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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Argentina: outra companheira que culpa o mundo pelos problemas criados por sua propria politica economica esquizofrenica

Parece que aquela coisa de "eu sou você amanhã", ou o chamado "efeito Orloff", funciona, pelo menos para os mentecaptod...
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina tem demissões em massa


ARIEL PALACIOS

O Estado de S. Paulo, 25/09/2014


Levantamento da consultoria Mercer mostra que 33% das maiores companhias do país começaram a cortar pessoal para baixar custos

BUENOS AIRES - Uma pesquisa elaborada pela consultoria Mercer indicou que, afetadas pela crise, 33% das 165 principais empresas instaladas na Argentina admitiram que estão demitindo funcionários. Do total, 24% afirmam que já cortaram horas extras, enquanto 18% começaram a aplicar planos de aposentadorias antecipadas.
O motivo das demissões, segundo as empresas, é que não existe trabalho suficiente. Além disso, alegam questões de baixa lucratividade no contexto de recessão que afeta o país. "Neste cenário de estagflação, se a economia não cresce, as vendas e a receita das empresas tampouco cresce, e neste contexto, reconsideram a mão de obra".
Outra pesquisa, da SEL Consultores, indica que os empresários consideram que a crise continuará em 2015, ano de eleições presidenciais, de parlamentares e de governadores das províncias. Do total de empresas pesquisadas, 17% afirmam que demitirão no ano que vem.
Um dos sinais da crise é a queda de 20% nas importações do país em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2013, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
Culpa. O vice-ministro da Economia, Emmanuel Alvarez Agis, declarou que a culpa do esfriamento da economia na Argentina é "do mundo" e não do governo Kirchner. "Esta situação internacional coloca significativos desafios à política econômica argentina", afirmou Agis em sabatina na comissão de orçamento na Câmara de Deputados.
Ontem o governo acrescentou outro integrante das personalidades e entidades internacionais que supostamente "conspiram" contra a presidente Cristina Kirchner: o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que havia declarado que a Argentina é "um exemplo de falta de solidez".

Segundo ele, "a Argentina viveu durante décadas acima de suas possibilidades, não paga suas dívidas e por isso está cada vez mais isolada do tráfego internacional de pagamentos".
O chefe do gabinete de ministros, Jorge Capitanich, reagiu irritado às declarações de Schäuble, afirmando que o governo da primeira-ministra alemã Angela Merkel "sempre foi hostil" com a Argentina.
Nos últimos dois meses o governo Kirchner também acusou de tramar manobras contra a Argentina a companhia American Airlines, o encarregado de negócios da embaixada americana em Buenos Aires, o juiz federal de Nova York Thomas Griesa e os credores dos títulos da dívida pública que não aceitaram as reestruturações dos bônus. No sábado, a presidente Cristina também acusou o Estado Islâmico, que, segundo declarou, a ameaçou de morte.

Dólar paralelo dispara na Argentina


Cotação chega a 15,95 pesos no paralelo. Em NY, presidente ataca "abutres"

Janaína Figueiredo - Correspondente - Buenos Aires

O Globo, 25/09/2014


O mercado cambial argentino voltou a viver um dia de profundo nervosismo ontem, com um novo recorde do dólar paralelo: a cotação subiu 0,53 centavos de peso em relação ao dia anterior, chegando a 15,95 pesos nas chamadas cavernas (cuevas) espalhadas pela capital do país. Membros da equipe econômica pediram à população que não entre "na psicose da falta de dólares". Em Nova York, a presidente Cristina Kirchner voltou a dizer que seu país é vítima de um ataque especulativo, liderado pelos "fundos abutres" que estão litigando contra a Argentina nos tribunais de Nova York.
- O câmbio oficial é o único e legal que existe - afirmou o vice-ministro da Economia, Emmanuel Álvarez Agis.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Cristina disse que seu país está disposto a saldar a dívida com os fundos especulativos, mas não nas condições impostas pelos tribunais de Nova York, onde o caso é tratado. Ela ofereceu aos "abutres" as mesmas condições da reestruturação da dívida em 2005 e 2010:
- São especuladores que atuam como fatores de desestabilização da economia dos países. São verdadeiros terroristas econômicos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Agora sim: o Brasil a caminho do caos: o sistema politico enlouqueceu...

Socorro, parem o Brasil! Quero descer!
Sinceramente, não consigo viver numa casa de loucos...
Os políticos, com poucas exceções, enlouqueceram, endoidaram, ficaram malucos (ou já eram e a gente não sabia).
Inacreditável onda de insanidade que atinge os mais altos escalões da república.
Eu era moderadamente pessimista. Acho que vou ter de agravar o diagnóstico do paciente.
Loucura sanável, para loucura demencial.
Vai ser difícil curar.
Talvez tenhamos de internar o paciente numa UTI, o que vai resultar em grande perda para a sociedade.
Vejam o que disse o presidente do Senado, tal como capturado pela Veja.com (jornalistas confundem fiança com finança..., mas esses são os jornalistas da reserva de mercado).
Paulo Roberto de Almeida

Presidente do Senado, Renan Calheiros, adere às teses de Dilma (e acrescenta outras)
VEJA.com, 25/06/2013

Com o Congresso Nacional pressionado pelas manifestações pelo país, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL), anunciou nesta terça-feira a votação de um ambicioso pacote de vinte projetos, para ser aprovado no prazo recorde de até quinze dias, e disse que apoia a proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito para a reforma política no país.
“Quero ressaltar que apoio o plebiscito para a reforma política. A presidente deu a direção e é importante, muito importante, que ela persevere, concretize a sua proposta, mande a sua proposta para o Congresso Nacional”, disse.
A despeito da tentativa de reverter a histórica inércia do Legislativo, a agenda anunciada por Renan retrata a confusão que se estabeleceu no país. Acuados, senadores e deputados agora se propõem, por exemplo, a votar projetos que patinam há anos no Congresso, outros que tratam de temas sobre os quais seria necessário construir consenso, e ainda matérias que seria impossível aprovar em duas semanas sem atropelar a lógica de tramitação de propostas no Legislativo.
Além disso, Renan também fez questão de prometer aprovar um projeto instituindo o passe livre para estudantes, tema que desencadeou a onda de protestos pelo Brasil há vinte dias. Os recursos para bancar a iniciativa, segundo ele, sairão dos royalties da exploração do petróleo da camada pré-sal.
Segundo Renan, a agenda foi combinada com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que já prometeu votar a PEC 37. Após o pronunciamento, o presidente seguiu para o Palácio do Planalto para comunicar as decisões à presidente Dilma Rousseff. Em síntese, o pacote de projetos abarca medidas nas seguintes áreas:
1. Pacto federativo: mudança do indexador das dívidas estaduais, rediscussão do ICMS, dos royalties e da partilha dos impostos do comércio eletrônico;
2. Segurança: vincula receitas líquidas da União, estados e municípios para a segurança pública, por um período de cinco anos, e o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, que aumenta a pena de traficantes. Outro projeto agrava os crimes de homicídio, não permitindo que os criminosos não possam responder em liberdade;
3. Corrupção: votação d o projeto que fixa a corrupção como crime hediondo, sem direito ao regime semiaberto nem finanças; votar a emenda constitucional que estende a exigência da ficha limpa aos servidores púbicos; votar projeto que pune juízes e membros do Ministério Público condenados em crimes
4. Educação: votar o Plano Nacional de Educação, que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação;
5. Transporte: criação do passe livre para os estudantes, com os recursos dos royalties do petróleo indo para a educação

6. Saúde: aprovar projeto que destina 10% do PIB para saúde pública.