Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Claudio Humberto: "política externa cabisbaixa e submissa"
Coluna de Claudio Humberto, 27/08/2013
O ex-chanceler Antonio Patriota interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.
QUE VERGONHA
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.
CRUEL COVARDIA
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.
INSISTÊNCIA
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.
BONS PROFISSIONAIS
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.
COVARDIA E SUBMISSÃO MARCAM POLÍTICA EXTERNA
O ex-chanceler Antonio Patriota não recusava chance de mostrar como sua política externa era feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.
PROCESSO NELE
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.
Direita tucana escapou com o senador boliviano, segundo grao-petista; ou, a inevitavel vileza moral dos companheiros...
Como disse o Secretário de Estado sobre os ataques a gás na Síria, trata-se de uma obscenidade moral apenas compatível com o pensamento desses briosos defensores de regimes totalitários. Não lhes parece haver nenhum laivo de sentimento cristão, ou de simples solidariedade humana no gesto do diplomata brasileiro: só pode ter sido um golpe da direita.
Deixo vocês com a matéria publicada no jornal pessoal do assim chamado chefe da quadrilha...
Paulo Roberto de Almeida
Líder do governo classifica de ‘absurda’ fuga de boliviano com apoio da ultradireita
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A frase da semana: "eu nao tenho vocacao para agente penitenciario"
'Eu não tenho vocação para agente penitenciário', afirma Eduardo Saboia
Diplomata que trouxe senador boliviano ao Brasil diz que político vivia praticamente em cárcere privado na missão
EDUARDO SABOIA - Eu não gostei. Foi um prejulgamento. Por isso, tomei a liberdade de me defender.
EDUARDO SABOIA - Entrego a Deus. Recebi muito apoio de colegas.
EDUARDO SABOIA - Foi difícil, mas o pior está sendo agora. Claro, teve estresse, foi difícil, mas o que me dói mais é sofrer essa crítica do Itamaraty. Eu não quero afrontar ninguém. Pode não ter sido a melhor solução, mas fiz o que entendi que precisava fazer.
EDUARDO SABOIA - Foi aumentando o desespero. Eu tinha, de um lado, um advogado no Brasil dizendo que o governo brasileiro é irresponsável, entrando com um habeas corpus no STF. Depois, o advogado dele aqui na Bolívia, pressionando porque ele estava doente. E eu tinha outros assuntos para tratar, a mudança do embaixador, a situação dos corintianos, estava chegando no limite. Quem está no campo de batalha precisa tomar decisões.
EDUARDO SABOIA - Era um faz de conta. Não dá. Você via as negativas públicas do salvo-conduto. Ouvi de pessoas do Itamaraty, eu tenho os e-mails do pessoal dizendo: "Eles fingem que negociam e a gente finge que acredita". Era melhor, então, cancelar o asilo.
EDUARDO SABOIA - Era um desgaste, um risco não só para ele, mas para a embaixada. Você não sabe o ambiente que é ter um preso do seu lado. Eu me sentia um agente do DOI-Codi. Estava demais, muita pressão. Eu não tenho vocação para agente penitenciário.
Eduardo Saboia: um heroi fora dos quadrinhos - Celso Arnaldo
Brasil-Bolivia pos-fuga: O que restara' do Itamaraty? - Reynaldo Rocha
O que restará do Itamaraty? |
Brasil-Bolivia: bate-boca pouco hierarquico, e sem disciplina nenhuma...
Diplomacia
Dilma critica diplomata e diz que operação colocou em risco a vida de senador boliviano
Presidente rebateu o diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que conduziu a fuga de Roger Molina de La Paz para o Brasil: 'DOI-Codi é tão distante da embaixada brasileira em La Paz como é distante o céu do inferno'
Durante dezoito meses, uma CPI investigou a violência contra mulheres. Nas três últimas décadas, 92.000 mulheres foram assassinadas no país. A comissão propôs mudanças na Lei Maria da Penha e a tipificação do "feminicídio" como agravante do crime de homicídio. A presidente prometeu acatar recomendações.
A coragem de um diplomata (Eduardo Saboia) - Editorial Estadao
Brasil-Bolivia: tribulacoes de uma aventura boliviana - entrevista Eduardo Saboia
O resto está claríssimo. Menos certas coisas do outro lado da fronteira...
Paulo Roberto de Almeida
|
Alan Marques/ Folhapress
|
|
|
||
Diplomata Eduardo Saboia chora ao falar que 'ouviu a voz de Deus'
|