Crônicas de uma Viagem Ordinária (ou quase...)
1) “Expulso” (or like) da Argentina
Paulo Roberto de Almeida
Uruguaiana, RS, 5 de janeiro de 2008
O historiador Caio Prado Júnior dizia que viajar pelo Brasil representava um passeio por cinco séculos de história econômica. Pois eu acho que viajar pela América Latina pode representar um passeio por várias escolas de políticas econômicas, como explico logo adiante.
Comecei estas crônicas de uma viagem que deveria ser “ordinária” – no sentido de anódina, isto é, mais uma dentre dezenas, ou centenas de viagens de carro que já fiz em vários continentes, como a melhor forma de se conhecer lugares, pessoas, problemas – na praça central de Uruguaiana, RS, dominada por uma grande estátua do nosso “santo protetor”, o Barão do Rio Branco, ao canto da qual eu degusto uma belo filé acebolado, embalado por músicas pretensamente românticas e certamente cafonas, do estilo: “Meu amor, não jogue fora/Um amor que lhe adora...”, ou então, “No olhar de uma pedra falsa/eu pensei que era uma jóia rara/e era só uma bijoteria [sic]”...
Mas como é que, tendo partido para uma longa viagem pela Argentina e pelo Chile, eu me reencontro de volta ao extremo oeste do Rio Grande do Sul? Se ouso dizer, fui “expulso” pela política econômica, ou algo assim. Explico.
Pouco antes de partir de Brasília, tendo adquirido alguns meses antes um veículo dotado de motor Flex – mas utilizando única e exclusivamente álcool até há pouco, obviamente pelo diferencial de preços –, minha preocupação imediata era a de saber que tipo de gasolina eu deveria colocar no tanque do meu Flex, se normal ou super. Eu não estava preparado, contudo, para não usar nenhuma gasolina, ou melhor, nenhum tipo de combustível, um pouco como naquela história do cavalo inglês, cujo dono o estava ensinando a viver sem comer, mas que, quase acostumado, veio infelizmente a falecer...
Pois foi o que me aconteceu, nem bem entrado na Argentina, via Puerto Iguazu, ao ser confrontado, logo mais adiante (a partir de Posadas, supostamente a terra natal do Ché Guevara), com a falta total de gasolina nos postos da cidade e da estrada. Fui confrontado, em toda a província de Misiones, com uma discriminação tão odiosa quanto ilegal, pois que o único posto que dispunha de gasolina, na Ruta 14, a caminho de Buenos Aires, estava recusando-se a vender para “carros de placa estrangeira” (eufemismo para placas brasileiras). Não adiantou eu alegar que já tinha entrado na Argentina desde a fronteira do Nordeste e que planejava viajar até Buenos Aires, não contrabandear “nafta” para revender a preços mais altos do lado brasileiro, fui colocado no grupo dos “aproveitadores”, o que nos deixa sonhadores sobre a tão prioritária política de integração no Mercosul, entusiasticamente sustentada pelo governo brasileiro.
Tendo planejado seguir a Ruta 14 até Zamora, e daí seguir para Buenos Aires, com alguma parada pelo caminho – talvez na terra daqueles “terroristas” argentinos anti-uruguaios de Gualeguaychu, que vivem bloqueando a ponte com o pobre Uruguai depois que este país decidiu receber uma fábrica estrangeira de celulose, nas margens do rio Uruguai – fui obrigado, assim, a retroceder para o território brasileiro, pelo simples fato de poder ficar na incômoda situação do “cavalo inglês”. Comecei a refletir sobre a natureza das políticas econômicas dos nossos países latino-americanos, pois isso me lembrou outras carências de mercadorias, no plano nacional, ou o recorrente vai-e-vem que ocorre nas nossas fronteiras comuns por causa de políticas cambiais contraditórias, quando não insustentáveis, que deslocam o comércio “formiga” – às vezes nem tão formiga assim – alternativamente de um lado a outro da fronteira, segundo os preços relativos nos produtos essenciais.
Aprofundei a reflexão ao dar carona a um guarda patrulheiro argentino, na saída de Posadas, ao parar num posto da Gendarmeria para pedir informações sobre como conseguir gasolina naquela situação. Não tive nenhum conforto daquele lado, mas o simpático policial, que devia alcançar, por seus próprios meios, seu posto de plantão 40kms mais adiante, me aconselhou a retornar ao Brasil, o que fiz pela fronteira de Santo Tomé-São Borja, atravessando a “flamante” ponte da “integração”, sobre o rio Uruguai, no que seria, supostamente um centro de controle integrado do Mercosul (não vi absolutamente nada de integrado, apenas um soldado argentino, que anotou meu passaporte).
Terminou assim, não tão melancolicamente, meu quarto dia de viagem, desde a saída de Brasília, no dia 2 de janeiro de 2008, fazendo um primeiro trajeto até Marília, no interior de São Paulo. Dali até Foz de Iguaçu correu tudo bem, a despeito das tarifas extorsivas do pedágio paranaense, para estradas medíocres com muitos poucos trechos duplicados, o que, no entanto, não me coloca do lado do MST, que tem promovido ocupações violentas dos postos de pedágio daquele estado, para protestar contra esse tipo de “extorsão” (apenas constato como os nossos estados andam falidos, e como o governo federal não cumpre suas obrigações, a despeito de contarem, um e outro, com o Ipva e com a Cide, respectivamente). Foz do Iguaçu foi uma excelente estada, com um bom hotel, bela visita às cataratas e à represa de Itaipu, o que prometia uma excelente continuação do lado argentino.
Qual não foi a minha decepção: estrada razoável, do lado argentino, mas paradas medíocres, para não dizer lamentáveis. Simplesmente não encontrei um único posto decente em toda a extensão: sem falar da falta de gasolina, banheiros sujos, quando existentes, ausência completa de algum café decente, ou simples snacks, no que constitui o “Nordeste” argentino, que talvez não esteja muito distante de um outro Nordeste. Minha constatação é que a Argentina simplesmente não avança, como, por exemplo, o Brasil se moderniza, a despeito de tantas desigualdades sociais. Ela continua a recuar, a decair, a afundar na mesmice. Constatei isso pelo hotel de Posadas onde me hospedei, supostamente o melhor da cidade, segundo o meu guia: coisas da época do Ché Guevara, literalmente... para preços não de todo moderados.
A despeito da decadência, a Argentina ainda tem uma população bem mais educada do que a do Brasil. Constatei isso a conversar com o nosso simpático policial caroneiro, durante os 40 kms que percorremos a partir de Posadas. A despeito de sua condição modesta (sueldo de 1.500 pesos, segundo ele, para uma família de três filhos), ele tinha um espanhol perfeito e uma razoável compreensão do país e do mundo, como pude verificar pela nossa conversa em torno das dificuldades atuais do seu país. Não faltou o inefável Chávez na nossa conversa, que aparentemente está levando “toda nuestra buena leche” (em troca da compra de títulos da nova dívida argentina, eu lembrei-lhe), além de outros problemas típicos da “economia política chavista”: falta de produtos, inflação e coisas do gênero.
Será que nossos países sul-americanos são capazes de repetir os mesmos erros do passado? Aparentemente sim, pois governantes irresponsáveis insistem em fazer apelo às mesmas medidas de controle de preços que já foram provadas ineficientes em outras épocas, mas que rendem ]dividendos eleitorais durante algum tempo. Patético – para não dizer trágico – esse recurso a políticas absolutamente erradas no plano macroeconômico e esse desestímulo geral, no plano microeconômico, à atividade empresarial e de investimento produtivo.
Digo isto porque o que me “expulsou” da Argentina – aliás para um Brasil que me pareceu bem melhor do que julgamos, quando estamos apenas aqui dentro – não foi a discriminação de um ou outro dono de “gasolinera”, ainda que isso de fato ocorreu (mas tendo a “compreender” os reclamos argentinos): o que me “devolveu” ao Brasil foi uma política irracional de preços do setor (e um pouco em todas as demais áreas, também), e de desestímulo aos investimentos produtivos, por parte de um governo que pretende estar recuperando a Argentina dos sombrios tempos de crise cambial e de derrocada completa de seu sistema econômico.
Na praça central de Uruguaiana, onde terminei de degustar o meu bom bife brasileiro, comecei a refletir sobre o ciclo do “eterno retorno” de nossas políticas econômicas, essa sensação de “déjà vu” no plano dos abusos contra a racionalidade mais elementar. O Brasil, aparentemente, está a salvo, embora eu não esteja muito seguro disso, das formas mais extremadas de aventureirismo econômico e de irresponsabilidade política, embora nossos políticos não pareçam ser muito diferentes dos colegas argentinos (nisso o Mercosul caminha para a integração). Espero não ter novos motivos para outras “crônicas da penúria” como esta (coisas que conheci no velho socialismo real, e no Brasil de outros tempos).
Aliás, não contei que desisti de um passeio às ruínas jesuíticas de San Ignácio justamente por causa desse prosaico problema “naftalino”. Até cogitei, em certo momento, de atravessar o rio Paraná e dirigir-me ao Paraguai, não para visitar outras missões jesuíticas, mas simplesmente para comprar gasolina, mas conclui que seria inútil: provavelmente, metade da população de Posadas estaria fazendo o mesmo naquele momento, o que só me atrasaria na viagem.
Voltei pois ao Brasil, depois de já ter guardado cartões, dinheiro e talão de cheques. Não foi mau, mas não pretendia esta mudança no meu roteiro de viagem. Amanhã volto à Argentina, com o carro devidamente abastecido no Brasil – a preços de mercado, diga-se de passagem – e espero chegar ao meu destino.
Vou continuar a refletir sobre nossa história econômica, ao logo das próximas três semanas. A América Latina continua pródiga em experiências de todo tipo...
Uruguaiana, 5 de janeiro de 2008
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Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
domingo, 6 de janeiro de 2008
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
825) Um ataque idiota a um texto sobre os idiotas do mundo...
Acredito que os idiotas do mundo são em número ainda maior do que se pensa: eles estão disseminados por toda a parte, inclusive na venerável Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, as famosas "arcadas" de São Paulo, hoje integrada à USP (que tem também, assim, a sua quota de idiotas, por mais surpreendente que isso possa parecer).
Eu havia escrito, tempos atrás, um texto provocador, que se interrogava se estava aumentando o número de idiotas no mundo. Dizia que sim e não, pois é um fato que mais e mais pessoas idiotas, nascem, crescem e se reproduzem neste nosso pequeno planeta submetido à destruição ambiental, a guerras fraticidas, a atentados terroristas, à intolerância religiosa e a vários outros fenômenos e processos que só podem ser atribuidos à ignorância ou idiotice de alguns. Sim, infelizmente, eles ainda são muito numerosos, e ainda que a educação progride (lentamente), a TV e outros meios de comunicação de massa (além da simples incultura e as superstições populares) se encarregam de "produzir" um número razoável de idiotas a cada dia.
Pois não é que eu recebi uma mensagem perfeitamente idiota de um candidato a idiota?
Digo candidato pois acredito que ele ainda pode se redimir, pois há salvação para tudo, menos para a morte e os impostos, como dizia Benjamin Franklin, este um perfeito sensato homem, não mais inteligente ou idiota do que a média, apenas mais atento, curioso e experiente do que os demais.
Abaixo um "exchange" entre o candidato a idiota e eu mesmo, a propósito de meu texto sobre os idiotas no mundo (que está disponível nessas coordenadas:
“Está aumentando o número de idiotas no mundo?”, revista Espaço Acadêmico (ano 6, nr. 72, maio de 2007; link: http://www.espacoacademico.com.br/072/72pra.htm). Republicado, sob o título “O Apogeu dos Idiotas”, na revista Mirada Global, no dia 25.05.07 (link: http://www.miradaglobal.com/index.asp?id=editorial&principal=200104&idioma=pt )
Dito isto, reproduzo abaixo a mensagem em questão (exatamente como recebida, com sua sintaxe própria), seguida de minha própria resposta ao candidato da "sanfran" (isto é, da São Francisco):
On 31/12/2007, at 14:47, daniel c******* wrote:
Mensagem enviada pelo formulário de Contato do SITE.
Nome: daniel c*******
Cidade: são paulo
Estado: sp
Email: jcks_daniels@hotmail.com
Assunto: Opiniao
Mensagem: gostaria de dizer que, lendo um artigo, mais especificamente, está aumentando o número de idiotas no mundo ? confirmei o que já sabia: há uma enorme diferença entre inteligencia e sabedoria ,de fato, é necessário rasgar o verbo para justificar algo tão complexo que,aliás ,não pode ser exemplificado por um pobre coitado formado em ciências socias . sou aluno de direito sanfran e, já me acostumei a conviver com esse tipo de gente..malditos alunos de humanas!!!! pessoas que se vislubram por coisas tão passageiras , \"...vaidades apenas vaidades...\" !!! deveria aprender mais com guimarães rosa , pena uma literatura tão rica ,ser compartilhada por pessoas tão pobres de espírito .
==============
E agora, minha resposta, em 31.12.2007 (nunca se está ao abrigo de uma última decepção no ano...):
Caro Daniel C*********,
Acredito que você tenha algum problema com o pessoal de humanas: eles não não melhores, nem piores do que os advogados, engenheiros, médicos, veterinários, ou que quaisquer outras categorias de trabalhadores, inclusive peões, operários, garis, colhedores de cana, etc.
Se você se julga detentor de algum conhecimento especial, seja ele sabedoria ou inteligência, deveria expor suas idéias, supostamente inteligentes, ao resto do mundo, e assim contribuir para a elevação do nível cultural da humanidade, o que supostamente faria diminuir, relativamente, o número de idiotas, não acha?
Insistir numa critica negativa, ou pessimista, como a que voce faz, contribui, apenas e tao somente para aumentar o número de idiotas, entre os quais voce supostamente não se inclui.
Mas, a sua crítica pode ser classificada, me desculpe por não encontrar melhor termo, de propriamente idiota, uma vez que ela não tem absolutamente nada de inteligente a propor, apenas se limita a criticar, de modo corrosivo, o que uma outra pessoa, que você não conhece, escreveu.
Deve ser difícil para voce conviver com esse tipo de gente, idiotas, como você as chama. Acredito que apenas um idiota, com o perdão da expressão, consegue conviver com outros idiotas.
Eu, por exemplo, tenho alergia à burrice e cada vez que vejo uma de suas manifestações, me distancio imediatamente, seja me afastando dos idiotas do mundo, seja desligando a TV por exemplo.
Mas, existem idiotas que chegam até nós, sem qualquer solicitação, e passam a nos criticar sem qualquer atenção ao que está dito no texto, que não se dirige obviamente aos idiotas. Apenas um idiota seria capaz de pensar assim...
Não sei se na "sanfran", como voce diz, tem muitos idiotas, mas acredito, pessoalmente, que eles estão proporcionalmente espalhados ao redor do mundo, existindo tantos, na "sanfran", quanto em qualquer faculdade Tabajara. Ser idiota não é privilegio de ninguém ou de alguma instituição especifica: eles conseguem se disseminar nos lugares mais supreendentes...
Pobres de espírito sao aqueles que não percebem isto...
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Eu havia escrito, tempos atrás, um texto provocador, que se interrogava se estava aumentando o número de idiotas no mundo. Dizia que sim e não, pois é um fato que mais e mais pessoas idiotas, nascem, crescem e se reproduzem neste nosso pequeno planeta submetido à destruição ambiental, a guerras fraticidas, a atentados terroristas, à intolerância religiosa e a vários outros fenômenos e processos que só podem ser atribuidos à ignorância ou idiotice de alguns. Sim, infelizmente, eles ainda são muito numerosos, e ainda que a educação progride (lentamente), a TV e outros meios de comunicação de massa (além da simples incultura e as superstições populares) se encarregam de "produzir" um número razoável de idiotas a cada dia.
Pois não é que eu recebi uma mensagem perfeitamente idiota de um candidato a idiota?
Digo candidato pois acredito que ele ainda pode se redimir, pois há salvação para tudo, menos para a morte e os impostos, como dizia Benjamin Franklin, este um perfeito sensato homem, não mais inteligente ou idiota do que a média, apenas mais atento, curioso e experiente do que os demais.
Abaixo um "exchange" entre o candidato a idiota e eu mesmo, a propósito de meu texto sobre os idiotas no mundo (que está disponível nessas coordenadas:
“Está aumentando o número de idiotas no mundo?”, revista Espaço Acadêmico (ano 6, nr. 72, maio de 2007; link: http://www.espacoacademico.com.br/072/72pra.htm). Republicado, sob o título “O Apogeu dos Idiotas”, na revista Mirada Global, no dia 25.05.07 (link: http://www.miradaglobal.com/index.asp?id=editorial&principal=200104&idioma=pt )
Dito isto, reproduzo abaixo a mensagem em questão (exatamente como recebida, com sua sintaxe própria), seguida de minha própria resposta ao candidato da "sanfran" (isto é, da São Francisco):
On 31/12/2007, at 14:47, daniel c******* wrote:
Mensagem enviada pelo formulário de Contato do SITE.
Nome: daniel c*******
Cidade: são paulo
Estado: sp
Email: jcks_daniels@hotmail.com
Assunto: Opiniao
Mensagem: gostaria de dizer que, lendo um artigo, mais especificamente, está aumentando o número de idiotas no mundo ? confirmei o que já sabia: há uma enorme diferença entre inteligencia e sabedoria ,de fato, é necessário rasgar o verbo para justificar algo tão complexo que,aliás ,não pode ser exemplificado por um pobre coitado formado em ciências socias . sou aluno de direito sanfran e, já me acostumei a conviver com esse tipo de gente..malditos alunos de humanas!!!! pessoas que se vislubram por coisas tão passageiras , \"...vaidades apenas vaidades...\" !!! deveria aprender mais com guimarães rosa , pena uma literatura tão rica ,ser compartilhada por pessoas tão pobres de espírito .
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E agora, minha resposta, em 31.12.2007 (nunca se está ao abrigo de uma última decepção no ano...):
Caro Daniel C*********,
Acredito que você tenha algum problema com o pessoal de humanas: eles não não melhores, nem piores do que os advogados, engenheiros, médicos, veterinários, ou que quaisquer outras categorias de trabalhadores, inclusive peões, operários, garis, colhedores de cana, etc.
Se você se julga detentor de algum conhecimento especial, seja ele sabedoria ou inteligência, deveria expor suas idéias, supostamente inteligentes, ao resto do mundo, e assim contribuir para a elevação do nível cultural da humanidade, o que supostamente faria diminuir, relativamente, o número de idiotas, não acha?
Insistir numa critica negativa, ou pessimista, como a que voce faz, contribui, apenas e tao somente para aumentar o número de idiotas, entre os quais voce supostamente não se inclui.
Mas, a sua crítica pode ser classificada, me desculpe por não encontrar melhor termo, de propriamente idiota, uma vez que ela não tem absolutamente nada de inteligente a propor, apenas se limita a criticar, de modo corrosivo, o que uma outra pessoa, que você não conhece, escreveu.
Deve ser difícil para voce conviver com esse tipo de gente, idiotas, como você as chama. Acredito que apenas um idiota, com o perdão da expressão, consegue conviver com outros idiotas.
Eu, por exemplo, tenho alergia à burrice e cada vez que vejo uma de suas manifestações, me distancio imediatamente, seja me afastando dos idiotas do mundo, seja desligando a TV por exemplo.
Mas, existem idiotas que chegam até nós, sem qualquer solicitação, e passam a nos criticar sem qualquer atenção ao que está dito no texto, que não se dirige obviamente aos idiotas. Apenas um idiota seria capaz de pensar assim...
Não sei se na "sanfran", como voce diz, tem muitos idiotas, mas acredito, pessoalmente, que eles estão proporcionalmente espalhados ao redor do mundo, existindo tantos, na "sanfran", quanto em qualquer faculdade Tabajara. Ser idiota não é privilegio de ninguém ou de alguma instituição especifica: eles conseguem se disseminar nos lugares mais supreendentes...
Pobres de espírito sao aqueles que não percebem isto...
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
824) Strange Maps: o estranho mapa da internacionalizacao da Amazonia
Um site dedicado a mapas estranhos incluiu o famoso mapa da internacionalização da Amazônia na sua relação, com direito a uma citação do meu trabalho na investigação e denúncia dessa fraude forjada no Brasil.
Para o site dos mapas bizarros, veja este link:
http://strangemaps.wordpress.com/
Para ir direto à "fraude amazônica, veja este link:
http://strangemaps.wordpress.com/2007/12/06/216-us-annexes-amazon-forest/
Para o meu dossiê sobre o caso, veja este link:
http://www.pralmeida.org/04Temas/07Amazonia/00Amazonia.html
Bom divertimento a todos...
Para o site dos mapas bizarros, veja este link:
http://strangemaps.wordpress.com/
Para ir direto à "fraude amazônica, veja este link:
http://strangemaps.wordpress.com/2007/12/06/216-us-annexes-amazon-forest/
Para o meu dossiê sobre o caso, veja este link:
http://www.pralmeida.org/04Temas/07Amazonia/00Amazonia.html
Bom divertimento a todos...
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
823) Dez principios do filosofo Bertrand Russell
O filósofo britânico Bertrand Russel (1872-1970) elaborou, em meados do século XX, um "código de conduta" liberal baseado em 10 princípios, à maneira do decálogo cristão, que ele não pretendia fosse substituir o antigo, mas complementá-lo.
Os dez princípios são:
1. Não tenha certeza absoluta de nada.
2. Não considere que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
3. Nunca tente desencorajar o pensamento, pois com certeza você terá sucesso.
4. Quando você encontrar oposição, mesmo que seja de seu marido ou de suas crianças, esforce-se para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
5. Não tenha respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
6. Não use o poder para suprimir opiniões que considere perniciosas, pois as opiniões irão suprimir você.
7. Não tenha medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
8. Encontre mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se você valoriza a inteligência como deveria, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
9. Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentar escondê-la.
10. Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
Os dez princípios são:
1. Não tenha certeza absoluta de nada.
2. Não considere que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
3. Nunca tente desencorajar o pensamento, pois com certeza você terá sucesso.
4. Quando você encontrar oposição, mesmo que seja de seu marido ou de suas crianças, esforce-se para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
5. Não tenha respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
6. Não use o poder para suprimir opiniões que considere perniciosas, pois as opiniões irão suprimir você.
7. Não tenha medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
8. Encontre mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se você valoriza a inteligência como deveria, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
9. Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentar escondê-la.
10. Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
822) China, according to Foreign Affairs journal
FOREIGN AFFAIRS: January/February 2008
Issue Preview (December 21, 2007)
CHANGING CHINA
China is changing rapidly, and its rise has led to widespread fears in western capitals. But Beijing's rapid economic growth and increasing political clout will not spell the demise of the liberal international order, argues G. John Ikenberry, so long as the West plays its cards correctly. As part of a special package on China, John Thornton assesses the prospects for Chinese democracy nearly two decades after the Tiananmen Square protests; Stephanie Kleine-Ahlbrandt and Andrew Small reexamine Beijing's policy of nonintervention and its relations with pariah states; and David Hale and Lyric Hughes Hale warn that forced currency revaluation is not the solution to the large U.S.-Chinese trade imbalance.
Democracy in China
John L. Thornton
China's politics are evolving -- but very slowly and in their own distinct
way.
Full text
Can the West Handle Chinese Power?
G. John Ikenberry
Washington can manage China's rise -- with the help of a strong liberal
international order.
Full text
Beijing's Friendly Tyrant Problem
Stephanie Kleine-Ahlbrandt and Andrew Small
Chinese support for pariah regimes in Burma, Sudan, and North Korea is
dropping —- slightly.
500-word preview
Reconsidering Revaluation
David D. Hale and Lyric Hughes Hale
Pressuring China to strengthen its currency is a bad solution to the
wrong problem.
500-word preview
Issue Preview (December 21, 2007)
CHANGING CHINA
China is changing rapidly, and its rise has led to widespread fears in western capitals. But Beijing's rapid economic growth and increasing political clout will not spell the demise of the liberal international order, argues G. John Ikenberry, so long as the West plays its cards correctly. As part of a special package on China, John Thornton assesses the prospects for Chinese democracy nearly two decades after the Tiananmen Square protests; Stephanie Kleine-Ahlbrandt and Andrew Small reexamine Beijing's policy of nonintervention and its relations with pariah states; and David Hale and Lyric Hughes Hale warn that forced currency revaluation is not the solution to the large U.S.-Chinese trade imbalance.
Democracy in China
John L. Thornton
China's politics are evolving -- but very slowly and in their own distinct
way.
Full text
Can the West Handle Chinese Power?
G. John Ikenberry
Washington can manage China's rise -- with the help of a strong liberal
international order.
Full text
Beijing's Friendly Tyrant Problem
Stephanie Kleine-Ahlbrandt and Andrew Small
Chinese support for pariah regimes in Burma, Sudan, and North Korea is
dropping —- slightly.
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Reconsidering Revaluation
David D. Hale and Lyric Hughes Hale
Pressuring China to strengthen its currency is a bad solution to the
wrong problem.
500-word preview
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
821) PIB PPP em comparacao mundial: uma no cravo, outra na ferradura...
Primeiro a boa noticia, tal como veiculado na imprensa, recentemente:
Brasil sobe uma posição e ocupa 6º lugar na economia mundial, diz Bird
Folha Online, 18/12/2007
O Brasil ganhou uma posição e agora ocupa o sexto lugar na economia mundial, segundo ranking do Banco Mundial, que divulgou nesta terça-feira os dados do PCI (Programa de Comparação Internacional), que analisa as economias de 146 países.
De acordo com o Banco Mundial, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul. Com o equivalente a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nesta medição, o Brasil divide o sexto lugar ao lado do Reino Unido, França, Rússia e Itália.
Segundo explicação do Banco Mundial, o Brasil subiu de lugar por conta de uma nova avaliação. A paridade do poder de compra, expressa por meio dos valores das moedas locais e o que é possível comprar, tomou o lugar da chamada medida cambial, que apenas converte o PIB do país em dólares.
Na medida convencional (cambial), o Brasil seria a sétima economia, ao lado da Índia, Rússia e México, que respondem juntos por 2% do PIB.
"Os números passaram a refletir o valor real de cada economia, com as diferenças corrigidas em níveis de preços, sem a influência de movimentos transitórios de taxas cambiais", explica o Banco Mundial.
EUA na ponta
Como já era esperado, a maior economia do mundo ainda é a dos Estados Unidos --ela, porém, está menor que no passado. Em seguida aparece a China, que pelas novas pesquisas subiu de quarto para segundo lugar.
De acordo com os dados, pelo sistema cambial os EUA têm 28% do PIB mundial, mas pela regra da paridade, apontada como mais confiável pelo Bird, o país tem 23%. Na China, levando-se em conta o método do poder de compra, a participação é de 10%; pelo cambial, fica em 5%.
No geral, a economia mundial produziu US$ 55 trilhões em mercadorias e serviços em 2005. Do total, cerca de 40% veio de países em desenvolvimento -- China, Índia, Rússia, Brasil (Brics) e México responderam por quase 20%.
============
Agora, a ducha de água fria, ou melhor, uma boa dose de realismo:
O tamanho do Brasil: país está em 10º lugar no ranking do PIB, não em 6º. E caiu uma posição
Blog Reinaldo Azevedo:
Vocês já leram em todo lugar a notícia de que o Brasil subiu uma posição e agora está em sexto lugar entre as economias do mundo, segundo ranking do Banco Mundial. De acordo com o Bird, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o chamado PPP, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul, com o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto. Estaríamos no mesmo patamar de Reino Unido, França, Rússia e Italia.
A petralhada, em seu desassossego característico, pergunta-me se estou triste com a notícia. Eu? Segundo os iluminados, mais uma conquista de Lolovsky Apedeutakoba. Bem, eu já estava me preparando para iniciar um movimento de fechamento de fronteiras, sabe? Imaginem se ingleses e franceses, em fúria, resolvessem invadir o Brasil em busca do mesmo padrão de vida, mas com as nossas praias, o Pão de Açúcar, a tardinha que cai, o barquinho que vai, o nosso veneno sensual, o nosso charme moreno, a arquitetura de Niemeyer, a sua defesa das ditaduras comunistas? E se decidirem também vir em busca de nossos Voltaires, de nossos Lockes?
Vocês sabem, a minha primeira inclinação sempre é o nacionalismo, né? Liguei para o editor de economia da VEJA, Giuliano Guandalini, em busca de apoio para a minha causa. Ele estragou todo o "meu céu tem mais estrelas". Ele desestimulou o "meu bosque tem mais flores". Ele me passou alguns dados que me fizeram ver que as aves que aqui gorjeiam estão mais depenadas que as de lá. Estou arrasado.
O Banco Mundial resolveu empregar um critério de arredondamento — mesmo para a medição do PIB PPP, que é mais generoso com os países emergentes — que se usava antigamente nas escolas quando as notas eram dadas por números. Tudo o que estiver abaixo de meio ponto, eles arredondam para baixo; o que estiver acima, para cima. Assim, vejam só: segundo esse critério, o Brasil detém 2,88% do PIB mundial. Puxaram o número para cima: ficamos com 3%. O Reino Unido detém 3,46%: puxaram para baixo: ficou com 3% também.
Eu não quero que vocês acreditem em mim. Quero que vocês acreditem nos números. A tabela está aqui, com os países agrupados por regiões. O PIB PPP é a terceira coluna. Vejam lá: Brasil: 2,88%; Reino Unido: 3,46%; França: 3,39%; Rússia: 3,09%; Itália: 2,96%. DE FATO, O BRASIL ESTÁ EM 10º LUGAR. Mas isso não é tudo: caiu uma posição.
Vejam só: em 2005, o PIB mundial, diz o Bird, foi de US$ 55 trilhões. Se o Brasil tem 2,88% desse valor, estamos falando de US$ 1,584 trilhão. Se fosse 3%, US$ 1,65 trilhão, o que implicaria produzir US$ 66 bilhões a mais. Se o Reino Unido detém 3,46 dos US$ 55 trilhões, seu PIB PPP é de US$ 1,903 trilhão. Para que o Brasil realmente estivesse em pé de igualdade com este país, teria de produzir US$ 319 bilhões a mais, um crescimento no PIB de imodestíssimos 20%. Ademais, quando se trata de verificar o PIB per capita, saibam que o Brasil está abaixo da média da América Latina e da média mundial.
No mais, estou feliz como todo mundo, é claro (mais informações aqui).
Brasil sobe uma posição e ocupa 6º lugar na economia mundial, diz Bird
Folha Online, 18/12/2007
O Brasil ganhou uma posição e agora ocupa o sexto lugar na economia mundial, segundo ranking do Banco Mundial, que divulgou nesta terça-feira os dados do PCI (Programa de Comparação Internacional), que analisa as economias de 146 países.
De acordo com o Banco Mundial, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul. Com o equivalente a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nesta medição, o Brasil divide o sexto lugar ao lado do Reino Unido, França, Rússia e Itália.
Segundo explicação do Banco Mundial, o Brasil subiu de lugar por conta de uma nova avaliação. A paridade do poder de compra, expressa por meio dos valores das moedas locais e o que é possível comprar, tomou o lugar da chamada medida cambial, que apenas converte o PIB do país em dólares.
Na medida convencional (cambial), o Brasil seria a sétima economia, ao lado da Índia, Rússia e México, que respondem juntos por 2% do PIB.
"Os números passaram a refletir o valor real de cada economia, com as diferenças corrigidas em níveis de preços, sem a influência de movimentos transitórios de taxas cambiais", explica o Banco Mundial.
EUA na ponta
Como já era esperado, a maior economia do mundo ainda é a dos Estados Unidos --ela, porém, está menor que no passado. Em seguida aparece a China, que pelas novas pesquisas subiu de quarto para segundo lugar.
De acordo com os dados, pelo sistema cambial os EUA têm 28% do PIB mundial, mas pela regra da paridade, apontada como mais confiável pelo Bird, o país tem 23%. Na China, levando-se em conta o método do poder de compra, a participação é de 10%; pelo cambial, fica em 5%.
No geral, a economia mundial produziu US$ 55 trilhões em mercadorias e serviços em 2005. Do total, cerca de 40% veio de países em desenvolvimento -- China, Índia, Rússia, Brasil (Brics) e México responderam por quase 20%.
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Agora, a ducha de água fria, ou melhor, uma boa dose de realismo:
O tamanho do Brasil: país está em 10º lugar no ranking do PIB, não em 6º. E caiu uma posição
Blog Reinaldo Azevedo:
Vocês já leram em todo lugar a notícia de que o Brasil subiu uma posição e agora está em sexto lugar entre as economias do mundo, segundo ranking do Banco Mundial. De acordo com o Bird, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o chamado PPP, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul, com o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto. Estaríamos no mesmo patamar de Reino Unido, França, Rússia e Italia.
A petralhada, em seu desassossego característico, pergunta-me se estou triste com a notícia. Eu? Segundo os iluminados, mais uma conquista de Lolovsky Apedeutakoba. Bem, eu já estava me preparando para iniciar um movimento de fechamento de fronteiras, sabe? Imaginem se ingleses e franceses, em fúria, resolvessem invadir o Brasil em busca do mesmo padrão de vida, mas com as nossas praias, o Pão de Açúcar, a tardinha que cai, o barquinho que vai, o nosso veneno sensual, o nosso charme moreno, a arquitetura de Niemeyer, a sua defesa das ditaduras comunistas? E se decidirem também vir em busca de nossos Voltaires, de nossos Lockes?
Vocês sabem, a minha primeira inclinação sempre é o nacionalismo, né? Liguei para o editor de economia da VEJA, Giuliano Guandalini, em busca de apoio para a minha causa. Ele estragou todo o "meu céu tem mais estrelas". Ele desestimulou o "meu bosque tem mais flores". Ele me passou alguns dados que me fizeram ver que as aves que aqui gorjeiam estão mais depenadas que as de lá. Estou arrasado.
O Banco Mundial resolveu empregar um critério de arredondamento — mesmo para a medição do PIB PPP, que é mais generoso com os países emergentes — que se usava antigamente nas escolas quando as notas eram dadas por números. Tudo o que estiver abaixo de meio ponto, eles arredondam para baixo; o que estiver acima, para cima. Assim, vejam só: segundo esse critério, o Brasil detém 2,88% do PIB mundial. Puxaram o número para cima: ficamos com 3%. O Reino Unido detém 3,46%: puxaram para baixo: ficou com 3% também.
Eu não quero que vocês acreditem em mim. Quero que vocês acreditem nos números. A tabela está aqui, com os países agrupados por regiões. O PIB PPP é a terceira coluna. Vejam lá: Brasil: 2,88%; Reino Unido: 3,46%; França: 3,39%; Rússia: 3,09%; Itália: 2,96%. DE FATO, O BRASIL ESTÁ EM 10º LUGAR. Mas isso não é tudo: caiu uma posição.
Vejam só: em 2005, o PIB mundial, diz o Bird, foi de US$ 55 trilhões. Se o Brasil tem 2,88% desse valor, estamos falando de US$ 1,584 trilhão. Se fosse 3%, US$ 1,65 trilhão, o que implicaria produzir US$ 66 bilhões a mais. Se o Reino Unido detém 3,46 dos US$ 55 trilhões, seu PIB PPP é de US$ 1,903 trilhão. Para que o Brasil realmente estivesse em pé de igualdade com este país, teria de produzir US$ 319 bilhões a mais, um crescimento no PIB de imodestíssimos 20%. Ademais, quando se trata de verificar o PIB per capita, saibam que o Brasil está abaixo da média da América Latina e da média mundial.
No mais, estou feliz como todo mundo, é claro (mais informações aqui).
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
820) Diplomacia em expansão...
Poder Executivo
DECRETO Nº 6.305, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007
DOU 17.12.2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil em Santa Lúcia, com sede em Castries.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 27, inciso XIX, e 50 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,
DECRETA:
Art. 1º Fica criada a Embaixada do Brasil em Santa Lúcia, com sede em Castries.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Fica revogado o inciso XIX do art. 1º do Decreto nº 5.073, de 10 de maio de 2004.
Brasília,14 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim
=========
Bem, pela Wikipedia ficamos sabendo que:
"La isla de Santa Lucía es habitada por más de 162 mil personas, de las cuales casi la totalidad son de raza negra (90%), con una minoría mixta y sólo el 1% de raza blanca. El 90% de la población es católica y casi el 33% del total no sabe leer ni escribir."
DECRETO Nº 6.305, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007
DOU 17.12.2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil em Santa Lúcia, com sede em Castries.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 27, inciso XIX, e 50 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,
DECRETA:
Art. 1º Fica criada a Embaixada do Brasil em Santa Lúcia, com sede em Castries.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Fica revogado o inciso XIX do art. 1º do Decreto nº 5.073, de 10 de maio de 2004.
Brasília,14 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim
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Bem, pela Wikipedia ficamos sabendo que:
"La isla de Santa Lucía es habitada por más de 162 mil personas, de las cuales casi la totalidad son de raza negra (90%), con una minoría mixta y sólo el 1% de raza blanca. El 90% de la población es católica y casi el 33% del total no sabe leer ni escribir."
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