Ocasionalmente eu me dedico a ler o que dizem os leitores de um grande jornal. Sempre leio as cartas às redações do grandes órgãos da imprensa, como aqui abaixo do Estadão, um dos integrantes da mídia golpista, segundo os companheiros. Não se trata exatamente daquela categoria que se poderia chamar de "populares", pois o povão não lê jornais, ou pelo menos não esse jornal do PIG. Povão só vê televisão aberta, e por isso que certos celerados da política continuam sendo eleitos e reeleitos. Esses leitores são em geral bem informados, e geralmente são de oposição a certos mentecaptos da política, mas eles expressão o que vai na opinião pública responsável.
Reproduzo aqui o fórum do dia 9/01/2015, mas que recolhe cartas e mensagens enviadas nos últimos dias.
Bom proveito. A única edição que fiz foi apagar os emails, e acho que o jornal não devia publicá-los.
Paulo Roberto de Almeida
Fórum dos Leitores
O Estado de S.Paulo
09 Janeiro 2015 | 02h 04
LIBERDADE X TERROR
'Charlie Hebdo'
Hoje são os cartunistas, amanhã serão os escritores, os professores, os
pensadores, depois os indiferentes e por fim vamos todos nos ajoelhar
cinco vezes por dia em direção a Meca.
HARRY RENTEL
Vinhedo
Verdadeira razão
Se ainda restasse alguma dúvida quanto à bestialidade de alguns seres
ditos humanos que usam argumentos religiosos inaceitáveis como
justificativa para assassinatos frios e cruéis, as imagens da execução
do policial ferido por um dos terroristas mostra a real vocação desses
sádicos anormais: matar por matar.
LUIZ NUSBAUM
São Paulo
Obscurantismo
O atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo perpetrado na terça-feira e
que custou a vida de 12 pessoas é apenas mais uma forma de agressão à
liberdade de imprensa e de expressão das que têm ocorrido em diferentes
lugares do planeta, embora a mais cruel. Neste caso, uma ação
aparentemente autônoma e de fora do Estado contra a sociedade. Outras
formas, como na Venezuela, se dão sob a modalidade de um recorrente
atentado perpetrado pelo chefe de Estado ao mesmo princípio tão caro a
todos nós que prezamos o regime democrático, a partir de uma ideologia
diferente da que atingiu a França. Apesar de origens, ideologias e
credos distintos, todas procuram alcançar o mesmo objetivo: pôr fim à
liberdade de pensamento, de expressão e de imprensa, substituindo-a pela
intolerância e pela uniformização. Que as democracias e os democratas
de todo o mundo estejam vigilantes e não recuem ante os covardes e o
obscurantismo.
RUI TAVARES MALUF
São Paulo
'Je suis Charlie'
Esse episódio grotesco na França contra jornalistas deixa um alerta para
nós, no Brasil. Líderes políticos do PT, liderado por Lula, seu
principal representante, vira e mexe atacam a imprensa, intimando e
jogando os leigos partidários fanáticos em práticas violentas contra
jornalistas e empresas do setor. Exemplo mais recente: a revista Veja
denunciou, na capa, práticas de corrupção dos líderes desse partido e,
logo após, partidários do PT atacaram a sede da empresa. Portanto, é
preciso fazer algo para que isso acabe de vez. Qualquer partido ou
indivíduo tem de sofrer punições severas quando coisas assim acontecem.
TIAGO HOMEM DE MELO E SILVA
Campinas
Variante do terrorismo
A liberdade de expressão está em crise. Estamos involuindo nas relações
entre os povos e suas culturas. Discordância, desarmonia, falta de
compreensão e desejo de impor suas convicções ao outro estão gerando
fatos inaceitáveis, que chegaram ao ápice com o atentado terrorista ao
Charlie Hebdo, em Paris, e a morte de 12 pessoas. E nem assim o novo
ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, desiste da tal regulação da
mídia. Essa atitude é uma variante da ação terrorista que se consumou
na França e agrediu toda a imprensa livre do planeta. A presidente Dilma
Rousseff não se vai pronunciar a esse respeito? Vai ficar em silêncio? A
oposição deve acabar de vez com tais pretensões do governo antes que a
coisa evolua para um confronto nas ruas, como em 2013 por causa do
aumento das passagens de ônibus.
MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI
Rio de Janeiro
Alienados
Crescem os indícios de que o atentado em Paris tem ligações com os
terroristas do Estado Islâmico - a rádio da organização chamou os
monstros que atacaram a sede do Charlie Hebdo de "heróis". E pensar que
foi com gente que decepa a cabeça de inocentes e promove barbáries como a
de anteontem que Dilma Rousseff pregou o diálogo, tão pouco tempo
atrás. O grau de alienação das nossas autoridades, em especial da
presidente da República, quanto ao que acontece no restante do mundo é
simplesmente vergonhoso.
HENRIQUE BRIGATTE
Pindamonhangaba
Diálogo
Tenho a curiosidade de saber se Dilma vai propor diálogo também com os
responsáveis pelo massacre no jornal francês, assim como sugeriu fazer
com os terroristas do Estado Islâmico.
FREDERICO D'AVILA
São Paulo
DESEMPREGO
Prazo curto de validade
Durou pouco o "pleno emprego" do discurso ufanista de posse da
presidente Dilma. Esta semana as montadores já iniciaram processo de
demissão significativo de funcionários. Haja Pronatec para tanto
desempregado, mesmos porque a vaca tossiu e os benefícios do
seguro-desemprego diminuíram.
CLAUDIO JUCHEM
São Paulo
Pagantes e recebentes
Na Volkswagen Anchieta, 800 demissões; no salário de deputados &
Cia., 15% de aumento. Alguém saberia dizer quantos desses 800 demitidos
poderiam continuar recebendo seus salários com o dinheiro pago a mais a
parlamentares e seus gabinetes? Enquanto sindicatos e industriais se
digladiam, os nobres parlamentares se fartam!
PEDRO M. PICCOLI
Curitiba
Velha história
A situação de desemprego que começamos a enfrentar, iniciada na
Volkswagen no ABC, já foi vista anteriormente, quando o Lula, então
presidente de sindicato, exigiu tantos absurdos para os trabalhadores
(em termos de salários e benefícios) que as empresas promoveram
demissões em massa. Na época prefeita da capital paulista pelo PT, Luiza
Erundina liberou espaço na cidade e grande parte dos demitidos do ABC
veio para cá. Então eles montaram barracas de camelô, que se alastraram
pela cidade e, sem documentação fiscal (irregulares), hoje fazem
concorrência desonesta ao comércio legalmente estabelecido. Por
coincidência, atualmente a nossa cidade é governada pelo PT, o que deve
facilitar essa "solução" mais uma vez. Esperem e verão!
LAERT PINTO BARBOSA
São Paulo
Demissões nas montadoras
Dica para os eleitores do PT: apertem o cinto, o emprego sumiu. Para os
demitidos que votaram em Dilma: vão chorar na Cantareira. Assinado,
Coxinha.
MARIA CARMEN DEL BEL TUNES
Americana
AMBIGUIDADE
Ao tomar conhecimento do atentado terrorista perpetrado em Paris
contra o periódico francês "Charlie Hebdo" - deplorável sob todos os
aspectos -, a presidente Dilma Rousseff apressou-se em manifestar sua
indignação contra o ato, condenando-o e qualificando-o como uma barbárie
e um ataque contra um dos pilares do regime democrático, a liberdade
irrestrita de imprensa. Não nos esqueçamos, porém, de que quem assim ora
se posiciona é o mesmo mandatário máximo que, em setembro de 2014, na
ONU, defendeu o estabelecimento de um diálogo amigável com os
sanguinários decapitadores do chamado Estado Islâmico, constrangendo o
Brasil diante da comunidade internacional. Tenhamos em mente também que
se trata da mesma autoridade máxima de um governo que recorrentemente dá
sinais de ter o nítido desejo de impor um controle da mídia,
solertemente já em execução, como o demonstram os amordaçamentos de
vários jornalistas e formadores de opinião, afastados de seus horários e
espaços habituais, que ousaram, com assertividade competente e estilos
próprios, formular pontos de vista contrários às políticas e
procedimentos originados nos recônditos do Planalto. Finalmente,
lembremo-nos da recente declaração do ministro das Comunicações, Ricardo
Berzoini, ao afirmar ostensivamente ter intenção de avançar dispositivo
de regulamentação dos meios de comunicação, mediante consulta a grupos
sociais, como sindicatos e partidos políticos. Estejamos atentos,
portanto, às ambiguidades deste governo, que impedem que a sociedade
saiba quais são suas verdadeiras linhas de ação e intenções.
Paulo Roberto Gotaç
Rio de Janeiro
*
CONDENAÇÃO
Cumprimento a presidente pela manifestação de pesar pelo atentado
terrorista em Paris. Espero que ela se manifeste também contra os
atentados dos governos da Venezuela, do Equador e da Argentina contra
jornalistas e jornais que criticaram a situação econômica e política
nesses vizinhos. Na Venezuela não há liberdade de expressão e os
adversários vão para a prisão. E o presidente pede apoio do Brasil para a
crise econômica - e é capaz de dona Dilma emprestar alguns milhões de
dólares para o presidente que, de Maduro, já está podre.
José Paulo
São Paulo
*
EXTREMISTAS
Extremistas assassinos de cartunistas e extremistas decapitadores
de jornalistas são da mesma laia. Por que uns são bárbaros e outros,
"dialogáveis"? Poupe-me, dona Dilma!
Joaquim Quintino Filho
Pirassununga
*
ASSASSINATOS EM PARIS
Depois do advento do Estado Islâmico, nada mais me escandaliza.
Sergio S. de Oliveira
Monte Santo de Minas (MG)
*
CEGOS
Cartunistas do jornal francês "Charlie Hebdo" e civis foram
brutalmente assassinados por homens encapuzados, que juraram vingar o
profeta Maomé. Uma vez mais, assistimos - estarrecidos - ao horror do
terrorismo de inspiração islâmica, cujo ódio alimentado pela ignorância,
intolerância e o fanatismo religioso provocou mortes. Espertos e
macabros, os terroristas aproveitam-se da ignorância e da censura de
notícias e fatos para plantar - à sua própria vontade - o ódio contra o
Ocidente e os "infiéis". Até quando faremos vista grossa a estes que
semeiam o mal entre os pobres de espírito, tornando-os soldados
fanaticamente cegos, que causam massacres como o desta semana?
Sérgio Eckermann Passos
Porto Feliz
*
ATENTADOS DIÁRIOS
Vivemos sob uma liberdade de expressão teórica e a consequência de
exposição prática. Somos reféns de oposições e evitamos alguns assuntos
para estarmos libertos e ilesos.
Felipe Lucchesi
São Paulo
*
TOLERÂNCIA E INTOLERÂNCIA
Está na hora de os líderes mundiais sentarem e discutirem o que
fazer para recolocar os valores humanos no lugar. O terrorismo tem de
ser evitado, e não só lamentado. Seus motivos têm de ser abertamente
contestados, sejam de ordem política ou religiosa. A intolerância
extrema não pode ser tolerada, da mesma forma que a tolerância extrema
tem de ser revisada. A clareza da diferenciação entre o que é certo e o
que é errado tem de ser recuperada. A moral, restabelecida. A ética,
valorizada. A vida, reconduzida ao pedestal de criação suprema da
natureza, não disponível para ser ceifada em nome de seja lá o que for!
Há evidências científicas de que num futuro não muito distante um
encontro do homo sapiens com seres inteligentes de outros planetas
poderá dar-se e, a continuar como estamos, nossos descendentes se
envergonharão ao apresentar aos visitantes o que foi feito da suprema
criação neste canto deprimido do universo.
Gilberto Dib
São Paulo
*
AÇÃO COVARDE E VERGONHOSA
O ataque terrorista que deixou 12 mortos na sede da revista
"Charlie Hebdo", em Paris, na quarta-feira (7/1), gerou comoção e
indignação em todo o mundo. A ação, covarde e vergonhosa, mostra mais
uma vez a que ponto pode chegar a violência do ser humano. Posto que
jovens fanáticos se dispõem a praticar atos tão bárbaros contra a
liberdade de imprensa, em prejuízo da própria vida. Que mundo é este,
que não admite uma convivência pacífica entre os que pensam de maneira
diferente? Não se trata de um crime contra a revista ou contra os
jornalistas que nela trabalhavam, e, sim, contra a liberdade de
expressão e o direito de todo e qualquer cidadão se manifestar. Enquanto
mundo afora todos condenam a tentativa de calar a imprensa, em nosso
país alguns querem amordaçá-la por meio de subterfúgios da regulação. A
Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo (Fadesp)
repudia toda e qualquer tentativa de controlar a imprensa e calar a voz
do cidadão.
Raimundo Hermes Barbosa, presidente
São Paulo
*
COMEÇAMOS MAL 2015
Que 2015 será um ano difícil, especialmente para nós, brasileiros,
já era mais do que esperado. Infelizmente, porém, este brutal e hediondo
ataque ao jornal francês foi um golpe duríssimo não apenas na imprensa
francesa, mas para todos aqueles que prezam pela liberdade de expressão e
pela não existência de censura de qualquer natureza ou qualquer
patrulhamento ideológico. O assassinato dos jornalistas e policiais é um
ato de não aceitação, como se o islamismo defendido por estes
terroristas fosse a única "religião" a ter razão e que todos nós,
cristãos, espíritas, judeus, evangélicos, ateus ou não, fôssemos
obrigados a dizer amém a tudo o que estes radicais afirmam fazer em nome
de Alá ou Maomé. Aliás, duvido que os fundadores dessa religião
pregariam e aceitariam tamanha barbárie. Não é dessa forma que
chegaremos a qualquer tipo de entendimento. Profundamente triste este
início de ano.
Renato Amaral Camargo
São Paulo
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EM NOME DO PROFETA
Se toda a barbárie é em nome do profeta, que Alá substitua seu porta-voz.
A.Fernandes
São Paulo
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CRENÇAS E INTERPRETAÇÕES
É incrível a capacidade do ser humano de criar e acreditar em
lendas e mitos. Parece que durante a evolução alguma coisa aconteceu,
criando esta necessidade de crença no sobrenatural. A fascinante
mitologia judaica acabou inspirando a criação do Cristianismo e do
Islamismo. Até aí, nada de errado, pois as três religiões trazem entre
outras coisas excelentes noções de ética. O problema é a também humana
tendência infinita de criar diferentes interpretações para os escritos.
Religiosos mal intencionados vivem levando seus "rebanhos" a pensar que a
religião é a coisa mais importante de sua vida. Fico imaginando como
seria se fôssemos hostilizar todos os que não acreditam em Saci, Mula
sem Cabeça, Papai Noel, etc., que também são mitologia.
Nestor Rodrigues Pereira Filho
São Paulo
*
UM FAVOR AOS BONS
Por que toda a imprensa, toda a mídia, não mudou até hoje a prática
de referir-se aos autores de atentados usando os rótulos que eles
mesmos, os criminosos, adotam para si? Não está sendo dada a eles a
oportunidade de, indiretamente, receber toda a publicidade que querem ao
associar às suas crenças (paranoias?) radicais e ações a qualquer linha
religiosa? Eles apenas, neste novo e lamentável evento, se dizem
islâmicos, como poderiam considerar-se ou dizerem-se fiéis seguidores e
defensores de qualquer crença. Mas, como todas as vozes autorizadas se
apressaram a manifestar, não há no islã nada que sirva de justificativa
para violências como esta. Como não seria possível encontrá-la também em
tantas outras crenças e práticas de fundamentação religiosa. Portanto,
acredito que, com a mesma agilidade e unicidade na sua reação no dia de
hoje, ao adotar o "je suis Charlie", toda a mídia, no mundo todo,
deveria definitivamente passar a adotar a prática de referir-se a
terroristas e afins como terroristas ou afins "que se dizem" ligados ou
esta ou àquela crença. Seria um favor a todos os que tentam fazer algo
por um mundo de mais entendimento entre pessoas e povos. E um favor a
menos a todos os que lutam por impor o contrário.
Fernando Vasconcellos
São Paulo
*
TERROR
Li na página A5 da edição de 8/1/2015 a indignação da sra. Cecilia
Coimbra a respeito da manutenção do professor Roberto Blanco dos Santos
nos quadros de ensino de universidade. Após o atentado terrorista de
Paris, diante do qual todos nos indignamos, seria oportuno lembrar que
muitos dos atuais mandatários de nosso país são nada mais nada menos que
terroristas, semelhantes a estes de Paris, e ela aparentemente não se
indigna que os mesmos sejam mantidos nos quadros atuais de nossa pobre
República. A diferença provável é que, após a captura dos terroristas
fanáticos, os mesmos serão julgados e penalizados, diferentemente dos
brasileiros, que viraram heróis.
Rubens Sousa Pinto Filho
São Paulo
*
'NOUS SOMMES CHARLIE'
O que aconteceu em Paris, a Cidade Luz golpeada pelas trevas do
terrorismo islâmico, é o mesmo que se fez em Havana, em Caracas, o mesmo
que se arquiteta em Buenos Aires, em Quito, o mesmo que se trama em
Brasília: a tentativa e/ou a prática de calar a liberdade de expressão, a
liberdade de imprensa, com ou sem o brutal assassinato de jornalistas
independentes e livres. A intolerância sectária confeita com a mesma
baba odiosa a mente doentia de tiranos, tiranetes e a de seus fanáticos
seguidores ensandecidos, intolerantes. Nenhuma ditadura, aberta ou
camuflada com simulacros de eleições livres, desiste de tentar amordaçar
a imprensa que não babuja na gamela do poder. De Lula da Silva a Dilma
Rousseff, são 12 anos de reiteradas tentativas de amordaçar revistas,
jornais e jornalistas que não põem no bolso a honra ou se tornam
inocentes úteis das dissimulações do Planalto do tipo "marco regulatório
da mídia". O PT quis amordaçar o Ministério Público. O PT tem o
Congresso Nacional sob controle, explicitado na recente edição de
nauseabundo decreto para compra de voto de parlamentares - desonrados e
descompromissados com ideais republicanos - a fim de que validassem, com
novo mandamento sob medida palaciana, a infração da Lei de
Responsabilidade Fiscal pela presidente da República. Do aparelhamento
ostensivo da cúpula do Judiciário os brasileiros guardam memória dos
votos de Lewandowski, Toffoli, Zavascki e Barroso na fase final do
julgamento do mensalão. Desmantelada por um delator, a organização
criminosa montada no mensalão rapidamente se rearticulou no petrolão. O
tamanho do assalto à Petrobrás não tem precedente no Ocidente. O que
aconteceu em Paris é o mesmo que se trama em Brasília, com metodologia
diferente. Apenas. "Nous sommes Charlie."
José Maria Leal Paes
Belém
*
A QUEM INTERESSA
Não é um exagero fazer a comparação entre o abominável ato de
terrorismo de Paris e a intenção que o PT sempre teve de censurar a
imprensa. Porque este controle da mídia a que se referem os petistas
engalados nada mais é do que censurar órgãos da imprensa e jornalistas
para que estes só publiquem coisas que interessem ao seu plano de poder.
O silêncio de órgãos nacionais da imprensa ou/e a débil manifestação da
presidente Dilma não esconde as intenções de quem não quer a liberdade
de dizer e escrever o que se pensa no Brasil. A censura à liberdade de
expressão é deplorável e sua forma mais aguda é matar quem disser o que
não se quer ou gosta de ouvir. Este dito controle social da mídia, que,
em outras palavras, quer dizer censura, é só uma forma mais branda com
evidente parentesco com o ato terrorista de Paris. Valores duramente
conquistados ao longo da história estão em risco. Valores democráticos
estão em risco do mesmo modo que estiveram no começo do nazismo, quando
jornais foram atacados pelo partido de Hitler. Controle social da mídia
só interessa ao PT e aos petistas, a ninguém mais.
Maria Tereza Murray
São Paulo
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