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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável: vídeos dos painéis

 ASSISTA | Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável

 

Brasil e China devem aumentar a cooperação no desenvolvimento e uso de tecnologias que garantam uma produção agropecuária sustentável que preserve a biodiversidade. Também devem intensificar a troca de informações na área de finanças verdes, para aproximar projetos sustentáveis no Brasil de potenciais investidores chineses. Essas são algumas das conclusões do "Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável", realizado pelo Conselho Empresarial Brasil China, em parceria com o Institute of Finance and Sustainability, que reuniu pela primeira vez representantes dos governos, dos setores empresariais e de think tanks do Brasil e da China para trocar experiências e discutir possíveis caminhos de cooperação em finanças verdes, agricultura sustentável, biodiversidade e economia circular. 
O evento foi patrocinado pelas empresas Bayer, BRF e Suzano e contou com a presença da ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, do ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Marcos Troyjo, e de Yang Wanming, embaixador da China no Brasil. 
 
Assista à íntegra dos debates sobre finanças verdes e práticas agropecuárias sustentáveis. (1º dia)_ CLIQUE AQUI
Assista à íntegra dos debates sobre biodiversidade, bioeconomia e economia circular. (2º dia)_ CLIQUE AQUI
 
O CEBC e o evento tiveram 32 citações nas imprensas nacional e internacional, por meio de publicações veiculadas em 41 jornais e portais de notícias. Confira AQUI a repercussão do "Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável".  

acesse: https://youtu.be/3J68p9sWE30 (1º dia) e https://youtu.be/JJkBKKN-fbA (2º dia)
Conselho Empresarial Brasil-China

Os efeitos mortais da bolsonarite aguda: número de mortos entre seus eleitores são 3 vezes maiores

 "Os dados trazidos a público pelo jornalista Ricardo Mendonça no Valor Econômico são estarrecedores. Todas as 5.570 cidades brasileiras foram divididas de acordo com o percentual de votos em Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. Em 108 cidades, Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, em 833 cidades teve entre 10% e 20% dos votos, e assim sucessivamente, até chegar nas 214 cidades nas quais Bolsonaro teve entre 80% e 90% dos votos e na única cidade em que Bolsonaro teve 90% ou mais dos votos em 2018. Essas informações, aliás, são de domínio público e podem ser acessadas por qualquer um no Repositório de Dados Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral.

De posse dessas informações, o próximo passo foi analisar a quantidade de casos e de mortes por Covid-19 em cada uma das 5.570 cidades. Novamente, os dados são de livre acesso, tanto pelo Painel Coronavírus do Ministério da Saúde quanto pelo DataSUS. Nas 108 cidades em que Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, o número de casos é de 3.781 por 100.000 habitantes. A quantidade de casos sobe linearmente até atingir 10.477 casos por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve entre 80% e 90% dos votos e 11.477 casos por 100.000 habitantes na cidade em que Bolsonaro teve 90% ou mais dos votos.
Os dados para mortes são igualmente chocantes. A mortalidade varia de 70 mortes por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve menos de 10% dos votos, até mais de 200 mortes por 100.000 habitantes nas cidades em que Bolsonaro teve 50% dos votos ou mais. Na única cidade em que Bolsonaro fez 90% dos votos ou mais no segundo turno das eleições de 2018, a mortalidade é de 313 por 100.000 habitantes. Mais do que o resultado dessa cidade isoladamente, o que chama atenção é a escadinha observada nos gráficos.
O morador de uma cidade na qual Bolsonaro venceu o segundo turno das eleições de 2018 tem três vezes mais risco de morte por Covid-19 do que o morador de uma cidade em que Bolsonaro foi derrotado com folga. Mesmo que a pessoa tenha votado contra o negacionismo, estando ela exposta a um ambiente negacionista, seu risco de morte é maior."

Pedro Hallal, Folha de S. Paulo, 26/05/2021

O Itamaraty e as infelizes declarações "dipromáticas' de um presidente antidiplomático - noticias

 Itamaraty responde à CPI que não é fonte da declaração de Bolsonaro sobre 'guerra química'


CPI perguntou se origem da declaração do presidente, que fez referência indireta à China, é informação da pasta. 'Será que não estamos enfrentando uma nova guerra?', indagou Bolsonaro.

Por Gustavo Garcia, G1 — Brasília
28/05/2021 01h26  Atualizado há 6 horas

O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, encaminhou à CPI da Covid nesta quinta-feira (27) ofício no qual afirma que o Itamaraty não é a fonte de informação utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro para levantar a hipótese de estar em curso uma "guerra química".

No último dia 5, em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que "ninguém sabe" a origem do vírus da Covid-19, mencionou a "guerra química" e fez uma referência indireta à China, principal fornecedor de insumos para vacinas produzidas no Brasil.

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", declarou Bolsonaro na ocasião. A China foi o único país com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado.

Diante dessas declarações — e com base em um requerimento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) — a comissão parlamentar de inquérito enviou ao Itamaraty e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) um pedido de explicações, perguntando aos dois órgaos se eram a fonte da suspeita levantada por Bolsonaro.

À comissão, o Ministério das Relações Exteriores encaminhou a seguinte resposta:

"Este ministério não produziu ou forneceu informação 'sobre a possibilidade de estar em curso uma guerra não declarada, promovida por nação estrangeira, por meio de guerra química, bacteriológica e radiológica'."

A resposta da Abin ainda não foi encaminhada à comissão ou não foi disponibilizada no sistema da comissão no portal do Senado.

Repercussão
Embora Bolsonaro não tenha mencionado explicitamente a China, parlamentares interpretaram a afirmação como mais um ataque do presidente ao país asiático.

A fala de Bolsonaro foi criticada por integrantes da CPI. Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado, por exemplo, afirmou que a declaração "piora" a obtenção, pelo Brasil, de insumos contra a doença, uma vez que grande parte da matéria-prima para produção de vacinas vem da China.

No requerimento, Tasso Jereissati escreveu: "Trata-se de uma afirmação de alta gravidade na medida em que o comandante supremo das Forças Armadas adverte para a possibilidade de estar em curso um conflito não declarado, promovido por nação estrangeira".

Dois dias depois da declaração de Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com o embaixador da China no Brasil. "Essas declarações do presidente não envolvem a China, e o presidente Bolsonaro tem atuado fortemente para incentivar a campanha de vacinação", afirmou Queiroga (vídeo abaixo).

Relação com a China
No pedido de informações encaminhado ao Itamaraty, Tasso Jereissati também quis saber em que estágio está se encontram as relações entre Brasil e China.

Na resposta, o ministro Carlos Alberto França diz que o país asiático é, desde 2009, "o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais fontes de investimentos estrangeiros no país". O ministro também apresenta dados da balança comercial Brasil-China, que, em 2020, teve um saldo positivo de US$ 33 bilhões.

A pasta também sustenta que, após o início da pandemia da Covid-19, a cooperação para o enfrentamento da crise sanitária "passou a ocupar lugar de destaque na agenda bilateral".

"Brasil e China dialogam e cooperam constantemente no enfrentamento da crise. A embaixada do Brasil em Pequim acompanha, em bases permanentes, os processos de autorização de exportação de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) e tem agido com rapidez necessária. Segundo dados oficiais chineses, o Brasil é o terceiro maior importador de vacinas e IFAs provenientes da China", diz o documento encaminhado pelo Itamaraty à CPI.

Nesta quarta-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu a agentes de inteligência do país a produção, em até 90 dias, de um relatório sobre a origem do Sars-CoV-2, o novo coronavírus causador da Covid-19.

Agentes norte-americanos trabalham com duas hipóteses: a de o coronavírus ter escapado por acidente de um laboratório ou — a hipótese que era mais aceita — de a origem da pandemia ter sido o contato de humanos com animais selvagens.

Em março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) descartou a hipótese de que a pandemia tenha sido provocada por um acidente de laboratório.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/28/itamaraty-diz-a-cpi-que-nao-e-fonte-da-declaracao-de-bolsonaro-sobre-guerra-quimica.ghtml

Saúde tentou importar IFA indiano para produzir cloroquina no Brasil

Por Wilson Lima
28.05.21 07:45

Durante a gestão Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde trabalhou pela importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da hidroxicloroquina junto ao governo da Índia, com o objetivo de intensificar a produção do medicamento no Brasil.

A informação consta de ofício enviado pelo Itamaraty à CPI da Covid. O documento, ao qual O Antagonista teve acesso, ratifica o esforço brasileiro para ampliar a produção de um medicamento sem comprovação científica no tratamento de Covid.

Além de tentar importar o IFA, o Ministério da Saúde encomendou cloroquina para o Exército e para a Fiocruz.

Segundo o documento, o setor privado acionou o Itamaraty, em março do ano passado, para tentar facilitar a importação do IFA da cloroquina junto ao governo indiano. Entretanto, a Índia vetou as exportações do produto em virtude da alta demanda no mercado internacional.

Três meses depois, com as retiradas das restrições às exportações pelo governo indiano, coube ao Ministério da Saúde atuar “para verificar as condições de possível importação de IFA difosfato de cloroquina da Índia”, conforme documento encaminhado à CPI da Covid.

Após a interferência do Ministério da Saúde, o governo brasileiro recebeu ofertas para receber o IFA da Índia e de Bangladesh. Apesar do esforço diplomático, não houve formalização de contrato.

Leia na íntegra o ofício do Itamaraty (https://cdn.oantagonista.net/uploads/2021/05/cloroquina_Itamaraty_oficio.pdf)

https://www.oantagonista.com/brasil/saude-tentou-importar-ifa-indiano-para-produzir-cloroquina-no-brasil/

Itamaraty não apoiou conversas com a China por insumos, diz Covas

Diretor do Instituto Butantan voltou a culpar falas do governo federal por atrapalhar desenvolvimento da Coronavac no Brasil

BRASIL | Gabriel Croquer, do R7
27/05/2021 - 17H15 (ATUALIZADO EM 27/05/2021 - 17H16)

O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27), à CPI da Covid, que o ministério de Relações Exteriores sob gestão do ex-ministro Ernesto Araújo não ofereceu apoio diplomático ou logístico nas conversas com a China para a obtenção de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). 

Araújo, que também foi chamado à CPI, foi demitido do cargo em março, após pressão do Congresso para a aceleração do processo de vacinação no Brasil. Em publicações nas redes sociais, o ex-ministro se defendeu das acusações de que sua gestão teria atrapalhado a compra de vacinas e as relações com a China para envio de insumos. 

Ele deu a informação em resposta ao senador Fabiano Contarato ( Rede-ES), um dos últimos senadores a falar na sessão desta quinta-feira (27). Antes, Covas também havia afirmado que  declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram o ministério da Saúde interromper negociações com o Butantan em 2020 para compra de 60 milhões de doses da Coronavac. 

Ainda de acordo com Covas, as falas de integrantes do governo federal prejudicaram o desenvolvimento do imunizante no país e, posteriormente, a entrega de remessas de insumos da China. 

Questionado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) se o governo atuou para estimular a produção de vacinas no Brasil, Covas afirmou que "no caso do Butantan, especificamente no caso dessa vacina [Coronavac], não".

https://noticias.r7.com/brasil/itamaraty-nao-apoiou-conversas-com-a-china-por-insumos-diz-covas-27052021

História Constitucional da Alemanha, Ingo Wolfgang Sarlet; Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy (2021) - livro disponível

SARLET, Ingo Wolfgang; GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. HISTÓRIA CONSTITUCIONAL DA ALEMANHA – Da Constituição da Igreja de São Paulo à Lei Fundamental. Porto Alegre, RS: Editora Fundação Fênix, 2021; 435p. ISBN: 978-65-87424-74-3 


Livro disponível neste link: 

https://www.academia.edu/49060868/Ingo_Wolfgang_Sarlet_Arnaldo_Sampaio_de_Moraes_Godoy_Historia_Constitucional_da_Alemanha_2021



https://doi.org/10.36592/9786587424743

Disponível em: https://www.fundarfenix.com.br

CDD – 340 

 

O propósito da presente obra é o de oferecer ao leitor em língua portuguesa uma visão panorâmica e introdutória sobre a fecunda história constitucional alemã. Trata-se de uma trajetória histórica extremamente importante, visto que o constitucionalismo alemão influenciou e segue influenciando a doutrina e a prática constitucionais de vários países do Mundo. Desde o século XIX as marcas do constitucionalismo alemão no direito constitucional brasileiro são fortíssimas, de modo particular na concepção de nossa Constituição de 1934 e desenvolvimentos futuros, como dá conta, na atualidade, a sua repercussão sobre a ordem constitucional vigente desde 1988. O que se percebe de modo inequívoco, é que no Brasil vivenciamos uma entusiástica recepção do constitucionalismo alemão, seja no plano textual, seja no plano doutrinário e da jurisprudência constitucional, o que se dá especialmente nos domínios da teoria constitucional, dos direitos fundamentais e do processo constitucional.

 

Direção editorial: Ingo Wolfgang Sarlet 

Diagramação: Editora Fundação Fênix 

Capa: Editora Fundação Fênix 

 

O padrão ortográfico, o sistema de citações, as referências bibliográficas, o conteúdo e a revisão de cada capítulo são de inteira responsabilidade de seu respectivo autor. 

Todas as obras publicadas pela Editora Fundação Fênix estão sob os direitos da Creative Commons 4.0 – 

 

http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.ptBR

 

Este livro foi editado com o apoio financeiro do Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha através do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). 

Série Direito – 20 

 

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 

 

 

1. História. 2. Construção. 3. Alemanha. 4. Weimar. 5 Lei Fundamental. 

6. Igreja de São Paulo. 7. Constituição Imperial. 

Índice para catálogo sistemático – Direito – 340


 

SUMÁRIO

 

INTRODUÇÃO ... 17 

 

1. A CONSTITUIÇÃO ALEMÃ DE 1849 – A ASSIM CHAMADA CONSTITUIÇÃO DA IGREJA DE SÃO PAULO (PAULSKIRCHEN VERFASSUNG) .. 25 

1.1 Introdução ... 27 

1.2 O contexto histórico: as causas e o significado da assim chamada Primavera dos Povos para a criação do Parlamento de Frankfurt e a elaboração da Paulskirchen Verfassung ... 31 

1.2.1 O movimento revolucionário francês e a Constituição de 1848 e os seus reflexos na Alemanha ... 31 

1.2.2 O processo revolucionário na Alemanha: causas, desenvolvimento e consequências ... 34 

1.2.3 Algumas notas a respeito da formação do parlamento de Frankfurt e dos debates ao longo do processo constituinte .. 40 

1.3 O conteúdo do texto aprovado, mas não implementado, da Paulskirchen Verfassung, com destaque para a configuração e significado do catálogo de direitos fundamentais .. 51 

1.3.1 Breve mirada sobre o conteúdo em termos gerais – organização do Estado e dos Poderes .. 51 

1.3.2 O catálogo de direitos fundamentais: conteúdo e significado ... 57 

1.4 A dissolução da Assembleia Nacional e o fracasso da Constituição de 1849 em promover a unificação da Alemanha e a instauração de uma Monarquia Constitucional Liberal.. 70 

1.5 O legado da Constituição da Igreja de São Paulo, em especial para a evolução constitucional futura alemã... 75 

 

2. A CONSTITUIÇÃO IMPERIAL ALEMÃ DE 1871 - BISMARCKSCHE REICHVERFASSUNG ... 81 

2.1 Introdução ... 83 

2.2 O contexto histórico ... 84 

2.3 O ambiente cultural, jusfilosófico e da doutrina do direito público .. 92 

2.4 A elaboração, promulgação e as linhas gerais do texto constitucional de 1871 ... 111 

2.5 Considerações finais ... 124

 

3. A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE WEIMAR (DIE WEIMARER REICHSVERFASSUNG) ... 127 

3.1 Introdução ... 129 

3.2 O contexto histórico, social, econômico e político e o processo de elaboração e promulgação da CW ... 131 

3.3 O instigante, paradigmático e criativo ambiente cultural da República de Weimar ... 148 

3.4 Os constitucionalistas da República de Weimar ... 152 

3.5 O conteúdo do texto constitucional ... 169 

3.5.1 Notas preliminares ... 169 

3.5.2 Os princípios estruturantes: República, Democracia, Estado Social e Federação ... 171 

3.5.3 Da organização dos poderes ... 178 

3.5.4 Dos Direitos e Deveres Fundamentais ... 183 

3.5.4.1 Considerações introdutórias ... 183 

3.5.4.2 Direitos civis e políticos ... 184 

3.5.4.3 Dos direitos sociais, econômicos e culturais (da ordem econômica e social) ... 189 

3.5.4.4 Dos deveres fundamentais ... 194 

3.5.4.5 Notas sobre o problema da eficácia e efetividade dos direitos e deveres fundamentais ... 196 

3.6 A derrocada da República e da Constituição de Weimar ... 198 

3.7 Considerações finais: apreciação geral e legado da CW ... 200 

 

4. O ESTADO DE EXCEÇÃO CONSTITUCIONAL E O NACIONAL-SOCIALISMO - DA DITADURA AO TOTALITARISMO (1933-1945) ... 207 

4.1 Introdução ... 209 

4.2 O estado de exceção permanente ... 210 

4.3 O nacional-socialismo - ideologia, forma e linguagem ... 214 

4.4 O Triunfo da Vontade como elemento iconográfico identificador da ideologia nacional-socialista ... 218 

4.5 A ordem normativa nacional-socialista e o problema do positivismo ... 221 

4.6 Gustav Radbruch e os seus “cinco minutos de filosofia do direito” ... 225 

4.7 O Volksgerichthof (o Tribunal do Povo) como tribunal de exceção e principal guardião (judiciário) da ordem nacional-socialista ... 230 

4.8 Os fundamentos hermenêuticos e operacionais do VGH: o “führerprinzip” ... 243

4.9 O desate histórico do nacional-socialismo e o tema da culpa ... 248 

 

5. A LEI FUNDAMENTAL DE BONN DE 1949: A RESTAURAÇÃO DA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA E DO ESTADO DE DIREITO ... 255 

5.1 Contexto e reconstrução da trajetória constitucional desde 1849 ... 257 

5.2 O processo de elaboração e de entrada em vigor da lei fundamental de 1949 e a constituição da República Federal da Alemanha ... 260 

5.3 Breve apresentação do conteúdo da Lei Fundamental, em especial dos princípios estruturantes e sistema dos direitos fundamentais ... 270 

5.3.1 Preâmbulo e dignidade humana ... 270 

5.3.2 República, Democracia, Federação, Estado de Direito e Estado Social ... 276 

5.3.2.1 A República como forma de governo ... 277 

5.3.2.2 Democracia e Soberania Popular ... 279 

5.3.2.3 O Estado de Direito ... 288 

5.3.2.4 O Estado Federal ... 297 

5.3.2.5 A decisão pelo Estado Social ... 302 

5.3.3 O Estado Ambiental de Direito - O dever de proteção dos recursos naturais e dos animais ... 304 

5.3.4 Os Direitos Fundamentais... 307 

5.3.5 A organização dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário ... 354 

5.3.5.1 Poder Legislativo ... 355 

5.3.5.2 O Presidente Federal (Bundespräsident) ... 361 

5.3.5.3 O Governo Federal ... 366 

5.3.5.4 Do Poder Judiciário ... 370 

5.3.5.5 A Jurisdição Constitucional – O Tribunal Constitucional Federal (Bundesverfassungsgericht) ... 375 

5.4 A atualização do texto constitucional e a reunificação da Alemanha sob a égide da LF ... 391 

5.5 A “queda do muro”, a reunificação e a adoção da Lei Fundamental de 1949 como Constituição da Alemanha unificada ... 394 

5.6 Algumas notas sobre o impacto da Lei Fundamental sobre o constitucionalismo brasileiro ... 398 

 

REFERÊNCIAS ... 405 

SOBRE OS AUTORES... 431

 

 

SOBRE OS AUTORES

 

INGO WOLFGANG SARLET 

Doutor em Direito pela Universidade de Munique (1997). 

Professor Titular dos cursos de Mestrado e Doutorado em Direito e em Ciências Criminais da Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS. 

Coordenador do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito da PUCRS. 

Professor palestrante de Direito Constitucional na Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul (AJURIS). 

Membro Catedrático da ABDCONST. 

Representante brasileiro e correspondente científico junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social (Munique) 

Estudos e Pesquisas em nível de Pós-Doutorado nas Universidades de Munique (Bolsista DAAD, 2005), Georgetown (2004), e, como bolsista, junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social Estrangeiro e Internacional (Munique, 2001, 2002 e 2003). 

Foi Pesquisador visitante na Harvard Law School (jan/fevereiro de 2008). 

Foi professor visitante (bolsista do Programa Erasmus Mundus) da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa); 

Foi Professor Visitante do Curso de Mestrado em Direito Constitucional Europeu da Universidade de Granada (Espanha). 

Foi Pesquisador visitante (fellow) do Instituto de Estudos Avançados em Stellenbosh (STIAS-Stellenbosh Intitute for Advanced Studies), África do Sul, na condição de bolsista do instituto (17.07 a 05.08.2011). 

Foi Professor Visitante na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (fevereiro de 2012). 

Foi Pesquisador visitante (bolsa PROBRAL CAPES-DAAD) na Universidade e no Instituto Max-Planck de Direito Privado em Hamburgo, Alemanha (janeiro de 2013).

Pesquisador Visitante (bolsista do Instituto) no Instituto Max-Planck de Direito Privado, Hamburgo, Alemanha (janeiro e fevereiro de 2017 e janeiro e fevereiro de 2018, com apoio financeiro do DAAD).

Pesquisador Visitante, como bolsista, do Instituto Max-Planck de Direito Social, Munique, em janeiro de 2019. 

Professor Visitante na Universidade de Hamburgo (janeiro de 2020). 

Pesquisador visitante no Instituto Max-Planck de Direito Social, Munique (fevereiro de 2020). 

Pesquisador Destaque FAPERGS – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul na área de humanidades no biênio 2010-11. 

Detentor da Ordem do Mérito Judiciário do Tribunal Superior do Trabalho, grau comendador. 

Ganhador, na condição de orientador (uma isoladamente e outra em coorientação), de dois prêmios de melhor tese de doutorado em Direito no Brasil e o primeiro prêmio geral de teses de toda área de humanidades e ciências sociais (tese das teses) em 2017 atribuído a um Doutorado em Direito. 

Diretor da Revista da Associação dos Magistrados do Rio Grande do Sul – AJURIS 

Editor da Revista Direitos Fundamentais e Justiça da PUCRS – Editora Fórum 

Editor da Série Direito da Editora da Fundação Fênix da PUCRS 

Membro do conselho executivo do Centro de Estudos Europeus e Alemães do DAAD em Porto Alegre 

Membro do conselho científico da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul 

Membro acadêmico externo do Conselho Gestor do Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul 

Foi Membro da Comissão indicada pela Câmara dos Deputados do Congresso Nacional para elaboração de um projeto de lei sobre cybersegurança e proteção de dados na segurança pública e investigação criminal 

Atualmente é Relator da Comissão de Juristas instituída e nomeada pela Presidência da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional para a elaboração de um estudo para reformas legislativas no sentido da sistematização e harmonização do processo constitucional no Brasil.

 

Autor das seguintes obras - livros (autoria individual, coletiva e coordenação): 

Die Problematik der Sozialen Grundrechte in der brasilianischen Verfassung und im deutschen Grundgesetz: eine rechtsvergleichende Untersuchung, Frankfurt am Main: Peter Lang, 1997. 

A Eficácia dos Direitos Fundamentais, 13ª ed, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2018. 

Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988, 10ª ed., Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015. 

Maquiavel o Príncipe e a Formação do Estado Moderno, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2017. 

SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER: Direito Constitucional Ecológico 6ª ed., São Paulo: RT, 2019. 

Princípios de Direito Ambiental, 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 2017; Ingo Wolfgang Sarlet; Arnaldo Sampaio de Morais Godoy 

Direito Ambiental: Introdução, Fundamentos e Teoria Geral, São Paulo: Saraiva, 2014 (obra finalista da edição de 2015 do Prêmio Jabuti).

Curso de Direito Ambiental, São Paulo: Editora GEN, 2ª ed., 2021. 

SARLET, Ingo Wolfgang. MACHADO, Paulo Leme. FENSTERSEIFER, Tiago. Constituição e Legislação Ambiental Comentadas, São Paulo: Saraiva, 2015. 

Em parceria com Jayme Weingartner Neto, Constituição e Direito Penal, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2016. 

Em parceria com Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero: Curso de Direito Constitucional, 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2021. 

Em parceria com J.J. Gomes Canotilho, Gilmar F. Mendes e Lenio Streck, Coordenação da obra Comentários à Constituição do Brasil, 2ª ed. São Paulo: Saraiva-Almedina, 2018. 

Em parceria com Arthur Ferreira Neto, O Direito ao Esquecimento na Sociedade da Informação, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2018. 

 

Coordenador de mais de vinte obras coletivas no Brasil e Exterior (Alemanha, Espanha, Portugal). 

Autor de mais de trezentos artigos em periódicos científicos e capítulos de livros no Brasil e no Exterior (Alemanha, Argentina, África do Sul, Bélgica, Chile, Espanha, Equador, México, Portugal, Inglaterra). 

Proferiu centenas de palestras em eventos de diversa natureza, bem como aulas no Brasil e no exterior: Argentina – Buenos Aires; Alemanha – Munique, Heidelberg, Bremen, Berlim, Frankfurt, Hamburg, Kassel, Regensburg, Karlsruhe; África do Sul – Johanesburgo e Stellenbosh; Bélgica - Bruxelas), Chile – Santiago; Espanha - Granada, Sevilha, Madrid, Oviedo, Valladolid; Itália – Roma La Sapienza, Roma LUMSA, Catania; Peru (Lima e Trujillo), México – Cidade do México; EUA – Baltimore, Harvard, Princeton, Portugal – Porto, Lisboa, Coimbra, Suíça – Genebra; Inglaterra – Londres). 

Ex-Juiz do Tribunal Regional Eleitoral (segunda instância) e Desembargador Aposentado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - Ato de aposentadoria publicado em 11.03.19). 

Advogado e Consultor Jurídico.

 

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ARNALDO SAMPAIO DE MORAES GODOY

Livre-Docente em Teoria Geral do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo-USP. Estágios pós-doutorais na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul-PUC-RS (Direito Constitucional), na Universidade de Boston-BU (Direito Comparado), na Universidade de Brasília-UnB (Teoria Literária e História do Direito) e na Universidade Federal do Ceará-UFC (Direito Tributário). Doutor e Mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP. Professor pesquisador visitante na Universidade de Pretória (África do Sul), na Faculdade de Direito de Nova Delhi (Índia) e no Instituto Max Planck de História do Direito Europeu (Frankfurt-Alemanha). Foi Consultor-Geral da União, Procurador-Geral Adjunto da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Assessor de Ministro no Supremo Tribunal Federal e Procurador da Fazenda Nacional. É advogado e professor universitário em Brasília. 

 

Autor dos seguintes livros em matéria de direito público: 

Tobias Barreto- uma biografia intelectual. Curitiba: Editora Juruá, 2018. 

Clóvis Beviláqua - internacionalista e pacifista. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2012. 

Coletânea de manifestações da Consultoria-Geral da União. Brasília: Escola da Advocacia-Geral da União, 2012. 

Direito Tributário Diplomático. Belo Horizonte: Fórum, 2012. 

Transação tributária: introdução à justiça fiscal consensual. Belo Horizonte: Fórum, 2010. 

Memória jurisprudencial: Ministro Carlos Maximiliano. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 2010. 

A execução fiscal/administrativa no Direito Tributário comparado. Belo Horizonte: Fórum, 2009. 

Direito Tributário Internacional Contextualizado. São Paulo: Quartier Latin, 2009. 

História da tributação no período joanino (Brasil - 1808-1821). Brasília: ESAF, 2008. 

Direito constitucional comparado. São Paulo: Sergio Antonio Fabris, 2006. 

Direito tributário comparado e tratados internacionais fiscais. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2005. 

Globalização, neoliberalismo e Direito no Brasil. Londrina: Humanidades, 2004. 

Direito tributário nos Estados Unidos. São Paulo: Lex, 2004. 

Direito nos Estados Unidos. Barueri: Manole, 2004.

 

Atos contra o governo Bolsonaro que se realizarão dentro e fora do Brasil em 29/05/2021

 Atos contra o governo Bolsonaro que se realizarão dentro e fora do Brasil em 29/05/2021


Do site da Coalização negra por direitos e da Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. No próximo sábado, 29 de maio, a Coalizão Negra Por Direitos se junta as mobilizações por Fora Bolsonaro em todo o Brasil. O Presidente da República é o principal responsável pela extensão e agravamento da pandemia que já matou mais de 450 mil brasileiros e brasileiras. Também é responsabilidade de Bolsonaro a explosão do desemprego e da fome. São inúmeros os seus crimes e a sua prática e discurso tem sido impulsionador de atrocidades.
Estaremos mobilizados em todo o Brasil também por um auxílio emergencial de no mínimo 600 reais, vacinação para toda a população, pela memória de João Pedro, Beto de Freitas, George Floyd, por Justiça para Miguel Otávio, por solidariedade às famílias do Jacarezinho, pelo fim do racismo, do genocídio negro e da violência policial. Use máscara, álcool-gel e mantenha-se em distanciamento, em locais abertos e ventilados
Veja as cidades que farão ato no dia 29 de maio pelo Fora Bolsonaro
No sábado, 29 de maio, estão sendo organizadas mobilizações por Fora Bolsonaro em todo o país.
Veja algumas dicas de como participar dos atos, mobilizações intervenções de rua com maior segurança.
Lembrando que eles não servem apenas para os atos, mas são cuidados básicos para proteger nossas vidas durante a pandemia.
Vamos fazer bonito: com máscara, álcool em gel e distanciamento social. É tempo de lutar por #ForaBolsonaro!
Atos Confirmados – 29 de maio em todo o Brasil
(Última atualização 25/05 | 21h45)
Sistematização: Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo
Não esqueça:
Máscara (leve mais de uma)
Álcool em gel
Mantenha o distanciamento social no ato
Norte (29 de maio)
AC – Rio Branco – Palácio Rio Branco | 17h
AM – Manaus – Praça da Saudade | 16h
AP – Macapá – Praça da Bandeira | 16h
PA – Abaetetuba – Praça do Barco | 15h
PA – Altamira – Concentração na Equatorial Energia | 8h
PA – Belém – Praça da República | 8h
PA – Cametá – Praça das Mercês | 8h
PA – Castanhal – Praça Estrela | 16h
PA – Marabá – Em frente ao Centro de Convenções | 8h
PA – Santarém – Praça de Eventos | 17h30
TO – Araguaina – Praça das Bandeiras | 16h
TO – Palmas – Av. Juscelino Kubitschek – em frente ao Palácio Araguaia | 9h
RO – Guajará-Mirim – Parque Circuito | 9h30
RO – Porto Velho – Em frente à praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré | 8h
Nordeste (29 de maio)
AL – Delmiro Gouveia – Câmara dos Vereadores | 9h
AL – Maceió – Praça Centenário (carro, moto ou a pé) | 9h
AL – Maceió – Praça dos Martírios | 9h
AL – Maceió – Monumento a República (carreata) | 15h
BA – Feira de Santana – Em frente a Prefeitura | 9h
BA – Ilhéus – Praça Caiuru | 10h
BA – Salvador – Largo do Campo Grande | 10h
CE – Fortaleza – Carreata Arena Castelão | 15h
CE – Fortaleza – Praça da Gentilândia | 15h30
CE – Juazeiro do Norte – Praça da Prefeitura | 8h
MA – Imperatriz – Praça de Fátima | 9h
MA – São Luís – Praça Deodoro até a Praça Maria Aragão | 9h
PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h
PB – João Pessoa – Carreata Praça da Independência (até Parque da Lagoa) | 09h
PB – João Pessoa – Concentração Lyceu Paraibano | 8h30
PB – Patos – Correios | 8h
PE – Recife – Praça do Derby | 9 h
PE – Caruaru – Centro | 9h
PE – Garanhuns – Centro | 9h
PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h
RN – Mossoró – Praça Cícero Dias | 16h
RN – Natal – Em frente ao Midway Mall | 15h
SE – Aracaju – Praça de Eventos entre os Mercados | 8h
Centro-Oeste (29 de maio)
DF – Brasília – Carreata Palácio do Buriti (até a Esplanada) | 8h30
DF – Brasília – Museu Nacional | 9h
GO – Goiânia – Praça Cívica | 9h
MS – Aquidauana – Praça dos Estudantes | 9h
MS – Campo Grande – em frente a UFMS | 8h
MS – Corumbá – Centro – 9h
MS – Dourados – 9h
MS – Três Lagoas – Praça Ramez | 9h
MT – Cuiabá – Carreata saindo da UFMT | 9h
MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 15h
MT – Rondonópolis – Panfletaço Praça do Centro | 9h
Sudeste (29 de maio)
ES – Vitória – UFES | 15h
MG – Alfenas – Praça Getúlio Vargas | 15h
MG – Barbacena – Praça da Matriz | 10h
MG – Bambuí – Entrada da Cidade | 16h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 10H
MG – Caratinga – Praça da Estação | 15 H
MG – Divinópolis – Praça da Catedral | 9h
MG – Formiga – Praia Popular | 10h
MG – Governador Valadares – Praça dos Pioneiros | 9h
MG – Ipatinga – Praça Primeiro de Maio | 10h
MG – Itabirito – Em frente à Prefeitura | 8h
MG – Itaúna – Praça da Matriz – 10h
MG – Juiz de Fora – Parque Halfeld | 10h30
MG – Lafaiete – Praça Barão de Queluz | 9h
MG – Leopoldina – Praça José Pires, viaduto do Bela Vista | 10h
MG – Mariana – Praça da Sé | 9h
MG – Montes Claros – Praça Dr. João Alves | 9h
MG – Muriaé – Parque de Exposições | 10h
MG – Ouro Preto – Praça Tiradentes | 10h
MG – Passos – Praça do Rosário | 15h
MG – Poços de Caldas – Parque José Afonso Junqueira | 15h
MG – Pouso Alegre – Praça da Catedral | 10h
MG – São João Del Rei – Teatro Municipal | 10h
MG – Teófilo Otoni – Praça Tiradentes | 9h
MG – Uberaba – Praça Rui Barbosa | 11h
MG – Uberlândia – Praça Ismene Mendes | 10h
MG – Varginha – Praça do ET | 10h
MG – Viçosa – 4 Pilastras | 9h30
RJ – Campos – Praça São Salvador | 10h
RJ – Macaé – Praça Veríssimo de Melo | 9h30
RJ – Miracema – Posto Confiança | 15hRJ – Nova Friburgo – Centro de Turismo na Praça Getúlio Vargas | 16h
RJ – Petrópolis – Praça da Inconfidência | 11h
RJ – Rio das Ostras – Feira Livre da Âncora | 9h
RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi dos Palmares | 10h
RJ – Santo Antônio de Pádua – Centro | 10h
RJ – Teresópolis – Escola Sakura Ermitage | 9h30
RJ – Volta Redonda – Praça Juarez Antunes | 16h30
SP – Assis – Em frente ao Homem de Lata (Av. Rui Barbosa) | 10h
SP – Campinas – Largo do Rosário | 10h
SP – Guaratinguetá – Em frente a FEG/UNESP | 10h30
SP – Ilha Bela – Praça da Mangueira (em frente ao colégio ACEI) | 9h
SP – Indaiatuba – Rua João Martini (esquina Av. Ário Barnabé) | 14h
SP – Itapetininga – Fórum | 15h30
SP – Jacareí – Pátio dos Trilhos | 10h
SP – Limeira – Praça Toledo de Barros | 9h
SP – Marília – Ilha ao lado da Galeria Atenas | 10h
SP – Peruíbe – Faixaço na Passarela em frente ao kartódromo ao lado da Faculdade Peruíbe | 14h
SP – Praia Grande – Quadradão do Quietude | 11h
SP – Praia Grande – Estátua Yemanjá | 13h
SP – Ribeirão Preto – Esplanada do Teatro Pedro II | 10h
SP – Rio Preto – Praça José Marcondes | 16h
SP – Santos – UNIFESP | 15h
SP – Santos – Estação Cidadania | 16h
SP – São Bernardo do Campo – Paço Municipal de SBC | 10h
SP – São José dos Campos – Praça Afonso Pena | 10h
SP – São José dos Campos – Rodovia Carvalho Pinto | 9h
SP – São Paulo – MASP | 16h
SP – São Roque – Carreata Concentração na Brasital | 10 h
SP – Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes | 10h
SP – Taubaté – Praça Dom Epaminondas | 10h
SP – Ubatuba – Trevo do Caiçara – Centro | 16h
SP – Vinhedo – Praça Santana | 8h
Sul (29 de maio)
PR – Cascavel – Calçadão Av. Brasil | 10h
PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 16h
PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna | 16h
PR – Maringá – Praça Raposo Tavares | 10h
SC – Balneário Camboriú – Praça Tamandaré | 10h
SC – Blumenau – Praça Carlos Gomes | 10h
SC – Brusque – Esquina Getúlio Vargas com Primeiro de Maio | 9h
SC – Chapecó – Carreata EFAPI-Centro e faixaço/bandeiraço nas Sinaleiras da Avenida Getúlio Vargas | 10h
SC – Criciúma – Parque das Nações (carreata) | 9h
SC – Itajaí – Calçadão da Hercílio | 9h
SC – Jaraguá do Sul – Praça Ângelo Piazera | 9h
SC – Florianópolis – Largo da Alfândega | 10h
SC – Joinville – Praça da Bandeira | 10h
SC – Rio do Sul – Praça Ermembergo Pellizzetti | 9h
RS – Caxias do Sul – Praça Dante Alighieri | 15h
RS – Passo Fundo – Praça da Mãe | 8h
RS – Porto Alegre – Prefeitura | 15h
Atos no Exterior
_28M_
Alemanha – Berlim – Em frente à Embaixada Brasileira Wallstrasse 57, 10197 Berlin | 13h
_29M_
Espanha – Barcelona – Plaça D’antonio López (Correos) | 15h
Espanha – Palma de Maiorca – Plaza d’Espanha | 19h
EUA – Nova York – Union Square | 16h
França – Paris – Place de Republiqué | 17h
Holanda – Amsterdam – Dam 1 | 15h
Portugal – Lisboa – Alameda de Dom Afonso Henriques | 17h30
Suiça – Zurich – Estação Principal de Zurich | 11h
Uruguay – Montevideo – Embaixada Brasileira – Bulevar General Artigas 1394 | 12h

A periclitante situação do Mercosul- Janaina Figueiredo (O Globo)

 Argentina se articula com Itamaraty e ex-presidentes para evitar ruptura no Mercosul


Governo Fernández fez nova proposta sobre reforma da Tarifa Externa Comum, mas acordo dentro do bloco ainda parece distante; embaixador argentino no Brasil busca apoio também no Congresso

Janaína Figueiredo
O Globo, 27/05/2021 - 04:30

BRASÍLIA - Com os desentendimentos políticos permanentes entre os presidentes Jair Bolsonaro e Alberto Fernández como pano de fundo, os governos do Brasil e Argentina estão mergulhados numa negociação técnica que ameaça, admitiram fontes de ambos os países, o futuro do Mercosul.

Sustentando uma narrativa que interpreta os planos de modernização e flexibilização do bloco defendidos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como algo que poderia levar à violação do Tratado de Assunção (que em 1991 marcou o nascimento do Mercosul), o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, dedicou as últimas semanas a recolher apoio à posição argentina na disputa, incluindo em sua agenda encontros com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da da Silva e José Sarney.

Em paralelo, o governo argentino fez uma nova proposta, ainda informal, sobre a reforma da Tarifa Externa Comum (TEC, que taxa produtos de fora do bloco), hoje, em média, de 11,7%. Guedes, tentando avançar com sua agenda de abertura econômica, defende uma redução linear de 10% da TEC imediatamente, e outro corte de 10% no fim do ano.

Em sua nova proposta, a Argentina aceita que o Brasil faça uma redução de 10% agora, e se compromete a baixar 10% da TEC de 75% de suas posições tarifárias em janeiro de 2022. Mas não fala num segundo corte de 10%, algo considerado essencial pela equipe econômica brasileira.

Existe, ainda, a discussão sobre flexibilizar a dinâmica de negociações dentro do bloco. Brasil e Uruguai querem sinal verde para negociações que não necessariamente incluam os quatro membros do Mercosul, mas Argentina e Paraguai resistem. Os dois pontos de conflito serão discutidos nesta quinta-feira, em reunião de coordenadores do bloco. Se houver chance de acordo, ministros da Economia e chanceleres — com exceção de Guedes, que já avisou que não irá — se reunirão em 8 de junho, em Buenos Aires.

— O Brasil tem que ser âncora dos grandes investimentos e transbordar a produção para a América Latina. Não vamos ficar presos à região, foi um erro, o Mercosul nos aprisionou — declarou o ministro esta semana.

Perspectiva de diálogo
Claro recado para os argentinos, que temem que, se a decisão final chegar ao nível de presidentes, Bolsonaro poderia se inclinar por Guedes. No governo brasileiro existem posições favoráveis a esgotar as possibilidades de um entendimento que preserve o Mercosul. O chanceler Carlos França e o secretário de Assuntos Estratégicos do Palácio do Planalto, almirante Flávio Viana Rocha, mantêm diálogo fluido com Scioli, e segunda-feira conversaram com o chanceler argentino, Felipe Solá, durante a posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso, em Quito.

Com a economia em ruínas, Buenos Aires insiste em descartar a possibilidade de uma abertura no ritmo pretendido por Guedes e bate com frequência na tecla da necessidade de respeitar o consenso, regra básica do Tratado de Assunção. Do lado do Brasil, argumenta-se que a proposta do ministro não implica a ruptura do Mercosul, e sim um passo necessário para dar dinamismo ao bloco e alavancar o crescimento do Brasil.

A Argentina, apontam fontes brasileiras, quer manter cativo o mercado do Brasil com uma estrutura tarifária protecionista. As fontes afirmam, ainda, que o tratado tem inúmeras flexibilidades já aceitas e que hoje se tornou uma “peça de ficção”.

Alguns números são apresentados pelo Brasil para desdramatizar a crise que atravessa o Mercosul. Em 1991, o comércio do Brasil com o bloco representava 8% do total. No final dos anos 90 subiu para 18% e em 2019 caiu para apenas 6%. Estão sendo feitas análises jurídicas para determinar se os planos de Guedes podem ser implementados sem ferir a base legal do Mercosul, de forma a derrubar a teoria argentina de que o ministro pretende dinamitar o bloco.

Acima de questões técnicas e dados comerciais, instalou-se uma guerra de narrativas. O embaixador Scioli tem feito um trabalho minucioso para acumular apoios à defesa do Mercosul.

No encontro com Sarney, o ex-presidente gravou uma mensagem na qual afirma que “Alberto Fernández pode contar comigo para o que precisar para fortalecer a união entre nossos países e nossos povos”. A expectativa do governo argentino, e sobretudo do embaixador, é de que a ofensiva de Guedes seja rejeitada por setores empresariais e políticos brasileiros.

Perspectivas
O futuro do Mercosul, finalmente, será decidido pelos presidentes e, no caso da Argentina, a opinião da vice-presidente, Cristina Kirchner, será crucial. Esta semana, o kirchnerismo mais duro pediu publicamente a suspensão do pagamento da dívida do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Clube de Paris, em meio às negociações do governo Fernández com o organismo. Um péssimo sinal, que complica a situação de um presidente que, segundo pesquisa da Universidade San Andrés divulgada esta semana, tem 72% de rejeição popular. Em Buenos Aires, comenta-se que Cristina é hoje o maior pesadelo de Fernández.

Muitos se perguntam se a vice-presidente aceitará fechar um acordo com o governo Bolsonaro que implique abrir a economia, quando internamente o kirchnerismo se opõe a reajustes de tarifas e pagamentos de dívidas com organismos internacionais. O que será mais importante para Cristina: o discurso para sua base interna ou a sobrevivência do Mercosul? Uma pergunta que ainda não tem resposta.

No Brasil, o presidente Bolsonaro também deverá se posicionar. Em ritmo de campanha e com a amizade explícita e pública do governo argentino com Lula, aceitar fazer concessões à Argentina seria algo difícil de digerir.

Dentro do Mercosul, o governo brasileiro tem o apoio do Uruguai, há anos defensor de uma abertura e da liberdade de negociar acordos individualmente. Na última cúpula de presidentes do bloco, o presidente da Argentina disse a seu colega uruguaio, Luis Lacalle Pou, que ,se não estiver satisfeito, desça do barco. O barco é o Mercosul, e nunca esteve navegando em águas tão turbulentas.

https://oglobo.globo.com/mundo/argentina-se-articula-com-itamaraty-ex-presidentes-para-evitar-ruptura-no-mercosul-25035254

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Relações América Latina com os EUA e a China - Mathias Alencastro (FSP)

O FIM DA UNIPOLARIDADE!

Mathias Alencastro, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento e doutor em ciência política pela Universidade de Oxford

Folha de S. Paulo, 24/05/2021

 

Nenhuma dimensão da diplomacia contra a pandemia parece tão estruturante quanto o avanço da China na América Latina. Após atingir um milhão de mortos e com apenas 3% da população vacinada, a região depende, na quase totalidade, da alavancagem econômica e da cooperação sanitária promovida por Pequim para ter chance de sair da crise.

O caso da Colômbia, fortaleza de Washington e membro da OCDE, é o mais ilustrativo desse novo momento geopolítico. A China enviou milhares de insumos e de ventiladores empacotados em campanhas com mensagens de Xi Jinping. Arrasado por uma explosão social, o governo de Bogotá não resistiu à operação de charme e desviou de décadas de alinhamento ocidental em nome da nova amizade.

A solidariedade chinesa é calibrada para atingir objetivos práticos. No caso do Paraguai e de Honduras, a China está aproveitando a pandemia para aprofundar o isolamento de Taiwan, independente desde 1949. Assunção chegou perto de aprovar o fim da aliança com Taipé no ano passado, e Tegucigalpa ameaça seguir o mesmo caminho.

Não deixa de ser curioso que a China avance com tanta facilidade numa região historicamente associada aos EUA. Afinal, uma das premissas das relações internacionais é que uma superpotência precisa, primeiro, controlar a sua própria sub-região. Essa visão tem orientado o projeto hegemônico dos EUA nas Américas desde a Doutrina Monroe.

Como explicar a crise do sistema unipolar? Entre outros fatores, a diplomacia de "alinhamento automático" promovida por Donald Trump e Jair Bolsonaro criou a ilusão de que Brasília atuaria como o primeiro defensor dos interesses de Washington na América Latina. Essa aposta desastrada nos talentos de Ernesto Araújo e de Eduardo Bolsonaro abriu espaço para a China. Na ausência do Brasil e de um poder moderador como o Mercosul, Pequim teve total liberdade para ampliar suas parcerias bilaterais. A administração Biden corre para reverter o desgaste, mas a América Latina parece ter entrado de forma irreversível numa nova era.

Resta saber como os governos latino-americanos vão tirar proveito da competição entre superpotências. O balanço atual é cheio de contrastes.

Enquanto o Chile conseguiu emergir como o "Israel do Sul Global" da vacinação graças à cooperação com a China, Bolsonaro continua infantilizando a política externa brasileira. As últimas semanas foram dedicadas a superar mais um surto verborrágico do presidente, que associou, de novo, a pandemia a uma "guerra química" dos chineses.

Outros já experimentam mudanças nos sistemas políticos. A virada autoritária do governo de extrema direita de El Salvador, criticada pelo governo Biden, não parece trazer constrangimento à China. Da mesma forma, a aproximação do país com Honduras ganhou outro significado desde que o irmão do presidente Juan Orlando Hernández foi condenado por tráfico nos EUA em 2019.

Num passado recente, Pequim deu respaldo decisivo a um projeto de poder antidemocrático na Venezuela. Para os progressistas, o desafio será fazer com que a presença da China potencialize a autonomia da América Latina sem agravar a crise democrática que corrói a região.