Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Brésil : la dangereuse fuite en avant de Bolsonaro - Le Monde
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Um pequeno aviso às nossas “elites” - Paulo Roberto de Almeida
(se de verdade elas existem):
Militares e grandes capitalistas da Alemanha apoiaram Hitler, entre 1933 e 1935, porque ele prometia livrá-la dos famigerados comunistas.
A pretexto desse empreendimento “saneador”, os nazistas se instalaram em todos os órgãos do Estado.
Quando se tentou reagir, já era tarde: eles conseguiram destruir todas as instituições muito antes de que começassem a empreender qualquer aventura militar, a partir de 1938.
Para atingir seus objetivos, depois de eliminar os seus comunistas “nacionais”, os nazistas fizeram inclusive uma aliança com os comunistas verdadeiros, Stalin e a URSS, o que os habilitou a destruir as democracias ocidentais, antes de voltar as armas contra os aliados circunstanciais.
Os militares da gloriosa Wehrmacht tiveram de prestar fidelidade não ao Estado Alemão, já convertido em III Reich, mas a Hitler pessoalmente, o que os levou a continuar uma guerra insana, já perdida a partir do inverno de 1942-43, até o final, levando a Alemanha e o seu povo à maior catástrofe de sua história.
O Brasil ainda está na Alemanha de 1933-34, quando se começa a “limpar o terreno”, a afastar os não aderentes à causa final e a instalar em seus lugares aqueles mais fieis ao líder, os sabujamente servis.
Um bando de fanáticos nas ruas aplaude as trocas, tratando como traidores e comunistas, queimando as efígies de quem os apoiou no momento da subida ao poder.
Servidores do Estado passam a ser apoiadores do governo, por oportunismo ou por simples instinto de sobrevivência.
Depois é muito tarde para reagir.
O Brasil, repito, ainda está na fase das substituições...
Muitos vão achar que eu estou exagerando: “imaginem, que ridículo, o capitão não é capaz desses exageros, inclusive porque é um estúpido...”
Pois é, Hitler também era um caporal ridículo, embora psicopata...
Depois, não digam que eu não avisei.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27/07/2020