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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Agora sim: o Brasil a caminho do caos: o sistema politico enlouqueceu...

Socorro, parem o Brasil! Quero descer!
Sinceramente, não consigo viver numa casa de loucos...
Os políticos, com poucas exceções, enlouqueceram, endoidaram, ficaram malucos (ou já eram e a gente não sabia).
Inacreditável onda de insanidade que atinge os mais altos escalões da república.
Eu era moderadamente pessimista. Acho que vou ter de agravar o diagnóstico do paciente.
Loucura sanável, para loucura demencial.
Vai ser difícil curar.
Talvez tenhamos de internar o paciente numa UTI, o que vai resultar em grande perda para a sociedade.
Vejam o que disse o presidente do Senado, tal como capturado pela Veja.com (jornalistas confundem fiança com finança..., mas esses são os jornalistas da reserva de mercado).
Paulo Roberto de Almeida

Presidente do Senado, Renan Calheiros, adere às teses de Dilma (e acrescenta outras)
VEJA.com, 25/06/2013

Com o Congresso Nacional pressionado pelas manifestações pelo país, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL), anunciou nesta terça-feira a votação de um ambicioso pacote de vinte projetos, para ser aprovado no prazo recorde de até quinze dias, e disse que apoia a proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito para a reforma política no país.
“Quero ressaltar que apoio o plebiscito para a reforma política. A presidente deu a direção e é importante, muito importante, que ela persevere, concretize a sua proposta, mande a sua proposta para o Congresso Nacional”, disse.
A despeito da tentativa de reverter a histórica inércia do Legislativo, a agenda anunciada por Renan retrata a confusão que se estabeleceu no país. Acuados, senadores e deputados agora se propõem, por exemplo, a votar projetos que patinam há anos no Congresso, outros que tratam de temas sobre os quais seria necessário construir consenso, e ainda matérias que seria impossível aprovar em duas semanas sem atropelar a lógica de tramitação de propostas no Legislativo.
Além disso, Renan também fez questão de prometer aprovar um projeto instituindo o passe livre para estudantes, tema que desencadeou a onda de protestos pelo Brasil há vinte dias. Os recursos para bancar a iniciativa, segundo ele, sairão dos royalties da exploração do petróleo da camada pré-sal.
Segundo Renan, a agenda foi combinada com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que já prometeu votar a PEC 37. Após o pronunciamento, o presidente seguiu para o Palácio do Planalto para comunicar as decisões à presidente Dilma Rousseff. Em síntese, o pacote de projetos abarca medidas nas seguintes áreas:
1. Pacto federativo: mudança do indexador das dívidas estaduais, rediscussão do ICMS, dos royalties e da partilha dos impostos do comércio eletrônico;
2. Segurança: vincula receitas líquidas da União, estados e municípios para a segurança pública, por um período de cinco anos, e o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, que aumenta a pena de traficantes. Outro projeto agrava os crimes de homicídio, não permitindo que os criminosos não possam responder em liberdade;
3. Corrupção: votação d o projeto que fixa a corrupção como crime hediondo, sem direito ao regime semiaberto nem finanças; votar a emenda constitucional que estende a exigência da ficha limpa aos servidores púbicos; votar projeto que pune juízes e membros do Ministério Público condenados em crimes
4. Educação: votar o Plano Nacional de Educação, que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação;
5. Transporte: criação do passe livre para os estudantes, com os recursos dos royalties do petróleo indo para a educação

6. Saúde: aprovar projeto que destina 10% do PIB para saúde pública.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dez Anos de Regime Pos-Neoliberal no Brasil: Tudo deu chabu? Ou escapou do controle?

Pois é, essas massas ignaras são mesmo ignaras, e imprevisíveis.
Vai ver que a maravilha da democracia popular, do país de todos, do país sem miséria já não encanta mais ninguém...
Seria a Queda da Pastilha?
Paulo Roberto de Almeida

Augusto Nunes, 17/06/2013

Depois do que se viu nesta segunda-feira, é impossível prever os desdobramentos das manifestações que, precipitadas pelo aumento das tarifas de ônibus em São Paulo, assumiram dimensões nacionais e ampliaram notavelmente o estoque de palavras de ordem que resumem a pauta de reivindicações. Não há como antecipar os rumos ou calcular o fôlego de um movimento ainda sem líderes visíveis e sem contornos definidos. Os candidatos a vidente que enfileiram palpites na TV apenas confirmam a sabedoria da frase popularizada por Marco Maciel: “Pode acontecer tudo, inclusive não acontecer nada”.
Os espasmos de violência que pareciam inevitáveis em São Paulo irromperam no Rio de Janeiro ─ que, também surpreendentemente, abrigou a maior das manifestações que se espalharam por 11 capitais. Os espertalhões que saborearam de manhã o desgaste de Geraldo Alckmin passaram a noite consolando Sérgio Cabral. Os oportunistas que acordaram sonhando com o cerco do Palácio dos Bandeirantes tentarão dormir pensando nas correrias provocadas pela ocupação da cobertura do prédio do Congresso ─  e pela suspeita de que os manifestantes marchariam sobre o Planalto. O mapa dos protestos incluiu cidades e estados administrados tanto por governistas quanto por gente eleita pela oposição. Os caroneiros oportunistas do Psol, do PSTU e do PT foram rechaçados pela imensa maioria de manifestantes que não se sentem representados por quaisquer partidos ou líderes políticos.

É cedo para saber, insista-se, o que vai nascer (se é que algo nascerá) da insatisfação aguda mas ainda difusa das multidões sem rosto. O que está claro é que a farsa forjada para celebrar a Pasárgada lulopetista foi liquidada nesta segunda-feira. Afogado por uma enorme onda de descontentamento, o Brasil Maravilha morreu.

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Governador de Brasília, do PT, mostra fotos de seis líderes dos tumultos de domingo. São todos funcionários do Palácio do Planalto


São todos ocupantes de Cargos em Comissão dentro do Palácio do Planalto, trabalhando ao lado da presidente Dilma. A ação é típica de agentes infiltrados de provocação - provocadores. A idéia do governo e do PT parece estimular a violência de rua e com isto justificar o endurecimento do regime.

Gustavo Capella, Subprocuradoria Geral da República
Daniel da Silva, Secretaria Geral da PR
João Vitor, Subsecretaria de Assuntos Jurídicos
Gabriel Elias, Secretaria de Relações Institucionais
Mayra Souza, Secretaria Executiva da Casa Civil

O Jornal Nacional informou ainda há pouco que o governo do Distrito Federal identificou os cinco principais líderes das violentas manifestações de domingo diante do Estádio Mané Garrincha, constatando que todos eles são jovens servidores da secretaria Geral, subprocuradoria de Assuntos Jurídicos, secretaria de Relações Institucionais e Casa Civil. O próprio governador Agnello Queiroz, que é do PT, confirmou o que mandou investigar, informando além disso que o grupo inteiro trabalha no Palácio do Planalto e usou dinheiro para provocar os tumultos, inclusive ao contratar kombis para o transporte de pneus que mais tarde foram queimados para interromper as vias públicas.
Trata-se de um escândalo político sem precedentes no coração do governo Dilma Roussef. Ou ela demite Gilberto Carvalho, secretário Geral, a quem de fato todos estão subordinados, ou ela própria será responsabilizada pelos crimes.
Entrevistado pelo Jornal Nacional, o secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que duvidava das informações, não quis assumir investigações e avisou que não quer injustiças.
O Jornal Nacional também, ouviu os jovens, que negaram tudo.- Há poucos minutos, o editor falou com dois deputados que ainda encontravam-se com assessores no interior do Congresso, mas que começaram a ir embora por recomendação da segurança da Casa. Ambos disseram ao editor que um pequeno grupo de manifestantes permanece tentando ingressar à força no prédio do Congresso e que seus líderes são provocadores infiltrados pelo PT.

sábado, 2 de março de 2013

Emergente ou submergente? Boca grande ou pe-frio? O Brasil e as grandes economias...

Depois que o Brasil ultrapassou ligeiramente o Reino Unido, em 2011 (e muito mais por efeito cambial, ou taxa nominal da moeda, do que propriamente por vigor econômico excepcional), o nosso vidente oficial, o dito ministro fazendoca Guido Mantega havia prometido ultrapassar também a França, e colocar o Brasil na quinta posição da economia mundial, depois da China, EUA, Japão e Alemanha.
Mais fácil dizer do que fazer, não é mesmo?
Não sabemos se é boca grande ou pé frio, mas o fato é que essas classificações baseadas em taxas de câmbio de mercado são inerentemente frágeis.
E ainda que fosse verdade, o que nós, simples mortais, ganhamos com isso?
A China vai ultrapassar os EUA em PIB nominal nos próximos anos, se já não ultrapassou em PPP agora mesmo, segundo alguns.
Sabem quando os chineses vão ter um padrão de vida igual ou superior ao dos americanos?
Não nos próximos 150 anos, talvez mais, talvez nunca...
Essa grandiloquência economicista, essa megalomania vazia não é apenas irritante; ela é profundamente enganadora, no que tem de concreto sobre o bem estar das pessoas, indivíduos concretos, vidas humanas, que é a única coisa que deveria contar para estadistas responsáveis, não para demagogos cheios de bazófias e falsos orgulhos para se vangloriar de algo que não fizeram...
Paulo Roberto de Almeida 

Baixo crescimento e real mais fraco fazem Brasil perder posto de sexta maior economia do planeta

  • Embora tenha crescido apenas 0,2% em 2012, moeda estável permitiu ao Reino Unido retomar posição que havia perdido um ano antes.
Ronaldo D’Ercole (Facebook · Twitter)
Infoglobo,
SÃO PAULO – Além de colocar o país no fim da fila entre as principais economias emergentes, o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 fez o Brasil perder para o Reino Unido o posto de sexta maior economia do mundo. Mesmo tendo crescido apenas 0,2%, diante de uma expansão de 0,9% do Brasil, a economia britânica recuperou a posição que havia perdido um ano antes, devolvendo aos brasileiros o sétimo lugar na lista.
De acordo com levantamento do banco WestLb, o conjunto de riquezas geradas no Reino Unido em 2012 alcançou a cifra de US$ 2,44 trilhões, contra US$ 2,25 trilhões do PIB brasileiro. No fim de 2011, o Brasil ostentava um PIB de US$ 2,47 trilhões, pouco mais que os US$ 2,43 trilhões dos britânicos.