O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ouvindo os populares: Forum dos Leitores do Estadao

Ocasionalmente eu me dedico a ler o que dizem os leitores de um grande jornal. Sempre leio as cartas às redações do grandes órgãos da imprensa, como aqui abaixo do Estadão, um dos integrantes da mídia golpista, segundo os companheiros. Não se trata exatamente daquela categoria que se poderia chamar de "populares", pois o povão não lê jornais, ou pelo menos não esse jornal do PIG. Povão só vê televisão aberta, e por isso que certos celerados da política continuam sendo eleitos e reeleitos. Esses leitores são em geral bem informados, e geralmente são de oposição a certos mentecaptos da política, mas eles expressão o que vai na opinião pública responsável.
Reproduzo aqui o fórum do dia 9/01/2015, mas que recolhe cartas e mensagens enviadas nos últimos dias.
Bom proveito. A única edição que fiz foi apagar os emails, e acho que o jornal não devia publicá-los.
Paulo Roberto de Almeida


Fórum dos Leitores
O Estado de S.Paulo
09 Janeiro 2015 | 02h 04
LIBERDADE X TERROR
'Charlie Hebdo'
Hoje são os cartunistas, amanhã serão os escritores, os professores, os pensadores, depois os indiferentes e por fim vamos todos nos ajoelhar cinco vezes por dia em direção a Meca.
HARRY RENTEL
Vinhedo
Verdadeira razão
Se ainda restasse alguma dúvida quanto à bestialidade de alguns seres ditos humanos que usam argumentos religiosos inaceitáveis como justificativa para assassinatos frios e cruéis, as imagens da execução do policial ferido por um dos terroristas mostra a real vocação desses sádicos anormais: matar por matar.
LUIZ NUSBAUM
São Paulo
Obscurantismo
O atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo perpetrado na terça-feira e que custou a vida de 12 pessoas é apenas mais uma forma de agressão à liberdade de imprensa e de expressão das que têm ocorrido em diferentes lugares do planeta, embora a mais cruel. Neste caso, uma ação aparentemente autônoma e de fora do Estado contra a sociedade. Outras formas, como na Venezuela, se dão sob a modalidade de um recorrente atentado perpetrado pelo chefe de Estado ao mesmo princípio tão caro a todos nós que prezamos o regime democrático, a partir de uma ideologia diferente da que atingiu a França. Apesar de origens, ideologias e credos distintos, todas procuram alcançar o mesmo objetivo: pôr fim à liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, substituindo-a pela intolerância e pela uniformização. Que as democracias e os democratas de todo o mundo estejam vigilantes e não recuem ante os covardes e o obscurantismo.
RUI TAVARES MALUF
São Paulo
'Je suis Charlie'
Esse episódio grotesco na França contra jornalistas deixa um alerta para nós, no Brasil. Líderes políticos do PT, liderado por Lula, seu principal representante, vira e mexe atacam a imprensa, intimando e jogando os leigos partidários fanáticos em práticas violentas contra jornalistas e empresas do setor. Exemplo mais recente: a revista Veja denunciou, na capa, práticas de corrupção dos líderes desse partido e, logo após, partidários do PT atacaram a sede da empresa. Portanto, é preciso fazer algo para que isso acabe de vez. Qualquer partido ou indivíduo tem de sofrer punições severas quando coisas assim acontecem.
TIAGO HOMEM DE MELO E SILVA
Campinas
Variante do terrorismo
A liberdade de expressão está em crise. Estamos involuindo nas relações entre os povos e suas culturas. Discordância, desarmonia, falta de compreensão e desejo de impor suas convicções ao outro estão gerando fatos inaceitáveis, que chegaram ao ápice com o atentado terrorista ao Charlie Hebdo, em Paris, e a morte de 12 pessoas. E nem assim o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, desiste da tal regulação da mídia. Essa atitude é uma variante da ação terrorista que se consumou na França e agrediu toda a imprensa livre do planeta. A presidente Dilma Rousseff não se vai pronunciar a esse respeito? Vai ficar em silêncio? A oposição deve acabar de vez com tais pretensões do governo antes que a coisa evolua para um confronto nas ruas, como em 2013 por causa do aumento das passagens de ônibus.
MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI
Rio de Janeiro
Alienados
Crescem os indícios de que o atentado em Paris tem ligações com os terroristas do Estado Islâmico - a rádio da organização chamou os monstros que atacaram a sede do Charlie Hebdo de "heróis". E pensar que foi com gente que decepa a cabeça de inocentes e promove barbáries como a de anteontem que Dilma Rousseff pregou o diálogo, tão pouco tempo atrás. O grau de alienação das nossas autoridades, em especial da presidente da República, quanto ao que acontece no restante do mundo é simplesmente vergonhoso.
HENRIQUE BRIGATTE
Pindamonhangaba
Diálogo
Tenho a curiosidade de saber se Dilma vai propor diálogo também com os responsáveis pelo massacre no jornal francês, assim como sugeriu fazer com os terroristas do Estado Islâmico.
FREDERICO D'AVILA
São Paulo
DESEMPREGO
Prazo curto de validade
Durou pouco o "pleno emprego" do discurso ufanista de posse da presidente Dilma. Esta semana as montadores já iniciaram processo de demissão significativo de funcionários. Haja Pronatec para tanto desempregado, mesmos porque a vaca tossiu e os benefícios do seguro-desemprego diminuíram.
CLAUDIO JUCHEM
São Paulo
Pagantes e recebentes
Na Volkswagen Anchieta, 800 demissões; no salário de deputados & Cia., 15% de aumento. Alguém saberia dizer quantos desses 800 demitidos poderiam continuar recebendo seus salários com o dinheiro pago a mais a parlamentares e seus gabinetes? Enquanto sindicatos e industriais se digladiam, os nobres parlamentares se fartam!
PEDRO M. PICCOLI
Curitiba
Velha história
A situação de desemprego que começamos a enfrentar, iniciada na Volkswagen no ABC, já foi vista anteriormente, quando o Lula, então presidente de sindicato, exigiu tantos absurdos para os trabalhadores (em termos de salários e benefícios) que as empresas promoveram demissões em massa. Na época prefeita da capital paulista pelo PT, Luiza Erundina liberou espaço na cidade e grande parte dos demitidos do ABC veio para cá. Então eles montaram barracas de camelô, que se alastraram pela cidade e, sem documentação fiscal (irregulares), hoje fazem concorrência desonesta ao comércio legalmente estabelecido. Por coincidência, atualmente a nossa cidade é governada pelo PT, o que deve facilitar essa "solução" mais uma vez. Esperem e verão!
LAERT PINTO BARBOSA
São Paulo
Demissões nas montadoras
Dica para os eleitores do PT: apertem o cinto, o emprego sumiu. Para os demitidos que votaram em Dilma: vão chorar na Cantareira. Assinado, Coxinha.
MARIA CARMEN DEL BEL TUNES
Americana
AMBIGUIDADE
Ao tomar conhecimento do atentado terrorista perpetrado em Paris contra o periódico francês "Charlie Hebdo" - deplorável sob todos os aspectos -, a presidente Dilma Rousseff apressou-se em manifestar sua indignação contra o ato, condenando-o e qualificando-o como uma barbárie e um ataque contra um dos pilares do regime democrático, a liberdade irrestrita de imprensa. Não nos esqueçamos, porém, de que quem assim ora se posiciona é o mesmo mandatário máximo que, em setembro de 2014, na ONU, defendeu o estabelecimento de um diálogo amigável com os sanguinários decapitadores do chamado Estado Islâmico, constrangendo o Brasil diante da comunidade internacional. Tenhamos em mente também que se trata da mesma autoridade máxima de um governo que recorrentemente dá sinais de ter o nítido desejo de impor um controle da mídia, solertemente já em execução, como o demonstram os amordaçamentos de vários jornalistas e formadores de opinião, afastados de seus horários e espaços habituais, que ousaram, com assertividade competente e estilos próprios, formular pontos de vista contrários às políticas e procedimentos originados nos recônditos do Planalto. Finalmente, lembremo-nos da recente declaração do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, ao afirmar ostensivamente ter intenção de avançar dispositivo de regulamentação dos meios de comunicação, mediante consulta a grupos sociais, como sindicatos e partidos políticos. Estejamos atentos, portanto, às ambiguidades deste governo, que impedem que a sociedade saiba quais são suas verdadeiras linhas de ação e intenções.  
Paulo Roberto Gotaç
Rio de Janeiro
*
CONDENAÇÃO
Cumprimento a presidente pela manifestação de pesar pelo atentado terrorista em Paris. Espero que ela se manifeste também contra os atentados dos governos da Venezuela, do Equador e da Argentina contra jornalistas e jornais que criticaram a situação econômica e política nesses vizinhos. Na Venezuela não há liberdade de expressão e os adversários vão para a prisão. E o presidente pede apoio do Brasil para a crise econômica - e é capaz de dona Dilma emprestar alguns milhões de dólares para o presidente que, de Maduro, já está podre.
José Paulo
São Paulo
*
EXTREMISTAS
 
Extremistas assassinos de cartunistas e extremistas decapitadores de jornalistas são da mesma laia. Por que uns são bárbaros e outros, "dialogáveis"? Poupe-me, dona Dilma!
Joaquim Quintino Filho
Pirassununga 
*
ASSASSINATOS EM PARIS
Depois do advento do Estado Islâmico, nada mais me escandaliza.
Sergio S. de Oliveira
Monte Santo de Minas (MG)
*
CEGOS
Cartunistas do jornal francês "Charlie Hebdo" e civis foram brutalmente assassinados por homens encapuzados, que juraram vingar o profeta Maomé. Uma vez mais, assistimos - estarrecidos - ao horror do terrorismo de inspiração islâmica, cujo ódio alimentado pela ignorância, intolerância e o fanatismo religioso provocou mortes. Espertos e macabros, os terroristas aproveitam-se da ignorância e da censura de notícias e fatos para plantar - à sua própria vontade - o ódio contra o Ocidente e os "infiéis". Até quando faremos vista grossa a estes que semeiam o mal entre os pobres de espírito, tornando-os soldados fanaticamente cegos, que causam massacres como o desta semana?
Sérgio Eckermann Passos
Porto Feliz 
*
ATENTADOS DIÁRIOS
Vivemos sob uma liberdade de expressão teórica e a consequência de exposição prática. Somos reféns de oposições e evitamos alguns assuntos para estarmos libertos e ilesos.
Felipe Lucchesi
São Paulo
*
TOLERÂNCIA E INTOLERÂNCIA
Está na hora de os líderes mundiais sentarem e discutirem o que fazer para recolocar os valores humanos no lugar. O terrorismo tem de ser evitado, e não só lamentado. Seus motivos têm de ser abertamente contestados, sejam de ordem política ou religiosa. A intolerância extrema não pode ser tolerada, da mesma forma que a tolerância extrema tem de ser revisada. A clareza da diferenciação entre o que é certo e o que é errado tem de ser recuperada. A moral, restabelecida. A ética, valorizada. A vida, reconduzida ao pedestal de criação suprema da natureza, não disponível para ser ceifada em nome de seja lá o que for! Há evidências científicas de que num futuro não muito distante um encontro do homo sapiens com seres inteligentes de outros planetas poderá dar-se e, a continuar como estamos, nossos descendentes se envergonharão ao apresentar aos visitantes o que foi feito da suprema criação neste canto deprimido do universo.
Gilberto Dib
São Paulo
*
AÇÃO COVARDE E VERGONHOSA
O ataque terrorista que deixou 12 mortos na sede da revista "Charlie Hebdo", em Paris, na quarta-feira (7/1), gerou comoção e indignação em todo o mundo. A ação, covarde e vergonhosa, mostra mais uma vez a que ponto pode chegar a violência do ser humano. Posto que jovens fanáticos se dispõem a praticar atos tão bárbaros contra a liberdade de imprensa, em prejuízo da própria vida. Que mundo é este, que não admite uma convivência pacífica entre os que pensam de maneira diferente? Não se trata de um crime contra a revista ou contra os jornalistas que nela trabalhavam, e, sim, contra a liberdade de expressão e o direito de todo e qualquer cidadão se manifestar. Enquanto mundo afora todos condenam a tentativa de calar a imprensa, em nosso país alguns querem amordaçá-la por meio de subterfúgios da regulação. A Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo (Fadesp) repudia toda e qualquer tentativa de controlar a imprensa e calar a voz do cidadão.
Raimundo Hermes Barbosa, presidente
São Paulo
*
COMEÇAMOS MAL 2015
Que 2015 será um ano difícil, especialmente para nós, brasileiros, já era mais do que esperado. Infelizmente, porém, este brutal e hediondo ataque ao jornal francês foi um golpe duríssimo não apenas na imprensa francesa, mas para todos aqueles que prezam pela liberdade de expressão e pela não existência de censura de qualquer natureza ou qualquer patrulhamento ideológico. O assassinato dos jornalistas e policiais é um ato de não aceitação, como se o islamismo defendido por estes terroristas fosse a única "religião" a ter razão e que todos nós, cristãos, espíritas, judeus, evangélicos, ateus ou não, fôssemos obrigados a dizer amém a tudo o que estes radicais afirmam fazer em nome de Alá ou Maomé. Aliás, duvido que os fundadores dessa religião pregariam e aceitariam tamanha barbárie. Não é dessa forma que chegaremos a qualquer tipo de entendimento. Profundamente triste este início de ano.
Renato Amaral Camargo 
São Paulo
*
EM NOME DO PROFETA
Se toda a barbárie é em nome do profeta, que Alá substitua seu porta-voz.
A.Fernandes
São Paulo
*
CRENÇAS E INTERPRETAÇÕES
É incrível a capacidade do ser humano de criar e acreditar em lendas e mitos. Parece que durante a evolução alguma coisa aconteceu, criando esta necessidade de crença no sobrenatural. A fascinante mitologia judaica acabou inspirando a criação do Cristianismo e do Islamismo. Até aí, nada de errado, pois as três religiões trazem entre outras coisas excelentes noções de ética. O problema é a também humana tendência infinita de criar diferentes interpretações para os escritos. Religiosos mal intencionados vivem levando seus "rebanhos" a pensar que a religião é a coisa mais importante de sua vida. Fico imaginando como seria se fôssemos hostilizar todos os que não acreditam em Saci, Mula sem Cabeça, Papai Noel, etc., que também são mitologia.
Nestor Rodrigues Pereira Filho
São Paulo
*
UM FAVOR AOS BONS
Por que toda a imprensa, toda a mídia, não mudou até hoje a prática de referir-se aos autores de atentados usando os rótulos que eles mesmos, os criminosos, adotam para si? Não está sendo dada a eles a oportunidade de, indiretamente, receber toda a publicidade que querem ao associar às suas crenças (paranoias?) radicais e ações a qualquer linha religiosa? Eles apenas, neste novo e lamentável evento, se dizem islâmicos, como poderiam considerar-se ou dizerem-se fiéis seguidores e defensores de qualquer crença. Mas, como todas as vozes autorizadas se apressaram a manifestar, não há no islã nada que sirva de justificativa para violências como esta. Como não seria possível encontrá-la também em tantas outras crenças e práticas de fundamentação religiosa. Portanto, acredito que, com a mesma agilidade e unicidade na sua reação no dia de hoje, ao adotar o "je suis Charlie", toda a mídia, no mundo todo, deveria definitivamente passar a adotar a prática de referir-se a terroristas e afins como terroristas ou afins "que se dizem" ligados ou esta ou àquela crença. Seria um favor a todos os que tentam fazer algo por um mundo de mais entendimento entre pessoas e povos. E um favor a menos a todos os que lutam por impor o contrário.
Fernando Vasconcellos
São Paulo
*
TERROR
Li na página A5 da edição de 8/1/2015 a indignação da sra. Cecilia Coimbra a respeito da manutenção do professor Roberto Blanco dos Santos nos quadros de ensino de universidade. Após o atentado terrorista de Paris, diante do qual todos nos indignamos, seria oportuno lembrar que muitos dos atuais mandatários de nosso país são nada mais nada menos que terroristas, semelhantes a estes de Paris, e ela aparentemente não se indigna que os mesmos sejam mantidos nos quadros atuais de nossa pobre República. A diferença provável é que, após a captura dos terroristas fanáticos, os mesmos serão julgados e penalizados, diferentemente dos brasileiros, que viraram heróis.
Rubens Sousa Pinto Filho 
São Paulo
*
'NOUS SOMMES CHARLIE'
O que aconteceu em Paris, a Cidade Luz golpeada pelas trevas do terrorismo islâmico, é o mesmo que se fez em Havana, em Caracas, o mesmo que se arquiteta em Buenos Aires, em Quito, o mesmo que se trama em Brasília: a tentativa e/ou a prática de calar a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, com ou sem o brutal assassinato de jornalistas independentes e livres. A intolerância sectária confeita com a mesma baba odiosa a mente doentia de tiranos, tiranetes e a de seus fanáticos seguidores ensandecidos, intolerantes. Nenhuma ditadura, aberta ou camuflada com simulacros de eleições livres, desiste de tentar amordaçar a imprensa que não babuja na gamela do poder. De Lula da Silva a Dilma Rousseff, são 12 anos de reiteradas tentativas de amordaçar revistas, jornais e jornalistas que não põem no bolso a honra ou se tornam inocentes úteis das dissimulações do Planalto do tipo "marco regulatório da mídia". O PT quis amordaçar o Ministério Público. O PT tem o Congresso Nacional sob controle, explicitado na recente edição de nauseabundo decreto para compra de voto de parlamentares - desonrados e descompromissados com ideais republicanos - a fim de que validassem, com novo mandamento sob medida palaciana, a infração da Lei de Responsabilidade Fiscal pela presidente da República. Do aparelhamento ostensivo da cúpula do Judiciário os brasileiros guardam memória dos votos de Lewandowski, Toffoli, Zavascki e Barroso na fase final do julgamento do mensalão. Desmantelada por um delator, a organização criminosa montada no mensalão rapidamente se rearticulou no petrolão. O tamanho do assalto à Petrobrás não tem precedente no Ocidente. O que aconteceu em Paris é o mesmo que se trama em Brasília, com metodologia diferente. Apenas. "Nous sommes Charlie."
José Maria Leal Paes 
Belém
*
A QUEM INTERESSA
Não é um exagero fazer a comparação entre o abominável ato de terrorismo de Paris e a intenção que o PT sempre teve de censurar a imprensa. Porque este controle da mídia a que se referem os petistas engalados nada mais é do que censurar órgãos da imprensa e jornalistas para que estes só publiquem coisas que interessem ao seu plano de poder. O silêncio de órgãos nacionais da imprensa ou/e a débil manifestação da presidente Dilma não esconde as intenções de quem não quer a liberdade de dizer e escrever o que se pensa no Brasil. A censura à liberdade de expressão é deplorável e sua forma mais aguda é matar quem disser o que não se quer ou gosta de ouvir. Este dito controle social da mídia, que, em outras palavras, quer dizer censura, é só uma forma mais branda com evidente parentesco com o ato terrorista de Paris. Valores duramente conquistados ao longo da história estão em risco. Valores democráticos estão em risco do mesmo modo que estiveram no começo do nazismo, quando jornais foram atacados pelo partido de Hitler. Controle social da mídia só interessa ao PT e aos petistas, a ninguém mais.
 
Maria Tereza Murray
São Paulo

Nenhum comentário: