Nao exatamente um balanço, talvez uma sintese estilistica, digamos assim, o que nos confirma que vamos perder muita coisa com a partida do segundo Bush, o maior humorista involuntario de todos os que passaram pela Casa Branca:
Bushisms: U.S. leader sets standard for mangled phrases during presidency
By The Associated Press, The Associated Press
President George W. Bush will leave behind a legacy of Bushisms, the label stamped on the U.S. leaders original speaking style. Some of the president's more notable malapropisms and mangled statements:
-"I know the human being and fish can coexist peacefully." - September 2000, explaining his energy policies at an event in Michigan.
-"Rarely is the question asked, is our children learning?" - January 2000, during a campaign event in South Carolina.
-"They misunderestimated the compassion of our country. I think they misunderestimated the will and determination of the commander-in-chief, too." - Sept. 26, 2001, in Langley, Va. Bush was referring to the terrorists who carried out the Sept. 11 attacks.
-"There's no doubt in my mind, not one doubt in my mind, that we will fail." - Oct. 4, 2001, in Washington. Bush was remarking on a back-to-work plan after the terrorist attacks.
- "It would be a mistake for the United States Senate to allow any kind of human cloning to come out of that chamber." - April 10, 2002, at the White House, as Bush urged Senate passage of a broad ban on cloning.
- "I want to thank the dozens of welfare-to-work stories, the actual examples of people who made the firm and solemn commitment to work hard to embetter themselves." - April 18, 2002, at the White House.
-"There's an old saying in Tennessee - I know it's in Texas, probably in Tennessee - that says, fool me once, shame on - shame on you. Fool me - you can't get fooled again." - Sept. 17, 2002, in Nashville, Tenn.
-"Our enemies are innovative and resourceful, and so are we. They never stop thinking about new ways to harm our country and our people, and neither do we." - Aug. 5, 2004, at the signing ceremony for a defence spending bill.
-"Too many good docs are getting out of business. Too many OB/GYNs aren't able to practice their love with women all across this country." - Sept. 6, 2004, at a rally in Poplar Bluff, Mo.
- "Our most abundant energy source is coal. We have enough coal to last for 250 years, yet coal also prevents an environmental challenge." - April 20, 2005, in Washington.
- "We look forward to hearing your vision, so we can more better do our job." - Sept. 20, 2005, in Gulfport, Miss.
-"I can't wait to join you in the joy of welcoming neighbours back into neighbourhoods, and small businesses up and running, and cutting those ribbons that somebody is creating new jobs." - Sept. 5, 2005, when Bush met with residents of Poplarville, Miss., in the wake of hurricane Katrina.
-"It was not always a given that the United States and America would have a close relationship. After all, 60 years we were at war 60 years ago we were at war." - June 29, 2006, at the White House, where Bush met with Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi.
-"Make no mistake about it, I understand how tough it is, sir. I talk to families who die." - Dec. 7, 2006, in a joint appearance with British Prime Minister Tony Blair.
- "These are big achievements for this country, and the people of Bulgaria ought to be proud of the achievements that they have achieved." - June 11, 2007, in Sofia, Bulgaria.
- "Mr. Prime Minister, thank you for your introduction. Thank you for being such a fine host for the OPEC summit." - September 2007, in Sydney, Australia, where Bush was attending an APEC summit.
-"Thank you, Your Holiness. Awesome speech." April 16, 2008, at a ceremony welcoming Pope Benedict to the White House.
-"The fact that they purchased the machine meant somebody had to make the machine. And when somebody makes a machine, it means there's jobs at the machine-making place." - May 27, 2008, in Mesa, Ariz.
-"And they have no disregard for human life." - July 15, 2008, at the White House. Bush was referring to enemy fighters in Afghanistan.
- "I remember meeting a mother of a child who was abducted by the North Koreans right here in the Oval Office." - June 26, 2008, during a Rose Garden news briefing.
-"Throughout our history, the words of the Declaration have inspired immigrants from around the world to set sail to our shores. These immigrants have helped transform 13 small colonies into a great and growing nation of more than 300 people." - July 4, 2008 in Virginia.
- "This thaw - took a while to thaw, it's going to take a while to unthaw." Oct. 20, 2008, in Alexandria, La., as he discussed the economy and frozen credit markets.
Fonte: http://ca.news.yahoo.com/s/capress/090103/world/distinctly_bushisms
--
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
992) Aquecimento global: o debate continua...
Duas opiniões a contra-corrente das tendências dominantes atualmente
Iludindo o público
JOSÉ CARLOS DE AZEVEDO
TENDÊNCIAS/DEBATES
Folha de S. Paulo, 6.01.2009
Há quase 20 anos, o IPCC, órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico
N. WIENER graduou-se em matemática aos 14 anos e doutorou-se em lógica aos 18 na Universidade Harvard. Conhecido como pai da cibernética, contribuiu para outros ramos da ciência e afirmou que as "tentativas de modelar o clima espremendo equações da física em computadores, como se a meteorologia fosse uma ciência exata como a astronomia, estão condenadas ao fracasso", que a "auto-ampliação de pequenos detalhes frustraria qualquer tentativa de prever o clima" e que "os líderes dessa atividade estavam iludindo o público ao pretender que a atmosfera é previsível".
Opinião semelhante foi a de J. von Neumann, matemático que contribuiu para a mecânica quântica, as teorias dos jogos e dos computadores, o projeto da bomba de hidrogênio e a previsão do tempo.
Há quase 20 anos, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês), órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico.
Dois grupos distintos cuidam do clima: o dos cientistas, que conhecem a complexidade do problema e procuram decifrá-la, e os "modeladores", que usam teorias do século 19 e "prevêem" o clima até o final dos séculos.
Este segundo grupo usa computadores colossais, faz projeções e estimativas, fala de indícios e vestígios, já consumiu US$ 50 bilhões e nada contribuiu para elucidar o problema. Quer frear o desenvolvimento mundial e levar países à miséria ao propor a redução drástica do uso de combustíveis fósseis porque, diz ele sem provas, o dióxido de carbono (CO2) gerado pelo homem é o responsável pelo aquecimento. Reduzindo a emissão, acrescenta, o aquecimento no fim deste século será de uns dois graus e a natureza estará salva.
Mais eficazes são as propostas do Voluntary Human Extinction Movement e da Gaia Liberation Front, que querem extinguir a humanidade para salvar a natureza.
Não há prova que o CO2 é responsável pelo "efeito estufa", mas é certo que o Sol e a água (nuvens, vapor d'água, cristais de gelo) condicionam a temperatura e o clima na Terra. O IPCC e seus 2.500 "cientistas", porém, culpam o CO2.
Ocorre que o IPCC não estuda nada: faz resenha de trabalhos publicados, adultera-os quando lhe convém e alardeou a importância de dois deles, o de Michael Mann e o relativo às camadas de gelo extraído na Antártida, em Vostok.
O trabalho de Mann analisou a temperatura na Terra entre os anos 1000 e 1980 e disse que as emissões de CO2 a partir do início da era industrial causaram o maior aumento de temperatura daquele milênio. Pois esse trabalho é uma manipulação de dados e nem falam mais dele. Quanto às camadas de gelo, é certo que o aumento da temperatura antecede o da emissão do CO2, e não o oposto.
A banda de música do IPCC é o filme do Al Gore, cuja exibição foi proibida na Inglaterra por decisão judicial, exceto se mencionar as inverdades que contém: aumento do nível dos mares, morte de corais e ursos polares, Tuvalu, Vostok, malária etc.
Restou ao IPCC citar os 2.500 "cientistas" e o seu "consenso" sobre CO2 "antropogênico". Consenso não é referencial científico e, se for questão de números, há muitas listas de consensos de cientistas qualificados, identificados e contrários ao IPCC: a de Frederick Seitz, antigo presidente da Academia Nacional de Ciências e do Instituto Americano de Física dos EUA e atual presidente da Universidade Rockefeller e do Instituto George Marshall, por exemplo, tem mais de 32 mil assinaturas. O último relatório do IPCC tem 51.
A compreensão da natureza do clima começou em 1610 com Galileu, descobridor das manchas do Sol. Em 1752, Franklin mostrou que as nuvens têm cargas elétricas. Em 1998, o Instituto de Pesquisas Espaciais da Dinamarca provou a influência da radiação cósmica no clima. Em 2006, o Cern, o maior centro de pesquisas nucleares, cujo acelerador de partículas tem 27 km, criou um consórcio com dezenas de universidades e cientistas para ampliar as descobertas na Dinamarca que provam que o campo magnético do Sol controla a radiação cósmica incidente e, portanto, o clima; e que a passagem do Sol pela Via Láctea explica as glaciações e interglaciações. Os "modeladores" iludem a população e não dizem que o pólo Norte de Marte está derretendo.
Os investimentos em computadores profetas devem ser destinados às pesquisas em biologia. As plantas retiram da atmosfera, por ano, bilhões de toneladas de carbono, e um bom laboratório -a Embrapa, por exemplo-, com um mínimo daqueles US$ 50 bilhões, pode desenvolver plantas que absorvem mais carbono. Elas farão o ar mais limpo e produzirão mais alimentos.
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO , 76, é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA). Foi reitor da UnB (Universidade de Brasília).
==============
Uma questão de bom senso
João Luis Mauad
O Globo, 2008
Quando os Vikings chegaram à costa da Groenlândia, no final do primeiro milênio, aquela era uma terra fértil, sem gelo, coberta de verde (daí o nome Greenland), excelente para o pasto animal, além de um ótimo local para a pesca. Um ambiente tão convidativo que, perto do ano 1100, havia cerca de 3000 pessoas vivendo ali. A partir do século XV, no entanto, as temperaturas médias começaram a cair, as geleiras expandiram-se na direção do oceano e a colônia pereceu.
Flutuações globais da temperatura terrestre não são novidade. Das poucas coisas que se pode dizer com certeza sobre o clima do planeta é que vários foram os ciclos de aquecimento e resfriamento ao longo da história, uns mais longos, outros mais curtos. Segundo o último relatório do IPCC / ONU, estamos vivendo um período inter-glacial quente, porém ainda bem mais ameno que o anterior.
O fato de a Terra já ter sido mais quente do que é atualmente, malgrado os homens ainda não queimassem combustíveis fósseis, foi um dos motivos que me levaram, em princípio, a questionar nossa culpa pelo flagelo do clima. Hoje, depois de alguma investigação a respeito, posso dizer que minhas dúvidas só aumentaram.
Muitos acham que há consenso sobre a responsabilidade humana pelo aquecimento global e as catastróficas conseqüências previstas. Não é verdade. Basta uma pesquisa rápida na Internet para comprovar que inúmeros especialistas de diversas nacionalidades, donos de currículos nada desprezíveis, têm contestado aquele diagnóstico. Aliás, apelar para algum suposto consenso é uma velha estratégia para evitar o debate, que convida ao adesismo e afasta a reflexão. O trabalho científico, diferentemente da política, dispensa consensos e requer que um só investigador obtenha resultados que sejam verificáveis. Os grandes cientistas da história são grandes precisamente porque romperam com o senso comum.
A hipótese de que as emissões de C02 provenientes da atividade humana estejam produzindo algum aquecimento é bastante viável. Entretanto, tal hipótese não pode ser provada por argumentos teóricos formais e, tampouco, os dados empíricos disponíveis são suficientes para confirmá-la. Os estudos a esse respeito são, majoritariamente, baseados em simulações de computador cujos modelos, apesar dos inegáveis avanços tecnológicos, ainda estão muito longe de reproduzir toda a complexidade dos fenômenos naturais relacionados ao clima, com suas infinitas e intrincadas variáveis. O próprio relatório da ONU não nega essas dificuldades quando afirma, textualmente: "Em razão das incertezas envolvidas, a atribuição de causas humanas para as mudanças climáticas é, basicamente, uma questão de julgamento". (AR-4; item 6.3d; 2nd draft).
Malgrado eu não seja um cientista, acredito que, como disse recentemente o dinamarquês Bjorn Lomborg, "se nós estamos prestes a embarcar no mais caro projeto político de todos os tempos", cujas propostas, se efetivadas, mexeriam profundamente com os alicerces da nossa civilização, "talvez nós devêssemos estar certos de que tal projeto está apoiado em solo rígido, em fatos reais, e não apenas nos fatos convenientes. "
Quando o assunto é aquecimento global, entretanto, o público praticamente só tem tido acesso a um dos lados da controvérsia, enquanto o outro, composto de gente chamada pejorativamente de "céticos" ou "vendidos", sofre todo tipo de discriminação, já tendo sido comparados até aos "negadores do holocausto". Definitivamente, esta não é a maneira mais correta de encarar uma questão tão complexa.
Não custa lembrar que, no passado, alguns equívocos graves já foram cometidos em nome de supostos consensos científicos. O melhor exemplo disso talvez seja o DDT, considerado o mais poderoso e barato inseticida já desenvolvido, especialmente eficaz contra o mosquito transmissor da malária, mas cujo uso foi praticamente banido da face da terra, após intensa pressão de grupos ambientalistas nos anos 70. Já em 2006, após exaustivos estudos científicos, a OMS decidiu não só liberar o DDT como sugerir a sua utilização, inclusive no interior das moradias, uma vez que a alegada toxicidade não restou comprovada. Infelizmente, nesse meio-tempo a malária tirou muitas vidas que teriam sido poupadas se a ciência não tivesse sido atropelada pela ideologia.
================
E um Post Scriptum na mesma linha, justamente lido neste instante:
What Disappearing Sea Ice?
Gregory Young
American Thinker, January 05, 2009
Despite the mountains of contrary evidence, concerns over disappearing sea ice and the unfounded position that the North Pole could melt entirely in 2008, pushed U.S. government bureaucrats to officially list the polar bear as an endangered species in May of 2008. And then guess what happened....
After the onslaught of record breaking bitter temperatures during the last quarter of this year, and with less wind, the amount of sea ice has significantly and dramatically rebounded at the fastest rate ever before recorded. Currently being measured to be about where it was 29 years ago in 1979, sea ice is again as expansive and dense as it was when global cooling proponents of the time said that we were witnessing the advance of a mini ice age.
Reported by the University of Illinois's Arctic Climate Research Center, and derived from satellite observations of the Northern and Southern hemisphere polar regions, sea ice has been restored to pre-AGW levels. The fantasy and absurdity of AGW is becoming laughable, and again is proven conclusively wrong.
Will the "Global Cooling = Global Warming" crowd, and their enablers at the MSM, be recharging their spin on the cold and now "very hard" evidence of cooler weather as yet another indication of Global Warming?
Now that the northern ice pack has been refurbished, polar bears will be free to eat as many seals as possible. It certainly seems that the polar bears are no longer an endangered species. The same cannot be said, however, about AGW proponents....
Iludindo o público
JOSÉ CARLOS DE AZEVEDO
TENDÊNCIAS/DEBATES
Folha de S. Paulo, 6.01.2009
Há quase 20 anos, o IPCC, órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico
N. WIENER graduou-se em matemática aos 14 anos e doutorou-se em lógica aos 18 na Universidade Harvard. Conhecido como pai da cibernética, contribuiu para outros ramos da ciência e afirmou que as "tentativas de modelar o clima espremendo equações da física em computadores, como se a meteorologia fosse uma ciência exata como a astronomia, estão condenadas ao fracasso", que a "auto-ampliação de pequenos detalhes frustraria qualquer tentativa de prever o clima" e que "os líderes dessa atividade estavam iludindo o público ao pretender que a atmosfera é previsível".
Opinião semelhante foi a de J. von Neumann, matemático que contribuiu para a mecânica quântica, as teorias dos jogos e dos computadores, o projeto da bomba de hidrogênio e a previsão do tempo.
Há quase 20 anos, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês), órgão da ONU, patrocina a novela do aquecimento global e faz "previsões" sem amparo científico.
Dois grupos distintos cuidam do clima: o dos cientistas, que conhecem a complexidade do problema e procuram decifrá-la, e os "modeladores", que usam teorias do século 19 e "prevêem" o clima até o final dos séculos.
Este segundo grupo usa computadores colossais, faz projeções e estimativas, fala de indícios e vestígios, já consumiu US$ 50 bilhões e nada contribuiu para elucidar o problema. Quer frear o desenvolvimento mundial e levar países à miséria ao propor a redução drástica do uso de combustíveis fósseis porque, diz ele sem provas, o dióxido de carbono (CO2) gerado pelo homem é o responsável pelo aquecimento. Reduzindo a emissão, acrescenta, o aquecimento no fim deste século será de uns dois graus e a natureza estará salva.
Mais eficazes são as propostas do Voluntary Human Extinction Movement e da Gaia Liberation Front, que querem extinguir a humanidade para salvar a natureza.
Não há prova que o CO2 é responsável pelo "efeito estufa", mas é certo que o Sol e a água (nuvens, vapor d'água, cristais de gelo) condicionam a temperatura e o clima na Terra. O IPCC e seus 2.500 "cientistas", porém, culpam o CO2.
Ocorre que o IPCC não estuda nada: faz resenha de trabalhos publicados, adultera-os quando lhe convém e alardeou a importância de dois deles, o de Michael Mann e o relativo às camadas de gelo extraído na Antártida, em Vostok.
O trabalho de Mann analisou a temperatura na Terra entre os anos 1000 e 1980 e disse que as emissões de CO2 a partir do início da era industrial causaram o maior aumento de temperatura daquele milênio. Pois esse trabalho é uma manipulação de dados e nem falam mais dele. Quanto às camadas de gelo, é certo que o aumento da temperatura antecede o da emissão do CO2, e não o oposto.
A banda de música do IPCC é o filme do Al Gore, cuja exibição foi proibida na Inglaterra por decisão judicial, exceto se mencionar as inverdades que contém: aumento do nível dos mares, morte de corais e ursos polares, Tuvalu, Vostok, malária etc.
Restou ao IPCC citar os 2.500 "cientistas" e o seu "consenso" sobre CO2 "antropogênico". Consenso não é referencial científico e, se for questão de números, há muitas listas de consensos de cientistas qualificados, identificados e contrários ao IPCC: a de Frederick Seitz, antigo presidente da Academia Nacional de Ciências e do Instituto Americano de Física dos EUA e atual presidente da Universidade Rockefeller e do Instituto George Marshall, por exemplo, tem mais de 32 mil assinaturas. O último relatório do IPCC tem 51.
A compreensão da natureza do clima começou em 1610 com Galileu, descobridor das manchas do Sol. Em 1752, Franklin mostrou que as nuvens têm cargas elétricas. Em 1998, o Instituto de Pesquisas Espaciais da Dinamarca provou a influência da radiação cósmica no clima. Em 2006, o Cern, o maior centro de pesquisas nucleares, cujo acelerador de partículas tem 27 km, criou um consórcio com dezenas de universidades e cientistas para ampliar as descobertas na Dinamarca que provam que o campo magnético do Sol controla a radiação cósmica incidente e, portanto, o clima; e que a passagem do Sol pela Via Láctea explica as glaciações e interglaciações. Os "modeladores" iludem a população e não dizem que o pólo Norte de Marte está derretendo.
Os investimentos em computadores profetas devem ser destinados às pesquisas em biologia. As plantas retiram da atmosfera, por ano, bilhões de toneladas de carbono, e um bom laboratório -a Embrapa, por exemplo-, com um mínimo daqueles US$ 50 bilhões, pode desenvolver plantas que absorvem mais carbono. Elas farão o ar mais limpo e produzirão mais alimentos.
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO , 76, é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA). Foi reitor da UnB (Universidade de Brasília).
==============
Uma questão de bom senso
João Luis Mauad
O Globo, 2008
Quando os Vikings chegaram à costa da Groenlândia, no final do primeiro milênio, aquela era uma terra fértil, sem gelo, coberta de verde (daí o nome Greenland), excelente para o pasto animal, além de um ótimo local para a pesca. Um ambiente tão convidativo que, perto do ano 1100, havia cerca de 3000 pessoas vivendo ali. A partir do século XV, no entanto, as temperaturas médias começaram a cair, as geleiras expandiram-se na direção do oceano e a colônia pereceu.
Flutuações globais da temperatura terrestre não são novidade. Das poucas coisas que se pode dizer com certeza sobre o clima do planeta é que vários foram os ciclos de aquecimento e resfriamento ao longo da história, uns mais longos, outros mais curtos. Segundo o último relatório do IPCC / ONU, estamos vivendo um período inter-glacial quente, porém ainda bem mais ameno que o anterior.
O fato de a Terra já ter sido mais quente do que é atualmente, malgrado os homens ainda não queimassem combustíveis fósseis, foi um dos motivos que me levaram, em princípio, a questionar nossa culpa pelo flagelo do clima. Hoje, depois de alguma investigação a respeito, posso dizer que minhas dúvidas só aumentaram.
Muitos acham que há consenso sobre a responsabilidade humana pelo aquecimento global e as catastróficas conseqüências previstas. Não é verdade. Basta uma pesquisa rápida na Internet para comprovar que inúmeros especialistas de diversas nacionalidades, donos de currículos nada desprezíveis, têm contestado aquele diagnóstico. Aliás, apelar para algum suposto consenso é uma velha estratégia para evitar o debate, que convida ao adesismo e afasta a reflexão. O trabalho científico, diferentemente da política, dispensa consensos e requer que um só investigador obtenha resultados que sejam verificáveis. Os grandes cientistas da história são grandes precisamente porque romperam com o senso comum.
A hipótese de que as emissões de C02 provenientes da atividade humana estejam produzindo algum aquecimento é bastante viável. Entretanto, tal hipótese não pode ser provada por argumentos teóricos formais e, tampouco, os dados empíricos disponíveis são suficientes para confirmá-la. Os estudos a esse respeito são, majoritariamente, baseados em simulações de computador cujos modelos, apesar dos inegáveis avanços tecnológicos, ainda estão muito longe de reproduzir toda a complexidade dos fenômenos naturais relacionados ao clima, com suas infinitas e intrincadas variáveis. O próprio relatório da ONU não nega essas dificuldades quando afirma, textualmente: "Em razão das incertezas envolvidas, a atribuição de causas humanas para as mudanças climáticas é, basicamente, uma questão de julgamento". (AR-4; item 6.3d; 2nd draft).
Malgrado eu não seja um cientista, acredito que, como disse recentemente o dinamarquês Bjorn Lomborg, "se nós estamos prestes a embarcar no mais caro projeto político de todos os tempos", cujas propostas, se efetivadas, mexeriam profundamente com os alicerces da nossa civilização, "talvez nós devêssemos estar certos de que tal projeto está apoiado em solo rígido, em fatos reais, e não apenas nos fatos convenientes. "
Quando o assunto é aquecimento global, entretanto, o público praticamente só tem tido acesso a um dos lados da controvérsia, enquanto o outro, composto de gente chamada pejorativamente de "céticos" ou "vendidos", sofre todo tipo de discriminação, já tendo sido comparados até aos "negadores do holocausto". Definitivamente, esta não é a maneira mais correta de encarar uma questão tão complexa.
Não custa lembrar que, no passado, alguns equívocos graves já foram cometidos em nome de supostos consensos científicos. O melhor exemplo disso talvez seja o DDT, considerado o mais poderoso e barato inseticida já desenvolvido, especialmente eficaz contra o mosquito transmissor da malária, mas cujo uso foi praticamente banido da face da terra, após intensa pressão de grupos ambientalistas nos anos 70. Já em 2006, após exaustivos estudos científicos, a OMS decidiu não só liberar o DDT como sugerir a sua utilização, inclusive no interior das moradias, uma vez que a alegada toxicidade não restou comprovada. Infelizmente, nesse meio-tempo a malária tirou muitas vidas que teriam sido poupadas se a ciência não tivesse sido atropelada pela ideologia.
================
E um Post Scriptum na mesma linha, justamente lido neste instante:
What Disappearing Sea Ice?
Gregory Young
American Thinker, January 05, 2009
Despite the mountains of contrary evidence, concerns over disappearing sea ice and the unfounded position that the North Pole could melt entirely in 2008, pushed U.S. government bureaucrats to officially list the polar bear as an endangered species in May of 2008. And then guess what happened....
After the onslaught of record breaking bitter temperatures during the last quarter of this year, and with less wind, the amount of sea ice has significantly and dramatically rebounded at the fastest rate ever before recorded. Currently being measured to be about where it was 29 years ago in 1979, sea ice is again as expansive and dense as it was when global cooling proponents of the time said that we were witnessing the advance of a mini ice age.
Reported by the University of Illinois's Arctic Climate Research Center, and derived from satellite observations of the Northern and Southern hemisphere polar regions, sea ice has been restored to pre-AGW levels. The fantasy and absurdity of AGW is becoming laughable, and again is proven conclusively wrong.
Will the "Global Cooling = Global Warming" crowd, and their enablers at the MSM, be recharging their spin on the cold and now "very hard" evidence of cooler weather as yet another indication of Global Warming?
Now that the northern ice pack has been refurbished, polar bears will be free to eat as many seals as possible. It certainly seems that the polar bears are no longer an endangered species. The same cannot be said, however, about AGW proponents....
sábado, 3 de janeiro de 2009
991) Arte antisemita e antijudaica: uma triste realidade
Transcrevo a matéria abaixo por uma única e simples razão. Considero serem execráveis esses exemplos de antisemitismo barato e enraivecido, exemplos lamentáveis de uma intolerância que se assemelha, em tudo e por tudo, ao que já assistimos, ou aprendemos com a história, de crimes bárbaros cometidos por nazistas e assemelhados contra um povo indefeso.
O povo de Israel, hoje, está longe de ser indefeso, mas a cultura do ódio que vem sendo instilada em tantos jovens por uma propaganda viciosa, causa, sem dúvida alguma, sofrimento indizível em tantas famílias enlutadas por crimes e ataques bárbaros contra o povo de Israel e os pertencentes a essa cultura judaica.
Minha transcrição tem, assim, o sinal de um protesto contra esses "artistas" a soldo de uma causa ignóbil e execrável.
Colaborações Brasileiras Ao Terror Palestino
Luiz Nazário *
escritor e professor de cinema da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
Visão Judaica online
Agosto2008
No dia 11 de julho de 2008, um encontro Irã-Brasil ocorrido na Embaixada do Irã discutiu a "relação cultural e artística no campo do cartoon", na presença de Masoud Shojaei Tabatabaei (Diretor da Casa do Cartum do Irã); Amir Abdolhosseini (Diretor Administrativo da Casa do Cartum do Irã); Filip Pinto, Diogo Almedia e da Sra. Marjaneh Najafi (Autoridades da Embaixada do Brasil no Irã).
Decidiu-se pela realização de uma exibição de "trabalhos artísticos" de cartunistas iranianos e brasileiros no Irã e no Brasil, com o compromisso de que de 3 a 5 cartunistas brasileiros irão ao Irã para oficinas e exibições de trabalhos assim como de 3 a 5 cartunistas iranianos virão ao Brasil para oficinas e exibições de trabalhos. A data sugerida para a realização do evento, a cargo de Masoud Shojaei Tabatabaei no Irã e de Marcio Leite no Brasil, foi outubro de 2008.
Depois do sucesso do carioca Carlos Latuff, que publicou suas obras nas revistas DMagazine (Itália), Power of Working Class (Coréia do Sul) e em diversos sites e blogs anti-semitas de todo o mundo, uma vez que, por ideologia socialista, o artista abriu mão dos direitos autorais de seu trabalho, ganhando, em compensação, uma duvidosa fama internacional, com prêmios e menções honrosas na Casa do Cartum do Irã, outros brasileiros passaram a seguir seu caminho, destacando-se nas mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas.
Qual o segredo do "sucesso" dos cartunistas brasileiros junto às mídias que pregam um novo Holocausto dos judeus, através do "eufemismo" da eliminação da "entidade sionista" da face da Terra? A receita é simples: diabolizar Israel, esse "Pequeno Satã", sem deixar de diabolizar a América, aquele "Grande Satã". Na nova utopia totalitária gestada nos movimentos antiglobalização o "Império" e a "entidade sionista" compõem o Mal a ser eliminado do mundo todo bom para que nele reinem paz e amor, se Allah quiser.
No recente e imoral concurso "Caricaturas do Holocausto" - comparável, em seu propósito de degradar os judeus, à Exposição de Arte Degenerada (Entartet Kunst) no 'Terceiro Reich' - organizado pela Casa do Cartum do Irã, essa agência de propaganda da República Islâmica presidida por Mahmud Ahmadinejad, o Brasil foi um dos países com maior número de trabalhos inscritos, ficando em terceiro lugar no ranking dos colaboracionistas, com 21 cartunistas selecionados, atrás apenas do Irã - anfitrião do evento, com 157 selecionados - e da Turquia, com 31.
Diversos brasileiros ganharam menções honrosas e Carlos Latuff alcançou o Segundo Prêmio com o cartoon de um palestino chorando em uniforme de judeu de Auschwitz. A imagem, ilustrando as metáforas da propaganda iraniana, palestina, árabe, islamita, esquerdista, anti-sionista, anti-semita e neonazista, sugeria que os judeus eram os novos nazistas e os palestinos os novos judeus, isto é, inocentes vítimas oprimidas de um regime totalitário, sofrendo, desarmados e impotentes, como os judeus sob o nazismo, a agressão da poderosa máquina de guerra do Estado Judeu, com seu exército de carrascos comparáveis às tropas SS.
No universo de Latuff, Israel despeja gasolina sobre crianças libanesas que já ardem em chamas; o ex-Primeiro Ministro de Israel, Ariel Sharon, é um vampiro sedento de sangue palestino; e o atual, Ehud Olmert, é um louco babando em camisa de força sonhando com a guerra total; ou banhando-se na piscina de sangue em que transformou a Faixa de Gaza; soldados israelenses usam aventais de açougueiros ensangüentados divertindo-se em decepar a machado cabeças de palestinos ou fuzilá-los em valas comuns; uma mãe palestina chora a morte do filho num caixão "100% made in Israhell"; pacatos cidadãos de Gaza, arrasados com cortes de energia, comida e remédios pelo cruel governo de ocupação israelense temem que o próximo passo seja a instalação de câmaras de gás; etc.
Mas Latuff não está só em seu colaboracionismo artístico à campanha de propaganda guerreira (hipocritamente autodenominada "pacifista") contra Israel. As mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas contam com um novo colaboracionista: o cartunista e empresário brasileiro Marcio Leite, que fundou a agência Mais Propaganda e criou o portal e a revista Brazilcartoon, tendo como um de seus modelos a Casa do Cartum do Irã e a revista Irancartoon. Leite é o novo darling da Casa do Cartum do Irã: sua ilustração para o Salão Internacional de Gaza 2008, ao celebrar, de forma graficamente estilizada, o terror do Hamas, representando a Faixa de Gaza como um fuzil cujo gatilho é a bandeira da Autoridade Palestina, ganhou, merecidamente, o Segundo Prêmio (2 mil euros) naquele concurso belicista anti-Israel. E assim vai crescendo, de forma cada vez mais explícita, o colaboracionismo dos artistas brasileiros ao terror palestino.
================
Permito-me um addendum, totalmente pessoal:
Esses "artistas" antissemitas, que fazem um trabalho artistica e moralmente deplorável, não cerrem certamente nenhum risco pessoal, quanto à sua insegurança ou integridade física. Não se tem notícia de que "esquadrões" de zelosos defensores da causa judaica tenham jamais atacado fisicamente algum antissemita notório, a não ser, como cabe, pela via da justiça, por processos judiciais ou outros ataques pela imprensa, ou seja, mantendo-se no padrão de civilidade que se espera de pessoas que respeitam profundamente a vida e o direito de expressão.
Tal não foi o caso, como é notório, de agitadores anti-islâmicos, ou os famosos cartunistas da Dinamarca, cerca de três anos atrás, que correram risco de vida ao ousar fazer piada com a figura de Maomé. Na Holanda, como se sabe, um cineasta foi morto, esfaqueado na garganta em plena via pública, por um fanático islamista. Não preciso dizer da militante somaliana que teve de refugiar-se nos Estados Unidos por temer por sua vida, justamente em conexão com o mesmo cineasta assassinada, Theo Van Gogh.
Tampouco preciso lembrar o caso do escritor indiano-britânico Salman Rushdie, até hoje condenado a ser executado por qualquer "muçulmano fiel", que pretenda cumprir a "fatwa" decretada contra ele, a propósito de seu romance "Versos Satânicos", pelo lider religioso iraniano que comandou a revolução de 1979.
Triste contraste, sem dúvida.
Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 6.01.2009
O povo de Israel, hoje, está longe de ser indefeso, mas a cultura do ódio que vem sendo instilada em tantos jovens por uma propaganda viciosa, causa, sem dúvida alguma, sofrimento indizível em tantas famílias enlutadas por crimes e ataques bárbaros contra o povo de Israel e os pertencentes a essa cultura judaica.
Minha transcrição tem, assim, o sinal de um protesto contra esses "artistas" a soldo de uma causa ignóbil e execrável.
Colaborações Brasileiras Ao Terror Palestino
Luiz Nazário *
escritor e professor de cinema da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
Visão Judaica online
Agosto2008
No dia 11 de julho de 2008, um encontro Irã-Brasil ocorrido na Embaixada do Irã discutiu a "relação cultural e artística no campo do cartoon", na presença de Masoud Shojaei Tabatabaei (Diretor da Casa do Cartum do Irã); Amir Abdolhosseini (Diretor Administrativo da Casa do Cartum do Irã); Filip Pinto, Diogo Almedia e da Sra. Marjaneh Najafi (Autoridades da Embaixada do Brasil no Irã).
Decidiu-se pela realização de uma exibição de "trabalhos artísticos" de cartunistas iranianos e brasileiros no Irã e no Brasil, com o compromisso de que de 3 a 5 cartunistas brasileiros irão ao Irã para oficinas e exibições de trabalhos assim como de 3 a 5 cartunistas iranianos virão ao Brasil para oficinas e exibições de trabalhos. A data sugerida para a realização do evento, a cargo de Masoud Shojaei Tabatabaei no Irã e de Marcio Leite no Brasil, foi outubro de 2008.
Depois do sucesso do carioca Carlos Latuff, que publicou suas obras nas revistas DMagazine (Itália), Power of Working Class (Coréia do Sul) e em diversos sites e blogs anti-semitas de todo o mundo, uma vez que, por ideologia socialista, o artista abriu mão dos direitos autorais de seu trabalho, ganhando, em compensação, uma duvidosa fama internacional, com prêmios e menções honrosas na Casa do Cartum do Irã, outros brasileiros passaram a seguir seu caminho, destacando-se nas mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas.
Qual o segredo do "sucesso" dos cartunistas brasileiros junto às mídias que pregam um novo Holocausto dos judeus, através do "eufemismo" da eliminação da "entidade sionista" da face da Terra? A receita é simples: diabolizar Israel, esse "Pequeno Satã", sem deixar de diabolizar a América, aquele "Grande Satã". Na nova utopia totalitária gestada nos movimentos antiglobalização o "Império" e a "entidade sionista" compõem o Mal a ser eliminado do mundo todo bom para que nele reinem paz e amor, se Allah quiser.
No recente e imoral concurso "Caricaturas do Holocausto" - comparável, em seu propósito de degradar os judeus, à Exposição de Arte Degenerada (Entartet Kunst) no 'Terceiro Reich' - organizado pela Casa do Cartum do Irã, essa agência de propaganda da República Islâmica presidida por Mahmud Ahmadinejad, o Brasil foi um dos países com maior número de trabalhos inscritos, ficando em terceiro lugar no ranking dos colaboracionistas, com 21 cartunistas selecionados, atrás apenas do Irã - anfitrião do evento, com 157 selecionados - e da Turquia, com 31.
Diversos brasileiros ganharam menções honrosas e Carlos Latuff alcançou o Segundo Prêmio com o cartoon de um palestino chorando em uniforme de judeu de Auschwitz. A imagem, ilustrando as metáforas da propaganda iraniana, palestina, árabe, islamita, esquerdista, anti-sionista, anti-semita e neonazista, sugeria que os judeus eram os novos nazistas e os palestinos os novos judeus, isto é, inocentes vítimas oprimidas de um regime totalitário, sofrendo, desarmados e impotentes, como os judeus sob o nazismo, a agressão da poderosa máquina de guerra do Estado Judeu, com seu exército de carrascos comparáveis às tropas SS.
No universo de Latuff, Israel despeja gasolina sobre crianças libanesas que já ardem em chamas; o ex-Primeiro Ministro de Israel, Ariel Sharon, é um vampiro sedento de sangue palestino; e o atual, Ehud Olmert, é um louco babando em camisa de força sonhando com a guerra total; ou banhando-se na piscina de sangue em que transformou a Faixa de Gaza; soldados israelenses usam aventais de açougueiros ensangüentados divertindo-se em decepar a machado cabeças de palestinos ou fuzilá-los em valas comuns; uma mãe palestina chora a morte do filho num caixão "100% made in Israhell"; pacatos cidadãos de Gaza, arrasados com cortes de energia, comida e remédios pelo cruel governo de ocupação israelense temem que o próximo passo seja a instalação de câmaras de gás; etc.
Mas Latuff não está só em seu colaboracionismo artístico à campanha de propaganda guerreira (hipocritamente autodenominada "pacifista") contra Israel. As mídias iranianas, palestinas, árabes, islamitas, esquerdistas, anti-sionistas, anti-semitas e neonazistas contam com um novo colaboracionista: o cartunista e empresário brasileiro Marcio Leite, que fundou a agência Mais Propaganda e criou o portal e a revista Brazilcartoon, tendo como um de seus modelos a Casa do Cartum do Irã e a revista Irancartoon. Leite é o novo darling da Casa do Cartum do Irã: sua ilustração para o Salão Internacional de Gaza 2008, ao celebrar, de forma graficamente estilizada, o terror do Hamas, representando a Faixa de Gaza como um fuzil cujo gatilho é a bandeira da Autoridade Palestina, ganhou, merecidamente, o Segundo Prêmio (2 mil euros) naquele concurso belicista anti-Israel. E assim vai crescendo, de forma cada vez mais explícita, o colaboracionismo dos artistas brasileiros ao terror palestino.
================
Permito-me um addendum, totalmente pessoal:
Esses "artistas" antissemitas, que fazem um trabalho artistica e moralmente deplorável, não cerrem certamente nenhum risco pessoal, quanto à sua insegurança ou integridade física. Não se tem notícia de que "esquadrões" de zelosos defensores da causa judaica tenham jamais atacado fisicamente algum antissemita notório, a não ser, como cabe, pela via da justiça, por processos judiciais ou outros ataques pela imprensa, ou seja, mantendo-se no padrão de civilidade que se espera de pessoas que respeitam profundamente a vida e o direito de expressão.
Tal não foi o caso, como é notório, de agitadores anti-islâmicos, ou os famosos cartunistas da Dinamarca, cerca de três anos atrás, que correram risco de vida ao ousar fazer piada com a figura de Maomé. Na Holanda, como se sabe, um cineasta foi morto, esfaqueado na garganta em plena via pública, por um fanático islamista. Não preciso dizer da militante somaliana que teve de refugiar-se nos Estados Unidos por temer por sua vida, justamente em conexão com o mesmo cineasta assassinada, Theo Van Gogh.
Tampouco preciso lembrar o caso do escritor indiano-britânico Salman Rushdie, até hoje condenado a ser executado por qualquer "muçulmano fiel", que pretenda cumprir a "fatwa" decretada contra ele, a propósito de seu romance "Versos Satânicos", pelo lider religioso iraniano que comandou a revolução de 1979.
Triste contraste, sem dúvida.
Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 6.01.2009
990) Israel: um pouco de lembrança da história
Uma declaração histórica, ainda que irônica, retrospectivamente:
"A luta contra Israel será uma luta total. O objetivo fundamental será a destruição de Israel. Eu não poderia pronunciar estas palavras três ou cinco anos atrás, mas hoje, confio em nossas forças atuais."
Gamal Abdel Nasser
Cairo, 26 de maio de 1967.
Atual, não lhe parece?
"A luta contra Israel será uma luta total. O objetivo fundamental será a destruição de Israel. Eu não poderia pronunciar estas palavras três ou cinco anos atrás, mas hoje, confio em nossas forças atuais."
Gamal Abdel Nasser
Cairo, 26 de maio de 1967.
Atual, não lhe parece?
989) Intelectuais argentinos se solidarizam com o povo cubano
Transcrevo, entre aspas, o que acabo de ler, neste 3 de janeiro de 2009:
"EXPRESAN SU ADHESIÓN AL PUEBLO DE CUBA INTELECTUALES ARGENTINOS
Ante la situación política de Cuba, un grupo de intelectuales argentinos dio a conocer una declaración, en la que expresa su apoyo moral al pueblo de ese país en su lucha para restabelecer el imperio de la libertad y la justícia en la tierra de Martí. La declaración dice así:
Los escritores y artistas argentinos que subscriben, en estos momentos en que, luego de superado un período de dictadura, el país se apresta a recuperar su plena normalidad institucional, dentro del orden democrático basado en ele respeto de los derechos fundamentales de la persona humana, expresan su solidaridad con quienes, en otros pueblos de América, luchan por la liberación de sus respectivos países, sometidos a regímenes de fuerza. Desean manifestar especialmente su apoyo moral al pueblo cubano, que, tremendamente agraviado y despojado de las garantias elementales de la civilización política, sufre persecución, vejamen y tortura, y lucha con admirable decisión y valentia para abatir la dictadura y restablecer, en la tierra de Martí, el imperio de la libertad y la justicia, cimentados en la soberania del pueblo y la vigencia del derecho."
Firmam o documento dezenas de nomes de intelectuais conhecidos na história artística e literária argentina, entre eles Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges...
Sim, retomo eu agora, ambos escritores, como se sabe, já não estão mais entre nós desde algum tempo, o que me permite fazer dois esclarecimentos:
1) O texto, na verdade, não é atual, tendo sido publicado no diário El Mundo, de Buenos Aires, em 2 de março de 1958.
2) O trecho no qual os intelectuais argentinos fazem menção a uma "ditadura superada", se refere, mais exatamente, ao primeiro período peronista, que durou, como se sabe, de 1945 a 1955. Eles se orgulhavam, assim, de ter deixado para trás um triste período de sua história e se dispunham a ajudar outros povos da América Latina que também lutavam contra a ditadura em seus respectivos países, antecipando um pouco o que seria a chamada "doutrina Betancourt", formulada depois de superada a ditadura na Venezuela nesse mesmo ano de 1958 (e que levou inclusive o governo venezuelano a suspender relações diplomáticas com o Brasil, quando instalada entre nós a ditadura militar de 1964).
Se me permito fazer um comentário atual, na verdade uma triste constatação, seria esta:
Não creio que, atualmente, intelectuais brasileiros ou argentinos, ou de qualquer outro país latino-americano, se dispusessem a assinar um manifesto do mesmo teor -- poderia ser inclusive EXATAMENTE O MESMO TEXTO, retirada, eventualmente, a menção inicial à ditadura superada na Argentina - em favor do povo cubano, em luta pelo restabelecimento da democracia e do império da liberdade, da justiça e do direito naquela ilha, desde cinquenta anos dominada por um regime que prometeu acabar com uma ditadura opressiva.
Pode ser patético fazer tal tipo de constatação "regressiva", mas ela nos revela quanto recuamos na defesa da democracia e da liberdade em nossos países. Em nome de não se sabe qual soberania popular e de não se sabe qual ameaça de dominação imperialista, intelectuais de nossos países se dispõem, de forma totalmente servil e incompreensível, a assinar manifestos em favor da CONTINUIDADE DA DITADURA E DA OPRESSÃO.
Triste constatação sem dúvida...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3 de janeiro de 2009
PS.: Retirei o texto acima do seguinte livro, que estou lendo: Jorge Luis Borges, Textos Recobrados (1956-1986). Buenos Aires, Emecé Editores, 2007, p. 323-324.
"EXPRESAN SU ADHESIÓN AL PUEBLO DE CUBA INTELECTUALES ARGENTINOS
Ante la situación política de Cuba, un grupo de intelectuales argentinos dio a conocer una declaración, en la que expresa su apoyo moral al pueblo de ese país en su lucha para restabelecer el imperio de la libertad y la justícia en la tierra de Martí. La declaración dice así:
Los escritores y artistas argentinos que subscriben, en estos momentos en que, luego de superado un período de dictadura, el país se apresta a recuperar su plena normalidad institucional, dentro del orden democrático basado en ele respeto de los derechos fundamentales de la persona humana, expresan su solidaridad con quienes, en otros pueblos de América, luchan por la liberación de sus respectivos países, sometidos a regímenes de fuerza. Desean manifestar especialmente su apoyo moral al pueblo cubano, que, tremendamente agraviado y despojado de las garantias elementales de la civilización política, sufre persecución, vejamen y tortura, y lucha con admirable decisión y valentia para abatir la dictadura y restablecer, en la tierra de Martí, el imperio de la libertad y la justicia, cimentados en la soberania del pueblo y la vigencia del derecho."
Firmam o documento dezenas de nomes de intelectuais conhecidos na história artística e literária argentina, entre eles Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges...
Sim, retomo eu agora, ambos escritores, como se sabe, já não estão mais entre nós desde algum tempo, o que me permite fazer dois esclarecimentos:
1) O texto, na verdade, não é atual, tendo sido publicado no diário El Mundo, de Buenos Aires, em 2 de março de 1958.
2) O trecho no qual os intelectuais argentinos fazem menção a uma "ditadura superada", se refere, mais exatamente, ao primeiro período peronista, que durou, como se sabe, de 1945 a 1955. Eles se orgulhavam, assim, de ter deixado para trás um triste período de sua história e se dispunham a ajudar outros povos da América Latina que também lutavam contra a ditadura em seus respectivos países, antecipando um pouco o que seria a chamada "doutrina Betancourt", formulada depois de superada a ditadura na Venezuela nesse mesmo ano de 1958 (e que levou inclusive o governo venezuelano a suspender relações diplomáticas com o Brasil, quando instalada entre nós a ditadura militar de 1964).
Se me permito fazer um comentário atual, na verdade uma triste constatação, seria esta:
Não creio que, atualmente, intelectuais brasileiros ou argentinos, ou de qualquer outro país latino-americano, se dispusessem a assinar um manifesto do mesmo teor -- poderia ser inclusive EXATAMENTE O MESMO TEXTO, retirada, eventualmente, a menção inicial à ditadura superada na Argentina - em favor do povo cubano, em luta pelo restabelecimento da democracia e do império da liberdade, da justiça e do direito naquela ilha, desde cinquenta anos dominada por um regime que prometeu acabar com uma ditadura opressiva.
Pode ser patético fazer tal tipo de constatação "regressiva", mas ela nos revela quanto recuamos na defesa da democracia e da liberdade em nossos países. Em nome de não se sabe qual soberania popular e de não se sabe qual ameaça de dominação imperialista, intelectuais de nossos países se dispõem, de forma totalmente servil e incompreensível, a assinar manifestos em favor da CONTINUIDADE DA DITADURA E DA OPRESSÃO.
Triste constatação sem dúvida...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3 de janeiro de 2009
PS.: Retirei o texto acima do seguinte livro, que estou lendo: Jorge Luis Borges, Textos Recobrados (1956-1986). Buenos Aires, Emecé Editores, 2007, p. 323-324.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
988) Administrando as pedras do caminho...
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Augusto Cury
Dez leis para ser feliz
Editora Sextante, 2003
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Augusto Cury
Dez leis para ser feliz
Editora Sextante, 2003
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
987) Cuba: 50 anos de castrismo, em 1 de janeiro de 2009
Abaixo, um balanços dos cinquenta anos do regime castrista em Cuba, feito por um boletim de negócios dos EUA, obviamente suspeito de parcialidade anti-castrista. Independentemente deste aspecto, certamente importante, seria interessante confrontar os números relativos ao PIB, PIB per capita, disponibilidade de bens de consumo, acesso a instrumentos de comunicação (telefone, internet etc), veículos de informação (jornais, revistas etc), bem como outros dados objetivos que possam refletir o estado material do povo cubano, cinco décadas depois da revolução que prometeu justiça, prosperidade, igualdade e liberdade ao povo cubano.
Números são, em geral, objetivos, e apresentam um retrato relativamente fiel da realidade. O problema é que não dispomos de números muito claros para a situação de Cuba.
Não vou sequer adentrar em questões qualitativas, de natureza mais impressionista ou subjetiva, mas seria interessante obter-se agora, 50 anos depois da tomada do poder pelo movimento liderado por Fidel Castro, uma avalição relativamente imparcial da realidade cubana, no dia a dia...
Communist Cuba: 50 Years Of Failure
Investor's Business Daily
Wednesday, December 31, 2008
Communism: New Year's Day marks 50 years of communist rule in Cuba. The Castro oligarchy will trumpet its survival and celebrate. But the reality, up close, is that it's the longest-running failure in the New World.
Spare us the fireworks and media-parroted claims of Fidel Castro's dictatorship bringing universal health care and education to Cuba. The real story is that a prosperous Cuba was turned into ruins in just five decades.
Its inflation-adjusted gross domestic product is a mere 5% of what it was in 1958, the year before Castro took over, according to Jorge Salazar-Carillo of Florida International University.
"It's a major failure," Carmelo Mesa-Lago, a University of Pittsburgh economist, told IBD. "Cuba is unable to increase food production to meet its needs and now imports 84% of its food. Cuba produced 7 million tons of sugar in 1952. This year, it's 1.5 million tons. This is the result of economic policy of collectivization, killing of individual incentive, inefficiency, constant changes of policy."
Reliable data are hard to come by. S&P refuses to rate the country for that reason. The regime conceals its failures. But if long lines at the Spanish embassy seeking immigration aren't enough of an indicator, the chronology of Cuba's economy tell an important story:
1957: Cuban GDP is about $2.8 billion, unadjusted for inflation.
1959: Castro and his guerrillas take over and begin confiscating U.S.-owned private businesses.
1960: President Eisenhower imposes trade embargo, excluding food and medicine; Castro responds by "rapidly nationalizing most U.S. enterprises," as he himself wrote.
1961: President Kennedy tightens the embargo. Castro blames it for plant shutdowns, parts shortages and 7,000 transportation breakdowns a month, leaving 25% of public buses inoperable. He then targets Cuban companies for expropriation.
1962: Begins food rationing. Half of passenger rail cars go out of service from lack of maintenance.
1963: President Kennedy freezes Cuban assets in the U.S.
1965: Signs deal with USSR to reschedule $500 million in debt.
1966: Signs new deal with Soviets for $91 million in trade credits.
1968: Begins petroleum rationing, says Soviets cut supplies.
1969: Begins sugar rationing in January, announces state plan to produce 10 million tons of sugar by the following year.
1970: Castro announces only 8.5 million tons of sugar produced. Blames U.S. Diverts 85% of all Cuban trade to the USSR.
1973: Tries for the first time to tie wages to productivity.
1974: Ramps up wartime spending to send 3,000 Cuban troops to Africa. It hits $125 per person, highest in Latin America, by 1988.
1975: President Ford announces softening of the embargo, letting foreign subsidiaries of U.S. companies sell products in Cuba.
1979: President Carter lets Cuban-Americans visit family in Cuba. Soviet aid totals $17 billion from 1961-79, or 30% of Cuba's GDP.
1980: Economic hardship forces Castro to permit farmers to sell surplus to state quotas in private markets with unregulated prices. 100,000 Cubans flee the island for the U.S. via the Mariel boatlift.
1982: Cuba doubles military spending. President Reagan re-establishes travel ban and prohibits spending money on the island.
1983: Cuba signs accord in Paris to refinance its foreign debt.
1984: "Armed Forces of Latin America" yearbook says: "Cuba is probably the world's most completely militarized country."
1985: Cuba signs new debt restructuring, blaming Mexico's crisis for its debacle. Permits selling of private housing for the first time. Total aid from USSR since 1961 hits $40 billion.
1986: Castro defaults on $10.9 billion in Paris Club debt. Blames sugar prices. Abolishes coffee breaks, cuts subsidies. Soviets give $3 billion more in credit and aid. Castro bans farmers markets.
1987: Stops paying entirely on $10.9 billion Paris Club debts.
1988: Forbids release of inflation data, making it impossible for researchers to assess Cuban economic performance.
1990: By official statistics, GDP per capita declines 10.3%.
1991: Sugar crop falls to 7 million tons. Politburo purged. USSR ends $5 billion in subsidies. "Special Period" of austerity begins.
1992: Horse-drawn carts replace cars, oxen replace Soviet tractors. Time magazine reports tin cans are recycled into drinking cups and banana peels into Cuban sandals.
1993: World Bank says GDP contracts 15.1% per capita, as industrial output plunges 40% per person.
1994: Some private-sector activity permitted. GDP per capita shows no growth, but Castro hails "recovery." Agricultural output down 54% from 1989, with sugar at 4 million tons. Castro blames bad finances, and "errors and inefficiency." Food consumption, according to USDA, falls 36%. Some 32,000 Cubans flee for Florida.
1995: Havana admits GDP fell 35% from 1989 to 1993. Vice President Carlos Lage claims GDP grew 2.5%, as inflation hits 19%.
1996: Castro hikes private business taxes. President Clinton tightens embargo. Castro claims GDP rose to 7% in year.
1997: GDP reported up 2.5%, falling short of 5% projection. Failed sugar harvest, bad weather, crop pests, foreign debts blamed.
1998: GDP growth claimed at 1.2% with no inflation. U.S. embargo, global financial crisis, low commodity prices, too much rainfall, Hurricane Georges and severe drought blamed. Castro urges other debtor nations to form a cartel.
1999: GDP claimed at 6.2%. Subsidies from Venezuela begin. Castro blames U.S. dollar for woes and urges use of the euro.
2000: Cuban court rules U.S. owes Cuba $121 billion for embargo.
2001: 3.6% GDP growth, output remains below 1989. Blames loss of subsidies, second-worst sugar harvest ever at 3.5 million tons.
2002: Freezes dollar sales to preserve foreign reserves. Shuts down 118 factories due to power shortages. Buys $125 million in U.S. food. Defaults on $750 million in Japanese debts.
2003: Earns more tight sanctions from President Bush and European Union over dissident roundups. GDP rises just 1.8%.
2004: Castro declares GDP a capitalist instrument, adjusts calculations, declares GDP growing at 5%.
2005: Foreign firms asked to leave and market liberalization scrapped. Imports hit three-times the level of exports. Hurricanes blamed for falling farm output. Sugar figures not released. Castro calls economic crisis an "enemy fabrication." Claims GDP up 11%.
2006: Castro claims 12.5% economic growth, "despite the crippling effects of the U.S. embargo," Luxner News notes.
2007: 7.5% GDP growth claimed; adverse weather said to have affected construction and agriculture.
2008: 4.3% GDP growth claimed, far short of 8% forecast. "One of the most difficult years since the collapse of the Soviet Union," economy minister says. Hurricanes and fuel prices blamed.
That, in sum, is Cuba after 50 years. But lest you get the wrong idea, Cuba hasn't failed at everything: "Given their goal — to destroy capitalism and entrench themselves — they're a success," said Humberto Fontova, an expert on Castro's regime.
=========
Concluindo: Atribuir esses resultados ao embargo americano seria um equívoco monumental, posto que Cuba está livre de relacionar-se economicamente com a maioria dos países membros da ONU. Provavelmente, a única comparação possível para a situação de Cuba seria com o único outro experimento comunista ainda em vigor no planeta, isto é, o da Coréia do Norte, ou RPDC.
Números são, em geral, objetivos, e apresentam um retrato relativamente fiel da realidade. O problema é que não dispomos de números muito claros para a situação de Cuba.
Não vou sequer adentrar em questões qualitativas, de natureza mais impressionista ou subjetiva, mas seria interessante obter-se agora, 50 anos depois da tomada do poder pelo movimento liderado por Fidel Castro, uma avalição relativamente imparcial da realidade cubana, no dia a dia...
Communist Cuba: 50 Years Of Failure
Investor's Business Daily
Wednesday, December 31, 2008
Communism: New Year's Day marks 50 years of communist rule in Cuba. The Castro oligarchy will trumpet its survival and celebrate. But the reality, up close, is that it's the longest-running failure in the New World.
Spare us the fireworks and media-parroted claims of Fidel Castro's dictatorship bringing universal health care and education to Cuba. The real story is that a prosperous Cuba was turned into ruins in just five decades.
Its inflation-adjusted gross domestic product is a mere 5% of what it was in 1958, the year before Castro took over, according to Jorge Salazar-Carillo of Florida International University.
"It's a major failure," Carmelo Mesa-Lago, a University of Pittsburgh economist, told IBD. "Cuba is unable to increase food production to meet its needs and now imports 84% of its food. Cuba produced 7 million tons of sugar in 1952. This year, it's 1.5 million tons. This is the result of economic policy of collectivization, killing of individual incentive, inefficiency, constant changes of policy."
Reliable data are hard to come by. S&P refuses to rate the country for that reason. The regime conceals its failures. But if long lines at the Spanish embassy seeking immigration aren't enough of an indicator, the chronology of Cuba's economy tell an important story:
1957: Cuban GDP is about $2.8 billion, unadjusted for inflation.
1959: Castro and his guerrillas take over and begin confiscating U.S.-owned private businesses.
1960: President Eisenhower imposes trade embargo, excluding food and medicine; Castro responds by "rapidly nationalizing most U.S. enterprises," as he himself wrote.
1961: President Kennedy tightens the embargo. Castro blames it for plant shutdowns, parts shortages and 7,000 transportation breakdowns a month, leaving 25% of public buses inoperable. He then targets Cuban companies for expropriation.
1962: Begins food rationing. Half of passenger rail cars go out of service from lack of maintenance.
1963: President Kennedy freezes Cuban assets in the U.S.
1965: Signs deal with USSR to reschedule $500 million in debt.
1966: Signs new deal with Soviets for $91 million in trade credits.
1968: Begins petroleum rationing, says Soviets cut supplies.
1969: Begins sugar rationing in January, announces state plan to produce 10 million tons of sugar by the following year.
1970: Castro announces only 8.5 million tons of sugar produced. Blames U.S. Diverts 85% of all Cuban trade to the USSR.
1973: Tries for the first time to tie wages to productivity.
1974: Ramps up wartime spending to send 3,000 Cuban troops to Africa. It hits $125 per person, highest in Latin America, by 1988.
1975: President Ford announces softening of the embargo, letting foreign subsidiaries of U.S. companies sell products in Cuba.
1979: President Carter lets Cuban-Americans visit family in Cuba. Soviet aid totals $17 billion from 1961-79, or 30% of Cuba's GDP.
1980: Economic hardship forces Castro to permit farmers to sell surplus to state quotas in private markets with unregulated prices. 100,000 Cubans flee the island for the U.S. via the Mariel boatlift.
1982: Cuba doubles military spending. President Reagan re-establishes travel ban and prohibits spending money on the island.
1983: Cuba signs accord in Paris to refinance its foreign debt.
1984: "Armed Forces of Latin America" yearbook says: "Cuba is probably the world's most completely militarized country."
1985: Cuba signs new debt restructuring, blaming Mexico's crisis for its debacle. Permits selling of private housing for the first time. Total aid from USSR since 1961 hits $40 billion.
1986: Castro defaults on $10.9 billion in Paris Club debt. Blames sugar prices. Abolishes coffee breaks, cuts subsidies. Soviets give $3 billion more in credit and aid. Castro bans farmers markets.
1987: Stops paying entirely on $10.9 billion Paris Club debts.
1988: Forbids release of inflation data, making it impossible for researchers to assess Cuban economic performance.
1990: By official statistics, GDP per capita declines 10.3%.
1991: Sugar crop falls to 7 million tons. Politburo purged. USSR ends $5 billion in subsidies. "Special Period" of austerity begins.
1992: Horse-drawn carts replace cars, oxen replace Soviet tractors. Time magazine reports tin cans are recycled into drinking cups and banana peels into Cuban sandals.
1993: World Bank says GDP contracts 15.1% per capita, as industrial output plunges 40% per person.
1994: Some private-sector activity permitted. GDP per capita shows no growth, but Castro hails "recovery." Agricultural output down 54% from 1989, with sugar at 4 million tons. Castro blames bad finances, and "errors and inefficiency." Food consumption, according to USDA, falls 36%. Some 32,000 Cubans flee for Florida.
1995: Havana admits GDP fell 35% from 1989 to 1993. Vice President Carlos Lage claims GDP grew 2.5%, as inflation hits 19%.
1996: Castro hikes private business taxes. President Clinton tightens embargo. Castro claims GDP rose to 7% in year.
1997: GDP reported up 2.5%, falling short of 5% projection. Failed sugar harvest, bad weather, crop pests, foreign debts blamed.
1998: GDP growth claimed at 1.2% with no inflation. U.S. embargo, global financial crisis, low commodity prices, too much rainfall, Hurricane Georges and severe drought blamed. Castro urges other debtor nations to form a cartel.
1999: GDP claimed at 6.2%. Subsidies from Venezuela begin. Castro blames U.S. dollar for woes and urges use of the euro.
2000: Cuban court rules U.S. owes Cuba $121 billion for embargo.
2001: 3.6% GDP growth, output remains below 1989. Blames loss of subsidies, second-worst sugar harvest ever at 3.5 million tons.
2002: Freezes dollar sales to preserve foreign reserves. Shuts down 118 factories due to power shortages. Buys $125 million in U.S. food. Defaults on $750 million in Japanese debts.
2003: Earns more tight sanctions from President Bush and European Union over dissident roundups. GDP rises just 1.8%.
2004: Castro declares GDP a capitalist instrument, adjusts calculations, declares GDP growing at 5%.
2005: Foreign firms asked to leave and market liberalization scrapped. Imports hit three-times the level of exports. Hurricanes blamed for falling farm output. Sugar figures not released. Castro calls economic crisis an "enemy fabrication." Claims GDP up 11%.
2006: Castro claims 12.5% economic growth, "despite the crippling effects of the U.S. embargo," Luxner News notes.
2007: 7.5% GDP growth claimed; adverse weather said to have affected construction and agriculture.
2008: 4.3% GDP growth claimed, far short of 8% forecast. "One of the most difficult years since the collapse of the Soviet Union," economy minister says. Hurricanes and fuel prices blamed.
That, in sum, is Cuba after 50 years. But lest you get the wrong idea, Cuba hasn't failed at everything: "Given their goal — to destroy capitalism and entrench themselves — they're a success," said Humberto Fontova, an expert on Castro's regime.
=========
Concluindo: Atribuir esses resultados ao embargo americano seria um equívoco monumental, posto que Cuba está livre de relacionar-se economicamente com a maioria dos países membros da ONU. Provavelmente, a única comparação possível para a situação de Cuba seria com o único outro experimento comunista ainda em vigor no planeta, isto é, o da Coréia do Norte, ou RPDC.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...