Diplomatizzando

Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).

domingo, 4 de outubro de 2020

Georges Duby na Pleiade, por Felipe Brandi - entrevistado por Ary Quintella

Ary Quintella


Uma edição mágica

by aryquintella


A coleção literária Bibliothèque de la Pléiade, editada pela Gallimard, é a mais prestigiosa do mundo. Nenhuma outra se compara a ela, em razão da qualidade do aparato crítico que acompanha cada volume. Poucos escritores entram ainda em vida na coleção. Até o momento, apenas dezoito receberam essa consagração. O mais recente foi Philip Roth, em outubro de 2017, alguns meses antes de morrer em maio de 2018. Em setembro de 2018, houve notícias de que António Lobo Antunes seria incluído. Isso foi celebrado pelo escritor e gerou felicitações oficiais a ele do Presidente de Portugal, o que dá a dimensão do prestígio da coleção. Por enquanto, a publicação não se concretizou.

Nenhum escritor brasileiro, vivo ou morto, integra até hoje esse panteão.  O único lusófono é Fernando Pessoa, com um volume de obras poéticas — o que exclui Bernardo Soares — publicado em 2001, de 2.176 páginas.

Em setembro de 2019, Georges Duby (1919-1996) entrou para a Pléiade, com um volume denso — 1.972 páginas — que reúne parte de sua obra. É o primeiro historiador contemporâneo a ser publicado na coleção. Antes dele, o historiador mais recente incluído no catálogo era Jules Michelet (1798-1874).

O editor do volume com obras de Duby é o brasileiro Felipe Brandi, que obteve na França, em 2017, pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, seu doutorado em História e Civilização, com uma tese sobre o reverenciado historiador francês.

Entrevistei Felipe Brandi sobre seu trabalho de edição do volume da Pléiade nos últimos dias de abril, quando o mundo aprendia ainda a lidar com a pandemia. A entrevista foi publicada em Estado da Arte, em 5 de junho.

I- Essa foi certamente a primeira vez que um brasileiro editou um volume da Pléiade. É significativo um estrangeiro preparar, na França, a edição da obra de um monstro sagrado como Georges Duby. A escolha de seu nome o consagra como um dos maiores especialistas da obra do historiador. Como aconteceu de você ser escolhido? Qual foi sua reação diante da responsabilidade?

O convite para preparar a edição das obras de Georges Duby na Pléiade foi, para mim, uma grande surpresa. Fui contatado por Hugues Pradier, Diretor literário da coleção, no momento em que havia entregado a minha tese de doutorado e antes mesmo de defendê-la em junho de 2017. Eu estava bem situado. Estava na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), que oferece uma projeção importante, e já pesquisava há muitos anos o trabalho de Georges Duby. A minha pesquisa, antes mesmo de encerrada, já era conhecida, não apenas por parte dos professores da EHESS, mas também por outros pesquisadores e editores na França graças a alguns artigos que eu havia publicado. Creio que uma expectativa havia se formado em torno do meu trabalho de tese, como costuma acontecer com teses elaboradas pacientemente ao longo de muitos anos. Pelos contatos que são feitos durante a preparação, e também pelos artigos publicados, as pessoas acabam ouvindo falar de sua pesquisa e se interessam por ela muito antes que ela esteja concluída.

Gostaria primeiramente de agradecer a você, Ary, pelo convite e pela oportunidade de conversar com você e de poder falar um pouco sobre o meu trabalho e sobre a preparação do volume Œuvres de Georges Duby, editado pela Bibliothèque de la Pléiadeem setembro de 2019.  

Pierre Nora havia descoberto há muito a minha pesquisa através de um artigo que eu publicara, e desde então acompanhava o seu desenvolvimento. É possível que Hugues Pradier tenha tomado conhecimento do meu trabalho através de Nora. O projeto de uma edição de Georges Duby na Pléiade é uma ideia antiga. Desde a acolhida de Claude Lévi-Strauss na coleção, em 2008, falou-se de uma eventual edição de Duby. Rumores circularam, mas nada de concreto. Considerado autor “de la maison” pela Gallimard, ele já havia sido homenageado com dois volumes da coleção Quarto, em 1996 e 2002. No entanto, Hugues Pradier estava convencido, parece-me com razão, da relevância da entrada de Duby na Pléiade, pela incontestável qualidade literária de seus escritos, que fez de sua obra uma das grandes expressões do mundo das letras francesas do final do século XX. Sou infinitamente grato a Hugues Pradier pela confiança que ele depositou em mim, ao me escolher. Outros pesquisadores tinham nomes muito mais conhecidos do que o meu, ademais de terem o francês como língua materna. Durante os primeiros meses (eu ainda não havia defendido a minha tese), ia visitá-lo regularmente no belíssimo Pavilhão da Pléiade para falar do projeto e pensar o perfil do volume, discutindo a seleção dos textos e revendo inúmeros detalhes. Conversávamos durante horas até tarde da noite, quando as edições Gallimard já estavam fechadas. Acho que rapidamente se instaurou uma cumplicidade, uma boa relação entre nós. Creio que a minha visão do volume o agradou, indo na direção do projeto que ele havia inicialmente idealizado. Para mim, o desafio foi considerável. Desde jovem, admiro as edições da Pléiade e me senti honrado de poder participar delas.  

II - Das 1.972 páginas do volume, cerca de 340 são suas: introdução de 56 páginas, notas e comentários sobre cada uma das obras de Georges Duby incluídas no volume. O resultado é um trabalho de extrema erudição, como aliás é usual na Pléiade. Isso é notável, considerando que francês não é a sua língua materna. Por quanto tempo você trabalhou na edição? Entre surgir a ideia de inclusão de Duby na coleção e o livro ficar pronto, quanto tempo se passou?

O tempo total de preparação do volume foi de dois anos e alguns meses. Fui contatado na primavera de 2017 (abril/maio) e já em nosso primeiro encontro, Hugues Pradier me disse que o lançamento do livro seria em finais de setembro de 2019, para celebrar o centenário do nascimento de Georges Duby. A data de lançamento não era, portanto, negociável. Dito isto, o prazo de dois anos representa um tempo curto de preparação para um volume desse tamanho e com essa densidade — é o que todos me dizem na Pléiade. Trabalhei com dedicação total. Durante esses dois anos. De outro modo, não teria sido possível respeitar o prazo estabelecido.

Se reconstituo a cronologia da preparação, distingo três grandes etapas: primeiramente, a da construção do projeto e da seleção das obras, nos primeiros meses entre maio e setembro de 2017; em seguida, o início da leitura (ou releitura) de todos os textos e a elaboração do aparelho crítico, com a preparação das notas e a redação das notícias que acompanham cada obra. Enfim, de janeiro de 2019 até julho do mesmo ano, o trabalho de acabamento e de revisão de todo o volume — dessa vez, acompanhado de Henrianne Rousselle, da Pléiade, que me ajudou imensamente. Que contraste com a etapa precedente, extremamente solitária, e que alegria ter um interlocutor com quem discutir cada detalhe do trabalho! Fiquei muito impressionado com a sua generosidade, a sua experiência e o seu profissionalismo, relendo cada nota, cada citação, cada linha que escrevi com uma extraordinária atenção. Foi um prazer conhecer e ter tido a oportunidade de trabalhar com Henrianne Rousselle. Ela sempre me encorajando a ir ainda mais adiante, a buscar alguma nova informação, a enriquecer ainda mais a edição. Insisto que o seu trabalho por detrás dessa edição e das demais que ela supervisiona seja amplamente reconhecido.

O desafio da língua é imenso. A língua francesa, tão rica e saborosa, é repleta de sutilezas, de nuances e também de armadilhas. E os leitores franceses são particularmente atentos à qualidade da expressão, zelosos do emprego dessa língua que consideram o tesouro nacional. No caso de uma edição da Pléiade, eu tinha consciência de que precisaria preparar, tanto na introdução quanto nas notícias que acompanham cada uma das obras do volume, um texto capaz de interessar a uma audiência bastante heterogênea, composta pelo grande público culto dos leitores da Pléiade, mas também por historiadores de profissão, assim como pelos medievalistas mais severos e os estudiosos especialistas da obra de Duby, que a conhecem bem e estão atentos aos mínimos detalhes. São exigências e expectativas muito diversas, e foi um desafio preparar todos esses textos em uma edição que deveria conciliar interesses e leituras, não apenas muito distintos, mas muitas vezes também incompatíveis.          

III - Qual é grau de orientação que os editores de volumes da Pléiade recebem? Você teve, por exemplo, liberdade para escolher as obras de Duby que seriam incluídas? Qual foi o critério usado na seleção de obras? Houve algum livro ou texto de Duby que você lamentou ter de descartar, por falta de espaço?

Eu sinto ter trabalhado com grande liberdade, e sou mais uma vez muito grato à confiança de Hugues Pradier. Ele, a Pléiade e a Gallimard apostaram em mim, deixando-me único responsável pela edição científica de todo o volume. Imensa responsabilidade. Intimidante. Nos primeiros meses, quando ainda precisávamos “montar” a edição, Hugues Pradier e eu discutíamos vários detalhes em longas sessões de trabalho que eram muito prazerosas. Mas uma vez decidida a seleção das obras, me senti com carta branca para elaborar os meus próprios textos e preparar as notas de erudição à minha guisa. A seleção das obras nunca é fácil. Sobretudo no interior de uma produção tão rica e prolífica. A seleção, sim, foi feita junto com Hugues Pradier. Ele estava muito atento a essa etapa do processo. Há necessariamente sempre algo de subjetivo na seleção dos textos. O nosso critério foi o de privilegiar os textos que nos pareciam os mais representativos do Georges Duby escritor e que haviam sido também os seus maiores sucessos editoriais, como Le Temps des Cathédrales, Le Dimanche de Bouvines ou Guillaume le Maréchal. Outros importantes livros, todos admiráveis, como a sua tese sobre a região de Mâcon nos séculos XI e XII ou os seus estudos sobre a economia rural na Idade Média nos pareceram não se ajustar tão bem à ambição do volume. São obras mais austeras, que interessam a um público mais reduzido de especialistas da civilização medieval. Lembro de longas discussões sobre a inclusão do livro Les Trois Ordres ou l’imaginaire du féodalisme, de difícil leitura. No interior do volume, este é claramente o título mais austero. Nem Hugues Pradier nem Pierre Nora estavam convencidos da pertinência desse título. Denso, complexo, poderia desencorajar o leitor e se diferenciar do resto da edição. Eu defendi a sua causa e intervim a favor da sua inclusão no volume, pois estou convencido de que esse livro, admiravelmente escrito ainda que muito exigente, ocupa uma posição central dentro da produção de Georges Duby, como uma espécie de chave de abóbada do seu modelo de explicação da sociedade feudal dos séculos XI e XII.

Como leitor e admirador da obra de Duby, eu teria gostado de incluir ainda mais textos, mas não era possível. O volume atingiu o seu limite. Qualquer nova inclusão nos obrigaria a uma edição em dois volumes. O que significaria uma modificação importante do projeto inicial.             

IV – Georges Duby costumava publicar seus livros sem notas ou indicação de fontes. Para a edição na Pléiade, você preparou notas extensas, recuperou as fontes para cada um dos textos. Como se desenvolveu esse trabalho?

Essa foi, para mim, uma parte decisiva da edição da Pléiade. Sou leitor de Georges Duby há vinte e cinco anos e minha admiração aumenta a cada nova leitura. Lembro-me bem de minha primeira leitura do Tempo das Catedrais, aos 19 anos, ou do Domingo de Bouvines, ainda quando estudante de graduação na PUC-Rio. Desde então, sonhava ter algum dia em mãos uma edição especial, uma edição mágica, que contivesse as notas desaparecidas que me dessem acesso ao conjunto de autores medievais citados em suas páginas, assim como a todo o arcabouço invisível que preside à construção de seus livros. Sempre acreditei ser este um trabalho quase impossível de ser realizado. No entanto, quando recebi o convite de Hugues Pradier, decidi me aventurar nessa longa empreitada. A tarefa é singularmente árdua. Significa penetrar em algumas das literaturas mais difíceis da história ocidental, desde as referências bíblicas e da patrologia até os escritos de cléricos, monges, teólogos e trovadores dos séculos XI-XIII. Estão incluídos aí crônicas, sermões, homilias, tratados teológicos, epístolas, poemas, canções. Tudo em latim medieval ou em francês antigo. Isso se complica ainda mais por Georges Duby não dar, muitas vezes, qualquer indicação do autor ou da obra de onde extrai a passagem citada, geralmente por ele traduzida para o francês contemporâneo com muita liberdade — o que torna muito trabalhoso, às vezes extenuante, o esforço de reconstituição.

Apesar das dificuldades enfrentadas, motivava-me a ideia de poder oferecer aos novos leitores e à comunidade científica essa edição anotada, essa edição única com a qual eu havia tanto sonhado. Outra motivação foi, para mim, o conjunto de críticas e ataques ferozes dos quais Duby foi objeto ao longo dos anos por causa dessa sua decisão de não revelar a referência de suas fontes. Encontrar essas referências e colocá-las agora à disposição dos leitores significa pôr em evidência a impressionante construção erudita por detrás de seus textos e, assim, refutar, de uma vez por todas, essas acusações que lhe foram feitas, alegando que a sua obra teria sacrificado a erudição da história em proveito do efeito literário. A dúvida consistia, então, em saber se essas notas, laboriosamente preparadas, não acabariam se opondo à intenção do próprio Duby, desrespeitando o projeto de escrita, o projeto formal, literário de seus textos. Certamente, exibir todas essas longas notas no pé de página acabaria por desfigurar a própria forma de seus escritos, tal como ele os havia concebido. Mas a Pléiade oferece a oportunidade de colocar as notas no final do volume, dando ao leitor a opção de consultá-las sem com isso comprometer o projeto narrativo, formal de Georges Duby. Dessa oportunidade, me servi.  

V - Você dedica a Introdução à memória da viúva do historiador, Andrée Duby, que faleceu em 2016. Nos agradecimentos, você relata que ela acompanhou suas pesquisas “durante anos”. Seu convívio com ela foi determinante em algumas decisões que você terá precisado tomar na preparação do volume?

Serei sempre grato à senhora Andrée Duby pelo apoio, o encorajamento, a atenção e a ajuda que recebi durante muitos anos enquanto preparava a minha pesquisa de tese. A dedicatória é um testemunho do meu reconhecimento, mas também uma lembrança do papel primordial que Andrée Duby exerceu ao longo da carreira de seu marido e na construção dessa obra que, de acordo com muitos amigos do casal, parecia em vários aspectos feita a quatro mãos. Andrée Duby teria gostado muito de ver a entrada de Duby na Pléiade. Em muitos aspectos, essa edição também é sua.

Pessoalmente, o convívio com ela foi determinante no desenvolvimento de minha abordagem e no amadurecimento do meu olhar, me permitindo adquirir uma maior proximidade com a obra e o seu autor. E acredito que essa proximidade e a abordagem mais pessoal transparecem do começo ao fim da edição. Em todo o caso, essa foi a minha intenção.    

VI –O Prefácio do volume que você editou é do historiador Pierre Nora, e começa com a afirmação de que a entrada de Georges Duby na coleção confere a ele uma “majestade solitária” entre os historiadores seus contemporâneos. Pierre Nora no Prefácio, e você na Introdução, ambos destacam que isso se justifica pela qualidade estilística, literária da obra de Duby. Tanto você quanto Nora, porém, apontam o seu domínio do grande instrumento midiático da época, a televisão. Ele era entrevistado, preparava emissões e presidiu um canal cultural. Isso fez dele, a partir da década de 1970, um intelectual famoso e muito presente e ativo na vida cultural francesa. Isso ainda é possível para um historiador hoje, mesmo na França?

De fato, você tem razão de chamar a atenção, ao mesmo tempo, para a qualidade literária dos livros de Georges Duby e para a sua extraordinária projeção social, muito além dos muros da universidade. Ambos os fenômenos estão ligados. Com efeito, uma das singularidades do trabalho de Duby reside no seu desejo de oferecer uma história de qualidade, uma história científica e, pode-se dizer, de vanguarda em sua época para uma audiência cada vez mais ampla. Um trabalho de divulgação, no sentido mais nobre da expressão. Georges Duby sempre concebeu a história como um “métier de communication”; a história devendo ser, do seu ponto de vista, simultaneamente um meio de formação, de evasão e de diversão. Portanto, trabalhou incansavelmente para ampliar o seu público, servindo-se dos mais diferentes meios de comunicação (rádio, televisão e cinema). Nos anos 1980, assumiu funções importantes em grandes empreendimentos culturais na França, presidindo o comitê do Grand Louvre e a rede de televisão cultural francesa, La Sept, ancestral da atual ARTE. Esse engajamento, sacrificando parte do tempo que poderia dedicar ao seu trabalho de historiador, se justifica pela sua convicção quanto à importância de oferecer ao maior número de cidadãos franceses o acesso à criação cultural de excelência (não apenas a história, mas também as letras, artes plásticas, música, espetáculos).

O seu trabalho junto à televisão — por exemplo, na série O Tempo das Catedrais, inspirada em seu livro, e, mais tarde, na presidência da Sept — lhe conferiu uma celebridade comparável à de um grande nome da literatura. Seus livros eram disputados pelos grandes editores. Suas aulas no Collège de France eram um acontecimento. Duas horas antes de seu curso, filas imensas, repletas de estudantes, intelectuais e membros da alta sociedade já se formavam, todas as quintas, na entrada da prestigiosa instituição no Quartier latin. Uma das grandes singularidades da geração de intelectuais franceses da segunda metade do século XX reside nessa extraordinária projeção social de trabalhos rigorosos e austeros, na vanguarda das ciências humanas e do pensamento filosófico. Esse é o caso, para citar apenas alguns nomes, de Claude Lévi-Strauss, de Georges Dumézil, de Michel Foucault, de Roland Barthes, de Pierre Bourdieu... Os franceses permanecem muito interessados pela produção de conhecimento. Os historiadores da geração de Duby viveram uma espécie de era de ouro. A comunidade historiadora não desfruta, na França de hoje, da mesma voga que conheceu nos anos 1970 e 1980. Mas a figura do intelectual continua ocupando um espaço importante, respeitado e admirado, no interior do debate social francês e também dentro da representação que a sociedade francesa faz de si mesma. Isso é invejável, quando vemos o descaso do qual são objeto, em boa parte do mundo, os professores, a ciência, as ideias, a educação e a cultura letrada. Creio que ainda hoje alguns intelectuais franceses, inspirados por essa geração feliz que os precedeu e se servindo de meios de comunicação cada vez mais desenvolvidos, logram exercer um papel ativo junto ao grande público. A sociedade francesa continua grande consumidora de exposições artísticas, de eventos literários e de emissões culturais, como as que oferecem o canal de televisão ARTE e, sobretudo, France Culture, que é a meu ver um verdadeiro patrimônio do qual todos os franceses têm o direito de se orgulhar.     

VII – A sua Introdução revela uma profunda admiração por Duby. Qual sua avaliação sobre ele, como ser humano, figura pública e historiador?

É verdade, deixo rapidamente transparecer a minha admiração por Georges Duby. Acredito no valor da sua obra. Admiro o modo com que a sua prática de historiador sempre esteve combinada a uma reflexão audaz acerca da própria história, da natureza do conhecimento que ela produz, do seu lugar em meio às nossas práticas culturais. Os grandes mestres, parece-me, são aqueles que conseguem desenvolver, em suas respectivas áreas, uma visão de conjunto, integrada, da própria atividade que exercem. Isso vale para escritores, cientistas, músicos, artistas e artesãos, grandes chefes de cozinha... Não apenas são grandes executantes, dominando plenamente a sua arte, mas ainda expressam, em cada trabalho que realizam, a maturidade de uma reflexão sobre a natureza de sua prática, o lugar social da mesma, o passado de suas tradições, assim como suas imperfeições, desvios e ciladas. O que admiro em Duby é um pensamento da história que é total, e que se preocupa tanto com os métodos mais modernos de leitura das fontes quanto com as condições de possibilidade do conhecimento histórico, tanto com o diálogo com as demais ciências sociais quanto com o ensino da história para as crianças do primário, tanto com o uso da memória social por parte dos poderes políticos quanto com a função cívica que o historiador, o professor de história deve exercer junto a uma sociedade democrática e emancipada.

A própria qualidade estilística de seus escritos, sobre a qual falamos aqui algumas vezes, não era, por exemplo, puro lirismo ou coqueteria. Mas sim o fruto de uma reflexão sobre a natureza (subjetiva) do conhecimento histórico, sobre as forças e as fraquezas do discurso que constrói o historiador e sobre a distância que o separa do ideal de objetividade científica. A história, para Duby, surge do ato criador do historiador e ela será tanto mais fértil quanto mais o historiador, apaixonado por seu labor, se entregar e der de si mesmo. A historiografia atual coloca hoje questões e enfrenta desafios que já não são os mesmos enfrentados pela geração de Duby, nos anos 1960 e 1970. O nosso conhecimento do passado não cessa de se renovar. No entanto, as questões a que Duby submeteu a história, a sua forma de pensar as armadilhas ideológicas que ameaçam o olhar que o historiador lança sobre o passado, a sua recusa de dogmatismos e de qualquer ferramenta teórica passe-partout continuam sendo, a meu ver, estímulos para se pensar a história de hoje e abrir os caminhos da pesquisa de amanhã. Georges Duby sempre defendeu — cada um de seus escritos o prova — os valores positivos do homem que desabrocham graças à cultura, à democracia e à liberdade. Valores humanistas que nos são tão caros. Sobretudo nos dias atuais.

VIIII - Quais são seus próximos projetos ou estudos como historiador?  A publicação do volume da Pléiade encerra um ciclo ou a obra de Georges Duby seguirá sendo sua área principal de interesse?

Eu mesmo me pergunto muitas vezes se, após a conclusão da minha tese, esta edição da Pléiade encerra, para mim, o ciclo Duby. De certa forma, sim, mas não completamente. Durante a longa preparação de minha tese, sempre esperei conseguir construir um trabalho com uma profundidade que me abrisse um campo de estudo, um campo de especialização e que também fosse uma base sólida na qual eu pudesse me apoiar ao longo da minha carreira. Reuni ao longo dos anos muito material que eu gostaria de poder utilizar, na forma de artigos e de livros. Não abandonarei, portanto, Georges Duby tão cedo, pois acho que não seria correto deixar de me servir de todo esse material coletado. No entanto há um ciclo que se encerra. Depois de duas longas pesquisas, que se sucederam cronologicamente mas que foram tão distintas uma da outra — a de minha tese de doutorado e a da preparação da edição da Pléiade — tenho a sensação de ter concluído a minha pesquisa sobre Georges Duby. Continuarei interessado por tudo a seu respeito, mas o que espero poder publicar sobre ele será feito a partir da pesquisa que já empreendi. A minha tese, que o teve por protagonista, não se limitou à sua obra, mas pretendeu ser também uma tese mais ampla sobre a história da escola histórica francesa ao longo do século XX, com o propósito de definir o meu campo de especialização. Desejo, então, poder inaugurar novas pesquisas, assentadas sobre parte do material de que já disponho, voltadas desta vez para outros aspectos (autores, grupos, tendências) da escola histórica francesa e para algumas questões teóricas do campo da Historiografia, inclusive para poder voltar a pesquisar também a historiografia brasileira, a produção histórica nacional, que eu tanto admiro. A Historiografia é o meu campo de estudo, e a produção intelectual francesa, a minha área de especialização. Neste momento, estou relendo muitas coisas, procurando construir um novo questionário. Há uma infinidade de caminhos e de temas a serem explorados. Na origem de qualquer pesquisa, acho que todo o pesquisador sente uma excitação e uma dose de medo. É muito excitante e desafiador iniciar uma pesquisa, se lançar numa aventura intelectual. Nunca se sabe aonde ela vai nos levar.

aryquintella | October 4, 2020 at 9:24 am | Tags: Felipe Brandi, Georges Duby, Hugues Pradier, Pierre Nora, Pléiade | Categories: Livros | URL: https://wp.me/p7KzJG-4JD
às outubro 04, 2020 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores: Ary Quintella, entrevista, Estado da Arte, Felipe Brandi, Georges Duby, Pleiade

Valor Econômico publica lixo econômico sobre salários de diplomatas no exterior - Lúcio Vaz, Paulo Roberto de Almeida

 O jornalista mais despreparado da mídia brasileira, o mais ignorante em economia, o mais mal intencionado e puramente vocacionado a DESINFORMAR os leitores, ao pretender falar mal de diplomatas que vivem no exterior e ganham em dólares.

Lúcio Vaz ouviu falar, alguma vez em volatilidade das paridades cambiais?

Quem é o idiota que pretende transformar ganhos em dólares, no exterior, em países nos quais o custo de vida permanece invariavelmente indiferente à taxa de câmbio com o real brasileiro, em moeda nacional, e aí aplicar essa bizarrice do teto constitucional?

Quem é o debiloide que ignora, ou finge ignorar, que o mesmo salário de US$ 10 mil — apenas suficiente para um mês de despesas no EXTERIOR - pode representar meros R$ 16 mil (à taxa de câmbio da era Lula), ou então mais de R$ 55 mil (acima do teto, portanto), à paridade atual?

Quem é o imbecil que pretenderia cortar os salários em dólares no exterior — cujas despesas no EXTERIOR não variam e precisam ser liquidadas em divisas — a cada mês de acordo com a volatilidade do câmbio nacional e, em cima disso, aplicar um teto constitucional que vale para pagamentos NO BRASIL?

Quem é jornalista mais idiota do Brasil?

Esse abaixo, Lúcio Vaz, que pretende “denunciar mordomias”: ele faria melhor em começar urgentemente um curso de economia, ou então perguntar a algum colega um pouco mais inteligente o que significa volatilidade cambial.

Todo o seu “esforço” — perverso — para denunciar “mordomias” (no EXTERIOR, com os mesmos dólares transformados ao câmbio do dia) vale RIGOROSAMENTE NADA. Surpreende-me que um jornal aparentemente sério publique desinformação de tão baixa qualidade.

Paulo Roberto de Almeida

PS: Ao final, um colega informa sobre os custos da educação em alguns postos no exterior, para os quais não existem subsídios. De minha parte, informo que a universidade de meu filho, quando eu estava servindo em Washington, ascendia a mais de dois salários mensais no ano, cerca de 26 mil dólares, e isso porque ele morava conosco. Demagogia de jornalista ignorante segue agora:

“Indenizações extras engordam renda de embaixadores até R$ 166 mil

Por Lúcio Vaz

Valor Econômico, 01/10/2020

Verbas indenizatórias extras pagas em junho levaram a renda de embaixadores do Brasil no exterior até R$ 166 mil – mais de cinco vezes o salário do presidente da República. É o caso do embaixador em Tóquio, Eduardo Paes Saboia. Nos meses anteriores neste ano, a sua remuneração média era de R$ 128 mil. As verbas extras, ou penduricalhos, não estão submetidas ao teto remuneratório dos servidores públicos (R$ 39,3 mil) nem sofrem desconto do imposto de renda porque são indenização de despesas.

A remuneração dos embaixadores é reforçada com benefícios como auxílio-moradia, auxílio-familiar, auxílio mudança, transporte e a indenização de representação no exterior (Irex), para cobrir despesas “inerentes a missão”. O auxílio-familiar é pago mensalmente para atender à manutenção e às despesas de educação e assistência de dependentes no exterior. Os benefícios contemplam todos os servidores civis e militares no exterior, mas os valores são bem mais elevados no caso dos embaixadores.

Levantamento do blog, a partir de dados oficiais do governo federal, mostra que o valor médio das indenizações subiu de R$ 50 mil em maio para R$ 76 mil em junho – mês da última folha de pagamento disponível. Mas a publicidade desses dados é bastante limitada. O governo divulga apenas o valor total das indenizações. Não há informações sobre o valor de aluguéis de imóveis, despesas com familiares, mudanças, transporte nem da verba de representação. O pagamento da remuneração básica e das indenizações no exterior é feito em dólares. O blog fez a conversão para reais nos meses citados na reportagem.

A segunda maior remuneração em junho foi paga ao embaixador brasileiro em Libreville (Gabão), Appio Muniz Acquarone Filho – R$ 164 mil. Em maio, ele havia recebido R$ 128 mil. Só as verbas indenizatórias de junho somaram R$ 106 mil. O chefe da embaixada do Brasil em Roma, Hélio Vitor Ramos Filho, teve renda total de R$ 153 mil em junho. No mês anterior, ele havia recebido um total de R$ 120 mil. As suas verbas indenizatórias chegaram a R$ 93 mil em junho.

O embaixador do Brasil na Suíça, Evandro de Sampaio Didonet, contou com a remuneração de R$ 150 mil em junho. Ele recebera R$ 119 mil em maio. Suas indenizações em junho chegaram a R$ 92 mil. O chefe da embaixada em Londres, Cláudio de Matos Arruda, teve remuneração de R$ 148 mil em junho, com indenizações de R$ 89 mil. O embaixador em Damasco (Síria), Fabio Vaz Pitaluga, teve renda de R$ 138 mil em junho e R$ 109 em maio.

O embaixador em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, recebeu um total de R$ 137 mil em junho, sendo R$ 82 mil de verbas indenizatórias. Ele contou ainda com jetons da Itaipu Binacional num total de R$ 1,67 mil. Sua renda foi, então, para R$ 138,5 mil. Tovar da Silva Nunes, embaixador em Moscou, teve remuneração de R$ 133 mil em junho, com R$ 74 mil em indenizações.

Missões e delegações também pagam bem

Além do posto de embaixador, a chefia de missões, delegações e representações em organismos internacionais pelo mundo também rendem ótimos salários, com as mesmas indenizações. O chefe da Delegação Permanente junto à Unesco em Paris, Santiago Irazabal Mourão, teve remuneração de R$ 149 mil em junho, incluindo indenizações no valor de R$ 93 mil.

O chefe da Missão junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Fernando Simas Magalhães, teve renda total de R$ 142 mil em junho, com indenizações de R$ 86 mil. Chefe da Representação Brasileira junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Roma, Fernando José Marroni de Abreu recebeu um total de R$ 137 mil em junho. O chefe da Missão junto às Nações Unidas em Nova York, João Genésio de Almeida Filho, teve remuneração de R$ 135 mil naquele mês.

Os altos salários não estão restritos a embaixadas na Europa, Ásia e Estados Unidos. O embaixador brasileiro em Maputo (Moçambique), Carlos Alfonso Iglesias Puente, recebeu R$ 126 mil em junho, com R$ 72 mil em verbas indenizatórias. Aqui pertinho, em Buenos Aires, o embaixador Sérgio França Danese teve remuneração total de R$ 117 mil. (veja abaixo a lista com as 20 maiores remunerações)

A indenização de representação (Irex) é destinada a compensar as despesas inerentes a missão “de forma compatível com suas responsabilidades e encargos”, diz a regulamentação. O valor é calculado com base em fatores como o grau de representatividade da missão, a hierarquia funcional, o custo de vida local e as condições de vida da sede no exterior, entre outros. O valor é calculado pela multiplicação do índice de representação, correspondente ao cargo, pelo fator de conversão da sede.

O chefe de missão diplomática tem o maior índice de representação (125). Depois vem ministro de 1ª classe (80). O fator de conversão da sede vai de 35,4 para Rivera (Uruguai) até 108,94 para Tóquio. Em Libreville, é de 93,66. Em Genebra, chega a 103,48. O fator de conversão explica a elevada remuneração dos embaixadores em Tóquio, Libreville e Genebra. O governo federal não informa o valor da Irex para cada um dos servidores no exterior.

O auxílio-familiar é calculado com base na Irex, na razão de 10% de seu valor para a esposa e 5% para cada um dos seguintes dependentes: filho menor de 21 anos ou estudante menor de 24 anos, filha solteira e mãe viúva que não recebam remuneração, enteados, adotivos, tutelados e curatelados nas mesmas condições. As regras valem para todos servidores civis e militares no exterior.

"Auxílio mudança" robusto

A ajuda de custo cobre as despesas de viagem, de mudança e da nova instalação no exterior. Tem o valor de duas vezes a remuneração básica e duas vezes o auxílio-familiar, acrescido de uma Irex. O transporte compreende a passagem e translado da bagagem do servidor e dos seus dependentes. O transporte é assegurado, ainda, para um empregado doméstico e, anualmente, no período mais longo de férias escolares, para que dependentes possam se reunir à família na sede no exterior.

Os limites de cubagem e de peso, para efeito da translação da bagagem estão fixados em tabelas. O embaixador em missão permanente tem direito a duas toneladas se não tiver dependentes e quatro toneladas com dependentes. O servidor tem direito ao acréscimo de 400 quilos por dependentes em missões permanentes, além do transporte terrestre ou marítimo de um automóvel de sua propriedade.

O auxílio-moradia é pago, a título de indenização, para custeio de locação de residência. É concedido na forma de ressarcimento por despesa comprovada pelo servidor. O valor dessas locações também não é informado no Portal da Transparência do governo federal. Tem ainda o auxílio-funeral, que pagas despesas com sepultamento ou cremação.

As diárias de embaixadores no exterior chegam a US$ 460 – ou R$ 2,6 mil atualmente – nos chamados países do primeiro mundo, como Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Japão.

O blog solicitou ao Ministério das Relações Exteriores esclarecimentos sobre o motivo da elevação do valor das indenizações no mês de junho deste ano. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.

As 25 maiores rendas

Embaixada ou representação diplomata maio junho

(R$ mil) (R$ mil)

Tóquio Eduardo Paes Saboia 128 166

Libreville (Gabão) Appio Cláudio Munis Acquarone 128 164

Roma Hélio Vitor Ramos Filho 120 153

Genebra (Suíça) Evandro de Sampaio Didonet 119 150

Delegação na Unesco em París Santiago Irazabal Mourão 117 149

Londres Claudio Frederico de Matos Arruda 117 148

Missão na OEA em Washington Fernando Simas Magalhães 113 142

Damasco (Síria) Fabio Vaz Pitaluga 109 138

Repr. Da FAO em Roma Fernando José Marroni de Abreu 110 137

Pequim Paulo Estivallet de Mesquita 108 137

Missão na ONU em Nova York João Genésio de Almeida Filho 105 135

Moscou Tovar da Silva Nunes 107 133

Lisboa Carlos Alberto Simas Magalhães 105 130

Berlim Roberto Gomes de Mattos 105 129

Abu Dhabi (Emirados Árabes) Fernando Luís Lemos Igreja 103 129

Riadi (Arábia Saudita) Marcelo Souza Della Nina 103 129

Tel Aviv (Israel) Paulo Cesar Meira de Vasconcellos 103 127

Maputo (Moçambique) Carlos Alfonso Iglesias Puente 101 126

Ottawa Pedro Henrique Lopes Borio 101 124

Pretória (África do Sul) Nedilson Ricardo Jorge 98 121

Madri Pompeu Andreucci Neto 98 121

Buenos Aires Sérgio França Danese 95 117

Washington Nestor José Forster Junior 96 112

Repr. Organ. Intern. Londres Marco Farani 91 112

Nova Delhi (Índia) André Aranha Corrêa do Lago 91 111

Paris Carlos Márcio Bicalho Cozendey 87 107

Fonte: Portal da Transparência da Presidência e Itamaraty

Lúcio Vaz

Lúcio Vaz é jornalista e cobre a política em Brasília há 30 anos, revelando mordomias, privilégios, supersalários, desvios de recursos públicos e negociatas nos três poderes. Com passagens por O Globo, Folha de S. Paulo e Correio Braziliense, ganhou os prêmios Embratel e Latinoamericano de Jornalismo Investigativo ao descobrir a Máfia dos Sanguessugas. Autor dos livros "A Ética da Malandragem - no submundo do Congresso" e "Sanguessugas do Brasil".“

=========

Escreve um colega:

Números da demagogia dinossáurica

"Custo anual de um colegio privado na Africa: 40 mil dolares, ou Reais 227.000,00, por um filho. Se tiver 3: Reais 653.000,00. Dividindo por mes, 54 mil reais por mes. Para quem gosta de demagogia com cifras, basta essa. Penso que basta ver a pagina do Colegio Americano de Bamako, Mali. Ou alguem acha possível ter um filho em escola pública local? Talvez se ele falar Bambara.”

às outubro 04, 2020 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores: câmbio, debilidade econômica, Lúcio Vaz, salários de diplomatas

sábado, 3 de outubro de 2020

Bolsonaro swears by hydroxychloroquine - Bhavi Mandalia

Nada do que está nesta matéria do Pledge Times é novidade, tudo se sabe, mas é um resumo do que está acontecendo no Brasil. Interessante é o chanceler, que acha que os chineses introduziram um "comunavirus" apenas para prejudicar o Ocidente cristão.

Paulo Roberto de Almeida

Bolsonaro swears by hydroxychloroquine

Bhavi Mandalia by Bhavi Mandalia
 
 October 2, 2020
 
in World
https://pledgetimes.com/bolsonaro-swears-by-hydroxychloroquine/

Brazil’s President inaugurated a few days ago Jair Bolsonaro started building a water supply system in the arid northeast of the country. He came up with one of his favorite subjects: hydroxychloroquine. For Bolsonaro, the malaria drug has become the ultimate answer to Covid-19. 

“God was so gracious that he gave us hydroxychloroquine to help those who are sick,” he called out to the cheering crowd, which immediately began a chorus: “Mito, Mito! ”It’s called Myth and is the name Bolsonaro fans like to use for their idol.

Bolsonaro swears by hydroxychloroquine because he took the drug himself after testing positive for Covid-19 in early July. 

His wife Michelle, his sons and many of his ministers have also become infected over the past few months. None of the illnesses took a severe turn. 

Not even with Bolsonaro, who filmed himself during his isolation swallowing hydroxychloroquine and advising the population to do the same. Like a doctor, he recommended a combination with the antibiotic Azithromycin as well as the minerals zinc and vitamin D. He directed the military to manufacture millions of hydroxychloroquine pills and had taxes on all four be lifted.

Without a face mask and distance

When Bolsonaro had recovered after a few weeks, he went straight back to the crowds, as he had before his corona infection – mostly without a face mask and without keeping a distance. Scientists were appalled at Bolsonaro’s behavior and his hydroxychloroquine advertising. 

One of the three health ministers that Brazil has had since the pandemic began took his hat off because Bolsonaro asked him to advertise the drug. International scientific studies have shown that the agent has no effect against Covid-19. Instead, it can lead to irregular heartbeat.

Bolsonaro doesn’t care about any of this. His great idol is Donald Trump and like him he swears by his instincts and inspirations. It was also Trump who touted hydroxychloroquine as a miracle cure against Covid-19 before Bolsonaro “discovered” it. Just like Trump, Bolsonaro is also hostile to science and universities, instead he is open to conspiracy theories – such as that Covid-19 is used by his opponents to harm Brazil. Brazil’s Foreign Minister Ernesto Araújo sees behind Covid-19 even a “communist plan” to introduce “globalism” through international organs like the World Health Organization – a vehicle of communism.

“Nobody has to stay at home”

Behind Bolsonaro’s refusal to recognize the new coronavirus as a serious threat despite his own illness is also his conviction that the pandemic could have been got under control without quarantine and shutdown of the economy. Only risk groups should have isolated themselves, so his argument. It is directed against the sometimes drastic restrictions imposed by Brazil’s governors and mayors. 

“I’ve always said nothing has to be closed, nobody has to stay at home,” said Bolsonaro this week. Covid-19 is nothing more than a “Flu“. Once again, Bolsonaro’s inability to feel something like empathy despite his own illness is evident. Bolsonaro’s world is all about Bolsonaro. He also has this narcissism in common with Trump.

150,000 Covid deaths in Brazil

Bolsonaro’s cross-shots, which have persisted since the beginning of the pandemic, have now led to the loosening of the rules and their disregard by his supporters, such as the mask requirement in public places. 

This is another reason why Brazil is currently in a strange intermediate phase. Although the country has almost 150,000 Covid-19 deaths and between 500 and 1000 people die every day, things are returning to normal. It almost seems like one accepts illness as another acceptable risk to life.


às outubro 03, 2020 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Resenha: Archie Brown: The Human Factor: Gorbachev, Reagan and Thatcher, and the End of the Cold War - Daniela Pereira Nunes (Nova-IPRI)

Resenha: 

RELAÇÕES INTERNACIONAIS JUNHO : 2020 66 [ pp. 149-153]

https://doi.org/10.23906/ri2020.66r02 

IPRI- Universidade Nova de Lisboa

ARCHIE BROWN

The Human Factor: Gorbachev, Reagan
and Thatcher, and the End
of the Cold War

Oxford,
Oxford University Press, 2020, 512 páginas
ISBN 9780198748700 

RECENSÃO

Como o fator humano contribuiu para o final da Guerra Fria

Daniela Pereira Nunes 

m 2019, os desentendimentos de Donald Trump e Vladimir Putin conduziram ao fim do primeiro tratado para a eliminação de uma completa categoria de armas nucleares – o Tratado inf, assinado em dezembro de 1987 por Mikhail Gorbatchov e Ronald Reagan. Em 2020, ironicamente, a mais recente obra da autoria de Archie Brown recorda‐nos do peso e importância históricos que carregam momentos como o da assinatura deste tratado para a eliminação das forças nucleares de alcance intermédio.

Autor de obras de referência como The Gorbachev Factor e The Rise and Fall of Communism, vencedoras dos prémios Alec Nove e W. J. M. Mackenzie, ou Perestroika: Seven Years that Changed the World, Archie Brown é internacionalmente reconhecido como um dos mais conceituados especialistas na Guerra Fria, comunismo e pós‐comunismo, assuntos russos e soviéticos. Formado pela London School of Economics, depois pela Universidade de Glasgow e pela Universidade Estatal de Moscovo, o cientista político e historiador é atual‐ mente professor emérito de Politics na Universidade de Oxford e membro emérito do St. Antony’s College, onde lecionou por mais de trinta anos, passando ainda pelas universidades de Yale, Connecticut, Columbia, Texas e Notre Dame. São incontáveis as conferências em que participou, as palestras que proferiu e os artigos científicos que publicou sobre as suas áreas de investigação.

Comparativamente com outras obras como aquelas acima citadas, a novidade associada a The Human Factor reside fundamentalmente na lente interpretativa do autor, desta vez centrada no papel de três líderes políticos: Gorbatchov, Reagan e Thatcher. A obra, de 512 páginas, distingue‐se precisamente pela explicação brilhante e meticulosa que nos oferece sobre a influência da personalidade no desenrolar dos processos políticos e, em particular, sobre a influência destes três seres humanos para aquele que foi o saldo final da Guerra Fria. Na introdução, o autor esclarece desde logo que «este livro não oferece uma descrição detalhada do final da Guerra Fria. Também não fornece uma história abrangente das relações internacionais desses anos»1. Antes, trata‐se de um trabalho sobre liderança política, maioritariamente focado no significado relativo de três líderes políticos e nos seus esforços pela construção de um clima internacional cordial e inspirador na segunda metade da década de 1980. A obra parte de uma questão fundamental, à qual muitos especialistas tentam responder e de formas distintas: por que razão a Guerra Fria terminou quando terminou e da forma como terminou? Não ignorando outros fatores igualmente importantes, a análise de Archie Brown sugere que são incontornáveis as implicações do fator humano para dar resposta a estas questões. O que isto significa é que, certa‐ mente, tudo teria sido diferente se os protagonistas da história não tivessem sido Gorbatchov, Reagan e Thatcher. Não obstante, a importância do fator humano não se esgota nestes três líderes: ao fazer jus ao próprio título, The Human Factor é uma obra especialmente valiosa pela relevância que atribui a outras figuras políticas sem as quais a história também não teria sido a mesma. O autor destaca enfaticamente o papel dos conselheiros destes líderes, em particular os de Gorbatchov e Reagan, e a sua influência nas lideranças dos seus respetivos países – é o caso de Eduard Shevardnadze, ministro dos Negócios Estrangeiros da União Soviética entre 1985 e 1990, e de George Shultz, secretário de Estado dos Estados Unidos entre 1982 e 1989. A narrativa de Archie Brown constrói‐se em grande medida sobre uma rejeição constante da leitura simplista que alguns autores fazem ao subestimar pro‐ fundamente o valor das pessoas e das ideias nos últimos anos da Guerra Fria.

OS TRÊS GIGANTES DA GUERRA FRIA
E A IMPORTÂNCIA DO SEU ENVOLVIMENTO
É fácil e quase intuitivo compreender os fundamentos do protagonismo de Gorbatchov e Reagan nesta obra: o primeiro, pelas reformas cruciais que implementou, quer na sua vertente doméstica, quer ao nível da política externa soviética e do seu impacto na política internacional; o segundo, pelo papel que desempenhou na aproximação à União Soviética de Gorbatchov e na melhoria das relações americano‐ ‐soviéticas a partir de 1985. Quanto a Thatcher, porém, podem surgir dúvidas: e François Mitterrand? Ou George Bush? Ou Helmut Kohl? O autor admite que as motivações que conduziram à escolha da Dama de Ferro não são tão óbvias quanto as anteriores. Mas elucida‐nos, interrogando: que outro primeiro‐ministro britânico, à exceção de Winston Churchill, revelou um envolvimento tão profundo em conversações com um líder soviético? 

Neste contexto, vale a pena sublinhar também a relevância da relação especial de Thatcher e Reagan e, mais tarde, a influência da conexão igualmente especial que viria a surgir com Gorbatchov. Como afirma Brown, «a história das suas interconexões é uma contribuição não apenas para uma explicação do fim da Guerra Fria, mas também para um debate muito mais antigo sobre o papel que um indivíduo pode desempenhar na construção da história»2.

A divisão da obra em três partes contribui para a distinção de três grandes momentos na linha argumentativa do autor. Principalmente dedicada ao fator personalidade, a primeira parte confronta‐nos com indicadores da maior relevância para compreender as metodologias e as escolhas de cada líder político: uma introdução às suas origens e contextos de ascensão política. É também na parte i que encontramos uma primeira análise das relações Reagan‐Thatcher (evidentemente mais antigas do que as relações Reagan‐Gorbatchov) e, mais tarde, Gorbatchov‐Thatcher. A primeira‐ministra conheceu Gorbatchov praticamente um ano antes de Reagan, ainda antes da sua eleição para o cargo de secretário‐geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Antes desse primeiro encontro, em Londres, em dezembro de 1984, foi o próprio Archie Brown quem falou à Dama de Ferro sobre o novo e simpático jovem em ascensão no Kremlin. Este timing concedeu a Thatcher um estatuto como que de intermediária entre Washington e Moscovo, pelo menos até que os líderes das duas superpotências se conhecessem. Brown sublinha o quão importante foi para o futuro das relações americano‐soviéticas que Gorbatchov tivesse deixado em Chequers a impressão de que se poderia negociar com ele – como afirmou a própria primeira‐ministra.

O segundo dos três grandes momentos da obra trata precisamente do caminho para o fim da Guerra Fria, focando‐se nos encontros de Gorbatchov e Reagan e no modo como os dois homens de origens humildes semelhantes conseguiram juntos transformar a relação Ocidente‐Leste. Desde a primeira reunião, escreveu Gorbatchov na Perestroika em 1987, «verificámos que tínhamos aquilo que eu considero um trampolim no sentido de trabalharmos para o melhoramento das relações soviético‐americanas»3. A parte ii é também a mais densa de toda a obra, ao interpretar não apenas a realidade internacional das negociações Estados Unidos‐União Soviética entre 1985 e 1991, mas também ao articulá‐la com a situação doméstica destes países durante esse período. No caso da União Soviética, este exercício é particularmente útil para compreender a indissociabilidade das vertentes interna e externa do plano reformista implementado por Gorbatchov, que começou com a Perestroika e a Glasnost, e terminou com a revolução europeia de 1989 e a implosão da União Soviética em 1991.

Mas, se não fosse Gorbatchov? Se não fossem Reagan e Thatcher? Uma das questões centrais em toda a obra de Archie Brown – «algum dos líderes realmente alternativos nos seus países na década de 1980 teria adotado as mesmas políticas, ou parecidas, conduzindo a resultados semelhantes?»4 – encontra resposta nas reflexões conclusivas da parte iii. Ao chamar a atenção para a importância do envolvimento dos Três Gigantes, o autor argumenta que não é pelas capacidades políticas destes líderes que a Guerra Fria acabou quando e como acabou – outros possíveis líderes estariam certamente aptos para alguma negociação –, mas antes pelo seu compromisso e pelo impacto humano invulgar que tiveram uns nos outros.

O FIM DA ERA DE GELO E DA IDEIA DE UM «IMPÉRIO DO MAL»

No contexto da melhoria gradual das relações americano‐soviéticas durante a segunda metade da década de 1980, a análise de Archie Brown sugere ainda que a condição‐chave para entender como foi possível «quebrar o gelo» é precisamente o fator humano. Esta interpretação está fundamentalmente ligada aos contributos (indispensáveis) de Gorbatchov e Reagan na desconstrução de um ambiente internacional hostil e da ameaça de um conflito nuclear, do qual ninguém poderia sair vencedor. No seu entendimento, a chegada de Gorbatchov ao poder em março de 1985 foi o primeiro grande estímulo para o fim daquela a que o próprio secretário‐geral do PCUS chamou «a era de gelo» entre as duas superpotências. Brown relembra que, para além de um otimista nato, Gorbatchov era um reformador. As reformas que implementou na URSS reorientaram a política externa soviética para um sentido completamente revigorado, agora assente num novo olhar sobre as relações internacionais e sobre o papel da União Soviética no mundo. Esta reorientação é crucial para compreender por que motivo foi possível quebrar o gelo. Foi possível, em primeiro lugar, porque a Política do Pensamento Novo contribuiu de forma determinante para provar que Moscovo e Washington não tinham necessariamente interesses opostos. Esta revisão doutrinal, em simultâneo com o processo gradual de democratização da sociedade e instituições soviéticas, criaram oportunidade para refutar a teoria estalinista de uma hostilidade obrigatória e inevitável entre «os dois mundos». Conforme sugere Carlos Gaspar n’O Pós- -Guerra Fria, «a União Soviética do “Novo Pensamento Político” desiste de ser a “vanguarda socialista”, para passar a ser um país “normal” – o leitmotiv dos reformadores – e um parceiro responsável na política internacional»5. Muito por conta desta reforma de nível sistémico, sobretudo a partir de 1987, Archie Brown conclui que, entre os Três Gigantes, Gorbatchov foi quem fez a maior das diferenças para as transformações ocorridas no mundo dos últimos sete anos da Guerra Fria. Esta é, aliás, a lógica por detrás de toda a narrativa do autor: não se pode considerar que os líderes políticos são a explicação para tudo o que acontece na política; muitos deles fazem apenas uma diferença marginal, outros nem sequer fazem diferença. Mas alguns líderes são a diferença que explica por que razão a História acontece de uma forma ou de outra, quer pelos seus feitos domésticos, quer pelos seus feitos internacionais. The Human Factor é a referência majestosa que nos ensina que não é possível interpretar o fim da Guerra Fria sem ter em conta o valor das pessoas, das suas ideias e dos seus princípios.
 

NOTAS

1 Brown, Archie – The Human Factor: Gorbachev, Reagan, and Thatcher, and the End of the Cold War. Oxford: Oxford Uni- versity Press, 2020. Tradução da autora.

2  Ibidem. Tradução da autora.

3  Gorbatchov, Mikhail – Perestroika: Anos de Transformação e de Esperança para o Meu País e para o Mundo. Mem-Martins: Publicações Europa-América, 1987, p. 251. Tradução da autora.

4 Brown, Archie – The Human Factor... . Tradução da autora.

5 Gaspar, Carlos – O Pós-Guerra Fria. Lisboa: Tinta da China, 2016.


BIBLIOGRAFIA

Brown, Archie – The Human Factor: Gorbachev, Reagan, and Thatcher, and the End of the Cold War. Oxford: Oxford University Press, 2020.

Gaspar, Carlos – O Pós-Guerra Fria. Lis- boa: Tinta da China, 2016.

Gorbatchov, Mikhail – Perestroika: Anos de Transformação e de Esperança para o Meu País e para o Mundo. Mem-Martins: Publicações Europa-América, 1987. 


Daniela Pereira Nunes Licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (IEP-UCP). Atualmente, é mestranda em Ciência Política e Relações Internacionais no IEP-UCP, estando a elaborar uma dissertação sobre a liderança de Gorbatchov e o colapso da União Soviética. Principais áreas de interesse: Guerra Fria, liderança política, história da União Soviética. > IEP-UCP | Palma de Cima, 1649‐023 Lisboa | daniela_pn12@hotmail.com 


Amazon presentation: 

In this penetrating analysis of the role of political leadership in the Cold War's ending, Archie Brown shows why the popular view that Western economic and military strength left the Soviet Union with no alternative but to admit defeat is wrong. To understand the significance of the parts
played by Mikhail Gorbachev, Ronald Reagan and Margaret Thatcher in East-West relations in the second half of the 1980s, Brown addresses several specific questions: What were the values and assumptions of these leaders, and how did their perceptions evolve? What were the major influences on them? To
what extent were they reflecting the views of their own political establishment or challenging them? How important for ending the East-West standoff were their interrelations? Would any of the realistically alternative leaders of their countries at that time have pursued approximately the same
policies?
The Cold War got colder in the early 1980s and the relationship between the two military superpowers, the USA and the Soviet Union, each of whom had the capacity to annihilate the other, was tense. By the end of the decade, East-West relations had been utterly transformed, with most of the dividing
lines - including the division of Europe - removed. Engagement between Gorbachev and Reagan was a crucial part of that process of change. More surprising was Thatcher's role. Regarded by Reagan as his ideological and political soulmate, she formed also a strong and supportive relationship with
Gorbachev (beginning three months before he came to power). Promoting Gorbachev in Washington as "a man to do business with", she became, in the words of her foreign policy adviser Sir Percy Cradock, "an agent of influence in both directions".

às outubro 02, 2020 Nenhum comentário:
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores: Archie Brown, cold war, Daniela Pereira Nunes, Margaret Thatcher, Mokhail Gorbatchev, Ronald Reagan
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial
Assinar: Comentários (Atom)

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...

  • 673) A formacao e a carreira do diplomata
    Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
  • 561) Informações sobre a carreira diplomatica, III: desoficiosas...
    FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
  • Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu - Paulo Roberto de Almeida
    Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
  • Mercado Comum da Guerra? Acordo Militar EUA-Paraguai
    Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
  • Um prefácio meu sobre um livro de Dennys Xavier apresentando a obra de Thomas Sowell (2020) - Paulo Roberto de Almeida
    Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell   quarta-feira, 4 de março...
  • 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia - Elio Gaspari (FSP)
      Itamaraty   'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
  • Las nuevas ultraderechas conservadoras y reaccionarias - José Antonio Sanahuja Perales
      Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
  • A nova Questão Alemã, submetida à Madame Inteligência Artificial - Chanceler Friedrich Merz vs AI
      O Chanceler alemão Merz: "Caros amigos, as décadas da Pax Americana chegaram ao fim para nós na Europa, e para nós na Alemanha também...
  • Israel Products in India: A complete list
      Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...

O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Site pessoal: www.pralmeida.net.

Pesquisar este blog

Quem sou eu: Paulo Roberto de Almeida

Minha foto
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, DF, Brazil
Ver meu perfil completo

Últimas Postagens:

  • ▼  2025 (1529)
    • ▼  dezembro (114)
      • Alternâncias e conformismo - Paulo Roberto de Almeida
      • Revista Será?: edição de 20 de dezembro de 2025: O...
      • Três impérios, dois imperadores e um candidato ao ...
      • Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histór...
      • "No One is Safe" Ukraine Strikes Putin's Palace as...
      • “A Paz como Projeto e Potência”, 4º seminário do C...
      • Madame Inteligência Artificial me corrige mais uma...
      • A paz como projeto e potência, com André Magnelli ...
      • Do que o chanceler acidental escapou: "1ª Turma do...
      • Quando a desgraça é bem-vinda… - Paulo Roberto de ...
      • The Berlin Leaders' Statement on Ukraine (December...
      • Book by Dani Rodrik: "Shared Prosperity in a Fract...
      • Efeitos a longo prazo do colonialismo português na...
      • Política externa e diplomacia do Brasil: convergê...
      • UM GRITO PELA DEMOCRACIA!, Manifesto pela Democrac...
      • Trabalhos selecionados sobre temas de paz e segura...
      • O quadro da produtividade latino-americana - Estud...
      • Las nuevas ultraderechas conservadoras y reacciona...
      • Conversando com os Brics? Talvez, mas sem deixar d...
      • Como diplomata, confesso que tenho vergonha da pol...
      • Uma paz não kantiana?: Sobre a paz e a guerra na e...
      • Mercado Comum da Guerra? Acordo Militar EUA-Paraguai
      • RECHERCHES INTERNATIONALES, FISSURES DANS L’ATLANT...
      • A Paz como Projeto e Potência! - Ciclo de Humanida...
      • Uma paz não-kantiana? Sobre a paz e a guerra na er...
      • FORÇA, MINISTRO FACHIN EDITORIAL DO ESTADÃO, 15/1...
      • Países que mais acessaram os trabalhos PRA em Aca...
      • Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia....
      • A luta contra a corrupção na China: algo como os 1...
      • O Decálogo dos Cansados - Restaurante Pecorino, Br...
      • O grande historiador do totalitarismo assassino do...
      • Um prefácio meu sobre um livro de Dennys Xavier ap...
      • Um debate sobre a política externa brasileira a pr...
      • O filósofo francês Pascal Bruckner recebe o prêmio...
      • Ucrânia encontrou tesouro contra a Rússia no lugar...
      • 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma a...
      • Com disputa entre Poderes, Brasil vive baderna ins...
      • The speed of the Russian offensive in Ukraine is t...
      • Russia Burns, under Kyiv missiles and drones - The...
      • A nova Questão Alemã, submetida à Madame Inteligên...
      • O fim e o começo de uma época: outra vez a Alemanh...
      • A inteligência da Ucrânia contra a violência estúp...
      • Conversas sobre os Brics? - Coord. emb. José Vicen...
      • Numéro special de Recherches internationales, cons...
      • A New Cold War? Worse than that - McFaul
      • George Orwell on Nationalism (1945)
      • La tradición liberal venezolana Gabriela Calderón ...
      • O pequeno manual prática da decadência, examinado ...
      • Pequeno manual prático da decadência (recomendável...
      • Pequeno manual prático da decadência (recomendável...
      • Rato de Biblioteca: memórias intelectuais de um di...
      • Putin Eradicates Officials as FSB CANNIBALIZES Kre...
      • Trump: the end of Freedom in the U.S. and the Betr...
      • A estratégia de Trump para o ‘quintal’ do Hemisfér...
      • Vergonha diplomática: governo Lula se recusa a con...
      • A resistência intelectual contra o bolsonarismo di...
      • CREDN repudia abstenção do Brasil sobre devolução ...
      • Minha luta contra o bolsonarismo diplomático conti...
      • Trabalhos mais acessados PRA em Academia.edu (acim...
      • “A Diplomacia Brasileira na Elaboração do Direito ...
      • Política Externa e interesse nacional: três versõe...
      • A internacional dos poderes totalitários no mundo:...
      • Simplifique, simplifique, fica melhor! Nem sempre…...
      • A Europa unida em face da dominação de dois grande...
      • Ironias da história de vida do chanceler acidental...
      • Ucrânia: tempos decisivos numa guerra que não term...
      • A estratégia dos EUA e a Doutrina Monroe - Rubens ...
      • A “doutrina Trump” e o Brasil - Paulo Roberto de A...
      • New Strategic Security Trumpian doctrine and the S...
      • The National Security Strategy of the Trump Admini...
      • Doutrina Trump e a nova desordem global Editorial...
      • Brazilian Foreign Policy beyond Itamaraty’s Insula...
      • ¿Giro a la (extrema) derecha en América latina? - ...
      • O marxismo confuciano de Xi Jinping - Xulio Rios (...
      • Integração Regional e as perspectivas do Mercosul ...
      • A Short History on a K-like style - PRA, seguido d...
      • A Paz como Projeto e Potência - Paulo Roberto de A...
      • “Shame on America”, from Prime Minister of Poland ...
      • Banks of China in Brazil and Brazilian Banks The c...
      • A Short History on a K-like style - By PRA (adora ...
      • Putin deveria ter aceitado o acordo de Trump. Agor...
      • Correspondência secreta de Putin a Trump neste sáb...
      • Could Brazil’s mega-election herald the end of pol...
      • Minas e as formigas - Ary Quintella, sobre o livro...
      • Opinion - Sadly, Trump is right on Ukraine - Alan ...
      • Russia’s Reign of Terror: The Five Worst Atrocitie...
      • O mundo em três tempos: 1925, 1945 e 2025 – Paulo ...
      • O multilateralismo vazio da diplomacia brasileira,...
      • Bertrand Arnaud: avaliação sumária da Estratégia d...
      • A estratégia de Trump para o Hemisfério Ocidental ...
      • Trabalhos publicados por Paulo Roberto de Almeida ...
      • Uma estratégia destinada ao fracasso: a de Trump p...
      • Trajetórias quase Toynbeeanas - Paulo Roberto de A...
      • Trump está recuando os EUA cem anos atrás com sua ...
      • November: more than 81,000 Russian targets DESTROY...
      • Minhas impressões sobre Paulo Guedes e Olavo de Ca...
      • A. Western Hemisphere: The Trump Corollary to the ...
      • O mundo em três tempos: 1925, 1945, 2025 - Paulo R...
      • Revista Será?, o melhor semanário da imprensa inov...
      • Diplomacia telefônica - Rubens Barbosa (Editorial ...
    • ►  novembro (120)
    • ►  outubro (107)
    • ►  setembro (105)
    • ►  agosto (107)
    • ►  julho (150)
    • ►  junho (87)
    • ►  maio (144)
    • ►  abril (159)
    • ►  março (168)
    • ►  fevereiro (134)
    • ►  janeiro (134)
  • ►  2024 (1681)
    • ►  dezembro (106)
    • ►  novembro (154)
    • ►  outubro (93)
    • ►  setembro (126)
    • ►  agosto (128)
    • ►  julho (103)
    • ►  junho (178)
    • ►  maio (172)
    • ►  abril (186)
    • ►  março (184)
    • ►  fevereiro (132)
    • ►  janeiro (119)
  • ►  2023 (1268)
    • ►  dezembro (119)
    • ►  novembro (92)
    • ►  outubro (89)
    • ►  setembro (105)
    • ►  agosto (93)
    • ►  julho (92)
    • ►  junho (97)
    • ►  maio (118)
    • ►  abril (139)
    • ►  março (119)
    • ►  fevereiro (96)
    • ►  janeiro (109)
  • ►  2022 (1317)
    • ►  dezembro (107)
    • ►  novembro (104)
    • ►  outubro (121)
    • ►  setembro (94)
    • ►  agosto (119)
    • ►  julho (121)
    • ►  junho (132)
    • ►  maio (104)
    • ►  abril (100)
    • ►  março (122)
    • ►  fevereiro (116)
    • ►  janeiro (77)
  • ►  2021 (1250)
    • ►  dezembro (106)
    • ►  novembro (107)
    • ►  outubro (75)
    • ►  setembro (85)
    • ►  agosto (76)
    • ►  julho (88)
    • ►  junho (96)
    • ►  maio (134)
    • ►  abril (139)
    • ►  março (116)
    • ►  fevereiro (87)
    • ►  janeiro (141)
  • ►  2020 (1711)
    • ►  dezembro (162)
    • ►  novembro (165)
    • ►  outubro (147)
    • ►  setembro (128)
    • ►  agosto (129)
    • ►  julho (101)
    • ►  junho (141)
    • ►  maio (171)
    • ►  abril (148)
    • ►  março (138)
    • ►  fevereiro (150)
    • ►  janeiro (131)
  • ►  2019 (1624)
    • ►  dezembro (123)
    • ►  novembro (107)
    • ►  outubro (124)
    • ►  setembro (90)
    • ►  agosto (147)
    • ►  julho (129)
    • ►  junho (176)
    • ►  maio (125)
    • ►  abril (138)
    • ►  março (189)
    • ►  fevereiro (134)
    • ►  janeiro (142)
  • ►  2018 (1134)
    • ►  dezembro (126)
    • ►  novembro (111)
    • ►  outubro (101)
    • ►  setembro (104)
    • ►  agosto (91)
    • ►  julho (102)
    • ►  junho (77)
    • ►  maio (88)
    • ►  abril (80)
    • ►  março (100)
    • ►  fevereiro (89)
    • ►  janeiro (65)
  • ►  2017 (937)
    • ►  dezembro (79)
    • ►  novembro (94)
    • ►  outubro (118)
    • ►  setembro (93)
    • ►  agosto (127)
    • ►  julho (77)
    • ►  junho (52)
    • ►  maio (71)
    • ►  abril (59)
    • ►  março (58)
    • ►  fevereiro (52)
    • ►  janeiro (57)
  • ►  2016 (1203)
    • ►  dezembro (76)
    • ►  novembro (64)
    • ►  outubro (111)
    • ►  setembro (105)
    • ►  agosto (109)
    • ►  julho (88)
    • ►  junho (108)
    • ►  maio (120)
    • ►  abril (123)
    • ►  março (109)
    • ►  fevereiro (86)
    • ►  janeiro (104)
  • ►  2015 (1479)
    • ►  dezembro (118)
    • ►  novembro (93)
    • ►  outubro (132)
    • ►  setembro (114)
    • ►  agosto (107)
    • ►  julho (110)
    • ►  junho (81)
    • ►  maio (103)
    • ►  abril (136)
    • ►  março (147)
    • ►  fevereiro (194)
    • ►  janeiro (144)
  • ►  2014 (3131)
    • ►  dezembro (146)
    • ►  novembro (144)
    • ►  outubro (266)
    • ►  setembro (234)
    • ►  agosto (231)
    • ►  julho (287)
    • ►  junho (339)
    • ►  maio (337)
    • ►  abril (234)
    • ►  março (308)
    • ►  fevereiro (256)
    • ►  janeiro (349)
  • ►  2013 (3297)
    • ►  dezembro (337)
    • ►  novembro (189)
    • ►  outubro (231)
    • ►  setembro (296)
    • ►  agosto (330)
    • ►  julho (322)
    • ►  junho (351)
    • ►  maio (324)
    • ►  abril (293)
    • ►  março (204)
    • ►  fevereiro (282)
    • ►  janeiro (138)
  • ►  2012 (2221)
    • ►  dezembro (186)
    • ►  novembro (162)
    • ►  outubro (152)
    • ►  setembro (172)
    • ►  agosto (174)
    • ►  julho (183)
    • ►  junho (151)
    • ►  maio (170)
    • ►  abril (217)
    • ►  março (205)
    • ►  fevereiro (226)
    • ►  janeiro (223)
  • ►  2011 (2416)
    • ►  dezembro (232)
    • ►  novembro (195)
    • ►  outubro (250)
    • ►  setembro (261)
    • ►  agosto (212)
    • ►  julho (196)
    • ►  junho (188)
    • ►  maio (230)
    • ►  abril (181)
    • ►  março (137)
    • ►  fevereiro (168)
    • ►  janeiro (166)
  • ►  2010 (2336)
    • ►  dezembro (149)
    • ►  novembro (148)
    • ►  outubro (196)
    • ►  setembro (240)
    • ►  agosto (270)
    • ►  julho (235)
    • ►  junho (215)
    • ►  maio (262)
    • ►  abril (189)
    • ►  março (98)
    • ►  fevereiro (152)
    • ►  janeiro (182)
  • ►  2009 (648)
    • ►  dezembro (80)
    • ►  novembro (88)
    • ►  outubro (65)
    • ►  setembro (70)
    • ►  agosto (82)
    • ►  julho (69)
    • ►  junho (53)
    • ►  maio (40)
    • ►  abril (37)
    • ►  março (22)
    • ►  fevereiro (11)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2008 (162)
    • ►  dezembro (33)
    • ►  novembro (19)
    • ►  outubro (12)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (6)
    • ►  julho (9)
    • ►  junho (25)
    • ►  maio (11)
    • ►  abril (7)
    • ►  março (10)
    • ►  fevereiro (10)
    • ►  janeiro (14)
  • ►  2007 (146)
    • ►  dezembro (11)
    • ►  novembro (19)
    • ►  outubro (18)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (12)
    • ►  julho (8)
    • ►  junho (22)
    • ►  maio (4)
    • ►  abril (9)
    • ►  março (7)
    • ►  fevereiro (17)
    • ►  janeiro (13)
  • ►  2006 (193)
    • ►  dezembro (38)
    • ►  novembro (9)
    • ►  outubro (7)
    • ►  setembro (10)
    • ►  agosto (9)
    • ►  julho (67)
    • ►  junho (53)

Vidas Paralelas (2025)

Vidas Paralelas (2025)
Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil

Intelectuais na Diplomacia Brasileira

Intelectuais na Diplomacia Brasileira
a cultura a serviço da nação

Construtores da nação

Construtores da nação
Projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior

Apogeu e demolição da política externa

Apogeu e demolição da política externa
Itinerários da diplomacia brasileira

O Itamaraty Sequestrado

O Itamaraty Sequestrado
a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021

A ordem econômica mundial

A ordem econômica mundial
e a América Latina (2020)

Miséria da diplomacia (2019)

Miséria da diplomacia (2019)
A destruição da inteligência no Itamaraty

Contra a Corrente: ensaios contrarianistas

Contra a Corrente: ensaios contrarianistas
A grande Ilusão do BRICS e o universo paralelo da diplomacia brasileira (2022)

O Homem que Pensou o Brasil

O Homem que Pensou o Brasil
Roberto Campos: trajetória intelectual

Formação da Diplomacia Econômica no Brasil

Formação da Diplomacia Econômica no Brasil
as relações econômicas internacionais no Império

Pesquisar este blog

Obras do autor:

Manifesto Globalista
Plataforma Academia.edu
Nunca Antes na Diplomacia...
Prata da Casa: os livros dos diplomatas
Volta ao Mundo em 25 Ensaios
Paralelos com o Meridiano 47
O Panorama visto em Mundorama
Rompendo Fronteiras
Codex Diplomaticus Brasiliensis
Polindo a Prata da Casa
Livros individuais PRA
Livros editados por PRA
Colaboração a livros coletivos
Capítulos de livros publicados
Teses e dissertações
Artigos em periódicos
Resenhas de livros
Colaborações regulares
Videos no YouTube

Paulo Roberto e Carmen Lícia

Paulo Roberto e Carmen Lícia
No festival de cinema de Gramado, 2016

PRA on Academia.edu

  • PRA on Academia.edu

PRA on Research Gate

  • Paulo Roberto de Almeida on ResearchGate

Works PRA

  • Carreira na diplomacia
  • Iluminuras: minha vida com os livros
  • Manifesto Globalista
  • Sun Tzu para Diplomatas: uma estratégia
  • Entrevista ao Brasil Paralelo
  • Dez grandes derrotados da nossa história
  • Dez obras para entender o Brasil
  • O lulopetismo diplomático
  • Teoria geral do lulopetismo
  • The Great Destruction in Brazil
  • Lista de trabalhos originais
  • Lista de trabalhos publicados
  • Paulo Roberto de Almeida
  • Works in English, French, Spanish

Outros blogs do autor

  • Eleições presidenciais 2018
  • Academia
  • Blog PRA
  • Book Reviews
  • Cousas Diplomaticas
  • DiplomataZ
  • Diplomatizando
  • Diplomatizzando
  • Eleições presidenciais 2006
  • Eleições presidenciais 2010
  • Meu primeiro blog
  • Meu segundo blog
  • Meu terceiro blog
  • Shanghai Express
  • Textos selecionados
  • Vivendo com os livros

Total de visualizações de página

Inscrever-se

Postagens
Atom
Postagens
Comentários
Atom
Comentários

Détente...

Détente...
Carmen Lícia e Paulo Roberto

Links

  • O Antagonista
  • Academia.edu/PRA
  • Mercado Popular
  • Mão Visivel
  • De Gustibus Non Est Disputandum
  • Mansueto Almeida
  • Orlando Tambosi - SC
  • Carmen Lícia Palazzo - Site
  • Carmen Licia Blogspot
  • Foreign Policy
  • Instituto Millenium
  • O Estado de Sao Paulo

Uma reflexão...

Recomendações aos cientistas, Karl Popper:
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."

Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Uma recomendação...

Hayek recomenda aos mais jovens:
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)

ShareThis

Livros, livros e mais livros

Livros, livros e mais livros
My favorite hobby...

Academia.edu

Follow me on Academia.edu
Powered By Blogger
Paulo Roberto de Almeida. Tema Simples. Tecnologia do Blogger.