O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Eleicoes 2014: ah, esses especuladores maldosos com o governo da soberana...

A cotação do Governo nunca esteve tão baixa, a nível de junk investment...

Paulo Roberto de Almeida 


Se Dilma perder, Ibovespa sobe 16%, diz pesquisa da Reuters com analistas

 Eduardo Tavares | Arena do Pavini, 27/06/2014
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A derrota da presidente Dilma Rousseff, do PT, na eleição presidencial de outubro pode fazer com que a bolsa brasileira dispare. Segundo uma pesquisa feita pela agência de notícias Reuters, uma mudança no governo deve levar o Índice Bovespa a uma alta de até 16%. Já se a petista ganhar, o índice pode cair até 4%. A diferença entre os extremos dos dois cenários é de mais de 10 mil pontos.
Até o fim de junho, o Ibovespa, principal carteira teórica de ações da bolsa brasileira, acumula alta de cerca de 4%. Em março, o índice atingiu seu menor patamar e, de lá para cá, a variação acumulada chega a quase 20%.
Boa parte do movimento, segundo analistas ouvidos pela Reuters, deveu-se à entrada de investidores estrangeiros na bolsa, a qual teve como catalisador uma série de pesquisas eleitorais mostrando a queda de Dilma e a recuperação da oposição. Boa parte do mercado vê com bons olhos uma substituição, sinalizando já estar farto do excesso de intervenção do governo sobre as grandes empresas estatais de capital aberto.
A Reuters afirma que, diferente de outras pesquisas recentes, os analistas não conseguiram excluir a variável “eleições” de suas estimativas para o patamar do Ibovespa no fim do ano. Foram ouvidos 16 analistas, dos quais 15 deram, cada um, duas projeções para o índice, uma considerando a derrota ou a vitória de Dilma. Um dos analistas considerou apenas um cenário, independentemente dos resultados.

A pesquisa mostra que, para os analistas, se Dilma for reeleita, o Ibovespa deve encerrar o ano a 51.250 pontos, queda de 4% em relação ao fechamento de 25 de junho. Caso a presidente perca, o índice pode chegar a 62 mil pontos no fim de dezembro, subindo 16% em relação ao nível atual.

Stefan Zweig, por Benjamin Moser (Bookforum, FSP)

STEFAN ZWEIG (1881-1942)

Uma história à luz do crepúsculo

Por Benjamin Moser 
Observatório da Imprensa, em 23/06/2014 na edição 804
Reproduzido da “Ilustríssima” da Folha de S.Paulo, 22/6/2014, tradução de Francesca Angiolillo

É fácil entender, quando se chega a Petrópolis vindo do Rio de Janeiro, por que alguém nascido e criado na alta burguesia vienense teria preferido viver nessa pequena cidade em lugar de escolher a caótica metrópole ao pé das montanhas. Não pelas numerosas construções em pretenso estilo alemão, mas pela sua ordem quase bávara, seu bem-estar e tranquilidade quase sem par no país, mesclados a um cenário natural com o qual se sonha sob a neve europeia.

Há recantos de Petrópolis que sugerem uma natureza benevolente – o trópico como poderia ter sido. Aqui não se acha aquela massa selvagem que, em tantos lugares do país, apavora estrangeiros e nativos (insetos ferozes, peixes carnívoros): trata-se do trópico turístico como o que se cultiva nos melhores “resorts” do Havaí ou de Bali (palmeiras, flores, macaquinhos).
Mas a harmonia natural não é o que de mais sugestivo fica da região. Petrópolis, mais do que qualquer outro lugar que eu conheça, carrega o peso de suicídios, exílios e derrotas de pessoas ilustres que, seduzidas pelas árvores e flores, buscaram refúgio ali, só para encontrar um fim amargo.
O magnata homossexual Alberto Santos Dumont, que inventou a aviação com a esperança de fomentar a fraternidade universal, escolheu morar em Petrópolis, numa casa que é hoje um curioso museu – e terminou tirando a própria vida no Guarujá, diz a lenda que angustiado por ver seu engenho empregado para fins bélicos.
Em Samambaia, nas escarpas da serra, no esplendor de sua casa modernista, a poeta americana Elizabeth Bishop perdeu seu grande amor, Lota de Macedo Soares, e afundou-se no alcoolismo.
Célebre 
Hoje, o nome internacionalmente mais célebre entre os que ali se exilaram talvez seja Stefan Zweig. Nascido em 1881 numa família de judeus burgueses de Viena (seu pai era industrial têxtil; sua mãe descendia de uma família de banqueiros ítalo-austríacos), Zweig foi submetido a uma criação fria e à educação rigorosamente clássica destinada aos homens de seu tempo e condição social. Estudou filosofia na Universidade de Viena, onde se doutorou em 1904. Seu interesse artístico prevaleceu sobre sua formação austera, e ele se recusou a abraçar os negócios familiares, embora tivesse se mostrado desde cedo um herdeiro à altura de seu pai rico e enérgico.
Seu primeiro livro, uma antologia de poemas chamada Silberne Saiten (cordas de prata), foi publicado quando ele tinha 19 anos. Apesar de, ao longo de sua vida, ele nunca ter permitido uma reedição do volume, o livrinho anunciava o início de uma grande carreira que incluiria não só poesia mas também teatro e jornalismo, embora seja mais correntemente recordada pelas biografias e novelas.
Figuras proeminentes da cultura europeia, de Auguste Rodin a Sigmund Freud (além de amigo de Zweig, o psicanalista foi tema de um dos ensaios que compõem A Cura pelo Espírito, de 1932), elogiaram sua obra – em especial graças a escritos breves como “Medo” e “Carta de Uma Desconhecida”, que, ao lado de “24 Horas na Vida de uma Mulher” serão reunidos em Três Novelas Femininas [org. Alberto Dines, trad. Adriana Lisboa e Raquel Abi-Sâmara, Zahar, R$ 39,90, 176 págs.], a sair no mês que vem.
Na década de 1920, seus títulos publicados na Europa e nos Estados Unidos somavam milhões de exemplares, e ele se tornou o autor mais traduzido do mundo. Eram livros encantadores, no melhor sentido: eles enfeitiçavam o leitor.
Mesmo se seus temas nunca eram menos que grandiosos, não reside na temática o brilho da obra de Zweig: é o fascínio pelo autor o que explica sua popularidade duradoura. Seus livros podem ser vistos ao lado de revistas de celebridades e de livros de dieta em estações ferroviárias no interior da França, e em dezenas de países ele ainda é, mais de 70 anos após sua morte, possivelmente o mais popular dos escritores de sua geração.
Parte do encanto de Zweig vem de sua vida dramática e glamorosa. Se sua existência parece ter sido melancólica – dadas a data e o local de nascimento, dificilmente não o seria –, ela também pode ser considerada como extraordinariamente bem vivida.
Ele viu as tropas alemãs marcharem sobre a Bélgica e começarem a Primeira Guerra Mundial; ele viu o fim da guerra, quando o último monarca abandonou o antigo trono dos Habsburgo. Seu engajamento político – seu horror ao racismo e ao nacionalismo, sua dedicação a um ideal cosmopolita que desconhecesse fronteiras – faziam-no parecer à frente de seu tempo: só alguns anos após sua morte um ideário em certa medida baseado no seu tornou-se a base para a reconstrução da Europa.
Sua vida foi tão bem-sucedida que, sob certos aspectos, pode ser descrita como triunfante. Exceto pelo mesmo motivo que se abateu sobre tantas vidas mais comuns: a ascensão de Hitler.
Brasil 
Quando a guerra estourou, Zweig teve mais sorte que muitos outros. Rico e famoso, ele não estava preso na Europa, por haver assumido a nacionalidade britânica, o que lhe dava plena e preciosa liberdade de movimento. Foi para os Estados Unidos e, mais tarde, para o Brasil, sobre o qual havia escrito o caloroso Brasil: Um País do Futuro [pref. Alberto Dines, trad. Kristina Michahelles, L&PM Pocket, R$ 19,90, 264 págs.]. Publicado em 1941, o livro agradou ao governo – e esse governo, que impunha tantas restrições a judeus bem mais necessitados de asilo do que Zweig, expediu-lhe um visto.
Ele foi para Petrópolis. Mas aquela cidade e o Brasil que ele vislumbrou como uma nova possibilidade para a civilização não foram o bastante. Após ver seu mundo colapsar sob um morticínio de proporções inimagináveis, o escritor e sua mulher, Lotte, deram cabo da própria vida durante o Carnaval de 1942.
Seu suicídio – somado à percepção de sua personalidade como depressiva e sexualmente ambígua – obscureceu muito do que se escreveu sobre Zweig. Seu curto período em Petrópolis acabou funcionando como uma estranha coda para sua história. Um ícone da cultura europeia exilado, inconsolável, para os confins da terra, em desespero, se mata: a morte de Zweig quase imediatamente abandonou a esfera do tormento pessoal, adquirindo um significado político, simbólico, do qual nunca se desvencilhou de fato.
Thomas Mann, dando voz ao que muitos calavam, o reprovou: “Ele não tinha consciência de sua responsabilidade perante centenas de milhares de pessoas para as quais seu nome era importante e diante das quais sua capitulação provavelmente teria um efeito deprimente? Perante os muitos outros, refugiados como ele, mas para os quais o exílio era uma experiência incomparavelmente mais dura que a sua, celebrado como ele era, e sem preocupações materiais?”. Enquanto a cultura europeia era massacrada – sugere o raciocínio – o mínimo que se esperava de seus expoentes era que não se massacrassem a si mesmos.
Essa carga simbólica, aliada aos aspectos pitorescos da vida de Zweig, atraiu levas de biógrafos. O primeiro problema com o qual se deparavam era o fato de que ele havia escrito uma autobiografia, O Mundo que Eu Vi – um dos melhores exemplos de livros de memórias do século 20 (o título será relançado em novembro no Brasil, também pela Zahar).
Nele, a força do estilo de Zweig se mostra plenamente. Sua argúcia para o detalhe eloquente, seu conhecimento do mundo e suas lembranças de grandes personalidades da cultura de seu tempo são amparadas por uma corrente emocional poderosa que ajuda o leitor a imaginar o inimaginável desespero de uma geração forçada a ver toda sua sociedade varrida pelo fanatismo e pela guerra.
Escrito quase inteiramente em uma temporada de poucos meses no vilarejo de Ossining, no Estado de Nova York, o livro recorda o continente ao qual o autor nunca retornaria. Zweig se concentrou tanto no trabalho para escrevê-lo que sua mulher chegou a temer por sua saúde. Embora descrito com detalhes vívidos, esse mundo perdido é só em parte lamentado: nenhum leitor chorará, por exemplo, a desaparição da repressão sexual que vigia na Viena pré-Freud.
Diante do tema, é surpreendente que o livro não seja mais sombrio, e a impressão que deixa é tal que quase se tem pena dos biógrafos de Zweig. Quem contaria sua história melhor do que ele próprio?
Biografias 
Além de ficção e poesia, esse homem prolífico produziu uma grande quantidade de biografias, cobrindo uma galeria de personagens que soa quase disparatada e que inclui Maria Antonieta, Erasmo, Balzac e Napoleão.
A atração que essas figuras exerceram sobre Zweig e aquilo que as une, é que todas, sem exceção, resistiram à história e terminaram vitimados por ela. Suas trajetórias, quando lidas à luz do que aconteceria a seu biógrafo, ganham um tom assustador de profecia.
Maria Antonieta, a adolescente austríaca fascinada pela “joie de vivre”, designada a um papel à altura do qual nunca estaria, num lugar e num tempo que ela não conseguiu entender; Erasmo, em sua devoção trágica e paciente a um conceito de universalidade carcomido pela corrupção, má-fé e ambição; a imaginação grandiosa de Balzac, submetida a preocupações financeiras que se impuseram sobre o gênio artístico: esses personagens, vistos como um conjunto, formam um retrato tão poderoso de Zweig quanto o que surge de O Mundo que Eu Vi.
Uma sensação de vaticínio semelhante emerge da leitura de suas novelas e do único romance que publicou em vida – traduzido no Brasil como Coração Inquieto, o livro de 1939, hoje fora de catálogo, também foi produzido sob a sombra de Hitler.
Mas essa ideia de predestinação não toma conta da obra de Zweig como um todo. Quando o vemos como personagem, a tendência a ler sua vida de trás para frente é irresistível. Tudo é refratado pelo prisma petropolitano.
É um procedimento perfeitamente legítimo e foi adotado, por exemplo, por Alberto Dines no clássico Morte no Paraíso: a Tragédia de Stefan Zweig [Rocco, R$ 69,50, 594 págs.]. Contudo, em mãos menos hábeis que as de Dines, que há anos se dedica à obra de Zweig, o expediente favorece o perigo de fazer o que Zweig, em seus próprios escritos, não fez: lançar um olhar limitado sobre a vida de alguém que se dedicou a ampliar, e não a reduzir, as visões que oferecia em seus livros.
Risco 
É nesse risco que incorre o novo livro do escritor norte-americano George Prochnik, The Impossible Exile [Other Press, R$ 48,90, e-book] (o exílio impossível). Apesar de se apresentar como uma biografia, o livro de Prochnik ostenta origens heterogêneas. Poderia ser descrito como relato de viagem (pela Áustria, pelo Brasil), romance (embora o tom se enquadre no de uma biografia ortodoxa, o livro não o é), reflexão sobre as raízes familiares do próprio biógrafo (como Zweig, o autor descende de judeus vienenses).
Como sugere o título, a ênfase recai sobre a experiência de Zweig como exilado – especialmente em Nova York, onde esteve entre 1940 e 1941 e onde ele se sentiu acuado pelos refugiados pobres e desesperados, oriundos de uma civilização cujo colapso ele narrava no livro que então escrevia, numa casa alugada em Ossining.
Por vários motivos, é uma escolha ousada a que Prochnik faz para meditar sobre o exílio.
A temporada de Zweig nos Estados Unidos é aparentemente menos relevante para sua vida do que os períodos transcorridos na Áustria, na França, na Inglaterra ou no Brasil. Mas foi nos EUA que ele escreveu seu famoso livro de memórias, última parada antes da jornada que o levaria à morte.
Prochnik evoca a cidade que Zweig conheceu: a taxa de criminalidade nova-iorquina à época, o clima, a irritação que o escritor sentia ao ver os espectadores da ópera lendo os libretos com diminutas lanternas. São detalhes que mostram quão desconcertante a cidade podia ser até para o mais cosmopolita dos expatriados.
Observando fotografias de viagens de Zweig antes da guerra, Prochnik frisa sua capacidade camaleônica para se mesclar a diferentes cenários como se a eles pertencesse. Chega a acusá-lo de não ter personalidade própria.
Deixando de lado questionamentos sobre como poderia um dos mais famosos escritores do mundo desaparecer contra qualquer pano de fundo, o que há de mais notável na experiência de Zweig, conforme relatada no livro, é que Nova York se impôs como o local com o qual ele não podia se fundir; aquele que teria dado a ele a mais dura noção de exílio.
Prochnik mostra o que significou, para Zweig, estar ali – quão difícil era para ele ser um dos “bem-aventurados”. Judeus refugiados na América, por definição, tinham mais sorte do que os que estavam sujeitos às tropas de Hitler. E, visto de fora, Zweig parecia ser o mais sortudo de todos.
Prenúncio 
Enquanto o livro de Alberto Dines sobre Zweig no Brasil aproveita a história do escritor em Petrópolis para jogar luz sobre toda sua vida, o de Prochnik lê toda a trajetória de Zweig como prenúncio de seu suicídio na serra. E, assim, se concentra justamente nos aspectos menos interessantes de sua vida. A situação dos judeus europeus era tudo menos individual, e colocar ênfase numa questão que devastou milhões é enfatizar o que Zweig tinha em comum com tantas outras pessoas, em lugar de tentar entender o que faz dele extraordinário.
Não valeria a pena apontar essas falhas no livro de Prochnik, não fossem elas tão disseminadas ou provenientes de fonte tão ilustre: além de Thomas Mann dizer que Zweig dera um mau exemplo, Hannah Arendt condenara seu excesso de sensibilidade. Ao iluminar o que ele não era, narrativas como essa pintam o retrato de alguém fraco, sem caráter, assustadiço e nervoso, e pouco se preocupam em explicar por que, sete décadas após sua morte, sua figura exerce fascínio tão duradouro.
Quando Zweig se mostra integrado ao ambiente, Prochnik se refere à “artificialidade endêmica do caráter vienense” ou a “clichês inevitáveis sobre o desejo judaico de assimilação”. Define como ingenuidade suas “demandas imodestas por um mundo diferente” – sua convicção antissionista e contra qualquer outro tipo de nacionalismo; o cuidado feroz com que evitava linguagem ofensiva, até mesmo para falar de Hitler.
Talvez. Mas por que descrever esse escritor, tão admirado, como um “professor itinerante de sabedoria pacifista”, colocando-o apenas um degrau acima de um hare krishna de semáforo? Quando Zweig escreve que seu “objetivo seria um dia se tornar não um grande crítico ou uma celebridade literária, mas uma autoridade moral”, Prochnik se mostra confuso: “A ambição pode gerar perplexidade, mas Zweig falava a sério”. Mas o que haveria de causar perplexidade nessa intenção? Seria preferível aspirar à celebridade?
Rumores
Contribui para essa impressão a inclusão, no livro de Prochnik, de detalhes de cunho sexual que sugerem que Zweig era quase um pervertido: ficamos sabendo que “há rumores”, por exemplo, de que “Zweig saía à caça entre os rapazes sedutores do Rio”. Ou de que ele, em Viena, “se escondia entre arbustos perto da jaula dos macacos no zoo de Schönbrunn, à espera de mocinhas diante das quais saltar e se exibir”. Talvez. Mas por que somos expostos a boatos de mau gosto, para os quais não é oferecida qualquer prova ou corroboração? (Em especial se consideramos que, na página seguinte, Prochnik descreve outro amigo como “mais confiável” do que o que provera as histórias relatadas.) Zweig era conhecido no mundo todo; todo mundo dizia todo tipo de coisa sobre ele.
Se, tanto tempo depois de Zweig e sua mulher terem sido encontrados mortos em Petrópolis, ele ainda se mantém relevante, a resposta certamente está no seu trabalho – sempre vivo, sempre lido, sempre traduzido – mais do que nos detalhes em torno do triste desenlace de sua vida.
Apesar de ser tão modesto quanto generoso – Prochnik escreve que Zweig nunca deixou de olhar com humildade para seu próprio trabalho e sempre tinha na ponta da língua nomes cuja obra considerava maior que a sua –, chegar a ser o escritor mais traduzido do mundo não é pouca coisa.
Ler seus livros e conhecer sua vida nos traz mostras não de fraqueza, mas de uma vitalidade típica de um Balzac. Todos aqueles livros! Aquelas viagens! Aquelas mulheres! Até mesmo o suicídio, já há muito estabeleceu a psicanálise, é a escolha dos fortes, dos que não esperam pelo destino, mas se lançam a ele por seus próprios meios.
O que tinha Zweig que atraía a devoção de milhões de fãs, a admiração de Hermann Hesse? Que qualidades teria para que fosse escolhido a fazer a elegia de Freud em seu funeral? A fim de responder a essas perguntas, o livro de Prochnik precisaria iluminar todos os aspectos de seu trabalho, perpassar todos os seus livros e desafiar, mais do que aceitar, a modéstia aparente de suas declarações sobre sua própria trajetória.
Há muito é devida a Zweig uma revisão plena, que vá além dos textos críticos emergidos a par das recentes retraduções, nos Estados Unidos, de sua obra. Tal reavaliação deveria também ir além do que disse outro refugiado suicida, Klaus Mann – “Ele só teve uma ambição: mitigar a amargura do sofrimento humano ao ampliar a consciência de suas raízes e causas” –, e perguntar: não seria essa ambição grande o bastante?
***
Benjamin Moser, 37, escritor americano, é autor de Clarice (Cosac Naify). Seu texto nesta edição é uma versão adaptada para a Folha de artigo publicado na revista Bookforum

Les Enjeux Internationaux: les pays emergents - Radio France (avec P.R. Almeida)

Les Enjeux internationaux (@EnjeuxInter) est une courte émission quotidienne de géopolitique qui s'attache à resituer chaque enjeu dans sa perspective historique, à en évaluer la portée, à en imaginer l'avenir.
Certains domaines sont traités en priorité : la géopolitique, les rapports de force régionaux, la diplomatie, les crises, la défense et les débats stratégiques, les grandes évolutions de l'économie mondiale, la démographie.
Les régions et les nations délaissées par les media y occupent également une place non négligeable.
Thierry Garcin est docteur d'État en science politique, habilité à diriger des recherches, et a publié de nombreux articles et ouvrages, dont Les Grandes Questions Internationales depuis la chute du mur de Berlin (Economica, 2è ed, 2009),et Géopolitique de l'Arctique (Economica, 2013).
Eric Laurent se consacre à l'écriture d'ouvrages géopolitiques à succès, dont La face cachée des banques. Scandales et relations sur les milieux financiers (Plon, 2009).

Avec la participation des documentalistes de la documentation d'Actualité et en partenariat avec :





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La désignation des pays non-industrialisés a beaucoup changé depuis les années 60.
Pays « sous-développés », pays « en voie de développement », pays « en développement », pays « du Sud », pays « intermédiaires », etc.
L’expression « Pays émergents » date des années 80 (elle est beaucoup plus ancienne qu’on ne le croit), mais le décollage durable de petits et vaillants pays date en fait des années 60 (les « quatre dragons » en Asie, par la suite les « tigres »…).
Bref, comment caractériser aujourd’hui les pays émergents, eux-mêmes en partie émergés (Inde…) ? L’émergence étant un processus et non un statut, faut-il relativiser cette expression, qui reflète des réalités fort diversifiées ?
Paulo-Roberto de Almeida est diplomate et universitaire à Brasilia

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MEDIAPART. Pays émergents et pays industrialisés : insoutenable rivalité ou avenir commun forcé. Ils ont leurs propres ambitions, l’exigence de stratégies nationales indépendantes et désormais leurs sociétés transnationalesSous-estimés aussi en tant que partenaires, les grands pays émergents et leurs entreprises s’organisent et disposent d’avantages concurrentiels et compétitifs incontournables utilisés jusqu’ici par les pays industrialisés. Ils confirment ainsi l’influence qu’ils sont en mesure d’exercer sur la croissance, l’inflation, le travail sur la scène économique
AUDACE INSTITUT AFRIQUE. Pourquoi certains pays sont dits émergents et d’autres pas?Document de 18 pages, téléchargeable gratuitement au format .pdf
FONDS MONETAIRE INTERNATIONAL. Les pays émergents doivent faire davantage d’efforts pour rester les moteurs de la croissance mondiale. Les pays émergents et en développement sont en cours de stabilisation,mais il ne faut pas s’attendre à ce qu’ils retrouvent à brève échéance les taux de croissance élevés observés pendant la décennie écoulée
FRANKLIN TEMPLETON INVESTMETS. Mes Aventures dans les Pays Emergents. Perspectives des marchés émergents pour 2014 : façonner la prochaine décennieEn 2014, des élections importantes se dérouleront dans plusieurs pays émergents majeurs, notamment en Indonésie, en Afrique du Sud, en Thaïlande et en Inde au premier semestre, puis en Turquie, au Brésil et au Nigeria plus tard dans l’année
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LE MONDE. Pays émergents : faut-il craindre un effet domino ? Jusqu'où dévisseront la livre turque, la roupie indienne, le rand sud-africain, le rouble russe, le real brésilien ou le peso argentin ?La crise asiatique avait débuté par une chute du baht thaïlandais, à l'été 1997, et s'était peu à peu étendue à tous les pays environnants
L'EXPRESS. Quels seront les prochains pays émergents? La Coface a dressé la liste de 10 nouveaux émergents qui talonnent les "anciens" Brics, dont la Colombie, l'Indonésie et les PhilippinesCoface adjoint à cette liste le Kenya, la Tanzanie, la Zambie, le Bangladesh et l'Ethiopie, jugés prometteurs mais plus risqués
JEUNE AFRIQUE. La crise de croissance des pays émergents. Quelle est la cause de cette vulnérabilité ? En premier lieu, un ralentissement de leur croissance combiné à une accélération de celle des pays développésSix pour cent dans un cas, 2 % dans l'autre : les perspectives de gains potentiels ne sont plus suffisantes pour faire oublier aux investisseurs les risques qu'ils prennent en continuant de miser sur des pays certes en rapide développement, mais instables
LA TRIBUNE. Non, l'Inde n'est pas le maillon faible des pays émergents. Le pays-continent est critiqué notamment pour la lenteur de ses réformes. Pour des raisons à la fois politique, culturelle et économique, sa capacité de rebond est importanteEncore faut-il que les leviers politiques jouent dans le bon sens pour mettre en oeuvre l'agenda des réformes dont certaines ont été engagées, mais trop tardivement par le Congrès : loi foncière , accélération des investissements dans l'énergie , grands programmes d'infrastructures ,création d'une épargne privée longue...
LES ECHOS. En quoi l’Afrique du Sud est-elle un pays émergent ? L’Afrique du Sud, pays de 51,8 millions d’habitants, figure à la 29e place mondiale (soit entre l’Autriche et le Venezuela) en termes de PIB en dollar américain courant,Pays de 51,8 millions d’habitants, figure à la 29e place mondiale (soit entre l’Autriche et le Venezuela) en termes de PIB en dollar américain courant, et à la 25e (entre la Thaïlande et l’Égypte) pour ce qui est du PIB en PPA..

Tangos y tragedias: hay que endurecerse hermanos, pero se puede llorar tambien...

Nadie llora por Argentina?
Que tragedia!
Casi lo hacen hermano...
Por una cabeza...
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina holdouts

Argentina deposita pago de deuda reestructurada y recibe nuevo revés judicial

Infolatam, Efe, Reuters
Buenos Aires, 26 de junio de 2014

La encrucijada de Argentina

El análisis
Alejandro Rebossio
(Especial para Infolatam).- “…Argentina necesita divisas para revertir la escasez que derivó en enero pasado en una devaluación seguida de alza de la inflación y caída de la actividad económica. Una suspensión de pagos agravaría este panorama. En cambio, Buenos Aires podría pasar del infierno al carnaval financiero si soluciona el juicio.”
Un nuevo revés de la Justicia de Estados Unidos aumentó el riesgo de llevar a Argentina a declarar una suspensión de pagos técnica coincidiendo con la decisión del Gobierno de pagar a los acreedores que aceptaron canjes de deuda en 2005 y 2010.
Después de realizado el desembolso, el juez  Griesa  convocó para el viernes a las 10.30 hora local (14.30 GMT) a una audiencia a los representantes de Argentina y de los bonistas, abriendo una nueva oportunidad a las partes para que dialoguen.
La convocatoria de Griesa se conoce en un momento de alta tensión entre el Gobierno argentino y los fondos de cobertura que compraron la deuda impaga por cerca de 1.330 millones de dólares y no aceptaron las propuestas de canje con una quita.
La audiencia ante Griesa fue programada luego de que un abogado de NML Capital, una filial de Elliot Management Corp -uno de los demandantes-, le pidió que “atendiera esta violación de una orden de la corte”, en alusión al depósito realizado por Argentina.
Buenos Aires tiene un período de gracia de un mes para tratar de negociar una salida con los acreedores impagos, llamados “holdouts” por no haber aceptado los canjes que ofreció el país. Si no lo logra, el 30 de julio caerá en cesación de pagos técnica.
“En cumplimiento del prospecto y del contrato vigente con los tenedores que adhirieron voluntariamente al canje de deuda en el período 2005-2010, (Argentina) ha procedido al pago de los servicios de capital e intereses de sus bonos bajo legislación extranjera”, sostuvo Kicillof.
Argentina depositó unos 832 millones de dólares, de los que 539 millones fueron transferidos a cuentas del Bank of New York Mellon (BONY) en el Banco Central argentino.
Pese al depósito, un fallo del juez Griesa impide que los acreedores que aceptaron los canjes en el 2005 y el 2010 cobren su dinero si Argentina no paga también a los tenedores disconformes. Y ordenó a los bancos estadounidenses que procesan los pagos de deuda retener el dinero. Si bien el país sudamericano pidió al juez que suspenda temporalmente la medida para poder pagar a sus acreedores reestructurados y tener tiempo para negociar con los otros, el magistrado rechazó el jueves la solicitud, dejando al país al borde de un incumplimiento de deuda.
“Si alguien dispusiera de los fondos depositados en la cuenta del fiduciario, afectaría los derechos de sus verdaderos dueños, que no son otros que los tenedores adheridos voluntariamente al canje y constituiría una grave alteración a las condiciones fijadas en el prospecto”, advirtió Kicillof.
Los acreedores que sufrieron la reestructuración de casi un 93 por ciento de la deuda tras el gigantesco incumplimiento argentino de 100.000 millones de dólares en 2001-2002 aceptaron cobrar cerca de un 50 por ciento del pasivo en cuotas hasta el 2038.
Argentina asegura que si paga a los “holdouts” -que representan cerca del 1 por ciento del total de la deuda incumplida-, además de violar los acuerdos con los acreedores reestructurados abriría la puerta a reclamos de otros tenedores que no canjearon sus papeles por hasta 15.000 millones de dólares.
Este monto representa más de la mitad de las reservas internacionales del país, que ya dijo que no podría cumplir con un desembolso de esa magnitud.
Los mercados financieros argentinos reaccionaron ligeramente a la baja a las noticias del jueves.

O Principe do exotismo e o Rei da Cracolandia - Reinaldo Azevedo

O Brasil, definitivamente, não é um país normal.
Ou melhor, os companheiros, definitivamente, são seres anormais.
Deformados, talvez mentecaptos, em todo caso nocivos à sociedade brasileira...
Paulo Roberto de Almeida 

O príncipe e o servil plebeu das ideias; desnecessário explicar quem é quem
O príncipe e o servil plebeu das ideias; desnecessário explicar quem é quem
A nobreza europeia gosta de paisagens e países exóticos, uma herança, vá lá, cultural das duas grandes ondas colonialistas, a de século 16, que se fixou nas Américas e nas costas africanas, e a do século 19, que buscou o interior da África, com as potências fazendo a partilha formal das terras ignotas. O que está fora da Europa é o “outro”. Antes, imaginava-se que aqueles mundos estranhos pudessem ser civilizados; hoje em dia, com o triunfo do pensamento politicamente conveniente, que chamam, impropriamente, de “politicamente correto”, há um troço que eu chamaria de “tolerância antropológica”. Os europeus se divertem com os hábitos dos exóticos. Não pensem que isso é só virtude. O pai de Harry, por exemplo, o príncipe Charles, é um ecologista convicto. Está entre aqueles que acham que o nosso papel é conservar macacos e florestas, deixando a tecnologia para os europeus…
Mas não vou me perder no atalho. Não sou do tipo que se envergonha de ser brasileiro. Nem me orgulho. Indivíduos são indivíduos em qualquer parte. Há coisas no Brasil que adoro. Há outras que abomino. Mas também as haveria de um lado ou de outro se meu país fosse a Suécia. A cada vez, no entanto, que vejo autoridades brasileiras se orgulhando da nossa miséria, da nossa degradação, da nossa desgraça, sinto revirar o estômago de puro constrangimento. E foi precisamente essa a sensação que tive ao ler as várias reportagens sobre a visita de Harry à Cracolândia, em São Paulo, devidamente escoltado pelo prefeito Fernando Haddad, com seu ar de deslumbramento servil, depois de ter esperado pelo príncipe por longos 45 minutos.
O rapaz foi levado para conhecer o programa “Braços Aberto”. Ninguém poderia ter dado melhor definição do programa do que um de seus formuladores, o secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, um dos queridinhos de certa imprensa descolada. Ele resumiu assim o espírito da visita do príncipe à Cracolândia: “Pelo contato que tive, que foi limitado, ele gostou do que viu. Ele quis saber a lógica de se ter um local monitorado, com as pessoas continuando a venda de crack”. Ele é promotor. Deve conhecer o peso das palavras. A venda de uma substância ilegal se chama “tráfico”; se tal substância é droga, é “narcotráfico”. Dr. Porto diz que o nobre inglês gostou de saber que há um pedaço no Brasil em que não se respeitam a Constituição e o Código Penal.
Sempre afirmei neste blog que o programa “Braços Abertos” era, na prática, uma ação coordenada de incentivo ao consumo de drogas. Talvez Harry tenha ficado mais espantado ainda ao saber que a Prefeitura garante o fluxo de dinheiro a uns 400 e poucos viciados, aos quais oferece moradia gratuita — em nome da dignidade, é claro! Quando foi informado, se é que foi, que os dependentes não precisam se submeter a nenhuma forma de tratamento, deve ter pensado: “Como são estranhos esses brasileiros! Na Inglaterra, nós recuamos até das liberalidades que haviam sido criadas para o consumo de maconha”. Ao olhar a paisagem que o cercava, deve ter dado graças aos Céus pelo vigilante trabalho dos conservadores de seu país.
Sim, senhores! Antes da visita do príncipe, a Cracolândia passou por uma rápida maquiagem, com lavagem das ruas, coleta de lixo, retirada do entulho que os zumbis vão largando por ali. Assim como deveríamos ter Copa o ano inteiro para que as autoridades sejam um tantinho menos incompetentes, a realiza europeia poderia nos visitar amiúde. As ruas seriam mais limpas, eu acho. Nem que fosse apenas para inglês ver.
O príncipe, o prefeito, seus auxiliares e os outros deslumbrados se foram — antes da hora prevista porque teve início um tumulto. Meia hora depois, os dependentes retornavam para o tal “fluxo”, aquele perambular contínuo marcado por consumo, tráfico, escambo, degradação pessoal, desordem pública… Um dos viciados sentenciou, informa o Estadão, pouco antes de ameaçar a reportagem com uma pedrada: “Venha quem vier, mas a Cracolândia sempre vai ser nossa”.
Eis o programa de combate ao crack que Haddad prometeu implementar na campanha eleitoral de 2012. Não sei quantos anos vai levar para a cidade se recuperar das consequências trágicas da gestão deste senhor. Para encerrar: em qualquer democracia do mundo, o Ministério Público — ou seu homólogo — levaria o prefeito Fernando Haddad e seu secretário de Segurança Urbana aos tribunais. Basta ler a Constituição. Basta ler o Código Penal. Basta ler a lei antidrogas. Quem responde por essa tragédia moral? Em primeiro lugar, os que a promovem. Em segundo lugar, os que, com o seu voto, puseram Haddad onde ele está.