A cidade de Veneza sempre foi chamada de Sereníssima República, pela tradição histórica, e pelo seu estatuto de cidade livre, abrigando todos os perseguidos do mundo (os primeiros ghettos de judeus se estabeleceram aqui).
Já Francesco Petrarca, em uma carta a um suo amigo seu de Bolonha, em agosto de 1321, descrevia assim a Sereníssima República de Veneza:
« [...] quale Città unico albergo ai giorni nostri di libertà, di giustizia, di pace, unico rifugio dei buoni e solo porto a cui, sbattute per ogni dove dalla tirannia e dalla guerra, possono riparare a salvezza le navi degli uomini che cercano di condurre tranquilla la vita: Città ricca d'oro ma più di nominanza, potente di forze ma più di virtù, sopra saldi marmi fondata ma sopra più solide basi di civile concordia ferma ed immobile e, meglio che dal mare ond'è cinta, dalla prudente sapienza dè figli suoi munita e fatta sicura »
Excelente como instituição de liberdade, e continua assim, tão livre quanto no tempo dos tiranos em outras partes do mundo, mas não sei se tão serena e tranquila como antigamente. Agora, o que se vê pelos canais, vias, viales, becos, impasses e corredores da cidade é uma fauna variada de cidadãos do mundo, cada um com seus trajes e maneiras características, e música barulhenta da per tutti.
Em todo caso, a estada foi gratificante.
Ainda saímos para passear noite adentro, e depois nos instalamos no mesmo Ristoranti de ontem, Gran Canale, pois que a comida era boa e os preços convidativos.
Nesta noite enfrentamos pollo arrosto e fegato alla veneziana, acompanhado de Chianti classico. Apetitoso,d eixou saudade.
Antes, algumas compras pelas lojas ainda abertas pela noite.
Piazza Goldoni, com sua máscara de teatro, e outros locais igualmente memorabili.
Nada como uma cidade sereníssima para inspirar ideias de novos ensaios sobre a liberdade.
Como não sou nenhum Isaiah Berlin, vou mesmo preparar uma palestra sobre a queda do muro de Berlim...
Veneza, 30 de setembro de 2009, 23h40
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
1401) Muro de Berlim: vinte anos de seu final
Todos se preparam para comemorar, vinte anos depois, o final de uma história de tragédias em torno do muro de Berlim. Mais abaixo um artigo sobre sua existência.
Aproveito para informar sobre um seminário que será realizado na UnB, conforme notícia provisória aqui postada:
Seminário “Além do Muro” - UnB
Quinta-feira, dia 12 de novembro de 2009
Auditório da Reitoria
Programa provisório:
9.00: Abertura
9.15: Palestra do Prof. Dr. Edgar Wolfrum, Universidade de Heidelberg:
Breves comentários dos professores Estevão Martins e Wolfgang Döpcke (UnB)
14.30:Mesa Redonda I: Muros simbólicos e reais
Hartmut Günther (UnB): “(I)mobilidade e (des)apego: Reflexões sobre um muro”.
Gustavo Lins Ribeiro (UnB): “A queda de todos os muros”.
16.30: Mesa redonda II: O mundo após a queda
Paulo Roberto Almeida: “Outros mundos possíveis: processos históricos alternativos, antes e depois do muro de Berlim”
Virgílio Caixeta Arraes (UnB); “Estados Unidos: da liderança eufórica à crise de confiança (1989-2009)”.
18.00: encerramento
Berlim 1989-2009: As tragédias do muro
Histórias das travessias proibidas que acabaram bem-sucedidas, e das fugas desesperadas que não tiveram o mesmo destino.
Hugo Souza.
Opinião e Notícia, 29/09/2009
No dia 15 de agosto de 1961 Conrad Schumann foi designado para cuidar que ninguém atravessasse a cerca de arames farpados da Bernauer Strasse, em Berlim, nos idos em que o muro ainda não era muro, mas apenas uma rede de alambrados provisórios, que desde então, e literalmente, dividiam a cidade em metades politicamente antagônicas. Soldado da República Democrática Alemã (RDA), a comunista, Schumann não pensou duas vezes quando se viu sozinho montando guarda na fronteira em construção: jogou seu fuzil para o lado e escapuliu para a metade ocidental. Parece piada, mas foi realmente uma das primeiras fugas da RDA pelo Muro de Berlim, antes mesmo de o muro propriamente dito estar completamente de pé.
Naqueles tempos pré-muro, ou de muro cheirando a cimento fresco, as tensões da divisão de fato da Alemanha em Alemanhas apenas começavam, mas a linha divisória mais famosa da história já servia de palco para algumas das maiores tensões da Guerra Fria, como as semanas a fio em que tanques norte-americanos e soviéticos permaneceram estacionados frente a frente no Checkpoint Charlie, o mais famoso posto de controle do Muro de Berlim.
Em seguida, muitas outras fugas, algumas célebres, repetiram-se ao longo dos 28 anos de 155 quilômetros de concreto que separavam um povo em dois. Em 1963, um grupo começou a construir sob o muro um túnel de 145 metros de extensão e 80 centímetros de diâmetro, pelo qual nos dia 3 e 4 de outubro de 1964 nada menos do que 57 pessoas deixaram a RDA antes que a polícia do regime descobrisse o vazamento, por assim dizer. Muitos anos mais tarde, duas famílias da Alemanha Oriental passaram despercebidas pelos guardas a bordo de um balão de ar quente, cruzando a fronteira pelo céu na noite do dia 16 para o dia 17 de setembro de 1979.
Muitos outros não tiveram a mesma sorte. Pelo menos 136 pessoas foram mortas em incidentes que aconteceram entre 1961 e 1989 junto ao muro de Berlim. A maioria era de homens jovens, com idades entre 16 e 30 anos. Noventa e nove delas foram mortas enquanto tentavam passar do lado oriental para o lado ocidental. Os dados são do Centro de Pesquisa de História Contemporânea de Potsdam.
Assim como as fugas, houve também vítimas célebres dos guardas de fronteira. A primeira vítima fatal dos disparos de soldados da República Democrática Alemã chamava-se Günter Litfin, alvejado no dia 24 de agosto de 1961. Outro caso de maior repercussão foi o de Peter Fechter, que tombou morto perto do Checkpoint Charlie no dia 17 de agosto de 1962, quando tentava ir para o lado ocidental a fim de procurar a irmã. Tinha 18 anos de idade.
Entre os mortos estão também oito guardas de fronteira da RDA, como Reinhold Huhn, assassinado também em 1962, no dia 18 de junho, por um Fluchthelfer (pessoas que ajudavam cidadãos do leste a atravessar a fronteira ilegalmente). Em fevereiro de 1989, nove meses antes da queda, o Muro de Berlim fazia sua última vítima fatal, um jovem de 20 anos chamado Chris Gueffroy, que tentou fugir acreditando na informação passada a ele por um soldado de que a ordem para atirar havia sido suspensa.
Não havia. A Schiessbefehl (”ordem de atirar”, em português) persistia. Esta determinação da cúpula do regime comunista da Alemanha Oriental rendeu processos judiciais que se arrastaram até o ano de 2004. Os chamados “processos de Schiessbefehl”, de responsabilização pelas mortes por disparos saídos dos fuzis dos guardas do muro, terminaram com 11 condenados à prisão e 35 absolvidos, entre militares e políticos da RDA.
Hoje, na frente do museu do Checkpoint Charlie — o posto de controle onde Peter Fechter perdeu a vida enquanto tentava resolver um drama familiar — um berlinense chamado Wolfgang Kolditz ganha a vida se fantasiando de guarda de fronteira e carimbando postais comprados por turistas que visitam aquela que permanecerá para sempre como a mais famosa cidade partida da história, ainda que atualmente os muros pós-Guerra Fria continuem fazendo vítimas que já não gozam de tanto glamour póstumo.
Escrito por: Hugo Souza
Aproveito para informar sobre um seminário que será realizado na UnB, conforme notícia provisória aqui postada:
Seminário “Além do Muro” - UnB
Quinta-feira, dia 12 de novembro de 2009
Auditório da Reitoria
Programa provisório:
9.00: Abertura
9.15: Palestra do Prof. Dr. Edgar Wolfrum, Universidade de Heidelberg:
Breves comentários dos professores Estevão Martins e Wolfgang Döpcke (UnB)
14.30:Mesa Redonda I: Muros simbólicos e reais
Hartmut Günther (UnB): “(I)mobilidade e (des)apego: Reflexões sobre um muro”.
Gustavo Lins Ribeiro (UnB): “A queda de todos os muros”.
16.30: Mesa redonda II: O mundo após a queda
Paulo Roberto Almeida: “Outros mundos possíveis: processos históricos alternativos, antes e depois do muro de Berlim”
Virgílio Caixeta Arraes (UnB); “Estados Unidos: da liderança eufórica à crise de confiança (1989-2009)”.
18.00: encerramento
Berlim 1989-2009: As tragédias do muro
Histórias das travessias proibidas que acabaram bem-sucedidas, e das fugas desesperadas que não tiveram o mesmo destino.
Hugo Souza.
Opinião e Notícia, 29/09/2009
No dia 15 de agosto de 1961 Conrad Schumann foi designado para cuidar que ninguém atravessasse a cerca de arames farpados da Bernauer Strasse, em Berlim, nos idos em que o muro ainda não era muro, mas apenas uma rede de alambrados provisórios, que desde então, e literalmente, dividiam a cidade em metades politicamente antagônicas. Soldado da República Democrática Alemã (RDA), a comunista, Schumann não pensou duas vezes quando se viu sozinho montando guarda na fronteira em construção: jogou seu fuzil para o lado e escapuliu para a metade ocidental. Parece piada, mas foi realmente uma das primeiras fugas da RDA pelo Muro de Berlim, antes mesmo de o muro propriamente dito estar completamente de pé.
Naqueles tempos pré-muro, ou de muro cheirando a cimento fresco, as tensões da divisão de fato da Alemanha em Alemanhas apenas começavam, mas a linha divisória mais famosa da história já servia de palco para algumas das maiores tensões da Guerra Fria, como as semanas a fio em que tanques norte-americanos e soviéticos permaneceram estacionados frente a frente no Checkpoint Charlie, o mais famoso posto de controle do Muro de Berlim.
Em seguida, muitas outras fugas, algumas célebres, repetiram-se ao longo dos 28 anos de 155 quilômetros de concreto que separavam um povo em dois. Em 1963, um grupo começou a construir sob o muro um túnel de 145 metros de extensão e 80 centímetros de diâmetro, pelo qual nos dia 3 e 4 de outubro de 1964 nada menos do que 57 pessoas deixaram a RDA antes que a polícia do regime descobrisse o vazamento, por assim dizer. Muitos anos mais tarde, duas famílias da Alemanha Oriental passaram despercebidas pelos guardas a bordo de um balão de ar quente, cruzando a fronteira pelo céu na noite do dia 16 para o dia 17 de setembro de 1979.
Muitos outros não tiveram a mesma sorte. Pelo menos 136 pessoas foram mortas em incidentes que aconteceram entre 1961 e 1989 junto ao muro de Berlim. A maioria era de homens jovens, com idades entre 16 e 30 anos. Noventa e nove delas foram mortas enquanto tentavam passar do lado oriental para o lado ocidental. Os dados são do Centro de Pesquisa de História Contemporânea de Potsdam.
Assim como as fugas, houve também vítimas célebres dos guardas de fronteira. A primeira vítima fatal dos disparos de soldados da República Democrática Alemã chamava-se Günter Litfin, alvejado no dia 24 de agosto de 1961. Outro caso de maior repercussão foi o de Peter Fechter, que tombou morto perto do Checkpoint Charlie no dia 17 de agosto de 1962, quando tentava ir para o lado ocidental a fim de procurar a irmã. Tinha 18 anos de idade.
Entre os mortos estão também oito guardas de fronteira da RDA, como Reinhold Huhn, assassinado também em 1962, no dia 18 de junho, por um Fluchthelfer (pessoas que ajudavam cidadãos do leste a atravessar a fronteira ilegalmente). Em fevereiro de 1989, nove meses antes da queda, o Muro de Berlim fazia sua última vítima fatal, um jovem de 20 anos chamado Chris Gueffroy, que tentou fugir acreditando na informação passada a ele por um soldado de que a ordem para atirar havia sido suspensa.
Não havia. A Schiessbefehl (”ordem de atirar”, em português) persistia. Esta determinação da cúpula do regime comunista da Alemanha Oriental rendeu processos judiciais que se arrastaram até o ano de 2004. Os chamados “processos de Schiessbefehl”, de responsabilização pelas mortes por disparos saídos dos fuzis dos guardas do muro, terminaram com 11 condenados à prisão e 35 absolvidos, entre militares e políticos da RDA.
Hoje, na frente do museu do Checkpoint Charlie — o posto de controle onde Peter Fechter perdeu a vida enquanto tentava resolver um drama familiar — um berlinense chamado Wolfgang Kolditz ganha a vida se fantasiando de guarda de fronteira e carimbando postais comprados por turistas que visitam aquela que permanecerá para sempre como a mais famosa cidade partida da história, ainda que atualmente os muros pós-Guerra Fria continuem fazendo vítimas que já não gozam de tanto glamour póstumo.
Escrito por: Hugo Souza
1400) Flaneries a Venise (mais, sans mourir apres...)
Flâneries cansativas, mas altamente enriquecedoras.
Em Veneza, não tem muitas alternativas: ou você é milionário, e contrata um gondoliere per la giornatta (e não tenho ideia de quanto poderia custar essa loucura), ou você fica pegando o tragheto de um lado a outro (mas cada bilhete individual custa a tarifa extorsiva de 6,50 euros, um assalto a mão armada sobre turistas ocasionais; existem tarifas mais reduzidas, mas são válidas para vários dias, uma semana talvez), ou então você sobe e desce escadas, cruzando pontes sobre os canais, se enfiando em ruelas e praças para ir de um canto a outro.
Foi o que fizemos, durante a maior parte da giornata di sole, ma non troppo caldo, ótima para caminhar e apreciar a cidade. Fomos a duas exposições, com direito a paradas para café e refrigerantes pelo caminho, e voltamos ao Hotel Marconi cansadíssimos, mas satisfeitos.
Primeiro no Ca' Rezzonico, Museo del Settecento Italiano.
Numa libreria da esquina comprei o último Norberto Bobbio, Etica e Politica: Scritti di Impegno Civile (Mondadori, setembro de 2009, ou seja, acaba de sair do forno), uma coletânea de escritos políticos e filosóficos, a cura di Marco Revelli, que fez uma excelente introdução, uma cronologia completa, e uma bibliografia resumida (uma bibliografia completa seria impossível: Bobbio tem 4.803 escritos catalogados, em todas as categorias -- livros, artigos, conferências, entrevistas -- o que daria 128 volumes, com 944 artigos, 1.452 ensaios, 457 entrevistas, 316 palestras).
Verdade que eu já tenho vários dos escritos coletados, sobretudo "Quale Socialismo?", "Democrazia e Dittatura" e "Destra e Sinistra", além de alguns outros livros de filosofia do direito, mas este volume impressionante (1.718 páginas, com notas completas e aparato referencial), pela sua importância intrínseca, pode ser considerado uma espécie de "essential Bobbio". Preço para quem quiser encomendar via www.librimondadori.it 55 euros (mas o frete, pelo peso do volume, deve sair caro).
Já comecei a ler o livro, inclusive no almoço:
Ristoteca, Osteria e Enoteca Oniga (Campo San Barnaba)
Menu a 18 euros, sem o vinho, aceitável: spaghetti alle cose (mexilhões), pesce alla griglia, polenta e café; à parte um gnocchi, e o vinho, um chardonay da região (Mosole), a 12 euros.
Bem, desde o Brasil eu estava hesitando em dizer que só vim a Itália para duas coisas: comer trufas e tomar café. Agora posso dizer que só vim para uma única coisa, tomar café: inacreditável como não existe nenhuma outra coisa parecida no mundo com o café italiano, irreproduzível, inencontrável, exclusivíssimo e gostosíssimo. Basta isso.
Antes do almoço ainda visitamos uma exposição de maquinas e modelos do Leonardo da Vinci, na Igreja San Barnaba. Interessante, mas achei caro os 8 euros de entrada. Mais caro ainda foi o museu da tarde, no Palazzo Fortuny, uma coleção única de um rico herdeiro espanhol que comprou um palácio em Veneza, como fazem tantos ricos extravagantes de par le monde...
Ruelas e mais ruelas, sobe e desce, com os gondolieri que passam cantando embaixo das pontes, e finalmente atravessamos a Ponte di Rialto, e estamos chez Marconi, outra vez.
Bem, só resta agora decidir onde vamos jantar, e também tem concerto de música, depois.
Veneza, 30 de setembro de 2009, 18h25.
Em Veneza, não tem muitas alternativas: ou você é milionário, e contrata um gondoliere per la giornatta (e não tenho ideia de quanto poderia custar essa loucura), ou você fica pegando o tragheto de um lado a outro (mas cada bilhete individual custa a tarifa extorsiva de 6,50 euros, um assalto a mão armada sobre turistas ocasionais; existem tarifas mais reduzidas, mas são válidas para vários dias, uma semana talvez), ou então você sobe e desce escadas, cruzando pontes sobre os canais, se enfiando em ruelas e praças para ir de um canto a outro.
Foi o que fizemos, durante a maior parte da giornata di sole, ma non troppo caldo, ótima para caminhar e apreciar a cidade. Fomos a duas exposições, com direito a paradas para café e refrigerantes pelo caminho, e voltamos ao Hotel Marconi cansadíssimos, mas satisfeitos.
Primeiro no Ca' Rezzonico, Museo del Settecento Italiano.
Numa libreria da esquina comprei o último Norberto Bobbio, Etica e Politica: Scritti di Impegno Civile (Mondadori, setembro de 2009, ou seja, acaba de sair do forno), uma coletânea de escritos políticos e filosóficos, a cura di Marco Revelli, que fez uma excelente introdução, uma cronologia completa, e uma bibliografia resumida (uma bibliografia completa seria impossível: Bobbio tem 4.803 escritos catalogados, em todas as categorias -- livros, artigos, conferências, entrevistas -- o que daria 128 volumes, com 944 artigos, 1.452 ensaios, 457 entrevistas, 316 palestras).
Verdade que eu já tenho vários dos escritos coletados, sobretudo "Quale Socialismo?", "Democrazia e Dittatura" e "Destra e Sinistra", além de alguns outros livros de filosofia do direito, mas este volume impressionante (1.718 páginas, com notas completas e aparato referencial), pela sua importância intrínseca, pode ser considerado uma espécie de "essential Bobbio". Preço para quem quiser encomendar via www.librimondadori.it 55 euros (mas o frete, pelo peso do volume, deve sair caro).
Já comecei a ler o livro, inclusive no almoço:
Ristoteca, Osteria e Enoteca Oniga (Campo San Barnaba)
Menu a 18 euros, sem o vinho, aceitável: spaghetti alle cose (mexilhões), pesce alla griglia, polenta e café; à parte um gnocchi, e o vinho, um chardonay da região (Mosole), a 12 euros.
Bem, desde o Brasil eu estava hesitando em dizer que só vim a Itália para duas coisas: comer trufas e tomar café. Agora posso dizer que só vim para uma única coisa, tomar café: inacreditável como não existe nenhuma outra coisa parecida no mundo com o café italiano, irreproduzível, inencontrável, exclusivíssimo e gostosíssimo. Basta isso.
Antes do almoço ainda visitamos uma exposição de maquinas e modelos do Leonardo da Vinci, na Igreja San Barnaba. Interessante, mas achei caro os 8 euros de entrada. Mais caro ainda foi o museu da tarde, no Palazzo Fortuny, uma coleção única de um rico herdeiro espanhol que comprou um palácio em Veneza, como fazem tantos ricos extravagantes de par le monde...
Ruelas e mais ruelas, sobe e desce, com os gondolieri que passam cantando embaixo das pontes, e finalmente atravessamos a Ponte di Rialto, e estamos chez Marconi, outra vez.
Bem, só resta agora decidir onde vamos jantar, e também tem concerto de música, depois.
Veneza, 30 de setembro de 2009, 18h25.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
1399) Turismo academico: de Asti a Veneza, em menos tempo que voce possa dizer saperlipopete...
Randonnée gastronomique entre o Piemonte e o Veneto
Bem, um pouquinho mais: foram quase 400kms de auto-estradas italianas (pedagiadas), para vir de um almoço gastronômico a um jantar gastronômico, junto a ponte de Rialto, em Veneza.
Em Asti, onde tínhamos chegado na noite de segunda-feira, dormimos num hotel do centro, Via Cavour, uns vinte passos do Ristorante, ou melhor Trattoria Tartuffo d'Oro, que eu tinha localizado na internet, a partir de uma pequena busca efetuada ainda em Dignes-Les-Bains.
Valeu o dispêndio: antipasti di prosciuto i meloni, e bresaola e formaggio parmigiano, seguidos de risottos, acompanhandos de um bom vinho Barbera d'Asti. O ponto alto foram as porções de trufas brancas, que custaram, apenas algumas raspadas sobre os três risottos (o meu era de funghi porcini), mais do que todo o resto da refeição, vinho incluído: nada menos do que 20 euros a porção.
As trufas italianas estão ficando caras: lembro-me que da última vez que estive na região, justamente para comer trufas brancas (mas na região de Alba, não em Asti), paguei algo como 5 dólares as raspadas de trufas sobre o risoto. Inflação, ou demanda aumentada, explicam a progressão inflacionista. Total 117 euros, para os interessados.
Via Cavour 95. Os mais aventureiros podem participar de uma randonné de caça às trufas, na floresta, desde que combinado com o dono (que como todo italiano tem primos em SP), mas eu preferi ficar apenas na gastronomia.
Apesar do vinho, a estrada decorreu tranquilamente, com apenas duas paradas para dois ristretos e abastecimento.
Chegamos a Veneza em torno das 19hs locais, ainda claro (horário de verão, que termina em duas semanas).
Hotel Marconi (sim, o do rádio telégrafo sem fio), ao lado da Ponte do Rialto.
Jantar no Ristorante Canal Grande, bem em frente a ponte, à base de calamari fritti, pesce alla griglia, spaghetti alla pescatora, com um Pinot grigio del Friuli, La Turella, bastante bom, a 28 euros a garrafa. Total, 113 euros, o que me pareceu caro, posto que sem sobremesa. Mas parece que todos os turistas em Veneza são assaltados...
(Sim, o garçon tambem tinha primos em SP...)
De volta ao hotel: internet a 12 euros por 20hs de conexao, sempre a exploração dos carteis, exatamente como no Brasil. Acho que a Itália e o Brasil se parecem muito, sobretudo na corrupção, mas no Brasil não tem as delícias gastronômicas e a oferta cultural da Europa, da Itália...
Termino de ler o Le Monde, depois passo ao La Reppublica, antes de dizer boa noite aos meus fiéis leitores...
Veneza, 29 de setembro de 2009.
Bem, um pouquinho mais: foram quase 400kms de auto-estradas italianas (pedagiadas), para vir de um almoço gastronômico a um jantar gastronômico, junto a ponte de Rialto, em Veneza.
Em Asti, onde tínhamos chegado na noite de segunda-feira, dormimos num hotel do centro, Via Cavour, uns vinte passos do Ristorante, ou melhor Trattoria Tartuffo d'Oro, que eu tinha localizado na internet, a partir de uma pequena busca efetuada ainda em Dignes-Les-Bains.
Valeu o dispêndio: antipasti di prosciuto i meloni, e bresaola e formaggio parmigiano, seguidos de risottos, acompanhandos de um bom vinho Barbera d'Asti. O ponto alto foram as porções de trufas brancas, que custaram, apenas algumas raspadas sobre os três risottos (o meu era de funghi porcini), mais do que todo o resto da refeição, vinho incluído: nada menos do que 20 euros a porção.
As trufas italianas estão ficando caras: lembro-me que da última vez que estive na região, justamente para comer trufas brancas (mas na região de Alba, não em Asti), paguei algo como 5 dólares as raspadas de trufas sobre o risoto. Inflação, ou demanda aumentada, explicam a progressão inflacionista. Total 117 euros, para os interessados.
Via Cavour 95. Os mais aventureiros podem participar de uma randonné de caça às trufas, na floresta, desde que combinado com o dono (que como todo italiano tem primos em SP), mas eu preferi ficar apenas na gastronomia.
Apesar do vinho, a estrada decorreu tranquilamente, com apenas duas paradas para dois ristretos e abastecimento.
Chegamos a Veneza em torno das 19hs locais, ainda claro (horário de verão, que termina em duas semanas).
Hotel Marconi (sim, o do rádio telégrafo sem fio), ao lado da Ponte do Rialto.
Jantar no Ristorante Canal Grande, bem em frente a ponte, à base de calamari fritti, pesce alla griglia, spaghetti alla pescatora, com um Pinot grigio del Friuli, La Turella, bastante bom, a 28 euros a garrafa. Total, 113 euros, o que me pareceu caro, posto que sem sobremesa. Mas parece que todos os turistas em Veneza são assaltados...
(Sim, o garçon tambem tinha primos em SP...)
De volta ao hotel: internet a 12 euros por 20hs de conexao, sempre a exploração dos carteis, exatamente como no Brasil. Acho que a Itália e o Brasil se parecem muito, sobretudo na corrupção, mas no Brasil não tem as delícias gastronômicas e a oferta cultural da Europa, da Itália...
Termino de ler o Le Monde, depois passo ao La Reppublica, antes de dizer boa noite aos meus fiéis leitores...
Veneza, 29 de setembro de 2009.
1398) Turismo academico: de Nostradamus as trufas, passando por Alexandra David-Neel
Encore une journée bien remplie.
Saindo do hotel em Salon-de-Provence, fomos visitar o que a cidade tinha de mais representativo a oferecer: a casa, hoje museu, de Michel de Nostradamus, o mais conhecido e apreciado -- sobretudo dos atuais engajados no setor de serviços hoteleiros e de restauração -- dos habitantes da cidade.
Bastante modernizada internamente, a casa-museu oferece uma visita guiada por audio das principais etapas da vida e da obra daquele que ficou injustamente conhecido apenas como o profeta das predicações futuristas -- a maior parte em estilo catástrofe -- em torno de grandes acontecimentos da história mundial, sobretudo européia.
Corrigindo essa visão redutora, simplista e deformada, o tour audio de sua casa permite um conhecimento mais preciso sobre aquele que foi sobretudo um sábio, e um contemporâneo de grandes intelectuais e reformadores do Renascimento europeu, acompanhando o trabalho de outros eruditos -- filósofos, teólogos e "cientistas" -- de uma época verdadeiramente revolucionária: Erasmo, Thomas Morus, Vesálio e outros.
A cidade tem ainda igrejas do século XII, castelos (ou o que restou de antigas fortificações) e outros vestígios de seu longo passado medieval e moderno.
Depois dessa visita empreendemos uma breve jornadas nos Hautes Alpes, em direção a Digne-les-Bains, onde Alexandra David-Néel, uma famosa exploradora francesa, fez sua casa, hoje fundação e exposição de seus objetos, ainda nos anos 1920. Ela foi a primeira mulher a visitar Lhasa, quando a cidade ainda era fechada aos estrangeiros em geral e às mulheres em particular. Ela o fez disfarçada de mendiga, o que era uma proeza para a época.
A razão da visita situa-se no livro que Carmen Lícia acaba de escrever, e que será publicado no Brasil em março de 2010, sobre a vida e a obra dessa extraordinária mulher aventureira e grande estudiosa das religiões e filosofias do oriente, com destaque para o budismo tibetano. Ela fez longuissimas estadas na China, vivendo como os tibetanos e estudando seus livros religiosos. Morreu às vésperas de completar 101 anos, tendo ainda renovado o passaporte para mais uma viagem ao Oriente...
Mais informações em próxima oportunidade.
Depois subimos pelos Alpes, numa passagem de montanha, para atravessar para a Itália, vindo até Asti, no Piemonte, mais conhecida como a capital das trufas. Chegamos tarde para empreender uma lauta refeição ainda de noite, mas a disposição permanece inteira para enfrentar um desses pratos saborosíssimos, com vinhos da região, nesta terça-feira.
Deixo vocês no appetizer bloguístico. Depois conto como foi...
Asti, 28.09.2009
Saindo do hotel em Salon-de-Provence, fomos visitar o que a cidade tinha de mais representativo a oferecer: a casa, hoje museu, de Michel de Nostradamus, o mais conhecido e apreciado -- sobretudo dos atuais engajados no setor de serviços hoteleiros e de restauração -- dos habitantes da cidade.
Bastante modernizada internamente, a casa-museu oferece uma visita guiada por audio das principais etapas da vida e da obra daquele que ficou injustamente conhecido apenas como o profeta das predicações futuristas -- a maior parte em estilo catástrofe -- em torno de grandes acontecimentos da história mundial, sobretudo européia.
Corrigindo essa visão redutora, simplista e deformada, o tour audio de sua casa permite um conhecimento mais preciso sobre aquele que foi sobretudo um sábio, e um contemporâneo de grandes intelectuais e reformadores do Renascimento europeu, acompanhando o trabalho de outros eruditos -- filósofos, teólogos e "cientistas" -- de uma época verdadeiramente revolucionária: Erasmo, Thomas Morus, Vesálio e outros.
A cidade tem ainda igrejas do século XII, castelos (ou o que restou de antigas fortificações) e outros vestígios de seu longo passado medieval e moderno.
Depois dessa visita empreendemos uma breve jornadas nos Hautes Alpes, em direção a Digne-les-Bains, onde Alexandra David-Néel, uma famosa exploradora francesa, fez sua casa, hoje fundação e exposição de seus objetos, ainda nos anos 1920. Ela foi a primeira mulher a visitar Lhasa, quando a cidade ainda era fechada aos estrangeiros em geral e às mulheres em particular. Ela o fez disfarçada de mendiga, o que era uma proeza para a época.
A razão da visita situa-se no livro que Carmen Lícia acaba de escrever, e que será publicado no Brasil em março de 2010, sobre a vida e a obra dessa extraordinária mulher aventureira e grande estudiosa das religiões e filosofias do oriente, com destaque para o budismo tibetano. Ela fez longuissimas estadas na China, vivendo como os tibetanos e estudando seus livros religiosos. Morreu às vésperas de completar 101 anos, tendo ainda renovado o passaporte para mais uma viagem ao Oriente...
Mais informações em próxima oportunidade.
Depois subimos pelos Alpes, numa passagem de montanha, para atravessar para a Itália, vindo até Asti, no Piemonte, mais conhecida como a capital das trufas. Chegamos tarde para empreender uma lauta refeição ainda de noite, mas a disposição permanece inteira para enfrentar um desses pratos saborosíssimos, com vinhos da região, nesta terça-feira.
Deixo vocês no appetizer bloguístico. Depois conto como foi...
Asti, 28.09.2009
domingo, 27 de setembro de 2009
1397) Turismo academico: Une journée de voyage, seulement cela...
Domingo, dia de viagem, numa Peugeot 308, alugada na esquina, a diesel, e bastante confortável.
Foram 7h30 de viagem, incluídas paradas para restauração, pedágio, etc. No total, 754kms, o que dá uma média aparente de 100kms por hora.
Roteiro: Paris, A-6, direção a Lyon, depois A7, direção Marselha, com desvio em Salon de Provence, onde nos encontramos neste momento, num hotel Ibis dos arredores da cidade, conhecida por ser o local de nascimento de Nostradamus, o célebre "científico" do Renascimento, homem de muitas artes, entre elas a astronomia, e um pouco de astrologia.
Ele ficou famoso pelas suas "Centúrias", nas quais fazia algumas "previsões" estapafúrdias, irracionalmente repetidas por muitos, na atualidade, como prenunciadoras de catástrofes e outros acontecimentos fora do comum.
Pedro Paulo me diz que existem controvérsias sobre se seriam, de verdade, previsões quanto ao futuro, quando elas poderiam ser apenas comentários políticos sobre eventos e processos contemporâneos de Nostradamus.
Enfim, amanhã veremos tudo isso, na sua casa, hoje museu e biblioteca.
Salon de Provence, 27.09.2009
Foram 7h30 de viagem, incluídas paradas para restauração, pedágio, etc. No total, 754kms, o que dá uma média aparente de 100kms por hora.
Roteiro: Paris, A-6, direção a Lyon, depois A7, direção Marselha, com desvio em Salon de Provence, onde nos encontramos neste momento, num hotel Ibis dos arredores da cidade, conhecida por ser o local de nascimento de Nostradamus, o célebre "científico" do Renascimento, homem de muitas artes, entre elas a astronomia, e um pouco de astrologia.
Ele ficou famoso pelas suas "Centúrias", nas quais fazia algumas "previsões" estapafúrdias, irracionalmente repetidas por muitos, na atualidade, como prenunciadoras de catástrofes e outros acontecimentos fora do comum.
Pedro Paulo me diz que existem controvérsias sobre se seriam, de verdade, previsões quanto ao futuro, quando elas poderiam ser apenas comentários políticos sobre eventos e processos contemporâneos de Nostradamus.
Enfim, amanhã veremos tudo isso, na sua casa, hoje museu e biblioteca.
Salon de Provence, 27.09.2009
sábado, 26 de setembro de 2009
1396) Referencia de estudos: nao estou ganhando nada com isso
Antes que alguém pense que eu pedi para ser mencionado, ou que entrei em negociações com um conhecido curso preparatório para os exames de ingresso na carreira diplomática para figurar na página de referências (Links Úteis) do referido curso (cujo nome não menciono para evitar publicidade indevida), esclareço, formal e explicitamente, que jamais autorizei ninguém, nem fui consultado em qualquer tempo, época e lugar para ter meu nome (e meu site) inscrito no cursinho em questão, como abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Paris, 27 de setembro de 2009
Links Úteis (apenas existentes no post original do cursinho, não nesta minha transcrição, que segue a título informativo, apenas)
Instituto Rio Branco - IRBr
Ministério das Relações Exteriores - MRE
Fundação Alexandre Gusmão - Funag
Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI
Centro Brasileiro de Relações Internacionais - CEBRI
Guia de estudos e edital do Concurso de 2009
Organizações Internacionais
Acordo de Livre Comércio da América do Norte - Nafta
Acordo de Livre Comércio entre as Américas - Alca
Anistia Internacional
Associação de Nações do Sudeste Asiático - Asean
Banco Mundial
Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF
Fundo Monetário Internacional - FMI
Greenpeace
Mercado Comum do Sul - Mercosul
Organização dos Estados Americanos - OEA
Organização Mundial do Comércio - OMC
Organização Mundial da Saúde - OMS
Organização das Nações Unidas - ONU
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO
Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN
Pacto Andino
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA
União Européia
Outros
Associação Brasileira de Relações Internacionais
Associação dos Diplomatas Basileiros
Centro Brasileiro de Relações Internacionais
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília - Cespe
Columbia International Affairs Online - CIAO
FAQ do Candidato a Diplomata
Instituto Brasileiro de Relações Internacionais
Modern History Sourcebook
Mundo RI
O Debatedouro
Observatório Político Sul-americano
OECD Economic Outlook
Paulo Roberto de Almeida (Diplomata)
Laboratório de Análises em Relações Internacionais da UnB - LARI
Portal de Periódicos da CAPES
Rede Brasileira de Relações Internacionais - Relnet
South American Daily
Mundorama
Paulo Roberto de Almeida
Paris, 27 de setembro de 2009
Links Úteis (apenas existentes no post original do cursinho, não nesta minha transcrição, que segue a título informativo, apenas)
Instituto Rio Branco - IRBr
Ministério das Relações Exteriores - MRE
Fundação Alexandre Gusmão - Funag
Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI
Centro Brasileiro de Relações Internacionais - CEBRI
Guia de estudos e edital do Concurso de 2009
Organizações Internacionais
Acordo de Livre Comércio da América do Norte - Nafta
Acordo de Livre Comércio entre as Américas - Alca
Anistia Internacional
Associação de Nações do Sudeste Asiático - Asean
Banco Mundial
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Fundo Monetário Internacional - FMI
Greenpeace
Mercado Comum do Sul - Mercosul
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Organização Mundial da Saúde - OMS
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Pacto Andino
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