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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ja que estamos sendo compreensivos com o Islam, melhor estudar a fundo - Janer Cristaldo

O sempre inteligente, inevitavelmente irônico, e tremendamente contundente Janer Cristaldo, que infelizmente já nos deixou, há poucos meses, deixou, em 2011, alguns comentários ainda válidos sobre a pretensão de um preclaro deputado tupiniquim, que pretendia introduzir o estudo dos povos islâmicos em nossas escolas.
Colaborando com o espírito compassivo, compreensivo, respeitador e dignificador dessa religião pacífica e muito amorosa, e com o sentimento universalista de seus povos, permito-me colocar aqui esta postagem do Janer, que é sempre instrutiva para aqueles que conhecem pouco dessa religião magnifíca...
Paulo Roberto de Almeida

SOBRE A NECESSIDADE DE ESTUDAR O ISLÃ
Janer Cristaldo
quinta-feira, agosto 04, 2011

Leitores me enviam, preocupados, proposição de um deputado petista, que pretende tornar obrigatório, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, o ensino sobre a cultura árabe e a tradição islâmica. “O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo – diz o projeto de lei – incluirá o estudo de história dos povos árabes, a cultura e a religiosidade islâmica e o árabe na formação da sociedade contemporânea, resgatando a contribuição do povo árabe nas áreas social, econômica e política pertinente à história do Brasil e do mundo contemporâneo”.

Bom, eu sou um estudioso da cultura árabe. Em minha biblioteca não faltam o Corão e vários ensaios sobre islamismo. Nada contra estudar o islamismo. Desde que ninguém pretenda pregar catecismo. Por outro lado, tal estudo, a meu ver, deveria ser opcional. Não entendo a obrigatoriedade para estudantes do ensino fundamental e médio da cultura árabe. Antes da árabe, seria mais oportuno estudar outras culturas, que também influenciaram a nossa. Sem ir mais longe, as culturas grega, romana, hispânica, francesa, britânica e mesmo alemã, que muito mais têm a ver com a nossa, do que a maometana.

Aprender uma língua sempre enriquece uma pessoa, e quem hoje sabe o árabe tem acesso a todo um universo que não podemos ignorar. Para um jornalista, conhecer o árabe é uma mão na roda. Mas, pelo viés do projeto do deputado, estudo da língua não está em questão. O estudo do islamismo sempre pode ser interessante. Poderíamos entender, por exemplo, as pretensões dos muçulmanos a Jerusalém.

Que tem a ver Maomé com Israel? Ocorre que Maomé viajou, em uma noite, de Meca a Jerusalém, montado em uma besta alada chamada al Buraq, menor que um burro e maior que uma mula. Segundos os mulás, esta espécie de mula teria cabeça de anjo e rabo de pavão.

Até aí nada demais. Se o Deus de Israel arrasa cidades a ferro e fogo, abre mares e provoca dilúvios, por que o Deus dos árabes não poderia delegar uma de suas mulas aladas para levar, em velocidade de Boeing, seu profeta em rápido turismo a Jerusalém? Quem com Jeová fere, com Alá será ferido. O pepino é que Maomé decidiu apear da besta justo ao lado do Domo da Rocha, atrás do Muro das Lamentações. E dela subiu ao Sétimo Céu, sempre montado no Burak e guiado pelo anjo Gabriel. Com tantas rochas em Jerusalém, Maomé escolheu para aterrissar justo aquela em Abraão iria degolar Isaac em oferenda a Jeová. Deste singelo fato histórico, sempre negado pelos infiéis, decorre o direito dos muçulmanos a Jerusalém.

Interessante conhecer como os muçulmanos resolvem com singeleza situações que neste nosso mundo ocidental exigem advogados e muita burocracia. Por exemplo, a lei dos três talaks (repúdio), que simplifica extraordinariamente o divórcio. Pronunciado três vezes o repúdio pelo marido, a mulher está divorciada. Claro que o inverso é inimaginável. Mulher vale sempre metade no Islã. Se o Corão reconhece às mulheres o direito à herança, os doutores da lei decidiram que a mulher só pode receber metade da parte devida ao homem. O testemunho de um homem vale pelo testemunho de duas mulheres. Um homem pode ter quatro mulheres. A mulher, um só homem.

Em janeiro de 2007, o Corriere della Sera nos contava uma versão mais ágil do divórcio árabe. Uma professora de Literatura em Genova, casada em segundo matrimônio com um marroquino, descobriu-se divorciada por celular. Recebeu um singelo SMS com a mensagem: EU TE REPUDIO, EU TE REPUDIO, EU REPUDIO. O divórcio estava consumado. Em 2006, um tribunal de Manila, Filipinas, reconheceu que o direito dos maridos ao divórcio se poderá efetivar via SMS. A tecnologia unida ao Islã torna tudo mais rápido.

Isso sem falar na infibulação da vagina e na ablação do clitóris. Que história é essa de achar que a mulher tem direito ao prazer sexual? Melhor castrar as devassas antes de qualquer orgasmo. Estas mutilações estão hoje em todos os jornais. Mas nos anos 70, quando escrevi sobre o assunto no Brasil, fui tomado por delirante. Acusavam-me de estar denegrindo o islamismo. Hoje, sabe-se que a praga está se espalhando pela Europa, Estados Unidos e Canadá. Acho muito bom estudar a fundo o Islã.

Os alunos poderiam então entender que Maomé não conduziu os árabes à fé através da habilidade do bom discurso e de um raciocínio correto, mas pela violência e ameaça. Homem de guerra, o profeta liderou sete anos de sangrentas batalhas entre Medina, muçulmana, e sua cidade natal, Meca, cujos principais representantes eram pagãos. No transcurso de sua vida, Maomé comandou 27 expedições militares e organizou outras tantas, lideradas por seus subordinados. Quem não se rendesse ao Islã e pagasse o dízimo poderia ser roubado, escravizado ou morto pelos crentes.

Na batalha dos muçulmanos contra a tribo judaica de Bani Qurayzah, todos os homens foram condenados à morte e as mulheres e crianças à escravidão. Setecentos judeus foram decapitados com um golpe de espada e tiveram seus corpos jogados em valas. A matança durou o dia todo e o último grupo foi executado à luz de tochas. Quem entra em Meca, em janeiro de 630, não é um profeta imbuído de mensagens de paz, mas um Maomé conquistador à frente de um exército vitorioso. Maomé conseguiu, antes de sua morte, unificar praticamente toda a Arábia sob uma só religião, o Islã... a golpes de espada.

Não bastassem estes episódios históricos, o Alcorão concita os muçulmanos em várias de suas suras a exterminar os infiéis. Se algum dia estes fatos não puderem ser mencionados no Ocidente sob pena de guerra santa, nesse dia o Ocidente terá capitulado definitivamente frente ao islamismo.

Acho muito bom estudar a fundo o Islã. Sempre é bom saber a alta consideração que o Corão tem pelos escravos. Estão acima das infiéis. “Não desposem as mulheres politeístas a menos que elas decidam crer. Um escravo crente vale mais que uma mulher livre que não é crente, mesmo quando ela vos agrada. Da mesma forma, não casem suas filhas com não-crentes enquanto eles não passem a crer, pois o escravo crente é melhor que o não-crente, mesmo se este último vos seduz”.

Seria também interessante saber que a lei islâmica permite a venda de negros reduzidos à escravidão, porque de modo geral eles são infiéis. Que a venda de escravos se faz ordinariamente sob uma das seguintes condições: ou o vendedor oferece uma garantia pelos defeitos que porventura tiver o negro, ou bem ele especifica anteriormente que não é responsável por isso. Toda doença oculta, toda má inclinação, como a tendência ao roubo, todas as ações que denotam irascibilidade ou loucura são vícios redibitórios. Os negros acometidos destes males podem ser devolvidos a seus proprietários precedentes, a menos que a compra tenha sido concluída sob a condição de não-responsabilidade. Extraio estes dados de L\'Esclavage en Temps d\'Islam, de Malek Chebel.

O Islã é muito generoso em relação aos servos. Se alguém não tem condições de manter escravos, melhor vendê-los. O senhor deve suprir as necessidades de seus escravos, conforme seus meios. O imã Malek disse: “o Profeta estabeleceu que se deve prover conscientemente a manutenção e a alimentação do escravo, da mesma forma que não se lhe deve impor uma tarefa acima de suas forças”.

E por aí vai. Acho muito bom estudar a fundo o Islã.

- Enviado por Janer @ 9:18 PM

Site pralmeida.org: textos mais solicitados, temas mais buscados


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Os três textos mais solicitados, ou seja, aqueles que aparecem com maior incidência em vários dos meses visitados, são os seguintes:

1) 1257SociologiaSintese.pdf
2) 1892GuiaMonografia.pdf
3) 04moedasbrasil/04MoedasBrasileiras

Alguns outros comparecem com frequência, geralmente relativos a economia. Em todo caso, revela que os maiores demandantes pelos meus textos são alunos desesperados para fazer algum trabalho escolar.

As palavras chaves mais acessadas, ou as perguntas mais comumente efetuadas pelos “pesquisadores”, dentre centenas identificadas, são estas:

1) Augusto Comte, origem e surgimento da sociologia; seu contexto histórico
2) como fazer uma monografia
3) vantagens e desvantagens da globalização
4) relações internacionais
5) Mercosul

Site pralmeida.org: estatisticas de acesso, anos de 2013 e 2014


Estatísticas de Acesso ao Site pralmeida.org:
Comparativo 2013 e 2014 (e meses selecionados), e janeiro de 2015 e de 2014

Paulo Roberto de Almeida
Acesso realizado em 9/01/2015


Nota: não existem dados para o mês de Outubro de 2013, por razões ainda não determinadas. Se formos retirar uma média desse mês (ou seja, o total do ano, de 110.249, dividido por onze meses, o resultado seria de 10.022, o que precisaria ser agregado ao número total do ano, que se tornaria, assim: 120.271, ainda assim inferior ao total de 2014, que foi de 163.471, ou seja, um aumento de 43.170 visitas, ou de 36% de um ano a outro.

Comparando meses selecionados, de 2013 a 2014:

Dezembro de 2013:
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Dezembro de 2014:
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3.57 GB
(234.27 KB/visit)
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1.59 GB

Nota: o número de visitantes únicos aumentou em 40% e o número de visitas em 32%

Agora em meados de cada ano:

Julho de 2013:
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Julho de 2014:
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2.21 GB

Nota: o número de visitantes únicos aumentou em 22% e o número de visitas em 38,5%


E no começo de cada ano, em 2013 e em 2014:

Janeiro de 2013:
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1.28 GB

Nota: o número de visitantes únicos diminuiu em 35,7% e o número de visitas em 30%

Em janeiro de 2015, os acessos só podem ser medidos parcialmente; nos primeiros oito dias, em 2015, o número de visitantes únicos se situava em 3,636, contra 2.743 visitantes únicos em janeiro de 2014, ou seja, um aumento de 32,5% de um janeiro a outro.

Hartford, 9 de janeiro de 2015