a nossa miséria salarial no Brasil). Eu coloquei um link para o seu excelente "questions and answers" como post 266 de meu Blog "Cousas Diplomáticas", mas você pode ir direto à fonte, neste link.
Esta página ainda está em construção e se algum texto não estiver disponível, atenderei as solicitações individualmente, sempre com a menção ao número sequencial de cada trabalho. Aos poucos, a seção vai ser ampliada.

Compilação de textos do autor sobre o tema:
(em ordem cronológica inversa)

(Compilação efetuada em dezembro de 2006)

1701. “Um autodidata na carreira diplomática”, Brasília, 26 dezembro 2006, 4 p. Respostas a questões colocadas por jovem candidato à carreira diplomática. Colocada no blog Diplomatizzando; Link.

1668. “Dez obras fundamentais para um diplomata”, Brasília , 29 setembro 2006, 2 p. Lista elaborada a pedido de aluno interessado na carreira diplomática: obras de Heródoto, Maquiavel, Tocqueville, Pierre Renouvin, Henry Kissinger, Manuel de Oliveria lima, Pandiá Calógeras, Delgado de Carvalho, Marcelo de Paiva Abreu e Paulo Roberto de Almeida, para uma boa cultura clássica e instrumental, no plano do conhecimento geral e especializado. Colocada no blog Diplomatizzando: link. Revisto e ampliado, com explicações e links para cada uma das obras, em 14 de outubro de 2006 (6 p.) e publicado em Via Política em 15/10/2006, link.

1607. “O Internacionalista e as Oportunidades de Trabalho: desafios”, Brasília, 22 maio 2006, 4 p. Transcrição de apresentação em PowerPoint para o Forum de Relações internacionais do curso de RI da USP (FEA, 29 maio 2006, 17h30). Disponível no site; link.

1604. “O estudo de relações internacionais no Brasil: respostas a um questionário”, Brasília, 19 maio 2006, 2 p. Respostas a questões colocadas por Barbara Teresa Coutinho de Almeida Sá (aluna de RI da UNIFAI-SP). Postado no blog sob nº 431; link.

1591. “O Ser Diplomata: Reflexões anárquicas sobre uma indefinível condição profissional”, Brasília, 2 maio 2006, 3 p. Reflexões sobre a profissionalizção em relações internacionais, na vertente diplomacia. Palestra organizada pela Pacta Consultoria em Relações internacionais, em cooperação com o Instituto Camões, realizada na Embaixada de Portugal, em 4/05/2006. Disponível no site pessoal; link.

1563. “As relações internacionais como oportunidade profissional”, Brasília, 23 março 2006, 9 p. Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais. Contribuição a matéria da FSP, suplemento Folhateen, matéria “Os internacionalistas”, por Leandro Fortino (Folha de São Paulo, 27 março 2006, p. 6-8; divulgado no blog Diplomaticas, link), divulgado em sua integralidade no boletim de relações internacionais Relnet e, em cinco partes, no blog Cousas Diplomáticas, do post 282 ao 286 (link inicial). Publicado no boletim Meridiano 47 - Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 67, fevereiro 2006, p. 5-10); site (link).

1529. “O que faz um diplomata, exatamente?”, Brasília, 11 janeiro 2006, 4 p. Resposta a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, como remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; Blog nr. 153, link.

1558. “Ser um bom internacionalista, nas condições atuais do Brasil, significa, antes de mais nada, ser um bom intérprete dos problemas do nosso próprio País”, Brasília, 8 março 2006, 6 p. Alocução de paraninfo na turma de formandos do 2º Semestre de 2005 do curso de Relações internacionais do Uniceub, Brasília (16 de março de 2006, 20hs, Memorial Juscelino Kubitschehk). Colocado à disposição no site pessoal (link).

1507. “Por que leio tanto? e Meus ‘métodos’ de leitura...”, Brasília, 18 dezembro 2005, 3 p. Dois textos seqüenciais sobre leituras e métodos, para postagem no meu blog (http://paulomre.blogspot.com). Apresentação ao novo Blog “Textos PRA” (1 p.).

1492. “Postura diplomática”, Brasília, 8 e 12 novembro 2005, 2 p. Comentários a questão colocada pelo médico cardiologista de BH Eduardo Martins, a propósito de situações difíceis enfrentadas no trabalho diplomático.

1491. “O profissional de relações internacionais: visão de um diplomata”, Brasília, 10 novembro 2005, 10 slides. Apresentação em PowerPoint para apoiar palestra feita na Semana Acadêmica da UFRGS-2005 dos programas de graduação e de mestrado em Relações Internacionais da UFRGS (Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Porto Alegre, 11/11/2005, 20h30; disponível neste link; vídeo disponível neste link).

1481. “Recomendações Bibliográficas para o concurso do Itamaraty”, Brasília, 13 outubro 2005, 6 p. Indicações resumidas a partir do Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005, para atender às demandas de candidatos à carreira diplomática. Circulada em listas de estudos internacionais.

1421. “Profissão Internacionalista”, Brasília, 19 abril 2005, 4 p. Entrevista concedida à jornalista Claudia Izique, da Facamp (Unicamp) para publicação especializada em orientação profissional. Postada de forma resumida no site da Facamp (www.facamp.br).

1416. “As relações internacionais do Brasil no atual contexto internacional e a formação dos novos internacionalistas”, Brasília, 5 abril 2005, 1 p. Roteiro de palestra no curso de Relações Internacionais da Universidade do Sul de Santa Catarina – Tubarão, SC., dia 7 de Abril de 2005, 20hs, quinta-feira.

1403. “Conselhos de um contrarianista a jovens internacionalistas”, Brasília, 5 março 2005, 6 p. Alocução de patrono na XI turma (2º semestre de 2004) de Relações internacionais da Universidade Católica de Brasília (10 de março de 2005, 20hs, Auditório S. João Batista de La Salle). Mensagem de formatura incluída no site.

1377. “História Mundial Contemporânea”, Brasília, 23 janeiro 2005, 6 p. Nota de revisão e comentários ao programa de preparação ao consurso à carreira diplomática, encaminhada ao Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1374. “Concurso de Admissão à Carreira Diplomática: Comentários ao Guia de Estudos”, Brasília, 20 janeiro 2005, 8 p. Comentários ao programa do concurso do IRBr, para atender solicitação do Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1230. “A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação (da série Macro e microeconomia da diplomacia)”, Brasília, 21 março 2004, 6 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalhos nºs 1061 e 839, sobre questões gerais e de produtividade diplomática), enfocando o problema dos gêneros do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1180. “A formação e a carreira do diplomata: uma preparação de longo curso e uma vida nômade”, Brasília, 14 janeiro 2004, 3 pp. Reelaboração ampliada do trabalho 1151 para o jornal acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, por solicitação do aluno Marcio Vitorelli.

1155. “A formação do diplomata: uma preparação de longo curso”, Brasília, 13 dezembro 2003, 3 pp. Texto preparado para o Guia para a Formação de Profissionais do Comércio Exterior, das Edições Aduaneiras. Encaminhada igualmente para jornal do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, aos cuidados de Marcio Vitorelli. Publicado no site Feranet 21, item “Diplomacia”, Link.

1079. “Relações Internacionais: profissionalização e atividades”, Washington, 15 julho 2003, 6 pp. Respostas a questões colocadas por: Guilherme Freitas Araújo (Timóteo, MG) e Fernanda da Silva Gomes, para subsidiar Mostra Profissional sobre relações internacionais.

1061. “Macro e microeconomia aplicadas à diplomacia: a questão da produtividade diplomática”, Washington, 15 junho 2003, 3 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalho nº 839), de fazer uma economia política da carreira diplomática, em tom semi-jocoso, enfocando questões de desempenho funcional e de comportamento pessoal do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1051. “Primeiro Emprego: depoimento pessoal e reflexões”, Washington: 22 maio 2003, 4 pp. Respostas a perguntas sobre formação e profissionalização, colocadas pela Editora Abril, para elaboração do Guia do Primeiro Emprego, enviadas à jornalista XXX.

1016. “Um bem-vindo crescimento na oferta de relações internacionais”, Washington, 16 março 2003, 3 pp. Apresentação ao livro Política Internacional, Política Externa e Relações Internacionais (Curitiba: Editora Juruá, 2003; ISBN: 85-362-0486-9; pp. 9-11), Organizador: Leonardo Arquimimo de Carvalho. Relação de publicados n° 398.

915. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Washington, 26 junho 2002, 6 p. Trecho retirado das “Leituras complementares”, do capítulo 11: “A diplomacia econômica brasileira no século XX: grandes linhas evolutivas” do livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (pp. 244-248). Para divulgação no website do Centro de Serviços de Carreiras do Curso de Relações internacionais da PUC-Minas; link.

885. “As relações internacionais do Brasil e a profissionalização da carreira”, Washington, 29 março 2002, 17 pp. Palestra proferida no UniCeub, em 2 de abril de 2002, e na Universidade Católica de Brasília, em 3 de abril, elaborada com base em partes do meu livro: Os primeiros anos do século XXI.

839. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Washington 14 dezembro 2001, 3 pp.; série “Cousas Diplomáticas, nº 4. Artigo introdutório, semi-cômico, de “interpretação econômica” da política externa, cobrindo questões diversas da carreira e das atividades diplomáticas, vistas sob a ótica da economia política (continuidade no trabalho nº 1061). Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 8, janeiro de 2002). Relação de de Publicados nº 299.

802. “Novas Regras da Moderna Diplomacia: memorandum dialecticus per usum moderatus”, Washington, 25 agosto 2001, 1 p. Projeto de livro constante de inéditos, textos existentes adaptados e novos escritos especialmente preparados.

800. “Dez Regras Modernas de Diplomacia”, Chicago, 22 julho; São Paulo-Miami-Washington 12 agosto 2001, 6 p; série “Cousas Diplomáticas” (nº 1). Ensaio breve sobre novas regras da diplomacia, com inspiração dada a partir do livro de Frederico Francisco de la Figanière: Quatro regras de diplomacia (Lisboa: Livraria Ferreira, 1881, 239 p.). Para desenvolvimento posterior em formato de longo ensaio. Publicado na revista eletrônica Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 4, Setembro de 2001 - ISSN: 1519.6186; Seção “Cousas Diplomáticas”).

704. “Nosso homem no Itamaraty”, Brasília, 18 agosto 1999, 2 pp. Elementos de informação sobre os “intelectuais” do Itamaraty, como subsídio a matéria de Paulo Moreira Leite, então na revista Veja. Não aproveitado no momento, em virtude da transferência de PML para Washington, para trabalhar no jornal Gazeta Mercantil.

702. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Brasília, 16 agosto 1999, 5 pp. Reelaboração do trabalho 691, em forma de palestra, para inauguração dos cursos de relações internacionais da PUC-MG (em 25.08.99) e do CEUB-DF (em 26.08.99). Feito lançamento de livros na ocasião.

691. “Profissionalização em relações internacionais: uma discussão inicial”, Brasília, 12 junho 1999, 5 pp. Texto sobre formação e perspectivas profissionais do formando em relações internacionais. Publicado no periódico do curso de relações internacionais da PUC-SP, Observatório de Relações internacionais (São Paulo: PUC-SP, nº 1, outubro/dezembro 1999, pp. 10-13). Revisto e integrado como “leitura complementar” ao livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (SP: Paz e Terra, 2001).

Brasília, 27 dezembro 2006

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Mais recentemente elaborei vários outros trabalhos sobre temas similares, dentre os quais selecione estes aqui:

2007. “Carreira Diplomática: respondendo a um questionário”, Brasília, 21 maio 2009, 8 p. Respostas a questões colocadas por graduanda em administração na UFSC. Postado no blog Diplomatizzando (21.05.2009). Reproduzido no blog MondoPost (27.05.2009).

1992. “Elogio da Persistência”, Brasília, 22 março 2009, 5 p. Alocução de patrono da turma de Relações internacionais (2º semestre de 2008) da Universidade Católica de Brasília (25/03/2008, 20hs); postado no blog Diplomatizzando (25.03.2009).

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1896. “Questionário sobre a diplomacia”, Rio de Janeiro, 5 junho 2008, 3 p. Respostas a questões colocadas por estudante de RI da Universidade de Caxias do Sul. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1893. “A importância do profissional de relações internacionais no setor público”, Brasília, 1 junho 2008, 1 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário no quadro de Projeto Transdiciplinar UNISUL sob a responsabilidade de estudante RI Unisul, Florianópolis, SC. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

Devem existir outros trabalhos, mas estão dispersos.

110 livros a serem lidos antes que voce consiga aprender mandarim...

A lista é inglesa, assim que reflete os vieses ingleses, mas ainda assim é útil para relembrar alguns títulos clássicos e outros já esquecidos.
Um francês faria diferente, provavelmente, assim como um brasileiro culto, como Otto Maria Carpeaux, aliás um austríaco, que veio para o Brasil pouco depois de Stefan Zweig, e que escreveu um clássico sobre a história da literatura ocidental, em 4 volumes...

110 Books you should read...
110 best books: The perfect library
Last Updated: 6 April 2008

CLASSICS
POETRY
LITERARY FICTION
ROMANTIC FICTION
CHILDREN'S BOOKS
SCI-FI
CRIME
BOOKS THAT CHANGED THE WORLD
BOOKS THAT CHANGED YOUR WORLD
HISTORY
LIVES

From classics and sci-fi to poetry, biographies and books that changed the world… we present the ultimate reading list.

CLASSICS

The Illiad and The Odyssey
Homer
Set during the Trojan War, The Iliad combines battle scenes with a debate about heroism; Odysseus' thwarted attempts to return to Ithaca when the war ends form The Odyssey. Its symbolic evocation of human life as an epic journey homewards has inspired everything from James Joyce's Ulysses to the Coen brothers' film, O Brother Where Art Thou?.

The Barchester Chronicles
Anthony Trollope
A story set in a fictional cathedral town about the squabbles and power struggles of the clergy? It doesn't sound promising, but Trollope's sparklingly satirical novels are among the best-loved books of all time.

Pride and Prejudice
Jane Austen
Heroine meets hero and hates him. Is charmed by a cad. A family crisis – caused by the cad – is resolved by the hero. The heroine sees him for what he really is and realises (after visiting his enormous house) that she loves him. The plot has been endlessly borrowed, but few authors have written anything as witty or profound as Pride and Prejudice.

Gulliver's Travels
Jonathan Swift
Swift's scathing satire shows humans at their worst: whether diminished (in Lilliput) or grossly magnified (in Brobdingnag). Our capacity for self-delusion – personified by the absurdly pompous Gulliver – makes this darkest of novels very funny.

Jane Eyre
Charlotte Brontë
Cruelty, hypocrisy, dashed hopes: Jane Eyre faces them all, yet her individuality triumphs. Her relationship with Rochester has such emotional power that it's hard to believe these characters never lived.

War and Peace
Tolstoy
Tolstoy's masterpiece is so enormous even the author said it couldn't be described as a novel. But the characters of Andrei, Pierre and Natasha – and the tragic and unexpected way their lives intersect – grip you for all 1,400 pages.

David Copperfield
Charles Dickens
David's journey to adulthood is filled with difficult choices – and a huge cast of characters, from the treacherous Steerforth to the comical Mr Micawber.

Vanity Fair
William Makepeace Thackeray
'"I'm no Angel," answered Miss Rebecca. And to tell the truth, she was not.' Whether we should judge the cunning, amoral Becky Sharp – or the hypocritical society she inhabits – is the question.

Madame Bovary
Gustave Flaubert
Flaubert's finely crafted novel tells the story of Emma, a bored provincial wife who comforts herself with shopping and affairs. It doesn't end well.

Middlemarch
George Eliot
Dorothea wastes her youth on a creepy, elderly scholar. Lydgate marries the beautiful but self-absorbed Rosamund. George Eliot's characters make terrible mistakes, but we never lose empathy with them.

POETRY

Sonnets
Shakespeare
Shakespeare's sonnets contain some of poetry's most iconic lines – and a mysterious insight into his personal life.

Divine Comedy
Dante
Dante Alighieri's epic tale of one man's journey into the afterlife is considered Italy's finest literary export.

Canterbury Tales
Chaucer
These humorous tales about fictional pilgrims made an important contribution to English literature at a time when court poetry was written in either Anglo-Norman or Latin.

The Prelude
William Wordsworth
This posthumously published work is both an autobiographical journey and a fragment of history from the revolutionary and post-revolutionary years.

Odes
John Keats
Littered with sensuous descriptions of nature's beauty, Keats's odes also pose profound philosophical questions.

The Waste Land
T. S. Eliot
Eliot's vision of dystopia became a literary landmark, and introduced new techniques to the modern poet. He remains one of the defining figures of 20th-century poetry.

Paradise Lost
John Milton
Since its publication in 1667, Milton's 12-book English epic – in which he sets out to 'justify the ways of God to men' – has been considered a classic.

Songs of Innocence and Experience
William Blake
Blake's short poems are simple in rhythm and rhyme, but sophisticated in meaning. Written during a time of political turmoil, they embody his radical sympathies and anti-dualist ideas.

Collected Poems
W. B. Yeats
Considered a driving force in the revival of Irish literature, Yeats fruitfully engages the topics of youth, love, nature, art and war.

Collected Poems
Ted Hughes
Although Hughes was a colossal presence among the English literary landscape – his work often draws upon the forbidding Yorkshire countryside of his youth – his personal life had a tendency to overshadow his talent.

LITERARY FICTION

The Portrait of a Lady
Henry James
James's mastery of psychology has never been more elegantly expressed nor more gripping than in his tale of Isabel Archer, a young American in search of her destiny, and Gilbert Osmond, the ultimate cold fish and one of literature's most repellent villains.

A la recherche du temps perdu
Proust
A novel whose every sentence can be a struggle to finish may sound forbidding, but this masterpiece of modernity, taking us into every nook and cranny of the narrator's fascinating mind, is worth all the effort.

Ulysses
James Joyce
Banned in Britain and America for its depiction of female masturbation, Joyce's Ulysses takes its scatological stand at the pinnacle of modernist literature. Lyrical and witty, its stream-of-consciousness narration deters many, but makes enraptured enthusiasts of others.

For Whom the Bell Tolls
Ernest Hemingway
A sparse, masculine, world-weary meditation on death, ideology and the savagery of war in general, and the Spanish civil war in particular.

Sword of Honour trilogy
Evelyn Waugh
A poignant, ironic study of the disintegration of aristocratic values in the face of blank bureaucracy and Second World War butchery, Men at Arms, Officers and Gentlemen and Unconditional Surrender are Waugh's crowning achievements.

The Ballad of Peckham Rye
Muriel Spark
Comic, satirical and ineffably odd, Spark's fifth novel introduces Dougal Douglas, ghost-writer, researcher, mysterious figure of Satanic magnetism and mayhem, to the upper working-class/ lower middle-class milieu of Peckham.

Rabbit series
John Updike
We first meet Harry 'Rabbit' Angstrom in Rabbit, Run, as a boorish, unhappy former basketball jock who runs from (and to) his pregnant wife. The novels that follow cover 30 years and make up the great study of American manhood.

One Hundred Years of Solitude
Gabriel García Márquez
The greatest moment in magical realist fiction, García Márquez's passionate, humorous history of Macondo and its founding family, the Buendías, has the seductive power of myth.

Beloved
Toni Morrison
Morrison brought to life a version of the slave narrative that has become a classic. Her tour de force of guilt, abandonment and revenge plays out against the background of pre-emancipation American life.

The Human Stain
Philip Roth
Roth's brilliant, angry dissection of race, disgrace and hypocrisy in Clinton-Lewinsky era America brings to a close his grand and meticulous American trilogy (American Pastoral, I Married a Communist).

ROMANTIC FICTION

Rebecca
Daphne du Maurier
Cornish estate owner Maximilian de Winter's second wife – also the nameless narrator – is haunted by the housekeeper's oppressive worship of her predecessor, Rebecca. A masterful tale of suspense.
Rebecca: the narrator is haunted by the housekeeper's worship of her predecessor

Le Morte D'Arthur
Thomas Malory
Malory's yarn explores the possibility that chivalry is best revealed by a knight's loyalty to his fellow knights, and not simply his devotion to a woman.

Les Liaisons Dangereuses
Choderlos de Laclos
Paris in the 18th century: the Marquise de Merteuil and the Vicomte de Valmont concoct a scheme of seduction to entrap members of the aristocracy. Their roguish machinations lead to their climactic undoing.

I, Claudius
Robert Graves
An invented autobiographical account of Claudius, the fourth emperor of ancient Rome. Graves draws upon the historical texts of Tacitus and Suetonius to write Claudius's story after claiming a visitation from the ancient ruler in his dreams.

Alexander Trilogy
Mary Renault
Renault transports readers to Ancient Greece in a historical trilogy that presents the life and legacy of Alexander the Great in a humanising fictional portrait.

Master and Commander
Patrick O'Brian
Set during the Napoleonic Wars, O'Brian's books journey the seas with Commander Aubrey and his crew aboard HMS Sophie. The novel follows Aubrey's convincing and complex friendship with Maturin, the ship's surgeon, as they fight enemies and storms.

Gone with the Wind
Margaret Mitchell
Scarlett O'Hara manipulates her way through the American civil war. This selfish, but gutsy heroine idealises the unattainable Ashley before realising her love for her third husband, Rhett, who dismisses her with, 'My dear, I don't give a damn.'

Dr Zhivago
Boris Pasternak
Yuri Zhivago loves two women, his wife, Tonya, and the captivating Lara. Pasternak juxtaposes romance with the stark brutality of the Russian civil war in this extraordinary historical epic.

Tess of the D'Urbervilles
Thomas Hardy
Disgraced by an illegitimate child, Tess is tainted with shame and guilt, which destroys her marriage to Angel Clare. She emerges as a tragic heroine, incapable of escaping the hypocrisy of Victorian society.

The Plantagenet Saga
Jean Plaidy
A collection of novels inspired by the Plantagenet dynasty. Jean Plaidy is one of the many noms de plume of Eleanor Alice Burford Hibbert, the celebrated historical fiction writer, who died in 1993.

CHILDREN'S BOOKS

Swallows and Amazons
Arthur Ransome
Four children sail to Wildcat Island, where they encounter a rival camping party then join forces to hunt treasure. Robinson Crusoe meets The Famous Five in a tale of sailing and ginger beer.

The Lion, the Witch and the Wardrobe
C.S. Lewis
Peter, Susan, Edmund and Lucy discover the land of Narnia and the malevolent White Witch. The novel uses Christian iconography in Aslan's dramatic sacrifice and resurrection. Edmund's transition from self-interested schoolboy to heroic young man is also resonantly spiritual.

The Lord of the Rings
J.R. R. Tolkien
Frodo and friends journey to Mordor to destroy the ring, making the young Hobbit one of the greatest fictional heroes of all time. More than 100million copies have been sold of the trilogy that brought fantasy to a mainstream literary audience.

His Dark Materials
Philip Pullman
Will is a boy from Oxford. Lyra is a girl from Oxford in a parallel world. Together they have an epic adventure spanning parallel universes. The trilogy has inspired criticism for being heretical – Pullman himself declared the books were about 'killing God'.

Babar
Jean de Brunhoff
Babar brings clothes and cars (and Madame) from Paris to his African kingdom. With his family and the wise Cornelius by his side, Babar protects his land from the Rhino King Rataxes. The big, beautiful books are enriched by Brunhoff's wonderful illustrations.

The Railway Children
E. Nesbit
Nesbit's classic, made famous by the 1970 film, tells of how Bobby, Phyllis and Pete, missing their beloved father, adapt to a poverty-stricken life in the country, helped by Mr Perks, the Old Gentleman, and by waving to the train.
The Railway Children: the children adapt to a poverty-stricken life helped by waving to trains

Winnie-the-Pooh
A.A. Milne
The Silly Old Bear, with his friends in Hundred Acre Wood, is more than a British institution. A.A. Milne created a life philosophy with the trials, triumphs and tiddley-poms of the honey-loving, always kind-hearted Pooh.

Harry Potter
J.K. Rowling
The boy wizard's dealings with the forces of adolescence and evil have sold more than 350million books in 65 languages. The Harry Potter phenomenon has its detractors, but the success of special 'grown-up' covers, allowing commuters to read Rowling without shame, tells its own tale.

The Wind in the Willows
Kenneth Grahame
Lonely and miserable trying to clean his hole, Mole ventures outside. He meets Ratty, Toad and Badger, and embarks on a new life defending Toad Hall from the weasels, protecting Toad from himself and messing about in boats.

Treasure Island
Robert Louis Stevenson
The piratical coming of age of Jim Hawkins, who discovers a map of Treasure Island among an old sea captain's possessions – and then follows it. Parrots, 'pieces of eight' and the lovable, but morally ambiguous Long John Silver.

SCI-FI

Frankenstein
Mary Shelley
The great genius of Shelley's novel has often been overwhelmed by images of schlocky bolt-necked 'Frankensteins'. Brought to life by Dr Victor Frankenstein, Shelley's creature is part gothic monster, part Romantic hero.

Twenty Thousand Leagues Under the Sea
Jules Verne
Among the deep-sea volcanoes, shoals of swirling fish, giant squid and sharks, Captain Nemo steers the Nautilus. Nemo is the renegade scientist par excellence, a man madly inventive in his quest for revenge.

The Time Machine
H.G. Wells
A seminal work of dystopian fiction, Wells's tale of the voyages of the Time Traveller in the distant future (AD802,701) is also a cracking adventure story.

Brave New World
Aldous Huxley
Ignorance is far from bliss in Huxley's terrible vision of a future of rampant consumerism, worthless free love, routine drug use and cultural passivity.

1984
George Orwell
So persuasive and chilling was the world summoned up here that 'Orwellian' has entered the language as shorthand for government control. Chilling, wry and romantic, it is above all a passionate cry for freedom.
1984: chilling, wry and romantic, Orwell's novel is a passionate cry for freedom

The Day of the Triffids
John Wyndham
Shifty Soviets and the clipped vernacular make this a Fifties horror story. But as humans cope with disasters (mass blinding by meteor shower; ruthless walking, flesh-eating plants) the tale becomes taut, terrifying, and far from ridiculous.

Foundation
Isaac Asimov
'Great Galaxy!' It is not for literary brilliance that one approaches the first in the Foundation series, but rather for the sweeping grandeur of Asimov's epic universe-wide tale of the decline and fall of empires. Once you've finished this, 14 novels and countless more short stories await.

2001: A Space Odyssey
Arthur C. Clarke
The first in Clarke's quartet was written as a novel and, in collaboration with Stanley Kubrick, as a film script. As the Discovery One mission drifts towards Saturn, Clarke creates the embodiment of the perils of computer technology, HAL9000.

Do Androids Dream of Electric Sheep?
Philip K. Dick
Dick's masterpiece questions what it is that distinguishes us as human, as we follow Rick Deckard on his mission to 'retire' recalcitrant androids. Spawned Ridley Scott's Blade Runner.

Neuromancer
William Gibson
A violent slab of cyberpunk sci-fi, in which techie activities (artificial intelligence, hacking, virtual reality) are married with a grimy, anarchic, slangy sensibility, and a cast of hustlers, hackers and junkies trying to make sense of a world ruled by corporations.

CRIME

The Talented Mr Ripley
Patricia Highsmith
Tom Ripley is one of 20th-century literature's most disturbingly fascinating characters: a suave, charming serial killer, who's utterly amoral in his pursuit of la dolce vita.

The Maltese Falcon
Dashiell Hammett
A tale of greed and deceit that's also the archetypal work of 20th-century detective fiction: complete with flawed hero (Sam Spade), femme fatale and a convoluted plot that unravels grippingly.
The Maltese Falcon: a tale of greed and deceit, complete with flawed hero and femme fatale

The Complete Sherlock Holmes
Sir Arthur Conan Doyle
It's one of literature's most wonderful ironies that Conan Doyle himself became a spiritualist so soon after creating the most famously rational character in all literature.

The Big Sleep
Raymond Chandler
His oeuvre may be small, but with the help of long-time protagonist PI Philip Marlowe – who appears here for the first time – Chandler helped define the genres of detective fiction and, later, film noir.

Tinker, Tailor, Soldier, Spy
John le Carré
Le Carré, master of the Cold War novel, follows British spymaster George Smiley as he tries to uncover a Moscow mole, and faces his KGB nemesis, Karla.

Red Dragon
Thomas Harris
Hannibal Lecter's second literary appearance sees him called upon by old FBI chum (and near-victim) Will Graham, to help solve the case of the serially morbid 'Tooth Fairy'.

Murder on the Orient Express
Agatha Christie
From Istanbul to London, Hercule Poirot's little grey cells rattle away to improbable effect as he untangles the mystery of the life and violent death of a sinister passenger.

The Murders in the Rue Morgue
Edgar Allan Poe
Poe's blackly ingenious tale of brutal murder in 19th-century Paris establishes C. Auguste Dupin, a man of 'peculiar analytic ability', as the model for pretty much every intellectual detective to come.

The Woman in White
Wilkie Collins
A sensational 19th-century epistolary tale of women in peril adds one of the most charismatic, refined and straightforwardly fat villains to the pantheon.

Killshot
Elmore Leonard
Leonard is known for his pithy dialogue and freaky characters. Here he manages to create a sweatily suspenseful thriller, with a married couple as the unexpected heroes.

BOOKS THAT CHANGED THE WORLD

Das Kapital
Karl Marx
His thinking may not be as popular as it was in the Sixties and Seventies, but it's as relevant. The cardinal critique of the capitalist system.

The Rights of Man
Tom Paine
Written during the heady days of the French Revolution, Paine's pamphlet - by introducing the concept of human rights - remains one of modern democracy's fundamental texts.

The Social Contract
Jean-Jacques Rousseau
'Man is born free; and everywhere he is in chains.' How are we to reconcile our individual rights and freedoms with living in a society?

Democracy in America
Alexis de Tocqueville
This treatise looked to the new country's flourishing democracy in the early 19th century and the progressive model it offered 'old' Europe.

On War
Carl von Clausewitz
The first, and probably still foremost, treatise on the art of modern warfare. The Prussian general looked beyond the battlefield to war's place in the broader political context.

The Prince
Niccolo Machiavelli
Written during his exile from the Florentine Republic, Machiavelli's bible of realpolitik offers the ultimate mandate for those (still-too-many) politicians who value keeping power above dispensing justice.
The Prince: the ultimate mandate for politicians who value power above justice

Leviathan
Thomas Hobbes
Hobbes's call for rule by an absolute sovereign may not sound too progressive, but it was based on the then-groundbreaking belief that all men are naturally equal.

On the Interpretation of Dreams
Sigmund Freud
Drawing on his own dreams, plus those of his patients, Freud asserted that dreams – by tapping into our unconscious – held the key to understanding what makes us tick.

On the Origin of Species
Charles Darwin
No other book has so transformed how we look at the natural world and mankind's origins.

L'Encyclopédie
Diderot, et al
Subtitled 'A Systematic Dictionary of the Sciences, Arts, and Crafts', with contributions by Voltaire, Montesquieu, Diderot and others, the 35-volume encyclopedia was the ultimate document of Enlightenment thought.

BOOKS THAT CHANGED YOUR WORLD

Zen and the Art of Motorcycle Maintenance
Robert M. Pirsig
Pirsig's feel-good memoir about a father-son motorcycle trip across America became the biggest-selling philosophy book of all time.
Zen and the Art of Motorcycle Maintenance: a feel-good memoir that became the biggest-selling philosophy book of all time

Jonathan Livingston Seagull
Richard Bach
Bach's fable about a dreamy seagull called Jonathan, who seeks to soar above the ideology of his flock, became a New Age classic, and is dedicated to the 'real seagull in all of us'.

The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Douglas Adams
Originally broadcast on Radio 4, this quotable comedy about a hapless Englishman and his alien friend proved that sci-fi could be clever and funny.

The Tipping Point
Malcolm Gladwell
Gladwell uses everything from teenage smoking to Sesame Street to show how one person's small idea, or way of thinking, can spark a social epidemic.

The Beauty Myth
Naomi Wolf
Wolf, the controversial American feminist (and teenage victim of anorexia), argues that women's insecurities stem from society's demands on them either to be beautiful or face judgment.

How to Cook
Delia Smith
The cookery queen's series is credited with teaching culinary delinquents how to prepare good wholesome food from scratch. Her latest book, How to Cheat at Cooking, does the opposite.

A Year in Provence
Peter Mayle
For those who've dreamt of leaving it all to live in the South of France, expat Peter Mayle's diary offers a dose of reality, from unexpected snowfalls to an algae-coated swimming pool.

A Child Called 'It'
Dave Pelzer
Pelzer's graphic account of his abusive childhood topped the bestseller lists worldwide. Since then, he's had to fight off accusations of embellishment and fantasy from family members.

Eats, Shoots and Leaves
Lynne Truss
In an attempt to stamp out poor punctuation, Truss compiled a lively and useful account for all those in doubt about how to use an apostrophe.

Schott's Original Miscellany
Ben Schott
Dip into Schott's compendium of trivia and impress your friends with such questions as, 'Do you know who makes the Queen's pork sausages?' The answer: Musks of Newmarket.

HISTORY

The Decline and Fall of the Roman Empire
Edward Gibbon
Compressing 13 turbulent centuries into one epic narrative, this is often labelled the first 'modern' history book. Gibbon fell back on sociology, rather than superstition, to explain Rome's demise.

A History of the English-Speaking Peoples
Winston Churchill
Taking us from Caesar's 55BC invasion to the Boer War's end in 1902, Churchill's four-volume saga makes the proud, but now-unfashionable, connection between speaking English and bearing 'the torch of Freedom'.

A History of the Crusades
Steven Runciman
Still the landmark account of the Crusades, Byzantine scholar Runciman's work broke with centuries of Western tradition, claiming the crusading invaders were guilty of a 'long act of intolerance in the name of God'.

The Histories
Herodotus
Ostensibly about Greece's defeat of the invading Persians in the 5th century BC, it blends fact, hearsay, legend and myth to tell tales of life in and around Ancient Greece.

The History of the Peloponnesian War
Thucydides
Famously fastidious over the reliability of his data and sources, Thucydides – with this detailed study of the 25-year struggle between Athens and Sparta – set the template for every historian after him.

Seven Pillars of Wisdom
T. E. Lawrence
Lawrence of Arabia's fascinating, self-mythologising account of how he united a string of Arab tribes and successfully led them to rebellion against their Ottoman overlords.

The Anglo-Saxon Chronicle
Compiled at King Alfred's behest in the AD890s, this is the earliest-known history of England written in old English. It's also the oldest history of any European country in a vernacular language.

A People's Tragedy
Orlando Figes
Figes charts the Russian Revolution in stark detail, telling the tale of 'ordinary people' and boldly concluding that they 'weren't the victims of the Revolution but protagonists in its tragedy'.

Citizens: A Chronicle of the French Revolution
Simon Schama
Before he was on television, Prof Schama offered 948 pages of proof that there was more to the French Revolution than fraternity, equality and eating cake.

The Origins of the Second World War
A.J.P. Taylor
Was Hitler all that bad? Wasn't he just an opportunist who took advantage of Anglo-French dithering and appeasement? The label 'iconoclastic' applies to few historians so well as it does to Taylor.

LIVES

Confessions
St Augustine
In probably the first autobiography in Western literature, the Church Father recounts his life-journey from sinner to saint, from the boy who stole pears from a neighbour's tree to the articulator of key Christian doctrines.

Lives of the Caesars
Suetonius
Charting the lives of Julius Caesar, Augustus and the 10 subsequent Roman emperors, with scandalous tales of imperial decadence, vice and lunacy.

Lives of the Artists
Vasari
The history of Italian Renaissance art, as told through the biographies of its heavyweight practitioners.

If This is a Man
Primo Levi
His background as an industrial chemist from Turin may not sound remarkable, but Levi's poised account of his hell-on-earth experiences as a prisoner at Auschwitz undoubtedly is.

Memoirs of a Fox-Hunting Man
Siegfried Sassoon
He's best known for his anti-war poems, but Sassoon was also once popular for his semi-autobiographical trilogy of novels, of which this was the first.

Eminent Victorians
Lytton Strachey
Strachey didn't do hagiography. His unflattering biographical essays on major Victorian figures debunked the myth of Victorian pre-eminence.

A Life of Charlotte Brontë
Elizabeth Gaskell

A biography of the intriguing Jane Eyre author, by her friend and fellow-novelist, Gaskell. One of the definitive 'tortured genius' biographies.

Goodbye to All That
Robert Graves
A friend of Siegfried Sassoon and Wilfred Owen, Graves was another Englishman to write unsparingly about the horrors of trench warfare.

The Life of Dr Johnson
Boswell
He's one of English literature's all-time heavyweights, but most of what we know about Samuel Johnson, the man, comes from his friend Boswell's hearty anecdotal biog.

Diaries
Alan Clark
The late Tory MP was not one to get bogged down in matters of policy. His indiscreet memoirs detailed countless extra-marital affairs and character assassinations of colleagues.

sábado, 8 de janeiro de 2011

"Ufa!", finalmente? Nao creio, apenas uma breve interrupcao...

"Temos estado" (como diriam alguns) livres, temporariamente, do "nunca antes". Não creio que essa despoluição sonora e visual continue muito tempo. Apenas alguns dias de descanso, merecido, depois do frenesi da despedida e do começo de uma nova carreira: a de candidato, novamente.
Dentro em breve, podem apostar, teremos de volta tudo aquilo que já tivemos, talvez com menos tambores e efeitos pirotécnicos, mas sempre com a eloquência de costume, pois não se pode esperar menos de quem está acima de Cristo, talvez até da Santíssima Trindade.
Nisso, a tarefa é facilitada pela existência de repórteres (e também jornalistas, ou que passam por) absolutamente debilóides, que a falta do que fazer (ou porque são pagos para isso, com o nosso dinheiro, aliás), acabam se dedicam a essa tarefa arqueológica do mais baixo calão.
Aguardem, pois, novos capítulos de uma nova totalmente repititiva, e cansativa, de laudações auto-laudatórias, e panegíricos auto-encomiásticos. Com perdão pelas redundâncias rebarbativas, mas o personagem merece todos esses estigmas (é o caso de se dizer...).

Com desalento...
Paulo Roberto de Almeida

Dinheiro publico (ou seja nosso) para usos ridiculos

Eu me pergunto o que é mais ridículo: alguém se achar acima da lei (na verdade, "alguéns"), ou a imprensa ficar preocupada com essas coisas menores, como é o uso adequado do dinheiro dos impostos.
As críticas não são ridículas. Ridículas são as justificativas...
Paulo Roberto de Almeida

Críticas às férias de Lula em base militar são 'ridículas', diz Jobim
G1, 7/01.2011

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, rebateu nesta sexta-feira (7) as críticas à presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e familiares no Forte dos Andradas, base do Exército no Guarujá, no litoral sul de São Paulo. Desde terça (4) Lula está no local para passar férias. "Considero [as críticas] ridículas, absolutamente ridículas", disse Jobim, durante entrevista ao programa Bom Dia Ministro.

"O presidente que já deixou o mandato e deseja passar momentos de lazer com a proteção necessária, o fará em ambiente do Exército. A decisão foi correta e eu acho as críticas absolutamente ridículas e sem fundamentação", afirmou.

O decreto que regulamenta os benefícios para ex-presidentes não prevê hospedagem gratuita em imóveis da União. Prevê apenas a cessão de seguranças, motoristas, assessores e carros. A Casa Civil informou que férias de ex-presidentes em instalações militares não são permitidas, exceto em caso de convite. De acordo com o Ministério da Defesa, Lula está no Forte dos Andradas a convite do ministro Jobim e as despesas serão pagas pelo Exército.

Diplomacia: dicas para o concurso de entrada?; apenas estudar...

Sou muito frequentemente contatado por candidatos (alguns simples aspirantes) à carreira diplomática. Muitos querem apenas satisfazer sua curiosidade sobre um ou outro aspecto da carreira, se poderão fazer isso ou aquilo no exercício da profissão, se podem combinar desempenho profissional com este ou aquele hobby, aparentemente esquecidos de que primeiro é preciso superar a barreira de um concurso duríssimo, com uma das seleções mais cruelmente "genocidárias" do serviço público brasileiros.
Outros pedem apenas algumas "dicas" para estudar, talvez a indicação de eventuais "caminhos fáceis" para passar no concurso. Bem, sinto decepcionar uns e outros, mas não existem "dicas simples", ou receitas milagres para passar no concurso.

Primeiro de tudo, porém, tenho de desculpar-me com quem me escreve nesse sentido, como o correspondente abaixo (cuja mensagem transcrevo mas sem os dados identificadores), e tantos outros que pedem contato através de Facebool, Linkedin e diversos outras ferramentas de conexão e interação individual. Confesso que não consigo acompanhar tudo isso, e por isso não utilizo esses instrumentos (a despeito de me ter inscrito em vários deles, sob demanda de correspondentes amigos). Simplesmente não tenho tempo, ou disposição pessoal para esse tipo de interação. Se eu tivesse tempo, estaria lendo mais dois ou três livros, em lugar de ficar clicando na internet o tempo todo. Por outro lado, por timidez e discrição pessoal, prefiro não participar de exercícios de exibicionismo público. Por isso me desculpo com quem me escreve ou envia mensagens solicitando contato e "linkagem", mas vou ficar de fora disso tudo...

Voltemos, porém, ao que interessa.
Muitas pessoas que me escrevem, o fazem num primeiro impulso, e se esquecem de, primeiro, fazer o mínimo: consultar a página oficial da "Santa Casa", ou melhor, do Instituto Rio Branco, para saber das últimas novidades em matéria de concurso e guias de estudos. Todo ano tem novidade, como para confirmar que a "continuidade na mudança" (ou a "mudança na continuidade", seja lá como for) não é apenas um slogan, mas uma infelicidade anual para os concursandos...
Como segunda providência, em lugar de me escrever perguntando isso ou aquilo, os interessados na carreira podem consultar meus blogs e site para ver o que já escrevi sobre o assunto, sobre a carreira e sobre as famosas "dicas" (que não são receitas, apenas uma orientação geral sobre o assunto) que permitirão sucesso e felicidade a todos e a cada um (hope so...).
Meu blog é este aqui (mas tive outros, em encarnações precedentes, quando eu era Sócrates, assim como algumas candidatas eram Cleópatras ou Nefertites), mas existiram anteriores, embora eu talvez tenha unificado as "dicas" de estudo e carreira em novos posts unificadores, que podem ser localizados usando os instrumentos de busca à disposição.
Quanto ao site, dou o link direto para a seção pertinente (http://www.pralmeida.org/04Temas/04AcademiaDiplom/02DiplomaciaGeral.html), mas pode ser que alguns links não estejam funcionando, devido à famosa teoria conspiratória da história que faz com que seres perversos baguncem os links quando estamos distraídos.

Dito isto, o que eu poderia recomendar ao aspirante abaixo [in fine] que idealiza eventual via ideal para os estudos ("lgumas preciosas dicas"), o que poderá talvez poupar tempo e esforço.
Existe, sim, mas acredito que os candidatos devem determinar seu caminho específico.
Todos sabem que o Guia de Estudos estabelece uma lista insana, quilométrica, de leituras para o concurso de entrada (o que talvez seja deliberado, para já induzir à desistência antecipada os concurseiros profissionais, os erráticos do serviço público).
Já me pediram para fazer uma lista reduzida ao essencial, o que prometi fazer, mas ainda não tive tempo, ou capacidade, de fazer.
Aliás, já fiz, mas se referia a um Guia de 2005 ou 2006, e já deve estar defasada, pois todo ano acrescentam mais dez ou 15 livros na lista. Em todo caso, deve estar no mesmo link do meu site indicado acima. Vou tentar fazer uma nova, mas ao risco e perigo dos concurseiros, ou candidatos sérios, pois não tenho competência para todas as disciplinas.

Não existem a propriamente dizer receitas-milagre para um dos concursos mais difíceis do serviço público brasileiro, e minha própria experiência não serve para muita coisa. Passei na primeira tentativa, sem quase estudar, mas isso porque eu sou, ou era, um rato de biblioteca desde a mais tenra idade, como reza a frase usada e abusada. Não posso recomendar a mesma via para quem chega aos 23 anos e passou a juventude na folia, em lugar de se recolher em lugares recatadas como as bibliotecas universitárias (suponho, pelo menos).
Na verdade, como já escrevi alhures (uma palavra antiga, reconheço), o concurso do Itamaraty não é uma corrida de cem metros, nem uma maratona, mas sim um aprendizado de longo curso, uma lenta acumulação de conhecimentos que dificilmente um cursinho prepartório de seis meses pode substituir, menos ainda leituras rápidas, em diagonal, como essas revisões de última hora antes da prova na Faculdade.
Vejamos, pois, o que me escreveram ainda hoje (ou ontem):

Subject: Concurso IRBr
Olá caríssimo Paulo Roberto de Almeida,
Meu nome é Gxxxxxx, tenho 23 anos, e meu sonho é ingressar na carreira diplomática.
Terminei o curso de Relações Internacionais pela XXXX no início de 2010 e passei este ano estudando para o concurso.
Mas, em dezembro do mesmo ano, fui aprovada para um mestrado, também em Relações Internacionais, na XXXX.
Conforme considerei uma boa oportunidade de ampliar meus conhecimentos, irei iniciar este mestrado agora no ano de 2011.
Mas escrevo para pedir conselhos para que eu não perca o foco do meu objetivo ( o Itamaraty) durante os anos de mestrado.
Se o senhor puder me ajudar com algumas preciosas dicas, ficarei muito grata.
Peço desculpas pelo incômodo, sei que o senhor é muito cheio de afazeres.
Enfim, desde já agradeço a disponibilidade e solicitude.
Um ótimo 2011 para o senhor e a família!
Cordialmente,
Gxxxxxxx Gxxxxx Axxxxxxx



Nesse caso, eu diria o seguinte: faça o Mestrado, dedicando o melhor do seu tempo às disciplinas e trabalhos que possuam a maior interface com o concurso do Itamaraty. Você não pode esperar, em vista da dureza do concurso, passar logo da primeira vez, embora existam casos assim, reconheço, mas essas pessoas não precisam dos meus conselhos.
Quanto às outras disciplinas, faça o que for necessário, ou justo exigido, para "passar", e se dedique com afinco à leitura sistemática dos livro recomendados ou obrigatórios.
Quanto a saber por onde começar ou quais livros ler, isso depende de cada um.
Uma pessoa que chegou ao final de sua graduação, ou está próxima de fazê-lo, deve saber identificar quais são suas lacunas, debilidades, insuficiências, suas fraquezas e também "fortalezas", ou seja, deve poder classificar os pontos que pode dedicar a leituras apenas complementares, daqueles, absolutamente essenciais, a que se deve dedicar com afinco para aperfeiçoar sua formação, ou simplesmente completá-la, em face da geral mediocridade dos estudos de graduação no Brasil e da ruindade de certos cursos em particular (inclusive em RI, onde o amadorismo docente predomina em grande medida).
É preciso saber organizar-se, deixar as festinhas de fim de semana, o barzinho de fim de noite e andar sempre com um livro na bolsa ou na pasta: nada que um programa sistemático de leituras e anotações não resolva, mas é preciso ter disciplina.

Vou procurar atualizar minhas dicas, também em função de novas orientações que possam surgir para o concurso. Afinal de contas, depois de oito anos de diplomacia ativa e altiva, pode ser que os novos responsáveis queiram voltar a padrões mais "normais" de seleção do que aqueles que caracterizaram nosso soberanismo retórico dos últimos tempos. Pode ser que não confundam mais questões de história com discursos oficialescos na última reunião ministerial de algum dinossauro multilateral. Pode ser que diminua o grau de arbítrio e de subjetivismo nas perguntas, confesso sinceramente que não sei.
O que eu sei é que os candidatos precisam se preparar muito bem, pois aparentemente o concurso para a diplomacia, enquanto não introduzirem cotas para isso ou aquilo, ainda é uma seleção baseada no conhecimento aprofundado das disciplinas fundamentais da carreira, que continua a ser baseada exclusivamente (ou essencialmente) no mérito.

Boa sorte a todos os candidatos, são os meus votos sinceros, sem deixar porém de fazer esta última recomendação: abandonem essa preguiça inata, e entreguem-se totalmente aos livros. Internet também ajuda, mas o básico ainda se encontra nos bons livros (que não são necessariamente todos aqueles que figuram nos programas...).
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida

Nova politica externa?: tolerancia zero em materia de direitos humanos...

Bem, se é totalmente nova, caberá ainda constatar na prática. Pelo menos o chanceler é novo, e já deu uma entrevista dizendo que a política externa de Dilma terá "tolerância zero com quem desrespeita os direitos humanos".

Um crédito de confiança, portanto, depois de tantos anos abraçando ditadores e classificando prisioneiros de consciência e de opinião como se fossem criminosos de direito comum, ou ordinário.
Ordinário é quem pensa assim.

Índice da edição corrente da revista Veja:
http://veja.abril.com.br/revistas/

Páginas Amarelas: Entrevista com o novo chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

America Latina: de volta aos tempos coloniais?

Dou o benefício da dúvida, mas o fato é que a região exporta cada vez mais produtos primários; é o caso de se dizer: para trás, a toda velocidade...

THE OPPENHEIMER REPORT
Latin America's bonanza may be short-lived
BY ANDRES OPPENHEIMER
The Miami Herald, January 6, 2011

There have been big headlines in recent weeks about projections that Brazil will become the world's fifth-largest economy in five years, and that Latin America in general will become a new global economic star. But there are little-known data that should raise questions about such optimistic forecasts.
During the next 12 months, there is no question that the region is likely to do well. According to new projections by the United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC), the region's economy will grow by a combined 4.2 percent this year, following a 6 percent growth last year.
Panama is expected to grow by 7.5 percent this year, Chile and Peru by 6 percent each, the Dominican Republic and Uruguay by 5 percent each, Argentina by 4.8 percent, Brazil by 4.6 percent, Bolivia by 4.5 percent, Colombia by 4 percent, Mexico by 3.5 percent, Costa Rica and Guatemala by 3 percent each, and Venezuela by 2 percent, the ECLAC figures show.
In several countries, it will be the eighth consecutive year of steady growth -- a remarkable feat amid the world's worst recession in recent memory. The region's steady growth, in part thanks to its exports or minerals, soybeans and other raw materials to China, has led most international financial institutions to think that, this time, the region is poised for long-term growth.
A recent World Bank report on Latin America's future, entitled ``Beyond boom and busts?'' challenged the long-held conventional wisdom among economists that countries that rely excessively on raw materials -- such as Venezuela and Nigeria -- tend to become populist, corrupt, authoritarian and ultimately poorer.
The new World Bank study asserted that ``recent evidence suggests that, overall, natural resources may indeed have a positive impact on growth.''
Translation: commodity exports saved Latin America from the impact of the world financial crisis, and may be the start of an extended period of solid growth. Several developed countries, including Canada, Australia and New Zealand, have shown that raw-material exporting countries can indeed rise to become First World economies, and many Latin American countries may be on the same path.
But in the medium and long term, there are disturbing trends that may spoil these optimistic projections.
Rather than using their current cycle of growth to invest in infrastructure, education, innovation and other future-looking endeavors that would allow them to diversify their exports -- like Canada, Australia and New Zealand did -- most Latin American countries are spending their income on feel-good consumer subsidies, while becoming increasingly dependent on a few commodity exports.
Consider these little-known -- and frightening -- figures from the U.N.'s ECLAC:
• Brazil's dependence on commodities and commodity-related manufactured goods has risen from 51 percent of the country's total exports in the early 1980s to 59 percent now.
• Venezuela's reliance on commodity-related products rose from 92 percent in the early 1980s to 97 percent now.
• In the past 10 years, Latin America's commodity exports have risen from 27 percent to 39 percent of the region's total exports.
``It's worrisome,'' says Osvaldo Rosales, head of ECLAC'S international trade division. ``While economic history shows there are no cases of successful development without diversification of exports, we're seeing that the region's exports tend to be increasingly concentrated in commodities.''
That's dangerous because the current commodity export boom may not last beyond five years, and raw material exports tend to produce fewer lasting jobs than more sophisticated exports, Rosales told me.
``The key question is whether South American countries, especially, are taking advantage of this commodity export boom to invest in key areas, such as infrastructure and education,'' he said. ``My impression is that we are not doing it.''
My opinion: I agree. While countries should take advantage of their commodities, putting their eggs in the same basket is not a smart recipe for long-term growth.
To follow the paths of countries such as Canada, Australia and New Zealand, they should use their current economic bonanza to save for a rainy day and invest more -- and better -- in science, technology, education and other areas that would allow them to diversify their exports.
Otherwise, the region's current economic growth cycle will be just another big bubble, like so many in the past.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A idiotice da semana: o capitalismo irracional

Leio apenas uma frase, ou duas, e desisto de ler o resto.
Mas os leitores podem adivinhar o que penso do seu autor, o inefável Emir Sader:

Capitalismo: o que é isso?
As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo, se destroem mercadorias e empregos, se fecham empresas, agudizando os problemas. Até que o mercado “se depura”, derrotando os que competiam em piores condições.
- 05/01/2011

Bem, o que se poderia dizer?
Racional mesmo é o socialismo: sem nenhum desses desperdícios do capitalismo, com sua produção totalmente planejada, para atender exatamente as necessidades dos consumidores, sem um quilo mais, sem um par de sapatos a menos, tudo sob medida, para maior felicidade dos cidadãos. Graças aos sábios da planificação centralizada, o sistema econômico de produção socialista não conhece crises e não conhece desemprego. Deve ser uma maravilha, como atestam os resistentes exemplos da Coréia do Norte e de Cuba, esta ilha atualmente em processo de "desligamento" do Estado de meio milhão de trabalhadores...
Paulo Roberto de Almeida

Do BRIC ao BRICS: o valor "agregado" de um S...

Parece que os observadores não estão avaliando muito positivamente o ingresso da África do Sul no grupo Bric.
Uma única observação, antes de alguma análise mais circunstanciada: se os quatro já tinham problemas de compatibilização de agendas e de harmonização de prioridades, a cinco os exercícios de convergência se tornarão ainda mais difíceis.
Paulo Roberto de Almeida

Creating more walls than Brics
Mills Soko; Dr Mzukisi Qobo
Mail & Guardian online, January 07, 2011

JOHANNESBURG, SOUTH AFRICA - South Africa has finally edged closer to becoming a member of the "elite" grouping of the Bric nations (Brazil, Russia, India and China), following the recent expression of support by China and Russia for Pretoria's bid. It is expected that South Africa will be accepted formally as a new Bric member at these emerging powers' next summit in April.

The Bric states wield significant diplomatic and economic clout and have become crucial powerbrokers in the evolving, albeit volatile, multi-polar world order.

They are the four biggest economies in the developing world and Goldman Sachs has predicted that, thanks to their rapid growth rates, the combined economies of the Brics could overtake those of the current wealthiest countries in the next four decades. They account for 40% of the world's total foreign exchange reserves. They represent more than 40% of the world's population and more than a quarter of the world's land area.

Unlike most Western countries, the Brics (with the exception of Russia) weathered the global economic recession relatively well. This was partly as a result of their pursuit of unorthodox economic policies, which have eschewed the neoliberal nostrums embodied in the now discredited so-called Washington Consensus. The Brics, notably China, have played a pivotal role in cushioning global growth during the recession and have actively championed the reform of the international financial system within the G20.

It is not surprising, therefore, that South Africa finds close association with the Brics alluring. Yet amid South Africa's apparent diplomatic triumph a number of questions remain unanswered about the purpose and benefit of positioning the country within the Bric grouping. It is not clear what South Africa's motivation for joining the group is and what it seeks to gain from its membership. It is not evident what South Africa's strategy to the Brics is and how this fits into the country's wider global strategy.

This is all the more important given that Brics are not a formal political club or economic bloc, with clearly defined and coherent objectives and programmes. It is a construct of Jim O'Neill, a former chief economist at Goldman Sachs, that is based on certain assumptions and projections, which may or may not materialise. In any case, the notion of Bric as an analytical category is problematic and has outlived its usefulness. How, for example, does one justify the inclusion of the failing Russian state in the group and the exclusion of Turkey, a resurgent geopolitical powerhouse and a fast-growing economy -- the sixth largest in Europe?

Ibsa and Brics
How cohesive the Brics will be is another matter of concern, not least because its agenda runs the risk of being burdened by contentious issues, such as competition between China and India, China's historical alliance with Pakistan, Beijing's campaign against India's (and Japan's) bid for United Nation Security Council permanent membership and unresolved border disputes between Beijing and Delhi. Moreover, it bears stating that while India, Brazil and South Africa rank among the world's leading democracies, Russia and China are not known for their democratic practices.

What South African policymakers need to explain is how our country's imminent membership of the Brics will affect its role in the Ibsa (India, Brazil and South Africa) Dialogue Forum, which was set up in 2003 in terms of the Brasilia Declaration. The declaration set out a broad agenda for cooperation among the three countries, which included an ambition to alter the balance of power between rich and poor countries by democratising global decision-making bodies, such as the UN, and international financial institutions, such as the World Bank and the International Monetary Fund, developing alternatives to the current model of globalisation and giving shape to the ideal of promoting the economic and social interests of the South.

Does South Africa's elevation to Bric membership imply that this transformative policy agenda will now be promoted within the confines of the Brics and does it signal the beginning of the end of the Ibsa forum?

Given the extensive financial and human resources required to drive and maintain effective club diplomacy, our policymakers will have to accept that the Brics and Ibsa are essentially competing entities and that it will not be possible in the long run for South Africa to sustain both of them.

Membership of the Brics has been touted by some government officials and business commentators as providing a big opportunity for South Africa to leverage trade and investment relations with these countries. This is not a convincing argument. South Africa does not need to become a Bric member to maximise economic cooperation with these countries; it can do so at a bilateral level.

Since 1994 South Africa has developed strong bilateral economic relations with all the Brics and has signed strategic partnership frameworks with some of them. China, the bedrock of the group and the only credible contender for global superpower status, has become South Africa's single biggest trade partner.

But this steady economic progress has masked inescapable facts: despite the vast commercial opportunities the Brics offer, access to its markets has been constrained by a range of tariff barriers as well as complex and restrictive domestic regulations.

Brics relations
As World Bank studies have shown, it is far easier to do business in South Africa than it is in the Brics. Compounding these market access challenges has been the reality that the Brics are our competitors in sectors such as steel, clothing and textiles and the automotive industry. Also, despite sanguine public pronouncements, South Africa has yet to upgrade its limited trade pact with Brazil to a comprehensive agreement and its negotiations on a preferential trading arrangement with India has been proceeding at an excruciatingly slow pace.

As such, the Brics are barren ground for yielding significant trade and investment opportunities. Against this backdrop, it is not clear how Brics membership will make up for the failure to extract meaningful economic benefits at the bilateral level.

Cultivating strong relations with the Brics is not only important, it is also in South Africa's interest. The global financial crisis has underscored the importance of diversifying South Africa's export markets away from Europe -- which currently absorbs 40% of our exports -- and of exploring new markets, particularly those in the fast-growing developing economies. The Brics should be an integral part of this diversification strategy, but strengthening links with them should not be the country's all-consuming foreign economic policy goal. South Africa's evolving South-South strategy should include Africa, the Middle East and other Asian and Latin American countries.

South Africa's engagement with the Brics must be guided not by ideological whims, but by a strategic paradigm that is grounded in our country's domestic needs and fundamental interests.
South Africa has in the past earned international recognition on the basis of its own intellectual and normative weight. It has always championed multilateralism, offered innovative ideas on vital global governance issues and demonstrated leadership in conflict resolution, peace-building and post-conflict reconstruction in several parts of Africa. Moreover, the country has over the years developed a fluent narrative of global development, especially on the imperative of bridging the North-South chasm. What happened to all that conceptual clarity, diplomatic finesse and self-assurance?

The carefully cultivated image of South Africa as an assertive regional power sits uneasily with that of a country begging for acceptance into the Brics' informal deliberations. The spectre of South Africa rejoicing at being invited to join an amorphous entity such as the Brics is plainly degrading and it is an affront to our national pride. South Africa needs to ponder its foreign policy identity and strategic posture in a changing and complex global environment.

Dr Mills Soko is an associate professor at the University of Cape Town's Graduate School of Business.
Dr Mzukisi Qobo is head: emerging powers and global challenges at the South African Institute of International Affairs.

Um doenca incuravel: planaltite aguda (vicia terrivelmente)

Na verdade, essa doença também tem outro nome: cara de pau (ou falta de vergonha).
Paulo Roberto de Almeida

Sem desencarnar
Merval Pereira
O Globo, de janeiro de 2011

Está sendo tão difícil para Lula desencarnar do papel de presidente da República quanto para Dilma assumir integralmente a função para a qual foi eleita, e uma coisa tem a ver com a outra. Tudo indica que ela está querendo marcar uma conduta discreta e eficiente, na impossibilidade de competir com a capacidade midiática, quase histriônica, do seu antecessor e padrinho político.

Mas há também o desejo mal escondido de Lula de se perpetuar no primeiro plano político. Desde o comício improvisado em frente ao seu apartamento em São Bernardo, até as aparições de camiseta na varanda de casa para acenar para os turistas, Lula vai desenhando para si uma quarentena nada recatada.

Dois fatos revelados pela imprensa mostram como é difícil para o ex-presidente se desligar das mordomias do poder que usufruiu nos últimos oito anos.

Suas primeiras férias fora do poder estão sendo passadas, com toda a família, no Forte dos Andradas, no Guarujá, onde, se sabe agora, foi construída uma suíte presidencial para recepcioná-lo quando lá estivesse.

É claro que tal suíte não pertence à pessoa física de Lula, embora tenha sido feita por sua causa, mas está lá para abrigar o presidente da República do momento.

É um exagero que acontece com mais frequência do que deveria nas melhores democracias do mundo. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, por exemplo, mandou fazer uma preparação especial no avião presidencial para que pudesse fumar charutos sem incomodar os demais passageiros, o que custou ao erário público francês alguns milhares de euros a mais.

Mas a suíte presidencial do Forte dos Andradas não está à disposição de ex-presidentes da República, que é o caso de Lula no momento, pelo menos nos próximos quatro anos.

Descoberta a irregularidade, inclusive pela exultante mensagem que um de seus filhos escreveu no twitter: "Aeeeee saiu um solzinho aqui no Guarujá? com direito a banho de mar? são os Lulas voltando a seu habitat normal rs rs RS", o Ministério da Defesa providenciou uma solução: também pelo twitter, divulgou uma nota em que diz que "o ex-presidente Lula honra as Forças Armadas ao escolher o Forte dos Andradas p/ descansar com a família, a convite da Defesa".

Não é a primeira vez que se sabe de atividades nada regulares de Luís Cláudio Lula da Silva através de seu gosto pelas tecnologias de relacionamento social.

Em 2004, organizou uma excursão de amigos ao Palácio do Alvorada, com direito a uso de um avião da FAB para transportá-los a Brasília e passeio de lancha oficial pelo Lago do Paranoá.

Várias mensagens foram postadas nos blogs com fotos posadas ao lado do avião e na lancha. Depois de quatro anos, o Ministério Público considerou normal o uso de bens do patrimônio público pelos amigos do filho do presidente, e o processo, pedido pela oposição, foi arquivado.

O caso das férias do ex-presidente em um forte do Exército, com direito a proteção absoluta por parte de uma equipe de segurança bem treinada, esta sim dentro do que a legislação determina, parece ser um sintoma da dificuldade que Lula demonstra já há algum tempo de sair "do governo para viver a vida das ruas", como disse em seu discurso de despedida, numa canhestra tentativa de mimetizar a carta testamento de Getúlio Vargas.

Lula continua querendo viver sua vida "na História" que criou para si. Os onze caminhões da transportadora que levam os pertences da família Lula da Silva de volta para São Bernardo, inclusive o climatizado para as bebidas, não significam em si nenhum exagero, já que em oito anos de Presidência forçosamente se acumulam muitos presentes, além dos documentos oficiais que servirão para formar o acervo do Instituto Lula.

Mas o fato de o Itamaraty ter prorrogado o passaporte diplomático de dois dos filhos de Lula no dia 29 de dezembro, através de uma prerrogativa especial exercida pelo ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, tipifica claramente um abuso de poder.

Pelas normas em vigor no Itamaraty, dependentes de autoridades só podem receber passaporte diplomático em duas situações: quando o dependente tem até 21 anos, ou quando é portador de deficiência física.

Não é o caso de Luís Cláudio Lula da Silva, que hoje tem 25 anos, e Marcos Cláudio Lula da Silva, com 39 anos.

Para tentar reduzir os danos da notícia divulgada pela "Folha de S. Paulo", o Itamaraty explicou que os passaportes foram apenas renovados, o que complica mais ainda a situação.

O de Luís Cláudio pode ter tido validade até quatro anos atrás, quando ele tinha 21 anos, e não poderia, pela lei, ter sido renovado já naquela ocasião.

O de Marcos Cláudio em nenhum momento do governo Lula poderia ter sido expedido, pois ele tinha mais de 21 anos (31 para ser exato) quando Lula assumiu o governo em 2003.

Os passaportes especiais foram emitidos "em caráter excepcional", tendo o chanceler Celso Amorim se utilizado de um decreto que lhe dá prerrogativas de conceder passaporte diplomático a alguém que não esteja enquadrado na lei "em função do interesse do país".

A lei prevê apenas passaportes diplomáticos para presidentes e vice-presidentes da República, ministros de Estado, juízes de tribunais superiores, diplomatas e congressistas.

Quando estava no governo, Lula tinha o hábito de se referir a bens públicos como seus, como no caso da TV Brasil, que chamava de "a minha televisão". Agora, parece não ter se convencido de que não continua no governo, e nem que o governo não seja seu.

Não há nada que justifique esses privilégios, nem explicação para serem mantidos.

Maquiavel revisitado: e compravel tambem

Finalmente consegui a capa do meu mais recente livro, aliás feita pelo meu próprio filho Pedro Paulo, um sério Maquiavel de terno e gravata, como se fosse um executivo dos golpes de Estado (no bom sentido, claro)...

O Moderno Príncipe - Maquiavel Revisitado
Paulo Roberto de Almeida
R$ 15,00

(produto temporariamente limitado a 1 por cliente)
Também tem o link para a compra: http://www.senado.gov.br/publicacoes/Livraria/asp/publicacao.asp?COD_PUBLICACAO=1209&COD_CLASSIFICACAO=1

[Descrição a cabo da Editora do Senado:]
Cinco séculos depois que Maquiavel escreveu sua obra, o diplomata e cientista político Paulo Roberto de Almeida segue os passos do "segretario diplomatico" da República de Florença para atualizar "O Príncipe". A partir da constatação de que a obra permanece atual, o autor utiliza a mesma estrutura e até títulos da obra do florentino para estudar as estruturas políticas e a ciência de governar nos dias de hoje. Nesta obra singular por sua natureza de original pastiche e, ao mesmo tempo, de independência de pensamento, Paulo Roberto de Almeida dialoga com o genial pensador, segue seus passos naquelas recomendações que continuam aparentemente válidas para a política atual, mas oferece um elenco de inquietações sobre cenários contemporâneos para os velhos problemas de administração dos homens. Maquiavel preocupou-se com a estrutura de um Estado moderno, enquanto Paulo Roberto de Almeida busca defender os direitos dos cidadãos, justamente contra a intrusão e a prepotência dos Estados.

Descrição física: 195 páginas
Editor: Conselho Editorial do Senado Federal
Edição: 1ª
Ano: 2010
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Sumário:

Prefácio
Dedicatória

1. Dos regimes políticos: os democráticos e os outros
2. Das velhas oligarquias e do Estado de direito
3. Da variedade de Estados capitalistas
4. Do governo pelos homens e do governo pelas leis
5. Da transição política nos regimes democráticos
6. Da conquista do poder: a liderança política
7. Da eficácia do comando e da manutenção do poder
8. Da ilegitimidade política: da demagogia e da força
9. Das repúblicas democráticas e sua base econômica
10. Das forças armadas e das alianças militares
11. Do Estado laico e da força das religiões
12. Da profissionalização das forças militares
13. Dos gastos com defesa e da soberania política
14. Da preparação estratégica do líder político
15. Do exercício da autoridade
16. Da administração econômica da prosperidade
17. Do uso da força em política
18. Da mentira e da sinceridade em política
19. Da dissimulação como forma de arte
20. Da dissuasão e da defesa do Estado
21. Da construção da imagem: verdade e propaganda
22. Dos ministros e secretários de Estado
23. Dos aduladores e dos verdadeiros conselheiros
24. Da arte pouco nobre de arruinar um Estado
25. Do acaso e da necessidade em política
26. Da defesa do Estado contra os novos bárbaros

Carta a Niccolò Machiavelli
Recomendações de leituras

Todos os livros deste autor

Venezuela: depoimento de um professor universitario

“El nuevo contexto político del país”
Exposición del profesor Pedro Nikken
(Recebido em 7.01.2011)

Agradezco al Rector Virtuoso el honroso y comprometedor encargo de introducir la nueva situación política, surgida como consecuencia de la súbita irrupción de un nuevo marco institucional que violenta la Constitución así como estándares universales de la democracia y del estado de derecho. Después de haber completado mi carrera académica en la Universidad Central de Venezuela, no puedo ocultarles mi emoción al regresar a la Universidad de donde egresé en 1968 para compartir con la comunidad reflexiones sobre los graves momentos por los que atraviesan la Universidad venezolana y la República misma.

Comienzo con dos puntos aclaratorios de esta introducción. El primero consiste en pedir disculpas anticipadas por un análisis predestinado a ser incompleto. Dada la envergadura de las transformaciones del orden jurídico-político involucradas en el paquete de leyes y medidas decididas por la Asamblea Nacional y el gobierno como un todo, estoy seguro de que esta presentación olvidará o no tendrá presentes algunas de ellas. El segundo, está referido a la naturaleza de esta presentación, que no se referirá de manera particular al contenido concreto de cada ley componente de ese paquete. Se trata entonces de una visión global, que tratará de determinar en qué punto del proceso político de la Revolución Bolivariana nos encontramos.

El nuevo cuadro político, surgido de la asonada parlamentaria de diciembre de 2010, se caracteriza por el abandono desembozado de principios fundamentales de la democracia y del estado de derecho. Esto se manifiesta en dos órdenes concurrentes. Por una parte, tenemos una nueva sobredosis de concentración del poder en cabeza del Presidente Chávez. Por otra parte, se ha tomado medidas que agravan dramáticamente la asfixia de la sociedad y cercenan la disidencia y la crítica

I. Más concentración de poder: autoritarismo

La primera medida que tomó la Asamblea Nacional en diciembre, el día 8, fue la atropellada designación de nuevos Magistrados (9 principales y los 32 suplentes) al Tribunal Supremo de Justicia, sin atenerse a los requisitos prescritos por la Constitución, toda vez que se ha designado a abogados sin la experiencia judicial ni académica exigida, como lo son varios parlamentarios actuales del partido de gobierno, cuyo mandato como tales se extingue el 5 de enero de 2011. Si la politización e instrumentalización del poder judicial eran un hecho notorio, esta última designación agudiza el vicio hasta lo grotesco. Tan grave, que una ex magistrada, no caracterizada precisamente por su posición crítica frente al régimen, como lo es la profesora Hildegard Rondón de Sansó, la resumió diciendo que “un sector fundamental del poder del Estado, va a estar en manos de un pequeño grupo de sujetos que no son juristas, sino políticos de profesión, y a quienes corresponderá, entre otras funciones el control de los actos normativos.” Se completa así el anonadamiento de la justicia que ha venido fraguándose desde que se instauró el actual régimen.

Sin menoscabo de la importancia de esas designaciones, lo más grave ha sido lo que no vacilo en calificar como golpe de estado contra el parlamento electo el 26 de septiembre de 2010. Una Asamblea Nacional agónica delegó en el Presidente de la República la potestad de legislar durante un período que excede de su mandato, durante el cual esa potestad correspondía y corresponde a quienes eligió el pueblo para ejercerla. Más allá de las formas jurídicas, es obvio que se incurrió en un claro abuso de poder, que defrauda ilegítimamente la voluntad del soberano. La mayoría circunstancial de 2005 encontró un ardid para imponerse sobre el voto de 2010 y extender el efecto de aquel precario mandato hasta 2012. Es una imposición a la vez ilegítima y antidemocrática, que se prevale de la sumisión del poder judicial para garantizar que se la comete impunemente.

Adicionalmente, haciendo abstracción de la justificación invocada para semejante delegación legislativa y de su fundamentación formal en la Constitución venezolana, con ella se ha facultado al Presidente a decretar leyes que, bajo conocidos estándares internacionales de universal aceptación, sólo pueden emanar de los órganos legislativos previstos en la Constitución y democráticamente elegidos, como lo son el establecimiento de nuevos delitos y penas, y las limitaciones a los derechos humanos, incluida la anunciada restricción de la cooperación internacional que reciben las organizaciones de la sociedad civil en Venezuela, que luchan en defensa y promoción de los derechos humanos, tanto civiles y políticos como económicos, sociales y culturales. Este es un aspecto inderogable del principio de legalidad, esencial para la vigencia del estado de derecho y la democracia constitucional.

A esto se agrega que se ha reformado el Reglamento de la Asamblea Nacional, en términos que restringen de manera irrazonable y abusiva las posibilidades reales de que los diputados elegidos el 26 de septiembre de 2010 puedan ejercer efectivamente su mandato. Se reducen las sesiones a una semanal y limita el tiempo que puede usar un parlamentario en los debates a diez minutos máximo y a tres minutos de réplica. Para privar a los 65 diputados que eligió la oposición del ejercicio real de su mandato, se ha procedido a sepultar al parlamento como tal. Se ha configurado así un verdadero golpe de estado contra la Asamblea Nacional elegida el 26 de septiembre de 2010, a la que se pretende condenar a ser un parlamento que no legisla y que no debate.

Adicionalmente, la Asamblea Nacional saliente ha aprobado, sin un debate abierto y participativo en su seno ni en la sociedad, un conjunto de leyes que se apartan del concepto de Estado federal descentralizado pautado en la Constitución de 1999 para sustituirlo por el Estado comunal centralizado, con lo que se culmina un proceso ilegítimo iniciado hace dos años destinado a dar vida, por la vía legislativa, a la reforma constitucional propuesta por el Presidente de la República en 2007 y rechazada por el pueblo en el referéndum que tuvo lugar el 2 de diciembre de esa año. Se consolida una reordenación territorial fundada en las denominadas comunas y la creación de un “Poder Popular”, no previstos en la Constitución; se sustituye al municipio como “unidad política primaria de la organización nacional”, como lo pauta la Constitución, por la comuna y se pretende despojar, en cambio, de sustanciales competencias a órganos constitucionales electos popularmente, como lo son los alcaldes municipales y los gobernadores estadales.

Adicionalmente, a través de una ley especial, se ha concebido una “sistema económico comunal” al margen y en contra de la Constitución, en el cual se impone el llamado modelo productivo socialista, se crea una banca comunal, se ignora la propiedad privada y se la sustituye por una indefinida “propiedad social”, se introduce una “moneda comunal” al margen del Banco Central de Venezuela y establece el trueque como medio institucional de comercio de bienes y sevicias.

Esta estructura, que afecta a todos los estados y municipios, es particularmente nociva en las entidades territoriales donde el partido de gobierno perdió las elecciones, pues se traduce en el desplazamiento de alcaldes y gobernadores electos por el pueblo conforme a la Constitución por funcionarios y entidades no constitucionales, que obedecen las líneas y directrices del Presidente de la República. Este es un punto de inflexión en la asfixia a la sociedad y a la disidencia, característica que no limita el momento político actual a los riesgos de autoritarismo, sino a que el Estado cope todos los espacios del cuerpo social, en un proyecto totalitario.

II. La asfixia de la sociedad: el totalitarismo

Otras leyes vulneran las reglas del juego democrático y evidencian franca contradicción con disposiciones explícitas de la Constitución de 1999, con el inocultable propósito de ahogar y penalizar a quienes disienten del proceso político impulsado por el Presidente Chávez. Entre éstas se encuentran una reforma a la ley que rige los medios de comunicación audiovisuales, que restringe aún más la libertad de expresión y que afecta incluso la libertad de utilización de Internet en Venezuela; una ley con conceptos vagos que permite sancionar a las organizaciones de derechos humanos que reciban financiamiento de la solidaridad internacional, como se autoriza y promueve en cánones aprobados por las Naciones Unidas; y una ley que priva a las universidades del pluralismo y la autonomía que son de su esencia y que les reconoce la Constitución. Se trata de sofocar todo foco de disidencia, con la imposición de un pensamiento único o, lo que es peor, de abolir el pensamiento crítico y abatir el pluralismo democrático.

Adicionalmente, se han agudizado las confiscaciones de la propiedad privada. Se ha burlado la norma constitucional según la cual “sólo por causa de utilidad pública o interés social, mediante sentencia firme y pago oportuno de justa indemnización, podrá ser declarada la expropiación de cualquier clase de bienes.” Con el apoyo de la Fuerza Armada, vale decir, de las armas de la República, se ocupan tierras, inmuebles e instalaciones industriales y comerciales productivas, sin juicio de expropiación ni pago de indemnización. Se avanza así hacia el estado propietario de los bienes de producción, conforme a los reconocidos cánones del llamado socialismo real.

Por último, pero no por ello menos importante, el Consejo Nacional Electoral, con una composición aún más radicalizada de partidarios del gobierno, ha establecido nuevas restricciones a la observación electoral. Se suprimió, en la práctica, la observación internacional, mientras que se ha sometido a la observación nacional a restricciones inadmisibles, como la confidencialidad de sus resultados. Tras una amenaza de cancelar el reconocimiento de Ojo Electoral como observador nacional en las elecciones parlamentarias de septiembre, no se lo acreditó como tal en las elecciones parciales del 5 de diciembre. Las elecciones de 2012 se avizoran así como un evento en el cual el Presidente Chávez no invitará al electorado a reelegirlo sino que le ordenará así hacerlo.

Conclusión: Se traspasó la frontera de la democracia.

Con estas acciones, ejecutadas sorpresivamente en un lapso de pocos días, se han afectado elementos esenciales y componentes fundamentales de la democracia según la Carta Democrática Interamericana, como lo son, el respeto a los derechos humanos y las libertades fundamentales, el ejercicio del poder con sujeción al Estado de Derecho, la separación e independencia de los poderes públicos, la transparencia de las actividades gubernamentales y la libertad de expresión y de prensa.

Creo que esto se explica porque el gobierno ha constatado que su verdadero proyecto político carece de respaldo popular y ha resuelto imponerlo a como dé lugar.
En el plano político, a partir de su reelección en 2006, el Presidente Chávez ha venido propulsando un mayor radicalismo de su proyecto político y, en paralelo, ha visto disminuir progresivamente su popularidad, su credibilidad y su capacidad de convocatoria. Desde entonces sólo ha ganado claramente una elección, que fue la enmienda para permitir la reelección, en la que tuvo que emplearse a fondo, abusando, como nunca, de los recursos del Estado y presentándola no como un mecanismo para permitir su perpetuación como Presidente vitalicio, sino como una ampliación de los derechos del pueblo elector, e implicando a gobernadores y a alcaldes en la propuesta. Perdió el referéndum constitucional de 2007, sufrió un descalabro en las elecciones locales de 2008 y perdió, en las cifras nacionales de votación, las parlamentarias de 2010, aun cuando, dadas las características de los circuitos electorales, consiguió mayoría parlamentaria, aunque menor a las tres quintas partes de los diputados electos. Estas mermas no son casuales, y pueden encontrar explicación parcial en el rechazo mayoritario a las medidas más radicales del gobierno, en particular cuando se asocia con el modelo cubano, cuando ataca la propiedad privada y cuando vulnera la libertad de expresión.

Adicionalmente, la situación económica ha venido empeorando, como seguramente será explicado por la profesora Patricia Hernández. La devaluación de cerca del 70% del bolívar sobre el dólar, para bienes de primerísima necesidad, tendrá un efecto devastador sobre la economía de los más necesitados y redundará sin duda en un aumento significativo del malestar social. Los avances que, según las estadísticas oficiales, se han producido en el combate a la pobreza crítica, se desvanecerán con esta nueva carga tributaria a los pobres, que se traduce en aumentos de no menos del 50% en alimentos de la cesta básica y en medicamentos.

Ese contexto presagia que la caída de la adhesión al proyecto político del Presidente Chávez se agudizará en lo inmediato. Curiosamente, cuando la mayoría ha mostrado que repudia la radicalización, lejos de seguir democráticamente ese parecer mayoritario, se escoge el camino de transgredir gravemente las reglas de la democracia constitucional, para imponer por la fuerza el proyecto radical. Me atrevo a decir que entre la situación política y la situación económica al proyecto bolivariano se le acabó la gasolina de la democracia y ha optado por recurrir a esquemas conocidos del llamado socialismo real. El pregonado socialismo del siglo XXI muestra entonces su verdadera cara de estalinismo del siglo XX.

El régimen del Presidente Chávez hizo abandono de su legitimidad democrática de origen y la pervirtió en su ejercicio. Entramos en la etapa de la dictadura, una palabra que muchas veces me rehusé a pronunciar cuando pervivían, aunque precarios, los espacios democráticos que se han cerrado abruptamente con la asonada parlamentaria de diciembre último. Se ha orquestado un golpe de estado contra las instituciones democráticas y contra la mayoría que votó contra el gobierno en las elecciones parlamentarias, al abrigo de la sorpresa y en plenas festividades navideñas. Ha sido una estratagema premeditada y bien tramada, propia de un gobierno que utiliza la astucia de los militares que gobiernan para tender emboscadas.

Es natural que el actual estado de cosas despierte la indignación de la sociedad, tanto por las medidas que han configurado un golpe contra la democracia, en los ya reducidos espacios que quedaban, como por las consecuencias sociales de la devaluación de la moneda. Por lo tanto, es previsible también que el porvenir sea de mayor represión y de mayor espionaje, como corresponde a un gobierno que ha decidido abandonar el camino de la democracia. No es concebible que el gobierno haya tramado este sorpresivo escenario en diciembre si no está listo para ahogar brutalmente las protestas en enero, como ya lo han hecho en el pasado los gobiernos impuestos por la extinguida Unión Soviética en Europa del Este.

Sólo la magnitud de la reacción de la sociedad será capaz de inhibir la represión. Ese es un reto para la sociedad. Creo que no tiene otro camino que la protesta masiva, la desobediencia y la resistencia para enfrentar la destrucción de las instituciones democráticas; pero debe prepararse para hacerlo con éxito. La sociedad no está suficientemente organizada para el reto que tiene frente a sí. Corresponde a sus líderes improvisar esa organización y trazar una estrategia eficaz y coherente para obligar al gobierno a retroceder.

Otra dificultad de la reacción contra el nuevo cuadro político es la desmoralización de la sociedad, agotada por luchas fracasadas, atizadas por una alarma que no siempre se justificaba. Es capital que las luchas que se avecinan se encarguen de levantar la autoestima y la confianza en la capacidad del pueblo para imponerse sobre la ilegitimidad que se abate sobre el país. Si la sociedad no se levanta de inmediato, el gobierno aplicará todo el paquete legislativo de diciembre sin dificultad y anonadará a una sociedad pasiva. Pero es necesario que la protesta esté impregnada de optimismo y de la ilusión de construir la grandeza de Venezuela.

La comunidad internacional debe ser movida a considerar la nueva situación venezolana. Esto no será posible sin una reacción popular adecuada. A la vez, una iniciativa de los foros internacionales de debatir el último giro del gobierno venezolano, puede ser un aliento importante para esa reacción popular. Sin embargo, no deben cifrarse ilusiones en lo internacional. Puede ser un respaldo, pero no es la solución. La solución está en nosotros mismos, llamados hoy por la historia a estar a la altura de un desafío que es de vida o muerte. La supervivencia de la Universidad autónoma, científica y fecunda y de la República democrática, constitucional y pluralista dependerá del éxito de las luchas populares para su salvación. Es nuestra decisión llevarlas adelante con determinación y con brío, contra la represión, el autoritarismo y el totalitarismo de la dictadura que se instaura ante nuestros ojos. Con todos los medios pacíficos legítimos de los demócratas, pero también con la determinación de sostenerla por el tiempo que sea necesario hasta vencer. ¡Nunca nos rendiremos! ¡Nunca!