Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 30 de dezembro de 2006
673) A formacao e a carreira do diplomata
Paulo Roberto de Almeida
A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em decorrência da maior inserção internacional do Brasil e dos avanços da globalização e da regionalização. Os candidatos têm em geral procurado os cursos de graduação em relações internacionais. Cabe indagar se esses cursos fornecem a preparação adequada para o concurso do Itamaraty e, alternativamente, considerando que apenas um número restrito será admitido na carreira, se eles fornecem os instrumentos necessários para lograr uma boa colocação no setor privado, que é ainda o grande “absorvedor” da oferta universitária.
Não é tampouco certo que um curso de graduação em relações internacionais seja a melhor via de acesso à carreira diplomática, uma vez que os requerimentos de entrada são mais amplos, ou mais específicos, do que a grade curricular desses cursos, ainda desiguais e com ênfases distintas nos vários estados: alguns são teóricos, voltados para a pesquisa em política mundial, outros colocam ênfase no comércio internacional e no chamado global business (o que pode ser uma orientação correta, se pensarmos que as relações econômicas internacionais compõem o essencial da agenda contemporânea). Os cursos tradicionais — direito, economia ou administração, com um complemento em línguas — podem ser mais útil ao aspirante à carreira, já que ele poderá se exercer também nas profissões pertinentes. Ele pode, depois, buscar uma especialização em relações internacionais, familiarizando-se com os debates teóricos e com a agenda da política mundial.
Em todo caso, o candidato à carreira pode não receber num curso de graduação, ou num preparatório de seis ou doze meses, o conhecimento de que necessita para atender aos requisitos do concurso do Instituto Rio Branco. Ele precisa ter sólida formação, feita geralmente de anos de acumulação de cultura humanista e de incontáveis leituras. Mais do que qualquer curso ex-catedra, o importante é o esforço individual do candidato, que será idealmente um auto-didata. Um curso de preparação à carreira pode ajudar, ao transmitir um “conhecimento mastigado” e alguma “segurança psicológica”. Mesmo vindo de família modesta e carente de aperfeiçoamentos no exterior ou em cursos de línguas, o candidato motivado pode suprir lacunas pessoais ou de ambiente social ao construir o seu próprio curso, mediante um sério programa de estudos sistemáticos, feito da bibliografia sugerida pelo IRBr, da leitura diária de um jornal econômico e do acesso constante à Internet (como The Economist, Financial Times, Foreign Affairs e outros).
Nos últimos anos, o Instituto Rio Branco tem selecionado um em cada oitenta ou cem candidatos: a seleção é portanto rigorosa e a grande maioria deverá buscar uma outra profissão dentro da área, na espera de poder um dia ingressar na carreira. O mercado é basicamente constituído pelo setor privado, e cabe ao jovem ter consciência disso desde o início. Algumas faculdades mantêm cursos com perfil excessivamente acadêmico, feito de matérias teóricas ou de disciplinas voltadas para os grandes equilíbrios geopolíticos do cenário internacional, como se todos os seus egressos fossem passar a vida discutindo as teorias realista ou racionalista de relações internacionais ou resolvendo algum problema no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Essa não é a realidade da agenda mundial, que, mesmo em sua vertente negocial, é feita mais de questões de comércio internacional do que de problemas relativos ao poder mundial.
Algumas especializações podem responder melhor ao perfil específico para uma inserção nos mercados regionais de trabalho. Uma cidade como Brasilia, governamental e diplomática por excelência, chama naturalmente uma formação centrada nas disciplinas diretamente ligadas à diplomacia (direito, história, línguas, economia internacional), para um trabalho no governo, nas organizações internacionais ou no meio acadêmico. Métropoles como São Paulo e Rio de Janeiro, onde se localizam a maior parte das empresas internacionais brasileiras e o grosso das multinacionais (em atividades diversas dos serviços e da indústria), requerem formações voltadas para o chamado global business, com matérias de comércio exterior, finanças internacionais etc. No sul do país, mais voltado para atividades do agribusiness e em contato direto com os parceiros do Mercosul, as especializações podem estar no comércio internacional (inclusive normas relativas ao Mercosul), em questões fitossanitárias e no domínio da língua espanhola.
Alguém dotado de conhecimento acadêmico, de uma boa disposição para o auto-aprendizado e de senso prático em algumas das áreas mencionadas tem chances de subir em qualquer profissão, à medida em que sua experiência de vida o colocar em contato com pessoas dotadas de densidade nessas áreas. Nunca se deve chegar num primeiro emprego como se não se necessitasse de treinamento ou de aperfeiçoamento técnico e profissional. Atitudes do tipo “eu sei fazer”, “eu sei tudo”, “deixa comigo”, geralmente conduzem a desastres, ou pelo menos a situações de constrangimento funcional.
A carreira diplomática é única nos seus requisitos de entrada, não apenas em termos da bagagem intelectual acumulada ao longo de anos de estudo, mas também no sentido em que o diplomata deve exibir algumas qualidades de convivência e de interação social que serão importantes no desempenho ulterior. Por isso os exames de ingresso na carreira envolvem disciplinas tradicionais, mas também entrevistas com banca examinadora que julga as aptidões do candidato para aquele tipo de profissão: a maturidade entra em linha de conta nesse contexto, o comportamento social, assim como a própria aparência pessoal.
Meu trabalho como servidor público federal, na carreira de diplomata, teve início em dezembro de 1977, por meio de um concurso direto, o que, aliado ao fato de já possuir mestrado, dispensou-me de frequentar o curso de preparação mantido pelo Instituto Rio Branco. Desde essa época (um quarto de século já), servi no exterior em diversas missões diplomáticas e no Brasil (Ministério das Relações Exteriores, em Brasília), geralmente na área econômica. Em postos, estive nas embaixadas em Berna, Belgrado e Paris, ademais das delegações do Brsil em Genebra e Montevidéu (Aladi). Mais recentemente fui chefe da Divisão de Política Financeira e de Desenvolvimento do Itamaraty, de 1996 a 1999, e desde outubro daquele ano até outubro de 2003 fui Ministro Conselheiro na Embaixada em Washington, o mais importante dos postos externos do Ministério das Relações Exteriores. Paralelamente ao exercício regular das atividades profissionais, pude manter, ainda que de maneira alternada, minha carreira acadêmica, o que me habilitou não apenas a ministrar cursos em universidades do Brasil e do exterior, como também a fazer pesquisas e manter uma produção de livros e artigos que hoje compõe a bibliografia especializada no campo das relações internacionais. Uma amostra dessa produção pode ser vista em minha página pessoal: www.pralmeida.org.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 15 de janeiro de 2004
141 comentários:
Olá,
Meu nome é Graziela tenho apenas catorze anos e estu no primeiro colegial . Achei muito interessante seu texto sobre a carreira diplomática, me interesso por essa carreira e as informções que o senhor me passou foram muito úteis, agradeço desde já!
gostaria de saber qual seria a melhor faculdade para cursar se eu desejar seguir essa carreira .
aguardo sua resposta!
Olá, me chamo Graziela e tenho apenas catorze anos. Estou cursanod o primeiroa nod do ensino médio e me interessei muito pelo texto que o senhor escreveu sobre diplomacia. Agradeço desde já pela ajuda , mas gostaria de saber qual seria o melhor curso (faculdade)que eu deveria ingressar para seguir a carreira de diplomata?
Cara Graziela,
Voce ainda tem dois ou tres anos para decidir por voce mesma qual seria o melhor curso que voce deveria fazer para se preparar nao apenas para a carreira diplomatica, mas para a vida em geral, para uma preparação técnica e profissional que lhe dê ampla abertura de oportunidades em sua vida futura, e não apenas e exclusivamente para a carreira diplomática. Esta é uma possibilidade, mas não uma certeza, tendo em vista o extremo rigor do processo de seleção e a necessidade, sua, portanto, de uma preparação ultra-sofisticada para ser bem sucedida nos exames de ingresso. Isso dependerá, sobretudo, de muita leitura e de muito estudo, que você terá de fazer, se quiser passar nos exames, independentemente de toda e qualquer carreira que voce decidir seguir paralelamente e de todo curso de graudação que decidir empreender. As fileiras mais comumente seguidas, para os que se preparam para o exame de ingresso na diplomacia são direito, economia, administração, letras, ciências sociais e, também, relações internacionais. Esta última, porém, ainda apresenta problemas tanto em relação à qualidade dos cursos existentes quanto às possibilidades de emprego no mundo profissional, extraindo a própria carreira diplomática, que é mais uma possibilidade do que uma certeza, como disse antes.
Eu lhe desejo, de toda forma, sucesso nos estudos, e que você possa decidir quanto ao seu curso com pleno conhecimento de causa.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
(da próxima vez que escrever um comentário, deixe seu nome e endereço eletronico, pois você poderá não ler esta resposta, se não entrar novamente no meu blog.)
Ola Paulo,
Desde ja, agradeco imensamente a criacao deste blog.
Me chamo Rafael, tenho 24 anos, sou formado em Propaganda e Marketing (mackenzie / 2006) e ha 1 ano moro na Irlanda.
Em viagem recente de ferias por 6 paises (Alemanha, Russia, Mongolia, China - olimpiadas/08, India e Turquia) tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que me falou sobre a carreira diplomatica. O interesse foi imediato e logo que voltei a Dublin procurei informacoes a repeito.
Li sobre os temas relacionados/exigidos nos exames e me pareceram bem interessantes, tendo em vista que desejo complementar minha formacao com algo na area de economia (politica, internacional e financeira) e que faz parte dos meus planos uma estadia de 6 meses na Franca antes de voltar para o Brasil em definitivo.
Gostaria da sua ajuda, em primeiro lugar para localizar fontes confiaveis de informacao sobre a carreira. Em um segundo momento, gostaria de um direcionamento, uma dica de que tipo de curso/habilitacao fora do pais seria mais importante ou valorosa para a carreira diplomatica.
Sem mais, agradeco imensamente a atencao.
Um forte abraco,
Rafael (biotto25@hotmail.com)
Olá Sr. Paulo R. Almeida, meu nome é Nilson, tenho 23 anos, curso o sexto o periodo de Direto e sonho e seguir carreira diplomática, pois, além de ser um concurseiro fanático (sou servidor do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e já fui aprovado em dois concuros do Ministério Público de MG, sou apaixonado por Direito Constitucional, Direito Administrativo,Inglês, Ciencia Politica, Filosofia e, principalmente História, sabendo, eu, ser essas a principais disciplinas da diplomática. Porém, o concurso parece ser bastante puxado!!! tendo uma grande quantidade de provas... Gostaria de saber se, depois de aprovado pelo certame e pelo curso ofercido pelo Instituto Rio Branco, é obrigado a servir no estrangeiro ou se há a alternativa em ficar na pátria servindo em album posto??? e, todo ano há concurso??? Desde já, obrigado. "Não aprendemos pelas palavras que que nos falam externamente, mas sim pelas verdades que nos ensinam interiormente" - Santo Agostinho.
Olá Paulo Roberto.
Sou caloura de Direito da Universidade Federal do Paraná, e sempre tive a convicção de que deveria ser diplomata. Sou insuficiente em conhecimento de idiomas e minha aprovação veio através de minha própria auto-determinação pois sempre estudei em escolas públicas. Sei que tenho pela frente 5 anos para me dedicar ao estudo do IRBr, mas muitas pessoas me contradizem dizendo que o ingresso a esta instituição é praticamente impossível. Gostaria de saber se muitos jovens conseguem ser admitidos e qual o tempo de estudo em média para a aprovação no Instituto Rio Branco.
Deixo aqui o meu muito obrigada por suas palavras.
Stefani.
Stefani,
Nada do que depende unicamente da propria capacidade individual deve ser considerado impossivel, NADA. Podemos considerar impossiveis determinadas tarefas que dependem de outras variaveis, externas ou imponderáveis, ou que requerem extraordinária força bruta, como escalar uma montanha muito alta, ou fazer uma maratona por selvas ou desertos.
NENHUM concurso publico está fora do alcance de qualquer pessoa determinada a vencer, isto é um fato.
Portanto, depende unicamente de voce uma preparacao adequada, o que voce tem amplo tempo de fazer, na perspectiva de cinco anos completos de estudos de graduacao.
O que voce deve fazer é comecar desde ja a estudar, fazendo um programa sistematico de leituras e anotacoes, seguindo os cinco proximos concursos do Rio Branco e ir preparando-se paralelamente ao curso de Direito.
Voce pode estar atualmente em defasagem em relacao a jovens de classe media alta ou mais que tiveram toda a sorte do mundo de estudar em excelentes escolas privadas, que aprenderam linguas desde pequenos, enfim, que dispuseram de todas as condicoes para ter uam excelente preparacao precoce e focada nessa carreira. Mas nada disso é insuperavel com esse prazo de quatro ou cinco anos de leituras intensas e preparacao metodica e meticulosa, desde que voce se empenhe de verdade.
Eu nunca antes tinha me preparado para o concurso do Rio Branco, e no entanto entrei na primeira vez, com muito pouca preparacao especifica. É verdade que no meu caso, venho de anos e anos de leituras intensas, desde crianca, assim que tinha uma enorme carga de conhecimentos acumulados ao longo dos anos.
Isso voce pode fazer tambem, desde que se dedique. Voce pode aprender ingles sozinha, lendo intensamente e vendo filmes e noticiario na TV. Deve sempre treinar a redacao, em Portugues, em linguas e em qualqeur outra materia. Comece respondendo a todas as perguntas das provas do Rio Branco, sem ler as respostas, claro...
Comece agora e bons estudos.
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com
Olá !
Me chamo thais estou cursando o pimeiro ano do ensino médio. Pretendo exercer a carreira de diplomata,mas aqui no Rio de Janeiro é um pouco dificil. Faço curos de ingles espanhol e japones. Gostaria que o senhor me orientasse.
Agradeço desde já, aguardarewi sua resposta
Thais,
Voce está iniciando o seu curso secundário e já sabe o que pretende fazer no futuro. Meus parabéns: poucos jovens sabem, com você parece saber desde já, o que pretendem exatamente da vida. Mas, como você já sabe o que quer, tudo fica mais fácil e você certamente não precisa da minha orientação, pois saberá se organizar desde já para começar sua longa preparação para a carreira diplomática.
Acredito que voce deva começar por fazer um programa de leituras sérias, sobre o Brasil e o mundo, tudo o que você puder encontrar que seja de boa qualidade: história, geografia, política, economia, cultura em geral. E comece a ler tudo isso em inglês, na internet, eventualmente.
Fazendo isso de forma sistemática, você verá que, no meio do curso de graduação, você já estará preparada para se tornar diplomata, e não terá sido com a minha ajuda e sim com o seu próprio esforço.
Boa sorte nos estudos e sucesso na realização de sua vocação.
PS.: Da proxima vez que pretender uma resposta direta, aprenda a deixar um endereço...
Olá Paulo,me chamo Jordana,tenho quinze anos e este ano cursarei o segundo ano do ensino médio.
Há alguns meses,enquanto "navegava" dentre inumeras possibilidades de um futuro profissional,me deparei acidentalmente com a possibilidade de uma futura carreira diplomática e muito me interessei.
Decidi que é realmente isso que eu quero pra mim.
Desde então tenho pesquisado sobre o assunto,mas confesso que minhas fontes tem sido um tanto vagas.
Gostaria,se possível,que me auxiliasse com algumas questões:
- Sou homossexual e gostaria de saber se isso pode atrapalhar de algum modo o processo de seleção.
-Dê-me sua opnião pessoal:O que você classifica como sendo melhor para uma carreira diplomática:direito,relações internacionais ou um outro curso?E qual seria o melhor lugar para cursar?
-Apesar de ser uma pergunta não muito ética,gostaria de saber qual é o salário bruto e líquido de um diplomata em início de carreira (terceiro secretário).
-Existe algum livro em específico que você possa me indicar?
-É possível atuar na área unicamente no Brasil ou a vida nômade,como citado acima é inevitável?
Grata desde já,Jordana Moreira.
[ jckitty@hotmail.com ]
olá!
Meu nome é Eliane, e tenho interesse em seguir carreira diplomática.
Tenho Faculdade de Administração de Empresas (ênfase em Tecnologia Têxtil), e começo a cursar Psicologia este ano. Gostaria de saber quais as possibilidades que tenho, em paralelo ao curso de Psicologia faço Inglês e Espanhol. Gostaria que você me desse dicas de leitura e sobreo caminho melhor a seguir.
Obrigada!
Ooops!.
Eliane again.
Meu endereço de email:
lianinha_rocha@hotmail.com
Eliane,
Voce precisaria se dedicar uma enormidade às leituras obrigatorias ou recomendadas do Guia do Estudos do Instituto Rio Branco. Veja tudo no site do MRE.
Recomendaria a voce fazer Francês, também, além do Espanhol. Você precisa ser muito boa em Inglês e Português, evidentemente, além de ter uma excelente cultura geral.
Comece desde já...
PRA
Prezado Sr. Paulo Roberto de Almeida,
Meu nome é Gabriella, tenho 20 anos e sou acadêmica do quarto ano de Administração com Habilitação em Comércio Exterior.
Gostaria de pedir algumas dicas sobre minha preparação para engressar na carreira de diplomata. Para tanto, colocarei alguns pontos sobre minha formação até o presente momento.
Faço estágio há dois anos em uma empresa de assessoria em comércio exterior, sendo responsável pela documentação de pós-embarque. Para isto, realizo intensas leituras na área de direito, política e economia internacionais.
Adoro estudar idiomas. Falo inglês, espanhol e francês (sendo fluente em todas elas, o que meu estágio exige). E gostaria de saber quais outros idiomas seriam interessantes para a formação focada na carreira diplomática.
Tenho cinco artigos publicados em congressos (regionais e internacionais) na área de administração e direito internacional, e uma republicação em um congresso regional.
Ao pesquisar sobre diplomacia, desenvolvi um plano de estudos (além das disciplinas curriculares da universidade e das leituras necessárias para meu estágio) que envolvem aprofundamento específico em história nacional, direito, política mundial e português.
Tendo apresentado alguns pontos de minha formação, gostaria de receber dicas sobre em quais pontos melhorar / focar para preparação adequada para a carreira diplomática.
Desde já, apresento votos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Gabriella (gabis_psyer@hotmail.com / gabriella_gmb@yahoo.com.br)
Gabriella,
Voce me parece extremamente focada em seus estudos, que todos se encaixam na preparacao recomendada para o concurso.
Acredito que voce já está no bom caminho. Preserve as tres linguas, unicamente, pois apenas elas ja bastam, sendo que o seu ingles precisa ser perfeito, tambem na redacao, pois voce nao terá exames orais na entrada.
Bem, tudo o que voce precisa fazer é pegar o Guia de Estudos e comecar a ler sistematicamente. Eu fiz uma selecao menor em meu site, mas voce deve ler de tudo, pois a cultura geral e a literatura lhe servirao para a redacao de portugues.
Ter 20 anos e cinco artigos já é uma gloria. Meus parabens.
Voce já está dentro, só precisa agora administrar a maneira de ingressar na primeira vez.
Eu lhe recomendaria pegar TODAS as provas dos ultimos cinco anos, e faze-las sem olhar o modelo e ver como voce se sai.
Se quiser treino, e estiver em SP ou Rio, existem cursinhos preparatorios.
Boa sorte e meus parabens uma vez mais.
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com
www.pralmeida.org
Prezado Sr. Paulo Roberto de Almeida,
Acabei de formar-me em licenciatura em educação artística pela UFMA, e sempre achei deveras atraente a carreira de diplomata. Gostaria, portanto, de sua sincera opinião: tenho chance, mesmo com uma área não tão corriqueira?
Pretendo fazer mestrado em Comunicação.
Sem, mais, agradeço!
Atenciosamente,
Valéria Santos.
Valeria,
Vou lhe responder o que eu poderia responder a qualquer pessoa, com qualquer tipo de formação (ou mesmo sem formação específica alguma, se isso fosse possível),
TODOS têm condições de ingressar na carreira diplomática, a partir de qualquer formação que seja, desde que se disponham a estudar seriamente, e profundamente, toda a bibliografia recomendada no Guia de Estudos. Ou seja, é preciso dispor de uma excelente cultura geral, um mais que perfeito conhecimento de Português, um otimo conhecimento de inglês, e um conhecimento aprofundado das matárias setoriais que são objeto dos exames pertinentes. Eu acho, aliás, que o Itamaraty não deveria cobrar nenhum tipo de diploma de ninguém, sequer o do curso primário, bastaria ter altos requisitos de ingresso nas provas de seleção. O que se busca não é um diplomado em alguma coisa, mas uma pessoa preparada para a vida, dotada de conhecimentos extensivos e profundos nas matérias que serão, supostamente, objeto de trabalho diplomático (história, direito, economia, línguas, geografia, etc).
Por isso, eu lhe digo, se voce quiser seguir a carreira diplomática, basta estudar, e tudo lhe será possível.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
Olá Sr. Paulo Roberto ,eu me chamo jonathan tenho 16 anos moro no rio de janeiro e acabei de terminar o 3° ano do ensino médio falo Italiano e pretendo seguir a carreira diplomati pretendo me formar em economia internacional. será que essa é uma boa opção para que eu possa ingressar na carreira diplomatica ?
Jonathan,
Excelente opção a sua, de estudar economia, com enfase na economia internacional, eu mesmo teria essa idéia. Nao esqueça, porem, que voce tambem deve ter amplos conhecimentos em história, geografia, direito e, sobretudo, línguas, com destaque para o Ingles, mas também Frances e Espanhol.
Seu Portugues tambem precisa ser perfeito, sobretudo o escrito.
Bons estudos, comece agora e se prepare seriamente.
PRA
Boa noite Sr. Paulo Roberto, me chamo Jeremias e sou graduando em Comunicação Social na UESC, Bahia. Lendo seu texto, que por sinal facilitou e muito meu entendimento sobre a carreira diplomática, percebi que as áreas mais próximas ao êxito diplomático estão ligadas aos cursos de Economia e/ou Direito. Estou no 4º Semestre de comunicação e tenho três anos em curso de Inglês. Gosto muito de História, geográfia e, sobretudo, estudos culturais. Qual conselho o Sr, teria para me apróximar mais ainda da carreira? Desde já grato!
Att, Jeremias Barreto
e-mail: jerebarreto@yahoo.com.br
"O que seria a comunicação se não um bate-boca sem fim?!'
Boa noite Sr. Paulo Roberto, me chamo Jeremias e sou graduando em Comunicação Social na UESC, Bahia. Lendo seu texto, que por sinal facilitou e muito meu entendimento sobre a carreira diplomática, percebi que as áreas mais próximas ao êxito diplomático estão ligadas aos cursos de Economia e/ou Direito. Estou no 4º Semestre de comunicação e tenho três anos em curso de Inglês. Gosto muito de História, geográfia e, sobretudo, estudos culturais. Qual conselho o Sr, teria para me apróximar mais ainda da carreira? Desde já grato!
Att, Jeremias Barreto
e-mail: jerebarreto@yahoo.com.br
"O que seria a comunicação se não um bate-boca sem fim?!'
Caro sr.Paulo,estou cursando um pré vestibular, onde todos os professores da area de humanas fizeram relações internacionais,um deles fez a pouco tempo uma prova para para a carreira de diplomata, e outra está fazendo pós grauação, e os outros estão desempregados(o curso é comunitário),isso me assustou um pouco, porque gosto muito dessse curso de graduação pelo menos do que ouvi falar e li.Conversando com uma das professoras, ela me disse que talvez o que eu sinta é uma "necessiade" de estudar história e geografia, e que o curso da Estácio de Sá talvez fosse uma melhor opção, para quem se preoculpa com o futuro após graduação, porque é mais voltado para o angulo mecado exterior.Sendo assim, pergunto:1)você concorda com essa ideia? 2)existe extenção em licenciatura de Geografia ou História, fazendo RI,para dar aula para ensino fundamental e médio?
Não sei se o senhor poderá responder essas perguntas, mas desde já muito obrigada!
P.S: Muito bom seu artigo sobre diplomacia, parabéns!
ninivesantos@yahoo.com
Olá Dr. Paulo R. de Almeida, me chamo Halley e gostei de vossa proposta em ajudar a orientar os jovens para ingressar na carreira diplomática. Tenho 36 anos e sou graduado, especializado e dois mestrados em ciências militares, estou terminando a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e me interessei em prosseguir em outra carreira.
Uma vez que já tenho 20 anos de serviço, gostaria de saber se o Sr acha tarde para o ingresso e se sabe as condições para aposentadoria se posso acumular as duas em um futuro.
Desde já agradeço e aguardo resposta , hbdantas@yahoo.com.br
Sinto muito se nao consegui responder a todos os que me consultaram por este meio, mas e' simplesmente impossivel responder a dezenas de mensagens diretas e indiretas (como estas) que recebo todos os dias.
Acredito que muitas respostas ja figuram em meus muitos escritos, bastando que os interessados façam uma busca em meus blogs e site.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
Jordana Moreira,
Voce postou comentarios num dos meus posts do blog Diplomatizzando, em lugar de me mandar uma mensagem, atravez eventualmente do formulario no meu site. Como eu estava viajando e depois entrei num ritmo muito intenso de trabalho, acabei passando por cima desse comentario, nunca respondido, pelo que me desculpo.
Permito-me comentar agora, embora rapidamente, algumas das questoes que voce colocou.
1) O processo de selecao e' puramente objetivo, sendo composto de provas de questoes opcionais, ou dissertacoes sobre temas colocados, e portanto em nenhum momento entra em linha de conta as preferencias sexuais de qualquer candidato. Isso e' completamente indiferente.
2) Eu nao faria relacoes internacionais, pois considero os cursos existentes muito fraquinhos, inclusive porque nao e' seguro que fazendo curso de RI, o candidato vai entrar em seguida. Faria um curso "normal" (direito, economia, administracao) e estudaria para o concurso paralelamente.
3) Leia o Guia de Estudos do Rio Branco e leia TODA a bibliografia...gradualmente.
4) Diplomata e' feito para viajar. Se desejar ficar no Brasil, melhor escolher outra profissao.
-----------------
Paulo Roberto Almeida
Olá senhor Paulo Roberto de Almeida, meu nome é Natália, tenho 13 anos de idade e desde meus 11 anos de idade tenho interesse em idiomas, pois sempre gostei de matérias como inglês, espanhol e surgiu uma influência muito intensa em alemão!Claro, na escola sempre tive notas boas, as vezes caía por algum problema em casa ou por falta de atenção mais estou melhorando isso. Nos meus 12 anos uma amiga da minha mãe me disse que já que eu gosto tanto de aprender outros idiomas, me daria bem em uma carreira diplomática. Falei com a minha mãe e pedi dicas do que preciso para começar, ela me disse pra me atualizar, ler sobre política, economia, ler sobre fatores importantes que ocorrem no mundo!Ahh e é claro gosto muito da matéria de Filosofia e Matemática ( é umas das que eu tiro nota boa na escola ). Bom, eu poderia escrever mais do tipo de adolescente que eu sou, mais garanto que quando eu me dedico ninguem me segura, mesmo que as vezes falem que é quase impossível! Depois de ler seu blog, queria ter alguma orientação de como entrar mais intensamente no assunto!
Fico muito grata!
Beijos
email: nataliadelaura@msn.com
Se quiser pode escrever um para a minha mãe ficar sabendo do que eu faço ! além do mais ela me apoia muito nisso , e também as vezes faz piadas porque eu digo que quero ser muitas coisas.
maria.amorim@caixa.gov.br
Olá Senhor Paulo Roberto, tudo bem? Me chamo João Pedro, tenho 15 anos, faço o 1° ano do ensino médio. Hoje me bateu uma enorme dúvida, pois eu já estava certo de que iria optar pela carreira jornalística futuramente, porém ao conversar com um amigo da escola, me dei conta de que haviam muitos curso em que eu poderia me sair bem e que eu também poderia vir a gostar. Somente hoje pensei em arquitetura, engenharia civil, engenharia mecânica e muitos outros curso, ou seja, hoje eu fiquei realmente confuso. Enquanto conversava com isso com um outro amigo ele me falou que quando menor dizia que ia ser diplomata. Até então eu nunca tinha ouvido falar sobre a carreira, e ele explicou-me um pouco. Como fiquei bastante curioso pesquisei mais na internet e achei a carreira muito interessante. Estou no 8° período do curso de inglês, pretendo fazer intercâmbio em 2011 e depois ingressar em cursos de outros idiomas, como francês e espanhol. Como o senhor é um especialista no assunto, gostaria de saber se optar pelo curso de jornalismo, que é algo que eu gosto, e tentar ser um diplomata seria uma boa opção; ou se o melhor seria escolher um dos cursos que o você citou logo acima - direito, economia etc. Confesso que, economia talvez seja o curso dos que foram citados que eu mais simpatizo.
Aguardo sua resposta ansiosamente,
João Pedro Laurentino.
e-mail: joaopedrolaurentino@hotmail.com
Joao Pedro,
Se voce tem inclinação para ciências exatas, e vocação para as egenharias, eu diria que deve seguir uma profissão nessas áreas, que são muito promissoras em termos de remuneração e oferecem sempre boas oportunidades de trabalho, melhor, em todo caso, que as áreas de humanidades ou de ciencias sociais.
Fazendo algo técnico, ou científico, isso em nada o impedirá de ser diplomata, bastando que paralelamente você estude as matérias típicas dos exames de ingresso na diplomacia, o que sempre é bom em termos de cultura geral e conhecimento amplo da história e de línguas.
Eu particularmente acho jornalismo um curso fraco, como as humanidades de maneira geral, sao muito fracas no Brasil e muito levadas à ideologia.
Aliás, nenhuma profissão é boa ou má, em si, desde que você seja muito bom em qualquer uma delas. Mas, considero que uma boa preparação técnica e científica, com matemáticas aprofundadas, é um bom começo para qualquer profissão, inclusive diplomacia.
Olá Senhor Paulo Roberto, me chamo Daniel e tenho 18 anos. Estudo na EFOMM(Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante) me formo em 2011. Sempre me dei muito bem com assuntos relacionados a ciências humanas, acabei entrando na Marinha Mercante por um acaso, mas tenho muita vontade de ingressar na carreira diplomática. Falo inglês e vou entrar em um curso de espanhol esse ano. Pretendo entrar em um curso preparatório para o concurso. O senhor acha que mesmo não tendo formação em um curso da área é possível ser aprovado no concurso? Também gostaria de saber se o senhor pode me dar algumas dicas sobre como me programar, estudar ou algo do tipo.
Aguardo sua resposta ansiosamente,
Daniel Melo Francisco de Paula.
e-mail: daniel.depaula@globo.com
Daniel,
A primeira questao que voce tem de saber é a equivalencia da EFOMM com um curso de graduacao universitaria, pois o ingresso na carreira depende de curso superior. Voce precisaria saber tambem Frances, pois acredito que essa lingua continua a ser exigida, mas depende dos editais de cada ano.
Nao ha relacao com um curso da area, embora a interface seja obviamente maior. Voce precisa dominar todas as materias exigidas no concurso, mas isso pode ser obtido por estudo proprio e cursinho de preparacao.
Boa sorte.
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Paulo Roberto de Almeida
Ola Sr. Paulo!
primeiro gostaria de dar meus parabens pelo seu blog. Muito bom.
Tenho 17 anos e me chamo Lucas. Sempre me interessei pela carreira de diplomata. Estou terminando o ensino medio e vou estar prestando vestibular em Brasilia esse ano. Vi que o senhor escreveu que Relacoes Internacionais pode nao ser a melhor opcao para seguir uma carreira diplomatica porcausa das diferencas nas regioes como o senhor disse. Mas moro em Brasilia e pelo que entendi o senhor disse que os cursos de relacoes em brasilia sao bons para seguir carreira de diplomata certo? Se nao, qual outro curso o senhor aconselharia?
Outra duvida que tenho seria sobre linguas, falo ingles fluentemente, porque morei fora, mas vi que tenho que dominar outras linguas tambem, quais o senhor recomendaria?
E sobre as viajens que diplomatas tem de fazer, sao viajens em que voce passa um tempo fora e volta ou acaba tendo que morar fora do pais?
Agredeco desde ja pelo seu tempo em responder minhas perguntas se possivel.
email: lucasupline@hotmail.com
Um grande abraco
Lucas,
Morando em Brasilia, creio que voce tem boas opcoes de cursos de RI, a comecar pelo da UnB, embora eu acredite que esse curso seja excessivamente voltado para o proprio mundo academico, e menos para as realidades dos mercados. Mas, tente, pois voce pode, e deve complementar sua formacao estudando por conta propria todas as demais materias e especializacoes que repute importantes para seu futuro profissional.
Sobretudo, nao parta do principio que voce vai entrar no Itamaraty assim que terminar o curso, a nao ser que passe os proximos quatro anos se preparando para os exames do Rio Branco, o que é perfeitamente possivel, mas voce vai ter de se dedicar às leituras obrigatorias, e elas sao muitas. Tente encarar a vida como um leque de opcoes razoaveis, com algum nobre ideal no meio.
Estude frances e espanhol, alem de aperfeicoar o seu ingles.
O diplomata passa dois terços de sua vida profissional no exterior, em média.
Em tempo, viagem é com g, apenas o verbo é com j...
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Boa noite Sr. Paulo
Eu mandei uma mensagem para o senhor a um mês atrás e esta é para dizer que a EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante) é sim ensino superior e para pedir um conselho. Quando eu me formar, daqui a dois anos, eu terei praticamente emprego garantido, mas tenho muita vontade de virar diplomata, para isso não começarei a trabalhar e farei um curso preparatório. Bem ou mal, esse caminho é um retrocesso e tenho medo de não passar e perder esse tempo da minha vida. O que o senhor acha? Acho que tenho capacidade, mas mesmo assim bate esse medo.
Aguardo a sua resposta ansiosamente.
e-mail: daniel.depaula@globo.com
Boa noite Sr Paulo de Almeida.
Gostaria de tirar algumas (muitas!) dúvidas a respeito da carreira diplomática.
Tenho 30 anos e tenho grande interesse por essa bela carreira que é a Diplomacia. Gosto dos temas relacionados a desarmamento, geopolítica, segurança internacional. Mas gostaria de saber qual é a realidade da profissão, afinal, creio eu, que a menor parte do tempo é dispensada às grandes questões do Conselho de Segurança, relações de poder etc, dado até mesmo pelas possibilidades do Brasil nesses temas... Enfim do que se compõem efetivamenteme a profissão de um diplomata brasileiro, seriam as questões econômicas, comércio internacional, fluxos financeiros?
Outra preocupação minha é em relação à idade, tenho 30 anos e me acho um pouco velho para iniciar uma nova carreira.
Sou formado em economia por uma universidade pública, apesar disso, considero que o nível de formação foi aquém do desejado. Desde que me formei (em 2002) me direcionei para a iniciativa privada onde trabalhei todo esse tempo exercendo cargos em departamentos financeiros de empresas e fiz nesse período uma pós graduação em administração de empresas. A grande questão é que nunca obtive na iniciativa privada satisfação pessoal. É nesse ponto que entra a admiração que sempre tive pela profissão de Diplomata, a idéia de bem representar o país, defender os intereses nacionais, ajudar os brasileiros no exterior e, com um pouco de sorte fazer alguma em prol de uma situação internacional mais pacífica (agora acho que estou sendo idealista demais rs)..
Devido a essa insatisfação com a iniciativa privada, e considerando minha predileção pelos temas de Direito, História, Política Internacional, Economia (tenho também muita vontade em fazer mestrado e doutorado em Economia Política Internacional)etc pensei em mudar de carreira. Entao ficam as minhas dúvidas em relação a realidade da profissão e de como passar no concurso. Nesse último ponto meus grandes déficits são o não domínio quase absoluto de idiomas estrangeiros e também Redação, inclusive gramática da nossa língua portuguesa, com a qual não simpatizo muito. Acho que se for para encarrar o desafio de passar no concurso, deveria ser um projeto para 2 anos mais ou menos, antes disse acho que eu estaria sendo irrealista. O senhor concorda? Como eu deveria me preparar? Aguardo a resposta ansiosamente. Desde já, obrigado!
Juliano Martins.
mail: juliano.erichsen@yahoo.com.br
Olá!
Sou brasileiro nato, minha mae é alemã, completei o ensino médio todo na Alemanha, agora estou fazendo curso superior em Relacoes Internacionais na Suécia. Pretendo fazer um mestrado (nao sei se é necessário) no exterior também. Falo Frances e Ingles, básico de Chines, Suéco e Espanhol.(Além do alemao e portugues) Fiz vários intercambios e Workcamps no exterior, sempre viajei muito e sou muito enteressado em todas áreas importantes. (estudei 1ano de Direito na Alemanha também) Eu posso ter algum problema por nao ter estudado nunca no Brasil??? Está faltando mais alguma coisa pra preparar pro concurso?
Rainald.
Rainald,Nenhum problema, mas o seu diploma precisa ser reconhecido pelo MEC (via universidade brasileira) e o seu Portugues precisa ser perfeito...
Apens isso.
Paulo Roberto de Almeida
Olá Sr. Paulo Roberto!
Meu nome é Luana, tenho quatorze anos, estou no primeiro ano do Ensino Médio e moro em Brasília.
Há algum tempo estou determinada a exercer a carreira de diplomata. Já estou me preparando, fazendo dois cursos de idiomas e pretendo iniciar um curso preparatório (curso clio), logo quando começar a cursar o Ensino Superior. Como o senhor disse em suas postagens, a leitura é muito importante. Gostaria que o senhor me indicasse alguns assuntos para que eu possa estudá-los desde já para um melhor aprendizado e preparação.
Eu também sempre me interessei pela vida no exterior. Gostaria de saber se há contratos longos para trabalhar em outros países possibilitando construir um lar e uma vida estável.
Agradeço desde já!
Ps: Parabéns pelo blog!
e-mail:luana.chilli@hotmail.com
Sr. Paulo, sou bacharel em Direito desde 2004, fluente em inglês e espanhol. Pretendo prestar concurso para ingressar na carreira diplomática. No entanto sou casado com uma mexicana e vi que um dos requisitos para poder prestar o concurso é uma autorização do Ministro das Relações Exteriores ou do Presidente da República no caso de candidatos casados com estrangeiros. Como posso obter essa autorização?
Sem problema, a autorizacao é dada automaticamente, mesmo se voce fosse casado com uma extra-terrestre...
Prezado Sr.Paulo R. de Almeida,
gostaria muito de lhe agradecer pela iniciativa de criar este blog com o fim de nos auxiliar, os sonhadores da carreira diplomática; e, ainda, a disponibilidade em nos responder as angustiosas questões sobre como a alcançaremos...
Sou estudante de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. "Formado" em escola pública, tive que estudar muito por três anos para alcançar uma vaga nessa instituição de ensino.
Sempre me disseram que lá seria o melhor lugar do Brasil para se conhecer e se preparar para a carreira diplomática. Com um ano de graduação, contudo, descobri que ainda que formado em uma excelente instituição, o mercado de trabalho para bacharéis desse curso é muito pequeno.
Minha perguta: o senhor sugere a mudança de curso para outros como os que já foram mencionados (economia, administração, letras...) que possuem melhores condições de emprego na área empresarial? Ou acha melhor que eu procure uma segunda graduação após a formação em Relações Internacionais?
Desde já, muito obrigado.
Augusto C. Sticca
(augustosticca@gmail.com)
Olá!
Senhor Paulo R. de Almeida, sou Bruno Meneses do qual meu e-mail do qual ficarei grato de receber sua resposta é (menesesbruno21@yahoo.com.br)
Hoje tenho 17 anos, sempre sonhei em representar meu pais o defender o ajudar a crescer cheguei o cogitar ser politico mais deixei de lado!
Então quando me falaram de Diplomacia me apaixonei pois vi um profissão se é como posso chamar porque isso digamos é mais do que uma profissão, quem me indentifiquei!
Sou um jovem de 17 anos de baixa renda não tenho grandes condições de pagar cursos ou faculdades de grande porte mais gostaria de saber do senhor como posso fazer para ser um diplomata representar o meu pais o ajuda-ló?
Seria muito grato se o senhor me responde-se.
Grato pela atenção!
Bruno Meneses.
Bruno,
Eu tambem era filho de familia de baixissima renda, meus pais nao tinham primario completo e eu nao tinha dinheiro para comprar livros.
Passei toda a minha vida em bibliotecas publicas e de instituicoes de ensino, lendo o tempo todo, assim me tornei diplomata gracas a minha excelente preparacao intelectual, toda ela autodidata.
Acho que voce deveria fazer o mesmo. Entre no site do MRE, veja toda a lista de leituras e comece a ler agora.
Se voce nao fizer isso de forma constante e regular, nao podera ser diplomata, pois as exigencias no concurso de entrada sao muito altas, apenas os mais capacitados conseguem entrar.
Portanto, se voce quiser ser, comece a ler tudo o que voce puder desde ja...
-------------
Paulo Roberto de Almeida
Boa noite,
Primeiramente obrigada por nos disponibilizar tão valioso conteúdo sobre a carreira diplomática. Em segundo lugar, gostaria de saber se há algum tipo de restrição no ingresso em relação a pessoas com tatuagem???? (em locais totalmente cobertos por vestimentas)
Nao conheco regras a este respeito. Tampouco vi algum diplomata com tatuagens expostas. Creio haver ainda forte preconceito contra esses sinais exteriores, digamos, exóticos: tatuagens, piercings, cabelos punk, etc, mas como os exames são absolutamente impessoais, não identificados, e tampouco existe mais o princípio da banca examinadora (que poderia, teoricamente, barrar os mais "incovenientes"), qualquer um pode entrar, inclusive um indio botocudo devidamente paramentado e cheio de ossinhos perfurando bochecha, nariz, etc.
Ou seja, você é livre de carregar todas as suas tatuagens, mas poderia ser, digamos assim, objeto de comentários uma vez entrada e se isso sse revelasse publicamente.
Paulo Roberto de Almeida
Bom dia! Obrigada pela resposta. E acredito que deva haver não preconceito (o que pode-se dizer algo forte demais e passível de diversos 'problemas'), mas sim reservas (como em corporações militares, antes do ingresso, pois após o ingresso, dependendo do regimento, praticamente todos os oficiais/cadetes/soldados possuem algum simbolo, principalmente que represente a corporação que pertence) quanto a aparencia de uma pessoa, principalmente, quando se trata da representação de um país. O ser humano é e dificilmente deixará de ser impactado pelo visual, independente do caráter do próximo.
De qualquer modo, após vários caminhos confusos de estudos uma graduação na Unesp e outra na USP (ambas concluídas), iniciei minha jornada para a carreira diplomática este ano... E com projeto de 4 anos de estudos, no minimo, para minha preparação.
Ah! Sim, quanto a tatuagem não tenho nenhuma, foi mais uma curiosidade mesmo.
Obrigada!
Lela,
Os diplomatas não são conservadores, mas a Casa é conservadora, quase naturalmente.
Os habitos vao mudando e quem sabe teremos um indio botocudo como diplomata dentro em pouco, ou uma bela jovem com tatuagem cobrindo toda a batata da perna e no pescoço...
Vai ser divertido...
Paulo Roberto de Almeida
Doutor Paulo Roberto de Almeida
Admiro muito seu trabalho, tive a oportunidade de ler algumas breves biografias sobre o senhor. Fiquei muitíssimo alegre em ver que o Dr. responde, atentamente, a cada um dos comentários, pois tenho inúmeras dúvidas e ninguém melhor que o senhor para saná-las.
Tenho apenas dezoito anos, mas sempre cogitei a possibilidade de ingressar na carreira diplomática. Meus pais são médicos e por isso também sempre me interessei por essa área.
Minha vontade, em ambas as profissões, é de ajudar a população, independente de nacionalidade.
Participei de organizações como o Rotary Internacional (dentro desse no Interact Club) por muitos anos, sendo meu pai um rotariano. Também através do Rotary realizei o progama YEP-Youth Exchange Program, no ano de 2009, na Nova Zelândia.
Havia me decidido, faria medicina (pensando futuramente em especialização na área psiquiátrica, infantil para ser ainda mais precisa). O motivo: sempre ouvi que eu precisava conhecer alguém de importância política para que eu tivesse chances de sucesso na carreira diplomática. Acredito não ser verdade, mas uma mentira quando contada várias vezes...
Enfim, o ponto é que em meu ano de intercâmbio conheci um sábio senhor neozeolandês que possui negócios de relevada importância no Brasil, esse senhor me disse que deveria pensar novamente porque o Brasil necessitava de pessoas como eu. Me senti super lisonjeada, porém sei que não chego aos pés de muitos de meus concorrentes, o que me colocou novamente para pensar sobre o assunto.
O que eu gostaria, Dr. Paulo, é de um conselho, a dita luz no fim do túnel, que eu sei que só o Sr. pode me fornecer.
Em suma...
Tenho chances?
Que curso de graduação melhor se encaixaria para mim?
Se possuo extrema dedicação, posso chegar um dia a uma posição elevada?
E, em sua opinião pessoal, valera a pena me entregar de corpo e alma a esta carreira?
Aguardo ansiosamente sua resposta.
Atenciosamente,
Pessoa esperançosa. ( um toque velado de drama é comum em casos como o meu)
Maria Fernanda,
Desculpe responder tardiamente e de forma entrecortada, mas é que estou em viagem, mais precisamente viajando na Italia, agora em Dubai, a caminho da China, onde vou passar os proximos sete meses trabalhando pelo Brasil na Shanghai Internacional Exposition.
Acredito que voce tem todas as chances de ingressar na carreira diplomatica, desde que voce estude bastante e se prepare adequadamente, pois os exames de ingresso sao bastante competitivos.
Isso indicaria um curso mais adaptado seria o de Relacoes Internacionais, mas eu tenho algumas duvidas sobre a qualidade da maior parte deles.
Se voce tiver coragem, faca aquilo que pretendia fazer, ou seja medicina, e ao mesmo tempo estude para os exames de ingresso na carreira diplomatica.
Será, talvez, muito mais duro, mas talvez mais gratificante do ponto de vista profissional e pessoa.
Nao ha nenhuma necessidade de apoios politicos para se tornar diplomata ou para ascender na carreira. Apenas merito, competencia e um pouco de jeito nas relacoes humanas. Os exames de ingresso nao sao identificados, assim ninguem pode ser beneficiado ou prejudicado na fase de entrada. Depois, cada um cuida de sua carreira da melhor forma possivel.
Paulo Roberto de Almeida
PAULO,
DESDE CRIANÇA ME FASCINAVA A PROFISSAO DE DIPLOMATA, SEM TER O TOTAL CONHECIMENTO DELA. NA ADOLESCENCIA VIM MORAR NO INTERIOR DE SAO PAULO, TRABALHEI COMO MODELO , ME CASEI.COMECEI 3 FACULDADES E NAO TERMINEI.HOJE, MEUS FILHOS SAO ADOLESCENTES. TENHO 38 ANOS E NAO XEGO AOS PES DESSAS PESSOAS QUE DEIXARAM COMENTARIOS AKI.RS
A DIPLOMACIA NAO SAI DE MINHA CABEÇA !
NESSA ALTURA DA MINHA VIDA, VOCE ACHA QUE VALE APENA TENTAR ? OU ACREDITA ESTAR TARDE ? AQUI POR PERTO NAO EXISTEM OTIMAS FACULDADES.
GOSTARIA MUITO DA SUA OPINIÃO, POIS ELA SERA DECISIVA PRA MIM.
OBRIGADA.
LAURAHELENA@GLOBO.COM
Olá Paulo Roberto,
Meu nome é Matheus tenho 19 anos e estou me preparando para o vestibular de história na uff,gostei muito do seu artigo sobre a diplomacia,que é a carreira a qual quero muito seguir,bom após terminar a faculdade de história vou cursar geografia e logo após direito para ter uma sólida base para a carreira diplomatica.Gostaria de saber se você poderia me dar algumas dicas de como me tornar um diplomata como o senhor.
Desde ja agradeço,
Matheus G. Percico
e-mail:gabina_12@hotmail.com
O meu nome é Dellon Dellarquezza. Termino o ensino médio esse ano, já fui aprovado em algumas faculdades, mas estou em dúvida entre direito e relações internacionais, vestibulares que eu farei no fim do ano. Minha dúvida é sobre o curso e a faculdade que o senhor recomenda, posto que ambos me agradam muito e servirão para minha maior pretensão que é ser, inicialmente, diplomata.
Obrigado pelo excelente texto informativo e aguardo resposta.
Atenciosamente,
Dellon Dellarquezza.
17 anos.
Dellon,
Se voce ler com atencao todos os meus textos sobre os cursos e a carreira vc terá a resposta que procura. Nao espere que eu lhe diga o que voce tem de fazer.
Decida voce mesmo, com base em leituras, informacoes e reflexoes proprias.
Nunca transfira a outra pessoa decisoes que voce deve tomar em sua vida pessoa..
Faca voce mesmo...
Paulo Roberto de Almeida
Meu nome é Josué, tenho 16 anos, e estou no 2º do ensino medio, e pretendo ser um diplomata, mas não sei por onde começar,não tenho nenhuma noção em qualquer lingua, não tem dinheiro para pagar um curso de lingua estrangeira(não sei o que fazer) gosto muito de pesquisar sobre varias coisas, mas eu não sei o que le para me tornar uma pessoa capaz de passar nesse concurso.
eu estava lendo, e estava vendo o quanto tem de gente preparada para passar nesse concurso, então eu queria saber se eu tenho alguma possibilidade de passar?? o que eu devo fazer desde agora????
Josué,
Se você não sabe nada, já é um bom começo, pois pelo menos você tem consciência de que não sabe nada e pode assim começar a se preparar.
Você tem ainda uns seis anos pela frente, calculando um ou dois anos de pré-universidade e mais 4 de graduação universitária.
NÃO EXISTE pessoa no mundo, que com seis anos pela frente não possa tornar-se um gênio em qualquer coisa, desde que estude e se dedique.
Você pode, portanto, faça. Estude sozinho e aprenda línguas sozinho, com internet e um dicionário do lado.
Comece por estabelecer uma lista de leituras com base no Guia de Estudos e depois passe a ler, emprestando os livros de Bibliotecas públicas. Veja em meu site a seção de dicas sobre a diplomacia.
Estude e você consegue.
Paulo Roberto de Almeida
Estudo para o concurso do IRBr e minha mulher estuda para o concurso de Ofchan. Somos um jovem casal que, com um projeto bem estruturado de estudo, almejamos alcançar êxito nesses nossos respectivos desafios, ainda que demore um tempo para isso acontecer. Caso sejamos os dois aprovados, existe algum empecilho (ou incentivo) para que, se eu for removido para postos no exterior, minha mulher me acompanhe sem precisar se licenciar da carreira?
Rafael Marques,
Como você diz, se vocês forem ambos aprovados, vão passar uns tempos em Brasilia, talvez 2 a 4 anos, antes de conseguirem um posto conjunto, onde os dois poderão trabalhar, e vocês ganharão, portanto, juntos, mais que o Embaixador (sem algumas mordomias, claro...).
Mas, não se deve vender a pele do urso antes...
Paulo R. Almeida
Senhor Paulo Roberto de Almeida, 2 perguntas:
1) Existe alguma área no MRE que um diplomata especialista em Finanças possa aplicar seus conhecimentos de maneira relevante, levando em consideração a agenda contemporânea da diplomacia brasileira?
2) No endereço http://www.face.ufmg.br/portal/downloads/relacoes-economicas-internacionais/colegiado-de-graduacao-em-relacoes-economicas-internacionais/353-estruturacursorelecoint.html
está a estrutura curricular do curso de Relações Econômicas Internacionais da UFMG. O que o senhor acha desse curso, em comparação com os demais cursos de Relações Internacionais ministrados no Brasil, quanto ao conhecimento apropriado para um bom desempenho na carreira?
Obrigado.
Olá Paulo Roberto,
As perguntas sobre "finanças" e "Relações Econômicas Internacionais-UFMG" acima foram feitas por mim, Ronald. Estou postando este comentário porque esqueci de me identificar no post acima. Obrigado.
Anônimo financeiro,
1) Certamente: existe uma Divisão de Assuntos Financeiros que sintetiza tudo o que se pode apresentar de útil nessa área. Existem outras divisões (de negociações de políticas comerciais, por exemplo), que também podem usufruir da capacidade analítica de um funcionário nessas áreas. Outras existirão que oferecem oportunidades semelhantes.
Mas não pense que é você que vai pautar o MRE sobre todos os temas financeiros, pois o MRE tem sua memória sobre os temas financeiros, e tudo depende das chefias da Casa e da consulta que se faz a outras agências do Estado (Fazenda, BC, etc) que dirão o que fazer com FMI, Banco Mundial, BID (que a rigor caem na competencia desses outros ministerios)
2) Reparei que a grade do curso é muito completa, mas duas coisas: apenas materias economicas, em grande medida, o que é bom para quem for para a area empresarial, mas pouco para as outras areas. Ele tem um vies bem academico, o que tampouco é bom para quem for trabalhar no setor privado que tem outras exigencias...
Paulo Roberto de Almeida
olá,chamo-me Jéssika Lorena e curso o 3 período do curso de serviço social na UFRN. Sei que este não se encaixa nas graduações, digamos que, tradicionais, no entanto gostaria de saber se tenho a possibilidade de exercer a carreira diplomatica, e se houver, gostaria de saber qual caminho seguir. Não tenho fluência em língua alguma estrangeira, mas tenho facilidade de apreensão, e caso o senhor me der uma resposta positiva, sei que com dedicação alcançarei meu objetivo.Deixo meu email e gostaria de receber informações acerca dos conhecimentos exigidos para as etapas avaliativas;
Atenciosamente, Jéssika lorena;
jesskalima@hotmail.com
Jessika,
Toda e qualquer pessoa pode (na verdade deve) estudar, para melhorar seus conhecimentos e sua preparacao para a vida profissional. Se voce mesma conseguiu detectar suas deficiencias, é sinal de que pode, facilmente, estabelecer um plano de estudo, com base nos requerimentos dos exames de ingresso na carreira diplomatica.
Basta mapear o que voce deve ler, e começar imediatamente. Em 3 anos, talvez um pouco mais, você poderá cobrir toda a bibliografia, se se dedicar seriamente a isso.
Eu nao preciso lhe dar informacoes, você mesma pode buscá-las, pois é suficientemente inteligente para isso.
Paulo Roberto de Almeida
Olá, Sr Paulo!
Pesquisando sobre o assunto, li em um site qualquer pela internet que é necessário ter entre 21 e 35 anos para ingressar no concurso do Rio Branco. No entanto, ao consultar alguns dos editais, não encontrei nenhum requesito que explicitasse esta limitação. Sendo assim, fiquei na dúvida: existe realmente um limite de idade para se tornar um diplomota?
Desde já agradeço a atenção,
Francinne Torres
Francinne,
Houve, no passado, essa limitação de idade. Mas a regra não se aplica mais, ou seja, não existem limites ao ingresso.
Mas, cabe recordar que dificilmente alguém poderá fazer uma carreira completa ingressando muito tarde.
Acredito que 35 anos seria o máximo que se poderia desejar como desempenho quase normal de carreira, mas o ideal seria antes dos 30.
Paulo Roberto de Almeida
Olá,
Estou no 2° Semestre de ADM.
Há matéria está ótima ! Não tenho
muito o que falar a não ser SEGUIR
esse Blog e voltar Sempre aqui !
Visitei seu site pessoal, ja está
nos meus favoritos !
Grande Abraço
Caro Sr. Paulo R. de Almeida.
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo por manter esse canal direto de comunicação tão importante para pessoas dispostas a tornarem-se candidatos ao cargo de diplomata. Certamente muitas dúvidas podem ser dessa forma esclarecidas.
Minha dúvida está em saber se é possível levar família quando se é transferido para o exterior. No meu caso, vivo em união estável e provavelmente até ter passado no concurso, estarei casado. Portanto, a decisão por prestar o concurso é conjunta. Como minha namorada é contadora, ela provavelmente teria uma dificuldade em se colocar no mercado de trabalho mudando de país a cada pouco. O senhor poderia me dizer como é essa dinâmica? Os diplomatas de início de carreira vão para um país qualquer pela vontade da administração ou podem escolher esperar por algo "melhor"? Existe uma tendência a manter-se em um determinado país? Isso pode ser uma opção? E em relação aos custos de moradia nesses países, por exemplo, existe alguma ajuda de custo ou assistência por parte do Itamarati?
Aguardo sua resposta.
Um forte abraço.
Att,
Anderson
anderson@tauras.com.br
Olá, Paulo. Como vai?
Primeiramente um muito obrigado pela abertura neste blog. É, deveras, valiosa para todos que se interessam pela Diplomacia.
Sou rotariano, graduado em Direito, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, em 2009. Estou com 24 anos e confesso estar procurando uma real missão em vida. Assuntos como a busca pela Paz, Nações Unidas, OEA, multiculturalismo, línguas estrangeiras, Cultura, Música, Cinema, Poesia, Espiritualidade, sempre me chamaram atenção muito mais que a prática dentro do Direito.
Também sou Músico. Estudei o piano, guitarra, violão e agora canto. Lançarei um cd pela Sony ATV Brazil ainda este ano.
Já vivi nos EUA, com 21 anos, estudando Música e tive algum conhecimento com "Commow law", enquanto trabalhava por lá.
Sei que é difícil de viver de Artes no Brasil. Não gostaria de mudar novamente daqui, pois amo o meu país, apesar das suas limitações. Sei que poderia estar contribuindo para o meu país com meu trabalho.
A Diplomacia me parece ser a única alternativa para que meu trabalho se coadune com meu coração e alma, além da Música.
No entanto, não gostaria de deixar de escrever poesias, ou compor minhas músicas, gravar meus cd´s e até realizar apresentações. Você acha que poderia continuar aliando meu trabalho dentro da Diplomacia com a Arte da Música e Poesia?
Em sua opinião, como é visto dentro do IRB, uma pessoa voltada para diversos assuntos. Sei da existência de grandes nomes que contribuíram para a Cultura brasileira.
Tenho uma meta de poder adentrar ao IRB até meus 28 anos de idade.
Gosto de ler, e amo a escrita, desde os tempos de colégio. Sou oriundo de uma família de professores, História e Português, logo, não tenho qualquer vínculo com famílias de renome no Brasil, ou em Brasília. Creio que esta tendência de "apadrinhamentos", já tenha se extinguido, certo?
Um muito obrigado pela acolhida. Respeito seu trabalho e desejo-lhe toda a paz e luz possíveis.
Um grande abraço,
Carlos Canteri Neto
Olá, Paulo. Como vai?
Primeiramente um muito obrigado pela abertura neste blog. É, deveras, valiosa para todos que se interessam pela Diplomacia.
Sou rotariano, graduado em Direito, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, em 2009. Estou com 24 anos e confesso estar procurando uma real missão em vida. Assuntos como a busca pela Paz, Nações Unidas, OEA, multiculturalismo, línguas estrangeiras, Cultura, Música, Cinema, Poesia, Espiritualidade, sempre me chamaram atenção muito mais que a prática dentro do Direito.
Também sou Músico. Estudei o piano, guitarra, violão e agora canto. Lançarei um cd pela Sony ATV Brazil ainda este ano.
Já vivi nos EUA, com 21 anos, estudando Música e tive algum conhecimento com "Commow law", enquanto trabalhava por lá.
Sei que é difícil de viver de Artes no Brasil. Não gostaria de mudar novamente daqui, pois amo o meu país, apesar das suas limitações. Sei que poderia estar contribuindo para o meu país com meu trabalho.
A Diplomacia me parece ser a única alternativa para que meu trabalho se coadune com meu coração e alma, além da Música.
No entanto, não gostaria de deixar de escrever poesias, ou compor minhas músicas, gravar meus cd´s e até realizar apresentações. Você acha que poderia continuar aliando meu trabalho dentro da Diplomacia com a Arte da Música e Poesia?
Em sua opinião, como é visto dentro do IRB, uma pessoa voltada para diversos assuntos. Sei da existência de grandes nomes que contribuíram para a Cultura brasileira.
Tenho uma meta de poder adentrar ao IRB até meus 28 anos de idade.
Gosto de ler, e amo a escrita, desde os tempos de colégio. Sou oriundo de uma família de professores, História e Português, logo, não tenho qualquer vínculo com famílias de renome no Brasil, ou em Brasília. Creio que esta tendência de "apadrinhamentos", já tenha se extinguido, certo?
Um muito obrigado pela acolhida. Respeito seu trabalho e desejo-lhe toda a paz e luz possíveis.
Um grande abraço,
Carlos Canteri Neto
Olá, Paulo. Como vai?
Primeiramente um muito obrigado pela abertura neste blog. É, deveras, valiosa para todos que se interessam pela Diplomacia.
Sou rotariano, graduado em Direito, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, em 2009. Estou com 24 anos e confesso estar procurando uma real missão em vida. Assuntos como a busca pela Paz, Nações Unidas, OEA, multiculturalismo, línguas estrangeiras, Cultura, Música, Cinema, Poesia, Espiritualidade, sempre me chamaram atenção muito mais que a prática dentro do Direito.
Também sou Músico. Estudei o piano, guitarra, violão e agora canto. Lançarei um cd pela Sony ATV Brazil ainda este ano.
Já vivi nos EUA, com 21 anos, estudando Música e tive algum conhecimento com "Commow law", enquanto trabalhava por lá.
A Diplomacia me parece ser a única alternativa para que meu trabalho se coadune com meu coração e alma, além da Música.
No entanto, não gostaria de deixar de escrever poesias, ou compor minhas músicas, gravar meus cd´s e até realizar apresentações. Você acha que poderia continuar aliando meu trabalho dentro da Diplomacia com a Arte da Música e Poesia?
Em sua opinião, como é visto dentro do IRB, uma pessoa voltada para diversos assuntos. Sei da existência de grandes nomes que contribuíram para a Cultura brasileira.
Tenho uma meta de poder adentrar ao IRB até meus 28 anos de idade.
Gosto de ler, e amo a escrita, desde os tempos de colégio. Sou oriundo de uma família de professores, História e Português, logo, não tenho qualquer vínculo com famílias de renome no Brasil, ou em Brasília. Creio que esta tendência de "apadrinhamentos", já tenha se extinguido, certo?
Um muito obrigado pela acolhida. Respeito seu trabalho e desejo-lhe toda a paz e luz possíveis.
Um grande abraço,
Carlos Canteri Neto
Olá, Paulo. Como vai?
Primeiramente um muito obrigado pela abertura neste blog. É, deveras, valiosa para todos que se interessam pela Diplomacia.
Sou rotariano, graduado em Direito, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, em 2009. Estou com 24 anos e confesso estar procurando uma real missão em vida. Assuntos como a busca pela Paz, Nações Unidas, OEA, multiculturalismo, línguas estrangeiras, Cultura, Música, Cinema, Poesia, Espiritualidade, sempre me chamaram atenção muito mais que a prática dentro do Direito.
Também sou Músico. Estudei o piano, guitarra, violão e agora canto. Lançarei um cd pela Sony ATV Brazil ainda este ano.
Já vivi nos EUA, com 21 anos.
A Diplomacia me parece ser a única alternativa para que meu trabalho se coadune com meu coração e alma, além da Música.
No entanto, não gostaria de deixar de escrever poesias, ou compor minhas músicas, gravar meus cd´s e até realizar apresentações. Você acha que poderia continuar aliando meu trabalho dentro da Diplomacia com a Arte da Música e Poesia?
Em sua opinião, como é visto dentro do IRB, uma pessoa voltada para diversos assuntos. Sei da existência de grandes nomes que contribuíram para a Cultura brasileira.
Tenho uma meta de poder adentrar ao IRB até meus 28 anos de idade.
Gosto de ler, e amo a escrita, desde os tempos de colégio. Sou oriundo de uma família de professores, História e Português, logo, não tenho qualquer vínculo com famílias de renome no Brasil, ou em Brasília. Creio que esta tendência de "apadrinhamentos", já tenha se extinguido, certo?
Um muito obrigado pela acolhida. Respeito seu trabalho e desejo-lhe toda a paz e luz possíveis.
Um grande abraço,
Carlos Canteri Neto
Olá, Paulo. Como vai?
Primeiramente um muito obrigado pela abertura neste blog. É, deveras, valiosa para todos que se interessam pela Diplomacia.
Sou rotariano, graduado em Direito, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, em 2009. Estou com 24 anos e confesso estar procurando uma real missão em vida. Assuntos como a busca pela Paz, Nações Unidas, OEA, multiculturalismo, línguas estrangeiras, Cultura, Música, Cinema, Poesia, Espiritualidade, sempre me chamaram atenção muito mais que a prática dentro do Direito.
Também sou Músico. Estudei o piano, guitarra, violão e agora canto. Lançarei um cd pela Sony ATV Brazil ainda este ano.
Já vivi nos EUA, com 21 anos.
Você acha que poderia continuar aliando meu trabalho dentro da Diplomacia com a Arte da Música e Poesia?
Em sua opinião, como é visto dentro do IRB, uma pessoa voltada para diversos assuntos. Sei da existência de grandes nomes que contribuíram para a Cultura brasileira.
Tenho uma meta de poder adentrar ao IRB até meus 28 anos de idade.
Gosto de ler, e amo a escrita, desde os tempos de colégio. Sou oriundo de uma família de professores, História e Português, logo, não tenho qualquer vínculo com famílias de renome no Brasil, ou em Brasília. Creio que esta tendência de "apadrinhamentos", já tenha se extinguido, certo?
Um muito obrigado pela acolhida. Respeito seu trabalho e desejo-lhe toda a paz e luz possíveis.
Um grande abraço,
Carlos Canteri Neto
Olá, Paulo. Como vai?
Estou pensando na possibilidade de estudar também para o concurso Oficial de Chancelaria, para o ano que vem. Creio que dê tempo suficiente para a preparação.
Acho que seria uma boa alternativa, para eu ir me ambientando mais com a dificuldade do concurso para Diplomacia.
O que acha da idéia? Em verdade, preciso de um capital, e por isto penso em me preparar melhor para este concurso, visando a Diplomacia posteriormente.
Att,
Carlos Canteri
Carlos Cantieri,
Todos os concursos que possam ajudar na preparação à carreira diplomática são importantes. Portanto, acho que você pode fazer.
Paulo Roberto de Almeida
Olá, Sr. Paulo!
Meu nome é Benedito, tenho 16 anos e curso o 3° ano do ensino médio. Meu sonho é um dia ser um diplomata, e disso tenho certeza.
Não domino nenhuma língua estrangeira, apesar de estar correndo atras "pra ontem" de aprende-las. Gostaria que o senhor me direcionasse em algumas questões.
1) Meu ensino médio é integrado com técnico de Engenharia Civil, do qual não gosto nem um pouco. A questão é, gostaria de fazer um curso que, ao mesmo tempo, me desse noções das matérias exigidas no concurso e me garantisse sustento enquanto não passo no concurso. Sugestões? Publicidade, comunicação social seriam bons?
2) Gostaria de saber se é útil eu começar desde agora a ler, estudar sobre os assuntos cobrados. Livros de geografia e história, manuais de direito internacional e coisas do gênero.
3)Além da bibliografia do concurso, alguma sugestão?
4)Tenho muita disposição e uma força de vontade imensa, especialmente em relação ao meu sonho. Gostaria que o senhor, resumidamente, me dissesse o que posso fazer desde agora para me preparar.
5)É possível trabalhar e estudar para o concurso ao mesmo tempo?
Desde já agradeço.Abraço
PS. Tem mts Almeidas espalhados por ai, mas devo dizer q temos o msm sobrenome...(risos)
Benedito Silva de Almeida Junior
benejunior182@hotmail.com
Olá Paulo,
Tenho 17 anos e sou aluno ingressante no curso de Bacharelado em Filosofia na UFRJ, e gostaria de entender se o curso de Filosofia, aliado à línguas (como italiano, espanhol e inglês), seriam um ponto de partida para o ingresso na carreira de diplomática. Desde já agradeço.
Daniel Ciríaco, OB
Jordana,
Voce me escreveu ha muito tempo atras e so agora, meses depois, percebo que nunca lhe respondi, para o que peço sua indulgencia. Sao muitas mensagens e comentarios a posts que me chegam, muitas vezes todos juntos e nao tenho tempo ou lazer de responder a todos, e por vezes um ou outro me escapa.
Suas perguntas:
- Sou homossexual e gostaria de saber se isso pode atrapalhar de algum modo o processo de seleção.
PRA: Nao, de modo algum; sao muitos os diplomatas homosseuxuais e voce se sentira perfeitamente a vontade na carreira. Antigamente, na selecao, havia uma banca de entrevistas, que podia eventualmente exercer alguma discriminacao, mas isso nao existe mais, pois todos os exames sao escritos e eimpessoais, assim que nao ha identificacao de candidatos antes da posse ao final dos exames.
-Dê-me sua opnião pessoal:O que você classifica como sendo melhor para uma carreira diplomática:direito,relações internacionais ou um outro curso?E qual seria o melhor lugar para cursar?
PRA: Dificil dizer pois a carreira é ecletica e permite que qualquer graduacao sirva para os exames de entrada, mas obviamente existe uma identificacao, coincidencia ou overlapping com aqueles cursos que tem disciplinas convergentes com o que se pede na entrada: linguas, economia, politica internacional, historia, geografia, etc. Nesse sentido, os cursos de RI parecem ser os melhor adaptados, e eu digo parece pois eles sao ainda muito fracos no Brasil, quase todos eles.
Eu diria que voce deveria fazer um curso que lhe dê uma profissao "verdadeira", alternativamente à diplomacia. Ou seja, escolha um curso que lhe ofereça um mercado de trabalho para o caso em que você não passe nos exames e não se torne, portanto, diplomata, ou pelo menos não imediatamente. Digo isso pois os exames sao muito duros e a concorrencia brutal. Tem gente que estuda 2 ou 3 anos de cursinho preparatório para tornar-se diplomata, e nesse meio tempo é preciso trabalhar em algo...
-Apesar de ser uma pergunta não muito ética,gostaria de saber qual é o salário bruto e líquido de um diplomata em início de carreira (terceiro secretário).
PRA: Acho que deve andar em torno de 12 a 13 mil reais.
-Existe algum livro em específico que você possa me indicar?
PRA: Excistem dezenas de livros recomendados, todos no Guia de Estudos e voce deve ler para poder ser capaz de responder as perguntas dos exames.
-É possível atuar na área unicamente no Brasil ou a vida nômade,como citado acima é inevitável?
PRA: Não é possivel ser diplomata apenas no Brasil, isso não existe. Diplomata é uma vida nômade, e todos temos de servir no exterior. Se você não gosta, então nem tente ser.
----------------------
Paulo Roberto de Almeida
www.pralmeida.org
pralmeida@mac.com
diplomatizzando.blogspot.co
Daniel Ciriaco,
O curso de Filosofia, desde que complementado pelo estudo de todas as demais matérias que constam do Guia de Estudos, pode servir, mas se você quer ser exclusivamente diplomata talvez devesse escolher algo com maior interface de correspondência entre disciplinas acadêmicas e exames de ingresso, com direito, economia, geografia, história, etc.
Dispense o italiano e concentre-se no Ingles, no Espanhol e no Francês, nessa ordem.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
Olá!
Meu nome é Fabíola, tenho 30 anos, tenho um sonho e esse é seguir a carreira diplomática. Acho um pouco tarde pensar nisso, mas acredito que posso.
Tem uma idade específica para ingressar? só tive condições para tal agora.
Fabiola M. Barboza
fabiolamunduruca@hotmail.com
Caro Paulo,
Tenho 41 anos, sou professora universitária e estudiosa dos temas internacionais. Acordei agora para a carreira de Diplomacia. Você acha que na minha idade é interessante iniciar a carreira ?
Marcia,
Acho que é um pouco tarde para uma carreira completa, mas você não perde nada em estudar, se preparar e tentar. Se você entrar, vai aproveitar o que tem de bom na carreira, mas sendo realista quanto ao perfil de carreira.
Paulo Roberto de Almeida
Olá Paulo, bom tenho 15 anos e ando já querendo me preparar futuramente em diplomacia. Muitos diplomatas abortam o tema "diplomacia não é o que você pensa" explicando em outras palavras. Me interesso muito pelo assunto, e tenho essa vontade de "ser" desde os onze anos, pois sempre me interessei muito por política, histórias e culturas de um certo país. Queria saber, antes de tudo, acabado o colegial. O que devo fazer? Já que nenhum outro explicou tanto sobre a diplomacia como o senhor. Agradeço se puder responder-me. Abraços.
Nathalia Barbosa,
Você me pergunta o que deve fazer para se tornar diplomata.
Acho que você já sabe a resposta, pois diz que desde os 11 anos já tinha vontade de ser. Acho que você já é diplomata, apenas ainda não passou no concurso, o que certamente conseguirá tão pronto termine a graduação universitária, e uma preparação paralela e concomitante desde agora, lendo tudo o que você precisa ler e saber para passar no concurso.
Comece entrando no site do Rio Branco, copie o edital e o Guia de Estudos e inicie um programa sistemático de leituras de tudo o que ali está está. É muita coisa, eu sei, e por isso vou fazer uma lista resumida de leituras.
Leia tudo o que existe no meu site sobre a carreira diplomática, e dentro de um ano volte a me escrever para me dizer a quantas você anda de estudos.
Bons estudos, bom ano de 2011, felicidades em sua vida pessoal, familiar, intelectual.
Paulo Roberto de Almeida
Boa Tarde Dr Paulo,
Tenho lido seu blog e primeiramente gostaria de parabenizá-lo. Minha pergunta é a seguinte: como que o MRE vê pessoas já maduras ao ingressar na carreira e também em relação aos deficientes físicos.Há apoio ou trata-se apenas de cumprimento de lei. Grata
Caro Anônimo,
Não posso responder pelo Itamaraty, uma Casa composta de muitas cabeças, cada qual com sua opinião. Posso apenas arriscar algumas hipóteses.
Suponho que os chefes da Casa, os barões assinalados não tenham ficado muito contentes com esse dispositivo constitucional (de 1988) que impede discriminação por idade nos concursos de acesso à carreira. Antes, a lei restringia a 31 anos completos. A razão é simples, e racional: demora muito tempo para forma de verdade um diplomata, e não se trata apenas de um "emprego público" e sim de uma carreira, que exige vocação, empatia, dedicação e desempenho ao longo de muitos anos. Preferivelmente melhor termos jovens, que se formam antes dos 30 e tem tempo de ganhar experiência antes de galgar postos de responsabilidade, no Brasil e no exterior. Entrando mais velhos, isso é praticamente impossível, e ganhamos apenas "aposentados precoces", com as dificuldades normais de adaptação e flexibilidade no aprendizado de novas técnicas. Sou a favor de uma lei específica que limite o acesso a no máximo 31 anos. É uma opinião pessoal.
Quanto aos deficientes físicos, realmente não sei dizer e nem sei se temos deficientes diplomatas. A Constituição também oferece essa possibilidade, mas confesso que não sei se alguém entrou, quantos desistiram, etc.
A vida diplomática é muito movimentada, com muitas viagens, aeroportos, centros de conferências, reuniões improvisadas, enfim uma diversidade muito grande de atividades e provavelmente o mundo ainda não está preparado para acolher deficientes em todos os lugares em que precisamos servir: nem todos os países possuem essas facilidades (rampas, etc), que existem nos países desenvolvidos.
Esta é uma opinião mas é também um fato...
Paulo Roberto de Almeida
olá senhor Paulo eu tenho 17 anos e estou no 3ºano do ensino médio. muito intessante o seu texto. me interesso muito pela carreira. queria saber o curso mas importânte para ser diplomata e se interfere muito se eu for moro no exterior.
Brenda Kelly,
Começando pelo final. Nada impede de você morar no exterior, mas existem dois problemas práticos, digamos: (a) você precisa ter um diploma de estudos superiores legalizado no Brasil, ou seja, credenciado por uma faculdade habilitada para tal pelo MEC, assim que se voce voltar com um diploma estrangeiro, pode ter alguns problemas para obter certificação; (b) o concurso necessariamente deve ser feito no Brasil, e se estende por um longo periodo de tempo, assim que acho mais conveniente voce morar no Brasil, estudar e se preparar aqui mesmo.
O MRE aceita qualquer diploma legal de estudos superiores, inclusive veterinaria, educação física, etc, mas é evidente que você terá mais facilidades com uma graduação possuindo a maior interface possível com as matérias requeridas no concurso de ingresso na carreira. como Direito, Economia, Administração e sobretudo Relações Internacionais, embora eu considere esses cursos relativamente mais fracos.
Paulo Roberto de Almeida
Olá Dr Paulo,
tenho 36 anos, sou formada em administração e direito, gosto de estudar os idiomas de inglês, francês e espanhol, porém preciso aperfeiçoá-los. Desejo fazer o concurso para Diplomata, pois sinto cada vez mais afinidade por esta carreira. Quero, no entanto, saber do senhor qual a idade ideal para se fazer este concurso? Ainda tenho chances para investir nesta carreira? Ou a minha idade não é mais compatível com esta carreira?
Jcristine,
Nao escondo que é um pouco tarde, supondo-se que voce entre, digamos com 37 ou 38. Mas nada impede voce de estudar e tentar. A carreira tem coisas boas, mesmo não se chegando a embaixador.
Nunca, ninguem perdeu tempo estudando...
Vá em frente...
Paulo Roberto de Almeida
Dr. Paulo,
agradeço a sua atenção! Quero saber qual nível o senhor já esta nesta carreira? E quantos anos leva para se chegar a embaixador? Tem um período de tempo determinado? Ou depende de cada pessoa? É atraves de concurso ou promoção que se chega ao cargo de embaixador? Grata
Jcristine,
Existe muita informação sobre a carreira diplomática no site do MRE, no meu próprio site e em outras fontes. Sugiro que você procure um pouco.
Paulo R. de Almeida
Agradeço muitíssimo a sua atenção, porém só fiz estes questionamentos porque não obtive respostas ainda através destas pesquisas que o senhor sugeriu, por isso lhe incomodei um pouco com a minha curiosidade. Desta forma, continuarei na minha busca incessante. Grata por tudo.
Olá, Dr. Paulo Roberto, prazer, Pedro Olyntho. Bem, tenho 15 anos e eu curso o 2° Ano do ensino médio aqui em Itabuna / Bahia, no colégio Galileu. Eu li o seu texto, e percebi que surgem novas possibilidades em uma vida que é quase definida. Minha vida toda foi guiada pelos meus pais, eles me aconselharam a fazer medicina, pois dizem que me dá segurança onde quer que eu esteja. Bem, medicina não me "cativa", não me faz sentir prazer em estudar. Porém tem detalhes que ainda são incógnitas na minha vida escolar. Meu colégio é o melhor da região, consegue colocar 4 primeiros lugares na medicina da UESC. Bem, pelo que eu percebi, para eu ser diplomata, eu preciso gostar muito de teorias e histórias, tendo também que saber conceitos de "área geográfica". Olha, quero dizer aqui que até hoje em minha vida, eu ganho tudo o que quero de meus pais, tenho uma vida super saudável, sou, modeste a parte, inteligente, consigo compreender coisas que meus colegas não compreendem, e que os professores se impressionam. Porém, a minha dificuldade não é no aprendizado, e sim na execução do que eu aprendi. Bem, eu ADORO física, eu gosto de matemática, química e BIOLOGIA! Sim, estranho. Odeio história, odeio geografia, gosto de línguas estrangeiras, odeio filosofia, porém algo que eu gosto, é de refletir... Nossa, minha vida é mesmo uma bola de neve, não é?! Sou bom em português, não sou fã de literatura, mas eu gosto de ler, e também escrevo bem em redação. Então, tem um problema que eu tento vencer todo dia : Sou preguiçoso. Eu tento pegar um livro para ler, só que não consigo terminar, vejo uma preguiça surgindo do nada, como se tivesse uma barreira contra mim... Pelo que leu até agora, eu não tenho nada que me ajude para ser um diplomata, só que eu adorei a carreira... Me ajude, por favor, me ajude a seguir o caminho de minha vida com um destino que me faça feliz, pois essa carreira de diplomata, foi até agora, a única que me fez ficar inspirado em uma profissão. Grandes abraços, espero respostas!
E-mail : pozinho.baracat@gmail.com
Pozinho,
Acho melhor você seguir sua vocação. Como se diz em italiano: "va dove ti porta il cuore", siga o que o seu coração mandar. Se voce detesta tantas coisas que são exigidas no concurso, melhor nem tentar. Seja o seu próprio diplomata, ou seja, siga a profissão na qual você se sentir melhor, e viaje, escreva, se relacione internacionalmente.
Nao seja diplomata burocrata, voce nao vai se dar bem. Faca o que voce quiser, sobretudo, se puder, por conta propria.
Paulo Roberto de Almeida
Boa Tarde Dr. Paulo Roberto, muito prazer em conhece-lo, e desde já adianto que o seu blog é uma ótima ferramenta para auxiliar e orientar aqueles que desejam seguir a carreira diplomática. Nada como dicas e conselhos um pouco mais pessoas para solidificar esta escolha!
Tenho duas perguntas para o Senhor, se não lhe for causar um incômodo:
1. Mesmo depois de ler todas as informações do site do instituto Rio Branco ainda não ficou muito claro como se dá a seleção dos locais de trabalho pelos diplomatas. Você pode escolher um local melhor (parece que é chamado de A?) e depois tem que revesar com um local um pouco menos prestigiado (B,C ou D?)? Mas se for assim, existe um concurso interno?
2. Não sendo necessário citar números, mas o salário do diplomata aumenta bastante conforme ele progride na carreira? Dá para se sustentar tranquilamente, seja no BR ou no exterior?
Agradeço a atenção, e em especial, o fato do Senhor ser muito atencioso em suas respostas.
Att.
Lucas Araujo
Lucas,
As regras de escolha, alternancia e rotatitividade entre os postos sempre mudam nos detalhes, e geralmente tem mudado bastante no periodo recente, cheio de improvisos, mudanças e surpresas.
O que é certo é que ninguem vai de posto A para posto A, ou de posto C para posto C. Antes as pessoas aceitavam ir para posto C por 2 anos, com a promessa já acertada de um posto A determinado no momento da primeira partida. Agora parece que a incerteza predomina, mas as regras basicas prevalecem quanto a alternancia entre A, B, C,etc.
O fato é que voce tem de indicar 6 ou 8 postos, e a Administracao faz a sua oferta, que voce pode recusar uma ou duas vezes. Depois se comeca outra negociacao e sempre se tenta acomodar pretensoes, mas os chefes de posto reclamam que nao podem escolher assessores.
Confesso a voce que nunca me interessei por questoes administrativas e quase nunca me fixei em salarios. Ganho o que me pagam e esqueco qualquer correspondencia ou saltos de salarios de uma classe a outra. Deve ser 400 reais nos vencimentos basicos, talvez mais, nao sei, o resto sendo gratificacoes e esses penduricalhos horriveis que fazem da estrutura salarial no setor publico uma selva selvagem, irracional e maluca. Nao me interesso por isso, sinceramente.
Paulo Roberto de Almeida
Caro Paulo Roberto,
Tenho 27 anos, formado em Letras, concluindo dissertação de mestrado em Tradução. Sempre fui apaixonado por línguas, geografia, história, filosofia, religiões e tudo aquilo que se refere ao humano. Como sempre fui um generalista (nunca me limitei aos conteúdos do curso), me interessei demasiadamente pela carreira diplomática. Boa parte da bibliografia sugerida para história e geografia já li, inclusive Hobsbawm, em inglês, como o senhor já sugeriu. Tenho noções de francês, espanhol, latim, grego e alemão (claro, só tenho que estudar espanhol e francês). A bibliografia de língua portuguesa, óbvio, já conheço. Apesar disso, às vezes me sinto desencorajado a prestar o concurso, devido à disponibilidade de tempo para estudar. Gostaria de me dedicar mais aos estudos preparatórios, abandonando, para isso, o mestrado. Temo, sobretudo, que não consiga passar antes dos 30, pois essa é a meta que estabeleci. Não me sinto bem longe dos livros do Guia de Estudos, pois a diplomacia se tornou, obsessivamente, meu grande sonho. Todas as vezes que penso em desistir da ideia, sinto profundo arrependimento e pesar. Ou seja, o terrível e generoso Fado me obriga a persistir. Outra grande questão é que, se quiser lecionar no ensino superior, preciso fazer um doutorado. Gostaria de fazer em Linguística ou Antropologia. Preciso pegar o fio que me está sendo tecido pelas Moiras.
Abraço!
Caro Paulo Roberto,
Tenho 27 anos, estou me formando em ciências socais na universidade do estado do rio de janeiro , estudei minha vida inteira em escola publica Sempre fui apaixonada por línguas, geografia, história, filosofia, religiões e tudo aquilo que se refere ao humana por isso escolhi o curso de ciencias socais que engloba toda essa aeréa .
seria muito tarde tenta para carreira diplomata? não tenho condiçoes de pagar um curso preparatorio para está aerea mas ,sempre fui muito esforçada , sou bolsita em 7 curso de idiomas (inglês ,espanhol,alemão ,italiano,francês ,japonês e russo)curso esse que consegui com muito esforço estou pensando em fazer minha monografia falando sobre a participação da mulher na politica brasileira aproveitando o gancho com a entrada da Dilma na presidência , tenho feito bastantes eletivas na minha facudade em relaçao a aréa de relaçaoes internacionais tanto que tenho pensado ao me formar fazer uma pós em história da relaçoes internacionais e talvez um mestrado em RI sou completamente apaixonada pela carreira diplomata o que devo fazer para conseguir chegar ao meu objetivo já que aqui no RJ é muito dificil o ingresso nessa aréa e tambêm dentro das minas condiçoes financeiras.
obrigada atenciosamente Elisângela.
Elisangela,
Voce ainda tem alguns anos para tentar, pois acho que dá para fazer uma carreira completa mesmo ingressando com 33 ou 35 anos.
Mas voce tem de se preparar de acordo com o edital e o guia de estudos.
Eu nao tenho receitas milagre, a nao ser muito estudo e muita leitura.
Voce nao precisa de mestrado para ingressar na carreira, assim que se pretende entrar logo, melhor focar nas materias do concurso e estudar sozinha ou por cursinho, mas focar apenas nos exames de entrada.
Se pretende fazer carreira academica, pode fazer mestrado, mas isso vai lhe roubar tempo do estudo mais concentrado.
---------------------------
Paulo R. de Almeida
dr paulo,
Aliado a uma forte rotina de estudos, qual desses dois cursos o senhor acha ser o mais eficiente para uma melhor preparação para o CACD; ciencias sociais ou economia?
Mário
Para o concurso do MRE o curso de Ciencias Sociais seria mais adaptado, mas todos eles são mediocres no Brasil. Por isso eu recomendaria Economia, que é um melhor curso para a vida profissional, nao necessariamente para o concurso a diplomacia.
Mas voce nao pode partir do pressuposto de que se tornará diplomata no dia seguinte à formatura, a menos que estude intensamente durante todo o período...
Paulo Roberto de Almeida
agradeço pelo esclarecimento. E o senhor acha que é possivel conciliar o exercicio da diplomacia com um mestrado, doutorado, e uma carreira academica?
Sim, é possível. Eu fiz, vários o fizeram. Mas pode ser duro, dependendo de onde se trabalho e das demandas do curso e da profissão. É preciso certo sacrifício pessoal para fazer tudo isso.
PRA
Olá, meu nome é Ana Paula e meu grande sonho é seguir a carreira diplomática. Tenho interesse em cursar Direito desde os meus 11 anos, meus pais me levavam para a faculdade como ''castigo'' e me apaixonei. Recentemente ingressei no curso de Lingua Francesa, lá conheci um colega que está cursando Relações Internacionais, tive curiosidade e pesquisei, automaticamente me apaixonei.
Meu grande sonho é cursar Direito e Relações Internacionais na Faculdade de Brasilia, gostaria de saber se esses cursos já são uma boa base ou não? Se não, quais são os melhores cursos para tal carreira?
Obrigada desde já!
OBS.: Tenho 14 anos, curso inglês e francês, ano que vem começarei a cursar espanhol. -tudo por opção-
Aguardo resposta.
Ana Paula,
Você está no bom caminho. Direito e RI da UnB são bons cursos e você estará preparada.
Mas você pode começar antes, bem antes, aliás, desde já.
Veja quais são as matérias exigidas no concursos, e as leituras indicadas, e comece a ler desde já. Você precisa comecar a ler bons livros de historia geral e do Brasil, estudar economia, saber escrever muito bem o Portugues, alem dessas duas linguas que voce está estudando.
Leia sempre, o tempo todo, e você estará preparada.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
Olá, sou eu, Ana Paula novamente. Gostaria saber onde posso encontrar a lista de livros que devo ler? Levando em consideração que tenho 14 anos e irei terminar nesse ano o 9º ano do Ensino Fundamental, existe algum curso que eu possa fazer desde já para me preparar melhor para a carrei diplomatica?
O senhor sabe quais são as linguas estrangeiras necessarias para tal profissão, quero dizer, as mais importantes?
Ano que vem irei ingressar no melhor curso de Português da minha cidade, em seu ponto de vista seria relevante acumular certificados de concursos? Como: Olimpiadas, concursos de redação,...
Obrigada desde já!
Aguardo resposta.
Ana Paula,
Entre no site do MRE, Instituto RIo Branco e leia tudo o que se refere à carreira diplomatica, inclusive os editais do concurso e os resultados dos concursos, no site do MRE, ou do Cespe/UnB.
No meu site tem uma secao de dicas sobre a carreira e uma lista de leituras importantes.
Voce tem de ser perfeita em Portugues e Ingles, e saber duas outras linguas mais ou menos.
Depois precisa saber todas as outras materias setoriais (Economia, Georgrafia, Historia, Politica Internacional, Direito), e ter uma boa cultura geral, inclusive literatura.
Comece a ler bons livros, e a ler dois bons jornais por dia, tipo Valor Economico e depois um nacional tipo Estado de S.Paulo. Leia The Economist e New York Times na Internet.
Fazendo isso regularmente, voce vai estar preparada em mais seis anos, o que voce precisa para entrar.
Bons estudos e sucesso.
Paulo Roberto de Almeida
Dr Paulo,
Estou muito interessado em ingressar na carreira diplomática, mas minha esposa já é funcionária pública federal concursada e está ativa em uma instituição de ensino superior no Rio de Janeiro.
No caso de aprovação neste certame, minha esposa deverá abrir mão de seu cargo, mesmo a contra gosto para me acompanhar?
Ou existe uma maneira de se trabalhar como diplomata no RJ neste caso eu acompanhando minha esposa, pois sei que isto está previsto na lei 8112/90?
Meus sinceros agradecimentos.
Caro Anônimo esposo de funcionária pública federal de universidade do RJ,
Você poderá servir certo tempo no escritório do MRE no RJ, mas por um período limitado, apenas, pois não se faz carreira diplomática sem servir no exterior e em Brasília.
Sua esposa pode conseguir licenças legítimas, durante seu serviço no exterior e mesmo transferência para alguma instituição em Brasília.
Diplomata, por essência, é nomade.
Paulo Roberto de Almeida
Maringá, 05 de Setembro de 2011
Olá
Me chamo Camila , tenho 16 anos e estou cursando o segundo ano do ensino médio.
Tenho plena convicção de seguir carreira diplomatica e por conta disso comecei a cursar francês e estou dando continuidade ao meu curso de ingles. Sei que tal atitude não é a única coisa necessaria a ser feita. Acredito que há muita dedicação e aprendizado pelo decorrer do último ano do ensino médio e a conclusão do curso de graduação.
O que me trás a escrever aqui é sobre qual curso de graduação fazer.
Creio que devo pensar apenas na possibilidade de seguir carreira diplomatica, por ser uma curso concorrido e dificil. Levando isto em consideração penso em fazer direito por ser uma carreira promissora, mas não me identifico com tal.
Afinal, quais as melhores opções para graduação levando em consideração a possibilidade de seguir carreira diplomatica e caso não se faça possivel, uma carreira de um futuro promissor?
Sem mais delongas, agradeço desde já e venho colocar quão importante foi seu blog na minha decisão.
Aguardo resposta, atenciosamente.
Camila Araújo.
Deixo aqui meu email
camila.oliveiraaraujo@hotmail.com
Camila,
Se você tem plena convicção isso é excelente, pois sabe que precisa começar a se preparar desde já, sem perda de tempo, pois o concurso é reconhecidamente difícil e você vai precisar de bem mais do que línguas para ser bem sucedida. Você precisa ter uma grande cultura geral e excelente domínio de areas das humanidades.
Agora, você não pode partir do pressuposto de que vai entrar assim que terminar a graduação, por isso penso que precisa pensar em trabalhar.
Direito, Administração, Economia, são sem duvida areas que permitem maior abertura de escolha para uma carreira profissional, em várias direçoes.
Relações Internacionais, a despeito de ser mais proxima dos exame de ingresso no Itamaraty, é mais limitada. Por outro lado, os cursos são mais fracos e genericos, sem uma especialização precisa. Acredito também que voce não tem curso de RI em Maringá, e se houver não deve ser de grande qualidade.
Sinto dizer isso, mas tenho o dever de ser sincero com voce.
Eu sugeriria que voce fizesse uma graduacao em area que possa lhe dar um trabalho independentemente do Itamaraty, e que voce estudasse paralelamente, por conta própria, as materias do concurso.
Claro, voce sempre pode fazer RI em algum lugar, mas tenho duvidas sobre a qualidade do curso.
No meu site tem uma série de outros textos a respeito da carreira e do concurso.
Eu lhe desejo muita felicidade em seus estudos, em sua carreira profissional e em sua vida pessoal.
Caro Paulo Roberto,
Sou Fabrício dos Reis Subtil, tenho apenas 17 anos e estou no terceiro ano do ensino médio, ou seja, o ultimo ano da ''escola''. Nessa reta final de colegial, o senhor deve saber muito bem a pressão que é colocada sobre nós; estudantes. Há menos de um mês para o ENEM, eu já tinha que ter decidido o meu curso para ingressar em uma federal. Sou do Espirito Santo, de Vitória, capital. E vou ser sincero, me surgiu vários e vários cursos. Primeiramente queria fazer Engenharia Ambiental, porém vi que matemática e física não é comigo, com isso mudei para Direito, que é o sonho da minha mãe. Mas no mês de junho, representei a Santa Sé na Assembléia Geral da ONU sobre Clonagem e Utilização de Células Tronco no Salê-ONU (um modelo intercolegial baseado nas simulações da ONU), não foi a minha primeira vez, sendo que ano passado na mesma época representei a União Africana no COP-15 Mudanças Climáticas e agora em outubro, irei representar a Bolívia na Conferencia de Paris de 2007 sobre Crianças-soldado pela MINI ONU, outro modelo intercolegial, porém, este acontece em Minas; sobre as simulações, me saí muito bem até agora, chegando a levar menção honrosa e quando representei a Santa Sé cheguei a ser o melhor delegado do Salê-ONU de 200 pessoas. Continuando sobre as simulações... eu adoro, acho sensacional e amo ficar debatendo assuntos e mais assuntos, por isso estou decidindo seguir a carreira de diplomata. Agora sobre os cursos... minha mãe é amante de Direito, por isso vem a pressão da parte dela, para que eu faça Direito. Cheguei até pensar em Letras-Português, mas mudei. Ultimamente estou pensando em Relações Internacionais ou o Direito mesmo. Quero muito seguir a carreira de diplomata e se depender de mim, vou conseguir. É um sonho. Uma coisa realmente maravilhosa! Só gostaria de saber a opinião do senhor, que me desse conselhos...
Muito obrigado,
Atenciosamente, Fabrício.
Maeu caro Fabrício (ou Gossip Girl, como preferir),
Acho que você deveria seguir o conselho de sua mãe. Mães sempre são sensatas, com poucas exceções (claro, existem as loucas, mas suponho que a sua não seja uma).
Você necessita apenas de um título de ensino superior, qualquer um, de preferência um prático, pois não pode partir da suposição de que será diplomata no dia seguinte a que obtiver o título. Acho direito mais razoável, como sua mãe, aliás.
Não creio que RI, em sua cidade, seja um curso de qualidade, poucos o são, em qualquer cidade.
Você se forma em direito e até lá vai estudando paralelamente para o concurso da carreira diplomática. Acho razoável. Terá uma profissão antes de entrar, o que já é alguma coisa...
Paulo R Almeida
Maeu caro Fabrício (ou Gossip Girl, como preferir),
Acho que você deveria seguir o conselho de sua mãe. Mães sempre são sensatas, com poucas exceções (claro, existem as loucas, mas suponho que a sua não seja uma).
Você necessita apenas de um título de ensino superior, qualquer um, de preferência um prático, pois não pode partir da suposição de que será diplomata no dia seguinte a que obtiver o título. Acho direito mais razoável, como sua mãe, aliás.
Não creio que RI, em sua cidade, seja um curso de qualidade, poucos o são, em qualquer cidade.
Você se forma em direito e até lá vai estudando paralelamente para o concurso da carreira diplomática. Acho razoável. Terá uma profissão antes de entrar, o que já é alguma coisa...
Paulo R Almeida
Boa noite, Sr. Paulo Roberto
Venho acompanhando o Diplomatizzando há algum tempo, e gosto muito dos textos, sempre úteis aos interessados em diplomacia e assuntos internacionais, como eu. Tenho 18 anos, curso Comércio Exterior e pretendo seguir a carreira diplomática. Tenho planejado um programa de estudos rigoroso para prestar o concurso, e sei que os próximos anos serão de árduo trabalho, visto que trabalharei no setor privado e me prepararei para o exame ao mesmo tempo. Mas, como sabemos, a vida de um diplomata é essencialmente nômade. Meu questionamento é de cunho pessoal: como é possível manter uma vida pessoal e familiar e ainda assim crescer na carreira diplomática? Creio que essa é uma questão ainda mais delicada para as mulheres que também pretender ter família, estabelecer raízes, enfim... a minha grande barreira mental à minha total dedicação a esse objetivo é esse possível "impasse". Penso que se há alguém que tenha uma opinião sensata sobre isso, é o senhor! Se preferir responder ao e-mail: beatrizs.cruz@hotmail.com. Parabéns pelo blog, pelo trabalho sério e competente e pela inspiradora dedicação a diplomacia!
Atenciosamente,
Beatriz Cruz
Olá,Paulo
Tenho 27 anos. Cursei Relações Internacionais e me formei com 23 anos. Porém segui outra área que não a de RI por circunstâncias da vida e sempre tive desejo no fundo de seguir a carreira diplomática. Você acha que é possível? Estou desatualizado e precisaria começar novamente a estudar para o concurso. Demoraria muito para atingir este objetivo?
Obrigado e parabens pelo artigo
Olá Paulo.
Parabéns pela iniciativa do blog. Já havia procurado várias informações a respeito e seus posts esclareceram muitas das minhas dúvidas. Estou super interessada na carreira de diplomata mas não sei qual é o próximo passo. Embora sempre tive interesse na área de política internacional e relações internacionais, optei por um curso que me garantisse um leque maior de opções no mercado de trabalho. Acabei de me formar em administração com foco em comércio exterior em uma faculdade reconhecida internacionalmente como uma das melhores faculdades de business nos Estados Unidos. Entrei lá com bolsa esportiva e acadêmica. Tudo por esforço próprio. Acredito na minha capacidade de futuramente passar no concurso de diplomata, mas agora ainda estou no meio do processo de revalidação do meu diploma no Brasil e gostaria de saber se estou indo no caminho certo. Já tenho todos os guias de estudos dos últimos 5 anos, tirados do site do Instituto Rio Branco, para iniciar meus estudos mais focados na área. Também, esse ano, pretendo iniciar uma nova faculdade de direito. A minha dúvida é se a faculdade de direito irá me acrescentar conhecimento fundamental para o concurso, ou se focar apenas nas apostilas, guias de estudos e livros recomendados para o concurso já é suficiente. Além disso estou estudando para outros concursos públicos que, no caso de aprovação, vão me garantir estabilidade financeira para seguir com meus estudos destinados ao concurso de diplomata.
Acredito que esforço próprio é fundamental na hora de se destacar e principalmente na busca de um trabalho que vá garantir um bom retorno, tanto financeiro quanto a satisfação pessoal, mas nessa hora de tomada de decisões, ajuda é sempre muito bem vinda.
grata desde logo,
Juliana Vilas Boas
Juliana,
O próximo passo seria você conseguir equivalência, reconhecimento do seu diploma, seja legalizando-o diretamente numa Faculdade reconhecida pelo MEC, ou fazendo os créditos restantes, num curso equivalente, para ter um diploma brasileiro.
Tendo um diploma, qualquer diploma, reconhecido pelo MEC, você pode se preparar para o concurso, sem precisar estudar outra vez numa outra graduação.
Acredito que se voce obter esse diploma ou reconhecimento, deve se concentrar inteiramente a se preparar para o concurso, via cursinho preparatório, ou sozinha, de maneira autodidata.
Agora se você acha que deve fazer direito para outros concursos, veja o que é melhor para você.
Eu sinceramente acho que fazer direito só pelo estudo não vale a pena: os cursos são fracos e tudo o que tem como disciplina, você pode aprender sozinha nos livros.
Cursos só valem para tirar um diploma e um certificado qualquer, nesses sistemas fechados de reserva de mercado como é o da OAB: mas isso para quem quer trabalhar como advogado.
Se você pretende concurso público, não precisa ser advogada, apenas saber as matérias.
Estude, apenas isso.
Paulo Roberto de Almeida
Caro Sr. Paulo Roberto de Almeida,
Gostaria de saber se o senhor tem alguma informação ou opinião formada sobre o curso de graduação em ciências políticas com ênfase em relações internacionais na UFPE( Universidade Federal de Pernambuco) e sobre o curso de Relações Internacionais na Faculdade Estácio de Sá no Recife.Pois, sou estudante do Ensino Médio e gostaria de seguir a carreira diplomática.Para isso, pretendo cursar duas graduações em paralelo uma em direito e outra em relações internacionais, porém tenho duvidas sobre a instituição, já que uma das minhas graduações terá de ser em uma universidade particular devido a universidade estadual não oferecer nenhuma dos cursos que desejo.
grata desde já pela atenção,
Anna Beatriz de Souza Borges.
P.S: este é o meu e-mail(a.beatrizborges@gmail.com) caso seja mais comodo para o senhor responder desta maneira.
Anna Beatriz,
Sinceramente, não consigo lhe dar uma opinião embasada sobre a qualidade relativa desses dois cursos.
Eu lhe digo, também sinceramente, que considero todos os cursos de humanidades nas universidades brasileiras, públicas ou privadas, todos muito fraquinhos, alguns francamente medíocres, tendentes a ficar pior com o tempo.
Claro, sou muito crítico de toda a educação brasileira, mas especialmente das áreas de ciências sociais e humanas, que concentram muitos professores incompetentes e relapsos.
Não digo que não se pode encontrar bons cursos, mas seria a exceção não a regra.
De todo modo, você precisa fazer uma graduação qualquer, para sua formação intelectual, para ter um canudo de alguma coisa e poder avançar profissionalmente. Então, faça o que lhe parecer menos pior de todos, e com mais chances profissionais no mercado.
Não espere se converter em diplomata imediatamente, pois a seleção é extremamente rigorosa e competitiva, e você vai ter de estudar muito, mas muito mesmo.
Minha sugestão é que você esqueça os cursos formais de academia -- e faça porque tem de fazer -- mas estude por conta própria todas as matérias e faça todas as leituras requeridas para o concurso para diplomata.
Se você não depender de professor nenhum, você estará certamente muito melhor...
Bons estudos...
Paulo Roberto de Almeida
Olá PAULO muitissimo obrigado por ter nos ajudado,certo que eu estava procurando conteudo como o do seu blog e pelas graças encontrei,enfim, moro em MG e na UFMG tem o curso de relações economicas internacionais, a principio achei estranho o nome mais é em uma federal né, gostaria de saber sua opnião a respeito desse curso RELAÇÕES ECONOMICAS INTERNACIONAIS, desde ja agradeço pela resposta : )
email: daniel.victor.vieira@hotmail.com
facebook: daniel.victor.vieira@hotmail.com
Querido Paulo,
Meu nome e Rebeca, 22 anos.
Achei seu blog muito interessante, Parabéns!
Eu estou estudando na California State University falo ingles, espanhol fluente e estou tendo aulas de frances, mais estou preocupada porque acredito ser muito difícil validar o meu curso no MEC, pois estudo Global Studies e esse curso nao existe no Brasil... Para prestar o IRBr o senhor acredita que eu estou em defasagem em relação as jovens com oportunidade de cursar uma universidade no Brasil? Tem alguma dica?
Muito Obrigada,
Atenciosamente,
Rebeca
(rebs_182@hotmail.com)
Olá Sr. Paulo, sou Camila, tenho 25 ano, sou formada em Engenharia e trabalho a 2 anos em uh ma fabrica. Este ano eu comecei a ler sobre a carreira diplomática e me interessei. Sei que será muito dificil dividir meu tempo entre estudos e trabalho, mas vou me dedicar e tentar porque sinto que será muito bom trabalhar pelo meu país. Meu planejamento de estudo e preparacacao está envolta de 5 a 10 anos, devido a dificuldade dos exames e idiomas exigidos. Descobri que nao sou uma concurseira, sou uma engenheira futura diplomata. Obrigada por seu site. Camila Pereira de Manaus. Email: camilapereiras2@hotmail.com
Gostaria de saber qual seria a função social do diplomata? Como este profissional pode ajudar na mudança de valores em uma sociedade? Como se dá a atuação do diplomata brasileiro no exterior, até que ponto tal profissional pode influenciar na mudança daquele determinado país?
Att,
Carlos Canteri Neto
Carlos Cantieri,
Pois não, você gostaria de saber qual é a função social de um diplomata, à parte participar de coqueteis, recepções e essa vida boa de luxos e prazeres?
Enfim, estou brincando, claro, mas suponho que todas essas perguntas que você me faz só podem ter dois motivos: uma imensa curiosidade intelectual, ou algum trabalho universitário.
Pois você sabe que, antes de qualquer outra questão formal, ou substantiva, o estudante universitário, os normais, quero dizer, começa a vida aprendendo a pesquisar.
Acho que você vai colocar todas essas perguntas no Google e esperar para ver o que aparece.
Com sorte, deve ter até trabalhos meus no meio.
Ou você pode pesquisar diretamente no meu site e blogs.
Divirta-se.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Depois me mande copia do trabalho, por favor.
Caro Sr. Paulo Roberto de Almeida,
estou preparando-me para o concurso de ingresso à Carreira Diplomática depararei-me com uma duvida ao ler o edital. Eu sou casado com um cidadão alemão, aqui na Alemanha, porém o casamento ainda não fora homologado no Brasil. Como devo proceder para obter a autorização para realizar a prova? O fato de ser casado com extrangeiro pode ser motivo de impedimento?
Grato, Juliano
Juliano,
Seu problema principal não é exatamente ser casado com um cidadão alemão, tampouco o fato de que esse casamento "não fora homologado no Brasil".
Seu principal problema, nem é com o Alemão, é mesmo com o Português, no caso a língua. Recomendo um estudo sério, pois do contrário você não conseguirá ingressar na carreira...
Paulo Roberto de Almeida
Olá Paulo,
Qual plano de estudos de ingles(individual) é o melhor?E quais as provas de pré seleção da Rio Branco?cursinhos e apostilas são uma boa opção ou é melhor estudar pelas provas anteriores?E o curso de relações internacionais quais as melhores carreiras a seguir com esse diploma?Conhecimentos gerais(geopolítica) quais são os melhores temas?
Parabéns pelo seu blog e muito obrigada se puder esclarecer minhas dúvidas.
Olá Anônimo,
Não me ocupo de cursinhos, nunca me ocupei e não pretendo me ocupar. Não sou competente em inglês, nem para qualquer outra língua: aprendi línguas lendo livros estrangeiros com um dicionário do lado, depois lendo jornais e revistas e viajando um pouco. Nunca fiz cursos de línguas, nunca estudei gramática e não ligo para manuais, apenas leio, e escrevo, falo um pouco quando tenho de falar. Certamente não é um bom método, mas foi o meu.
Acho que você deve ler e tentar fazer TODAS as provas anteriores do RB, apesar de mudar um pouco a cada ano. Se trata de um bom exercício..
Todo conhecimento é útil, até mesmo certos conhecimentos inúteis, como certos discursos diplomáticos por exemplo, chatíssimos a mais não poder, mas importantes para quem quer penetrar no ambiente, se você percebe o que eu quero dizer.
Tudo o que eu tinha a dizer sobre os cursos de RI no Brasil já disse em escritos em meu site e blogs. Não indico nenhum e desconfio de todos...
Paulo Roberto de Almeida
Olá, me chamo Aline e tenho 15 anos... Estou prestes a fazer no próximo ano intercambio com intuito de aprimorar uma lingua estrangeira e de já ir me preparando para o concurso de diplomata pois é meu sonho. Porém eu estou na dúvida de qual curso fazer para o vestibular, o qual faço o ENEM por experiencia este ano (2°ano do ensino médio), e estou muito confusa em qual curso que deverei seguir. Pensei na possibilidade de direito e relações internacionais, porém onde moro(PE) não tem faculdade pública para relações internacionais mas tem a de Ciências politicas que creio que seja equivalente... e desde então converso com meus pais a possibilidade desde curso, porém minha familia tem uma certa tradicionalidade em direito e eles argumentam que se eu fizer direito eu irei ter um leque muito melhor para fazer concursos públicos, embora eu não tenha tanta vontade de fazer direito. Mas em especial para a prova de diplomata, que sei que é uma prova muito dificil, qual seria o curso que eu pudesse me preparar melhor? Muito obrigada pela atenção.
Aline, 15 anos,
Grato por escrever tão claramente e expor suas dúvidas, legítimas, de modo tão claro, pois acredito que você colocou o que pode estar também na cabeça de muitos outros jovens que sonham com a carreira diplomática e que não sabem ainda como fazer para tornar esse sonho realidade.
Vc está confusa, com razão, pois o Brasil não é um país fácil, seja em matéria de estudos e carreira, seja em termos de qualidade de ensino para uma preparação adequada para o que se pretende fazer.
Sendo assim, você tem, em primeiro lugar, tomar consciência, desde já, que todo o qualquer curso universitário no Brasil, em universidades públicas ou faculdades particulares, não condiz com os títulos e imagens que exibem publicamente, ou seja são deficientes ao extremo, para qualquer utilidade que se pense, sem termos de qualidade acadêmica ou de preparação profissional.
Portanto, conscientize-se de que, sobretudo para a carreira diplomática, vc vai ter de se preparar essencialmente sozinha, e quanto antes melhor, ou seja, começando a ler desde já todas as matérias e leituras requeridas. Faça disso uma norma de vida.
Quanto ao curso universitário, não dependa dele para fazer o concurso, considere apenas de duas maneiras: 1) obter um diploma qualquer, o que vc vai precisar para fazer concurso; 2) ter eventualmente uma profissão de mercado, que não seja a diplomacia, se vc demorar para entrar.
Seus pais tem razão, em grande medida, pois eles estão preocupados com o que voce vai ser em condições normais, não que voce venha a ter exito em sua escolha de vocação, diplomatica.
Aprenda três línguas estrangeiras, inglês muito bem, frances e espanhol bastante bem, e isso basta. Depois aprenda tudo o que cai no exame do Itamaraty, e claro, a aproximacao maior do concurso é com cursos de RI ou de ciência política, ou Direito, ou Economia e História. Mas, eu diria que todos eles são medíocres, e mesmo Direito, que lhe dá teoricamente uma profissão de mercado, você tem de estudar depois para o exame da Ordem, se quiser exercer a profissão, antes de passar em algum concurso. E o Direito de fato abre muitas possibilidades de concursos, em diversas áreas.
Portanto, sendo pragmática, faça o seguinte: curse Direito, o melhor possível, mas estude sozinha, todas as matérias que voce puder.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
Bom dia Paulo Roberto
Interessante o texto sobre a carreira diplomática e a profissão de Relações Internacionais.
Sou formado em Geografia pela Universidade do Estado de Mato (UNEMAT) e gosto dessa área, até tenho interesse em trabalhar nela. Por isso, aproveitando o seu trabalho de Diplomata e a vivência e experiência em Relações Internacionais, te faço uma indagação sobre se é possível a inserção no mercado de trabalho de Relações Internacionais a partir de um MESTRADO na área?
Tenho a pretensão de fazer um MESTRADO - já vi os programas da Unb, UEPB e UFSC - e gostaria de sua opinião se um pós - graduado de uma área que tem relação com Relações Internacionais, ao fazer MESTRADO em RI, pode exercer as mesmas funções que um graduado em Relações Internacionais, visto que não sou formado especificamente em Relações Internacionais.
Minha experiência com isso foi na gradução mesmo ao desenvolver pesquisa na faixa de fronteira Brasil - Bolívia, próximo a Cáceres/MT.
Rodolfo Moura
e-mail: rribeiro_moura@yahoo.com.br
Rodolfo,
Todos os mestrados são relevantes em termos de pontuação acadêmica, em vista de uma profissão na área acadêmica. Em termos de mercado, ou seja no setor privado, isso depende muito de quem vai empregá-lo para fazer algum tipo de trabalho que requeira essa habilitação. Eu acho todos esses mestrados em RI muito teóricos para interessar uma empresa, e geralmente não conduzem a nada de prático, ou utilizável em termos de competências mercadológicas.
Assim que voce deve pensar muito e fazer mestrado em outra área, ou então em RI mas com um foco voltado para alguma competência de interesse de empreendedores privados.
Agora se for concurso para governo, não se preocupe: burocracias governamentais aceitam qualquer canudo e qualquer título, mas poucas, fora a própria universidade, exigem pós-graduação.
Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto
Obrigado pela resposta. Ela me deu um NORTE sobre o mestrado em RI. Estava vendo e são mesmo muito teóricos. O mercado precisa de profissionais com competências especifícas em RI e me parece que o mestrado prepara mais em termos acadêmicos.
Obrigado
Esqueci do e-mail: rribeiro_moura@yahoo.com.br, no comentário anterior.
Olá, me chamo Aline e tenho 17 anos.
Foi muito bom ler sua postagem, pois tenho interesse em seguir a carreira diplomática.
Desde que entrei no ensino médio, sabia o curso que queria: Relações internacionais.
Sou extremamente apaixonada por culturas e idiomas.
Aos 16 fui sozinha para o Canadá fazer intercâmbio de inglês, voltei ao Brasil e dei aulas do idioma em uma escola privada no interior de São Paulo.
Terminei o colégio e decidi investir em outro intercâmbio, mas desta vez de espanhol.
Atualmente estou no Chile, e falo com fluência os dois idiomas.
Tenho muitas dúvidas sobre a profissão de um internacionalista e também de um diplomata.
Queria saber, se como internacionalista, é uma boa carreira trabalhar no setor privado, e se você considera uma boa profissão para o futuro.
A respeito de diplomacia, isso me encanta muito. Aqui em Santiago, fui à embaixada do Brasil e me permitiram falar com um diplomata, o que me inspirou muito e me deixou ainda com mais vontade da profissão. O que eu queria era fazer um trabalho voluntário na embaixada, qualquer coisa que eu pudesse acompanhar e aprender com o dia a dia de um diplomata, mas infelizmente foi negado.
Muitas pessoas dizem ser quase impossível, conheço gente que estudou muito e tentou quatro ou cinco anos seguidos o concurso do Rio Branco e não conseguiu.
Isso me deixa um pouco assustada, mas ainda terei 4 anos para decidir que caminho realmente seguir.
Queria saber, como é o início da carreira de um diplomata, se é necessário atuar em Brasilia nos primeiros anos, ou se pode atuar em São Paulo, e ainda gostaria de saber como funciona pra ser mandado a outro país, se é você quem toma a decisão se quer ir ou não, e se pode escolher exatamente onde quer trabalhar. E se não é pedir demais, o salário inicial e onde aspira chegar um diplomata.
Meu email é lilimoniela@hotmail.com
Uma outra pergunta é: qual a principal lingua para se estudar quando já se domina inglês e espanhol?
Alguns dizem frances, outros alemão e alguns dizem que mandarim é uma boa para o futuro.
Muito obrigada,
com admiração, Aline Moniela
Prezado Paulo,
Meu nome é Alexandre, resido em São Paulo. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer pelo texto bastante elucidativo e pela atenção com a qual você vem respondendo aqui neste blog às dúvidas de outros interessados na carreira de diplomata.
Sou arquiteto formado pela FAU-USP e possuo dois mestrados, um pela própria FAU-USP na área de Paisagem e Ambiente e o outro pela Architectural Association, em Londres, na área de Sustentabilidade.
Apesar de até hoje ter focado minha trajetória profissional e acadêmica na área de arquitetura e urbanismo, sempre tive grande interesse na carreira de diplomata, de modo a sentir-me perpetuamente dividido entre duas trajetórias possíveis para minha carreira.
Atualmente venho considerando finalmente dar a tão adiada "guinada" nesta trajetória e dedicar-me a estudar para o exame de acesso ao IRB.
No entanto, infelizmente preciso conciliar os estudos com as responsabilidades de manter outro emprego e uma família, sem contar o "atraso" por nunca ter me dedicado ao estudo das áreas de RI, Direito, economia, etc. Isto me coloca em uma situação na qual, apesar do meu empenho e força de vontade, preciso suprir uma grande demanda com pouco tempo hábil.
Gostaria de saber sua sincera opinião, se estas condições representam um sério entrave para alguém que deseja enfrentar o desafio do exame do IRB. Agradeço desde já a atenção!
Abraços, Alexandre
Prezado Paulo,
Meu nome é Alexandre, resido em São Paulo. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer pelo texto bastante elucidativo e pela atenção com a qual você vem respondendo aqui neste blog às dúvidas de outros interessados na carreira de diplomata.
Sou arquiteto formado pela FAU-USP e possuo dois mestrados, um pela própria FAU-USP na área de Paisagem e Ambiente e o outro pela Architectural Association, em Londres, na área de Sustentabilidade.
Apesar de até hoje ter focado minha trajetória profissional e acadêmica na área de arquitetura e urbanismo, sempre tive grande interesse na carreira de diplomata, de modo a sentir-me perpetuamente dividido entre duas trajetórias possíveis para minha carreira.
Atualmente venho considerando finalmente dar a tão adiada "guinada" nesta trajetória e dedicar-me a estudar para o exame de acesso ao IRB.
No entanto, infelizmente preciso conciliar os estudos com as responsabilidades de manter outro emprego e uma família, sem contar o "atraso" por nunca ter me dedicado ao estudo das áreas de RI, Direito, economia, etc. Isto me coloca em uma situação na qual, apesar do meu empenho e força de vontade, preciso suprir uma grande demanda com pouco tempo hábil.
Gostaria de saber sua sincera opinião, se estas condições representam um sério entrave para alguém que deseja enfrentar o desafio do exame do IRB. Agradeço desde já a atenção!
Abraços, Alexandre
Olá, Sr. Paulo! O meu nome é Adonias, tenho 24 anos e sou de Fortaleza-CE. Eu tenho bastante interesse em seguir a carreira de diplomata. Que bom encontrei seu blog! Eu gostaria de entender melhor como se dá o processo de mudança de estado e moradia pra quem, como eu, mora em outro estado e não tem imóvel em Brasília. Desde já agradeço a atenção e parabéns pelo blog, muito útil e esclarecedor!
Caro Sr. Paulo R. de Almeida,
Gostaria antes de mais nada de agradecer-lhe pelos excelentes textos de seu blog e pela generosidade em compartilhar abertamente com os interessados sua formação, seus conhecimentos e sua vasta experiência profissional.
Desde muito jovem sonhei em ingressar para a carreira diplomática. Minhas tomadas de decisão na vida encaminharam-me para o Canadá, onde estudei na área de línguas, formando-me em ensino de línguas estrangeiras, sobretudo a língua e literatura francesas. Ensino desde 1998 e confesso que o sonho de voltar à carreira diplomática nunca me abandonou. Vivo ainda no Canadá, na cidade de Toronto. Tenho dulpa cidadania (a brasileira e a canadense).
Hoje, com mais de 40 anos, ainda tenho uma vontade imensa de retomar este sonho de adolescente e fazer o necessário para ingressar na carreira diplomática.
Gostaria que me desse sua opinião a este respeito, por favor. Na minha idade, este sonho é realista e possível de ser realizado?
Tendo em vista minha formação, é possível preencher as lacunas em pouco tempo para enfrentar os desafios da prova de ingresso e da própria carreira?
Inscrever-me numa escola que ofereça cursos preparatórios para ingresso no Rio Branco lhe parece uma boa alternativa ou perda de tempo?
Agradeço-lhe por sua atenção e espero obter de sua parte uma resposta que certamente me ajudará muito em minha tomada de decisões no que diz respeito a esta mudança de carreiras.
Respeitosamente,
Eduardo Jansen (dujansen@hotmail.com)
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