O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Claudio Humberto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Claudio Humberto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de março de 2018

Claudio Humberto: sempre ferino contra o Itamaraty

Sem comentários, ou apenas um: o jornalista padece da necessidade de falar mal de alguém, sempre...

19 DE MARÇO DE 2018
O Ministério das Relações Exteriores oficializou como Gaoa (Grupo de Apoio Operacional e Logístico) o que antes existia apenas no anedotário do Itamaraty como “Departamento de Escadas e Corredores (DEC)”, para onde são despachados diplomatas malquistos pela cúpula, com a maior pinta de desterro. Funciona no porão do anexo 2, conhecido por “Bolo de Noiva”, onde o lixo se acumula, não há água, telefone ou extintor de incêndio e lâmpadas estão queimadas.
O Itamaraty juntou no porão do Bolo de Noiva embaixadores do melhor nível com colegas que têm má fama e, inclusive, extensa ficha policial.
Asilaram no Gaoa os embaixadores Antonio Pedro e Patrícia Lima, após 5 anos no Sudão. Também fizeram elogiado trabalho no Kuaite.
Carlos Henrique Cardim, um dos mais respeitados intelectuais do Itamaraty, também acabou no porão do Bolo de Noiva.

Entre profissionais com imensa contribuição à diplomacia, enfiaram no Gaoa também uns malucos, espancador e um assediador mulheres.

terça-feira, 6 de março de 2018

Negocios da China, ops, da Russia... - Claudio Humberto

Além de livrar-se de comprar baterias antiaéreas russas incompatíveis com o sistema nacional, o Brasil também deixou de tomar um tombo. O autor da proposta cretina, ex-ministro da Defesa Celso Amorim, chegou a assinar um compromisso de compra da geringonça rejeitada pelos militares brasileiros, no valor de US$1 bilhão (R$3,2 bilhões). Mas o Iraque pagou um quarto do valor pelo mesmo equipamento, em 2011.

As baterias russas Pantsir-S1 custariam ao Brasil o triplo daquelas recomendadas pelo Exército, após estudar trinta opções mundo afora.
Amorim mandou, em 2014, o sargento músico Jeferson Silva à Rússia avaliar as baterias antiaéreas. Qualificação: é marido de Ideli Salvatti.

O compromisso assinado por Celso Amorim foi levado ao pé da letra dos russos, que até hoje insistem em vender a inutilidade ao Brasil.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Itamaraty: do po' vieste, ao po' voltaras? - Claudio Humberto

Reduzindo a pó
Projeto do governo Dilma apequena o Itamaraty
Extinção de áreas e aparelhamento acabam com prestígio do Itamaray
Diário do Poder: 19 de dezembro de 2014 às 0:00 - Atualizado às 0:24
Por: (Cláudio Humberto)
Foto: Wilson Dias/ABr
Governo Dilma quer acabar com o prestígio do Itamaraty no Exterior. Foto: Wilson Dias/ABr
A Casa Civil do Planalto já aprontou o projeto extinguindo no Itamaraty os tradicionais Departamento de Promoção Comercial e a Agência Brasileira de Cooperação, que deram sustentação à política externa brasileira nos últimos 40 anos. O monstrengo estaria a cargo do sub Beto Vasconcelos. A investida contra o Itamaraty começou com o fortalecimento da Apex, uma agência de promoção da exportação.
Desde o início do governo Lula, Apex bancou viagens de funcionários monoglotas que recorriam a diplomatas para fazerem o trabalho deles.
Um ex-embaixador na Arábia Saudita revelou à coluna que a turma da Apex se apropriava de estudos de mercado elaborados por diplomatas.
A redução de atribuições do Itamaraty decorre da antipatia de Dilma por diplomatas, após sua convivência com o ex-chanceler Antônio Patriota.
 Coluna Cláudio Humberto.

sábado, 13 de dezembro de 2014

A frase da semana: sobre os diplomatas anoes do Itamaraty - Claudio Humberto

A frase é:  parágrafo final do editorial do jornalista Claudio Humberto, no Diário do Poder, dedicado, neste 12 de dezembro de 2014, ao rebaixamento do Itamaraty pelos companheiros no poder.
Nunca antes na história do Itamaraty, a instituição tinha sido tão humilhada pelos seus algozes temporários. Nada se faz sem um pouco de colaboração...
Paulo Roberto de Almeida

Enquanto isso, os espinha-curvadas do Itamaraty continuam a gastar sorrisinhos e mesuras com os donos do poder, na esperança de uma promoção mais rápida ou de um posto do roteiro Elizabeth Arden, onde possam ficar quietinhos esperando o tempo passar, ganhando os dólares que lhes permitirão viver uma aposentadoria confortabilíssima.

Claudio Humberto, Diário do Poder
Editorial: Pobre Itamaraty: o gigante que virou anão

sábado, 13 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: companheiros vetam FaceBook do MRE por trazer criticas ao governo

Então, agora, ficamos assim: pode-se falar mal da política externa, que é coisa do governo, pode-se falar mal da diplomacia, que é coisa do Itamaraty, mas não se pode falar mal do governo que perpetrou essa coisa de política externa e continua enquadrando a diplomacia do Itamaraty.
Seria isso?
Eu peguei a coisa corretamente?
Não posso mais achar que os companheiros são corruptos e totalitários, inclusive nessa mania insana de apoiar ditaduras assassinas, mas posso falar mal da mania do Itamaraty de apoiar diraduras?
Eu entendi bem?
Paulo Roberto de Almeida 

MRE VETA FACEBOOK PARA NÃO FALAREM MAL DE DILMA
MINISTRO RECLAMA QUE DIPLOMATAS ‘FALAM MAL DO GOVERNO’ E VETA O FACEBOOK
Coluna do Poder, Claudio Humberto: 13 de setembro de 2014 às 0:01 - Atualizado às 0:53
Por: 
Antonio Cruz ABr - Luiz Alberto Figueiredo
Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. Foto: Antônio Cruz/ABr
A proibição de acesso ao Facebook no Ministério das Relações Exteriores (MRE), esta semana, nasceu depois que o chanceler Luiz Aberto Figueiredo reuniu terceiros secretários, iniciantes na carreira, e passou-lhes enorme descompostura. “Vocês não podem ficar falando mal do governo no Facebook!” exclamou. Figueiredo não proibiu que falassem mal da política externa, mas sim do governo Dilma Rousseff.
Os jovens diplomatas continuaram dizendo o que pensam de Dilma nas redes sociais e, em represália, o acesso ao Facebook foi bloqueado.
Servidor de Estado, diplomata não deve fazer juízo de valor sobre política externa, mas, como cidadão, é livre para criticar governos.
Não há indícios de que foi o próprio chanceler quem ordenou restrições de acesso ao Facebook. Pode ter sido coisa de assessor bajulador.
O Itamaraty criou página no Facebook para uma “melhor comunicação” com a sociedade. Já melhorar a comunicação com seus servidores… 

domingo, 11 de maio de 2014

Heranca maldita da era Lula: os refugiados haitianos - Claudio Humberto (Diario do Poder)


  • Claudio Humberto
  • Diário do Poder, 11 DE MAIO DE 2014

  • É SÓ GRITAR ‘REFÚGIO!’, E HAITIANOS ENTRAM NO BRASIL

    A Polícia Federal está proibida de conter a entrada dos haitianos no Brasil, como tem acontecido, sem qualquer controle, nem documentos. Entre os mais de 4 mil que chegaram este ano, pode haver criminosos comuns, fugitivos da Justiça, terroristas procurados etc, mas instruídos pelos “coiotes”, pagos para trazê-los do Haiti, apenas precisam gritar “refúgio!”, e os agentes são obrigados a permitir o ingresso no Brasil.

  • CASA DE MÃE JOANA
    Já no Brasil, os haitianos recebem “visto humanitário” de permanência, além de carteiras de trabalho com a identidade que declaram.

  • IRRESPONSABILIDADE
    O Brasil, irresponsável, nem sequer faz gestões junto aos governos da Bolívia e do Peru, por onde chegam os haitianos, para exigir vistos.

  • PF MARGINALIZADA
    O Ministério Público Federal e o governo paulista criaram comissão para examinar o problema dos haitianos. E excluíram a Polícia Federal.

  • É SÓ O COMEÇO
    Com estímulo inconsequente do governo, o problema deve se agravar: estudo recente mostra que 91% dos haitianos querem viver no Brasil

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Brasil-Bolivia: Senado vai pedir todos os telegramas de e para La Paz (Claudio Humberto)

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), decidiu requerer a troca de mensagens entre o Itamaraty e a embaixada em La Paz, nos 455 dias de asilo do senador Roger Molina. Para Ferraço, o exame da “série telegráfica” esclarecerá o real interesse do Itamaraty em resolver o problema e as razões do diplomata Eduardo Sabóia, que ajudou Molina a fugir para o Brasil.
Mensagens do Itamaraty, recomendando empurrar o caso com a barriga, forçaram Eduardo Sabóia a agir por razões humanitárias.
Emails atribuídos ao subsecretário-geral de América do Sul, Antonio Simões, instruíam a embaixada a “enrolar” o caso do senador Molina.
Seguem as retaliações do Itamaraty contra diplomatas em La Paz. Ontem, foi removido para Brasília o conselheiro Manoel Montenegro.

Do Diário do poder, Claudio Humberto, 19 de setembro de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Claudio Humberto: "política externa cabisbaixa e submissa"

PATRIOTA FEZ DO ASILO DE MOLINA UMA PRISÃO POLÍTICA
Coluna de Claudio Humberto, 27/08/2013
 
O ex-chanceler Antonio Patriota interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.

QUE VERGONHA
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.

CRUEL COVARDIA
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.

INSISTÊNCIA 
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.

BONS PROFISSIONAIS
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.

COVARDIA E SUBMISSÃO MARCAM POLÍTICA EXTERNA
O ex-chanceler Antonio Patriota não recusava chance de mostrar como sua política externa era feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.

PROCESSO NELE
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Diario do Poder: mais diario que poder; tribulacoes diplomaticas - Claudio Humberto

Diário do Poder, Claudio Humberto, 6/08/2013

Amigos e familiares do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) não entendem seu extremado apego ao cargo, submetendo-se a humilhações quase diárias e aos sinais frequentes de desprestígio da presidenta da República. A mais recente foi a recusa de Dilma de atender a indicação que ele fez do irmão Guilherme para a missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra.

·         AREIA DEMAIS…
O cargo pretendido por Patriota para o irmãozinho é hoje ocupado pelo embaixador Roberto Azevedo, recém-eleito diretor-geral da OMC.

·         COM QUEM ANDAS
Guilherme Patriota está lotado no Planalto: é assessor do aspone para Assuntos Internacionais Aleatórios, Marco Aurélio Top-Top Garcia.


·         O ESCOLHIDO

Para chefiar a missão brasileira na OMC, Dilma escolheu um embaixador respeitado na carreira: Marcos Galvão, hoje em Tóquio.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Avioes, sapatos e soberania nacional: que coisa! - Mario Machado


Coisas Internacionais 17 Jul 2013 06:18 AM PDT

O ministro da defesa, Celso Amorim, admitiu em entrevista concedida a Folha de São Paulo (aqui) que seu avião oficial foi revistado por agentes bolivianos, por ocasião de sua visita àquele país em 2011.

A primeira versão do incidente (que foi analisada em meu texto Evo revista avião da FAB do ministro Amorim ou o mundo é um moinho) afirma que as revistas foram realizadas em 2012, na tentativa de prevenir que o Brasil retirasse da Bolívia, senador Roger Pinto Molina, que é asilado diplomático na embaixada brasileira.
A versão do ministro agora tornada pública é que a vistoria teria sido realizada por agentes em busca de contrabando de drogas, teria se limitado ao bagageiro da aeronave e que ele só teria sido informado depois que o blog “Diário do Poder” vazou esse acontecimento.

Resta claro, até pela linguagem utilizada (ver nota oficial, aqui), uma tentativa de minimizar o problema atribuindo a revista a zelo burocrático dos agentes bolivianos e que teria sido alvo veemente e sigiloso protesto da diplomacia brasileira.
Celso Amorim que sempre se notabilizou pelo discurso da diplomacia altaneira e que foi a mais eloqüente voz do Brasil Grande da era Lula, nunca perdeu chance de se comparar com ministros anteriores, atribuindo a esses um certo servilismo, ilustrado com perfeição com a fatídica e anedótica história dos sapatos, agora se mostra bem menos assertivo ao afirmar que não sabia.

Aceitando-se a versão oficial pelo valor de face nos deparamos com a seguinte realidade; A Bolívia tem fortes motivos para suspeitar que é realizado tráfico internacional de drogas em aviões da FAB e que o ministro da defesa não possuí adequado conhecimento dos fatos de sua pasta.
A meu ver esse cenário é muito pior que a revista motivada pela busca de um dissidente, afinal nessa situação seria apenas um arroubo autoritário, que como o próprio presidente Morales sentiu na pele, pode contagiar até democracias estabelecidas.

O cenário da versão oficial, contudo, aponta para o que seria uma trágica falta de comando na defesa brasileira, como pode o ministro da DEFESA não ser informado que seu avião foi inspecionado ilegalmente por agentes estrangeiros?
A história ainda está a se desenvolver e ao que tudo indica a pás do moinho continuarão a girar.
============

Coluna de Claudio Humberto: Diário do Poder
CASO ROGER MOLINA
CELSO AMORIM AMARELOU
PARA ADVOGADO DE MOLINA REVISTA EM AVIÃO DA FAB MERECIA RESPOSTA
Publicado: 17 de julho de 2013 às 14:42
senador boliviano
Senador boliviano Roger Pinto Molina
O advogado Fernando Tibúcio, que trabalha na defesa do senador boliviano Roger Pinto Molina, opositor do presidente local Evo Morales e que segue asilado na embaixada brasileira em La Paz há mais de um ano, respondeu nesta quarta-feira (17) a declaração do ministro Celso Amorim (Defesa) que confirma notícia divulgada em primeira mão pelo Diário do Poder sobre a revista feita, até com cães farejadores, em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que o traria de volta ao Brasil.
A revista tinha como objetivo caçar o político asilado, que supostamente estaria fugindo para o Brasil, mas acabou servindo apenas para humilhar Amorim que, até hoje, se manteve calado sobre o caso. Para ele, o fato do ministro informar que o episódio se deu em 2011 – antes do senador buscar refúgio na embaixada do Brasil em La Paz, é “indiferente” porque, naquele ano, já estava claro que o governo boliviano temia que Molina recorresse ao instituto do asilo. “O senador já havia feito denúncias no sentido de vincular pessoas próximas do presidente Evo Morales com o narcotráfico”, explicou. “Se o senador simplesmente atravessasse a fronteira a pé, o Governo boliviano tinha nas mães o trunfo de qualificá-lo um fugitivo covarde, como alguém que quis se ver livre da Justiça boliviana”, completou.
O advogado declarou ainda ao Diário do Poder que os cães farejadores do Aeroporto de El Alto, em La Paz, são usados para detectar drogas. Para ele, o ato foi um “insulto que merecia ao menos uma menção na nota divulgada hoje pelo Ministério da Defesa”. “O episódio não só demonstra onde pode chegar a arrogância do Governo boliviano com seu congênere brasileiro, mas a dupla moral que existe em Evo Morales receber apoio brasileiro no caso da tentativa de inspeção da aeronave presidencial na Austrália, ao mesmo tempo em que autoridades bolivianas se utilizam, ou teriam se utiliado, do mesmo expediente condenável no caso do ministro Celso Amorim”, afirmou ao pedir uma postura mais dura nas negociações com a chancelaria boliviana.
Tibúrcio acredita que o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) tem “conduzido de forma desastrosa” as tratativas com a Bolívia e, com isso, tem ofuscado avanços recentes da presidenta Dilma Rousseff no campo internacional, como a escolha do diplomata brasileiro Roberto Azevêdo para dirigir a OMC. “O nosso chanceler colocou a diplomacia brasileira, de longa tradição, no seu pior momento”, criticou. O advogado de Molina já impetrou no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus extraterritorial para seu cliente por conta da “falta de ação do Itamaraty” com relação aos fatos apresentados. O documento deve ser analisado em agosto pela Corte e, se aceito, vai liberar o senador de sua “prisão sem grades” na Bolívia.
  • AVIÃO ‘RETIDO’ DE AMORIM VIRA PIADA COM BOLÍVIA
    Publicado dia 17 de julho de 2013
    A emenda foi pior que o soneto na “consertação” do vexame impingido ao ministro Celso Amorim (Defesa) no aeroporto em La Paz, na Bolívia, no final de 2012, como revelou no domingo (14) o www.diariodopoder.com.br: o ministro admitiu em nota oficial ontem que seu avião foi “vistoriado” no final de 2011. O governo do maluquete Evo Morales nega ambas as violações da soberania brasileira com a sinceridade bolivariana habitual, mas prometeu investigar.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jornalista maledicente, provavelmente mal informado...

...e colocando seus desejos acima dos fatos.
Ou não?


Agenda do chanceler revela ritmo de despedida
Coluna Claudio Humberto, 23/04/2013

Saco de pancadas preferencial da presidenta Dilma, que o trata com habitual rispidez, o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) parece desanimado, com agenda de quem se despede do cargo. Ele ontem cumpriu o papel protocolar de receber o primeiro-ministro da Macedônia e foi ao lançamento de uma revista. Só. Já o embaixador Eduardo dos Santos, secretário-geral (o nº 2) do Itamaraty, está a mil.

Ocupando espaço
O embaixador Eduardo dos Santos, foi ontem a duas reuniões no Planalto e uma sessão no Senado, ciceroneou o premiê visitante etc.

Seria risível...
Patriota virou piada: disse na ONU que por “respeitar a soberania” da Venezuela, silenciaria sobre a fraude que elegeu Nicolás Maduro.

...não fosse trágico
O Brasil ignorou a “soberania” do Paraguai, liderando sua suspensão do Mercosul, e se meteu nos assuntos internos governo de Honduras.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Pausa para... um diario intimo...

Não, não é meu, pois não mantenho diário íntimo. O meu é todo visível e de trabalho. Quem quiser saber da minha vida (alô ABIN, alô CIA, alô chineses, russos, sul-africanos...) que vá aos posts deste blog, às listas de trabalho do meu site, ou que penetre meu computador, como estou certo de que todos esses serviços já fizeram, como vasculharam minhas contas e descobriram todos os saldos vermelhos e a lista dos pagamentos do próximo mês...
O diário foi publicado na Piauí, e sendo esta uma revista do maior respeito nacional, só pode ser coisa séria.
Com isso dou por encerrado os posts deste sábado de nevasca e vou cuidar de coisa mais séria. Escrever um trabalho encomendado, como tenho vários no pipeline.
Divirtam-se, desopilem-se, mas atenção, moderadamente.
Vou atacar de hot-dog e de cerveja...
Paulo Roberto de Almeida
--------------------------------

Augusto Nunes, 08/02/2013
às 18:24 \ Feira Livre

Diário da Dilma: Canguru que é despejado dá valor à própria bolsa

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE FEVEREIRO DA REVISTA PIAUÍ

1º DE JANEIRO ─ Dia da Confraternização Universal. Confraternizei com o Eduardo Campos em torno de um sambinha com biricutico e salaminho. Fiz questão de cantar Camarão que Dorme a Onda Leva olhando bem na íris daqueles olhos verdes. Neto do Arraes, neto do Tancredo, uns meninos chatos e eu tenho que fingir interesse. De neto, gosto só do meu, que além de uma gracinha não quer me suceder.
2 DE JANEIRO ─ Faltou luz aqui na base militar. Eu, mamãe, titia, Paula e o Eduardo Campos passamos a tarde jogando adedanha. Quando sortearam”animal com a letra L”, pensei besteira. Mas disse “Lobo”. Depois dessa, parei de beber a caipirinha. Já estava mais faceira que mosca em tampa de xarope.
3 DE JANEIRO ─ Estou como o diabo gosta! Só de short, regata e sandália de dedo. O Sarney que não me venha com essa história de liturgia do cargo! A Helena sabe que se eu pegar um fotógrafo aqui vai ser caso de morte. Desde que cheguei aqui não passo mais laquê. São bem uns 10 quilos a menos. Titia veio me dizer que deu um auê danado na posse do Genoino. Fiquei uma arara, dei um murro na mesa e gritei: “Não interrompa minhas férias!” Deus me dê paciência e um pano para embrulhá-la.
4 DE JANEIRO ─ Ganhei um Kindle brasileiro daquele pernóstico do Mercadante. E já veio com dez livros. Tudo chatice: Keynes, Paulo Coelho, Churchill, Maquiavel, Eduardo Giannetti, valha-me Deus. Fui lá e pá! Comprei os dois últimos volumes de Cinquenta Tons de Cinza. Vou começar a ler ainda hoje depois de assistir um pouco dos Tudors. Me falaram maravilhas da série e estou atrasada. Dormi antes de começar a ler. Que espetáculo esses Tudors! Se Brasília fosse animada daquele jeito!
5 DE JANEIRO ─ Mandei o Marco Aurélio assuntar a doença do Chávez. Ele adora essa coisa meio Mercedes Sosa, meio Glória Magadan.
Gastei demais nessas férias. Só em salaminho, tremoços e antiácido foi embora uma fortuna. Sem falar que engordei. Férias é sempre esse inferno: a gente sai da rotina, enche a cara de cerveja, come aquele monte de acarajé e arremata com cocada. As roupas estão todas pegando no quadril…
6 DE JANEIRO ─ E não é que acabou a luz justo na hora H do Henrique VIII com a Ana Bolena? Será que foi a mando do Lobão, sempre tão decoroso nessas questões de moral e bons costumes?
7 DE JANEIRO ─ De volta ao batente, infelizmente. Mamãe teve que me sacudir da cama para que eu pudesse acordar. “Quem primeiro se queixa foi quem atirou a ameixa”, ralhou. Pedi para o Sérgio Cabral fazer as pazes com os índios do Maracanã. Sei não. Brigar com índio dá azar. Não é à toa que está há tanto tempo sem chover.
8 DE JANEIRO ─ Hum, a luz falhou umas duas vezes hoje. Mandei comprar uns três pacotes de vela. Gabrielzinho detesta escuro.
9 DE JANEIRO ─ Choveu! Choveu! Fiquei tão encantada que ergui os braços e saí correndo de baby-doll pelos jardins do Alvorada cantandoThe Hills Are Alive. Para acabar de vez com as insinuações da imprensa burguesa, pedi ao Lobão que desse uma coletiva para negar o risco de apagão. Tiro e queda. O magnetismo desse homem sempre deixa os jornalistas mesmerizados.
10 DE JANEIRO ─ Gabrielzinho está começando a fazer conta nos dedinhos. Ontem ele chegou para mim e disse: “Vovó, os números do governo não fecham”. Está ficando chato.
11 DE JANEIRO ─ Gente, que tudo! Estou afogueada! Esse Christian Grey é uma coisa! Uma coisa!!!!!!
12 DE JANEIRO ─ Quando o pessoal do Congresso volta de férias? Tá uma beleza isso aqui, vazio, silencioso. Gabrielzinho tem andado de velotrol por esses corredores imensos.
14 DE JANEIRO ─ Comecei a me desanimar com os Tudors. Tem mais dancinha na corte do que em novela da Gloria Perez. É bom desapegar dessas coisas. Durante Avenida Brasil não consegui governar e deu no tal Pibinho.
15 DE JANEIRO ─ Falei grosso com o Eduardo Paes e com o menino Haddad: nada de aumentar a passagem de ônibus. Não estou podendo. Canguru que é despejado dá valor à própria bolsa. De tarde, fui ao Senado brincar de esconde-esconde com o Gabrielzinho. Tentei entrar debaixo da mesa diretora, mas bati com o topete e lasquei um pouco a madeira.
17 DE JANEIRO ─ O Eike veio aqui em Brasília. Estava louca para conferir aquele aplique ridículo dele. Ia até dar um toque, mas meu dia estava tão corrido que nem deu tempo. Como a ministrada estava meio sem fazer nada, pus todo mundo pra falar com ele. O Eike sempre rende alguma coisa. Quem ficou uma arara por não ter sido avisada foi a Ideli. Ela acha o Eike parecido com o Romney e já deu a entender que não se importaria em mudar o nome para Idelix.
18 DE JANEIRO ─ Botei o bloco na rua! O Lula já devia saber que quem foi ao vento perdeu o assento. Sou candidatíssima de mim mesma. Para não deixar dúvidas, viajei para o Piauí e me vesti de cangaceira. Foi difícil o chapéu por causa do laquê, mas o recado está dado. Pena que na hora em que saquei a peixeira acabou a luz.
19 DE JANEIRO ─ Meu São Mateus dos Mercados Perpétuos! Não é que vou ter de tomar uma atitude contra aquela revista inglesa ou americana que vive me cornetando? Não nego que o Guido esteja mais por fora do que surdo em bingo, mas pegar no pé do governo só por causa dessa bobagem das contas? Quem não dá uma ajeitadinha? É que nem no cheque especial. Ninguém precisa saber que você está no vermelho. Na primeira folguinha você vai lá e cobre.
20 DE JANEIRO ─ Não aguento essa Marcha dos Prefeitos. É tanta gente para botar em hotel, providenciar transporte, comida. Malandro era o FHC, que ignorava solenemente patente abaixo de governador.
21 DE JANEIRO ─ Liguei para o Kamura e fui firme: “Se franja é a nova tendência e você deixou a Michelle sair na frente, considere sua carreira em Brasília encerrada. Na melhor das hipóteses, você ganhará a vida cortando o cabelo da Ideli”. O homem começou a chorar e jurou que a franja não pega. Durante o discurso, Michelle usou aquele vestido azulão com saia trapézio evasê. É para acomodar o pacová, que, convenhamos, no caso dela é quase um aleijão. Não precisava daquele cinto de motoqueiro. No meio da fala, a Malia deu um bocejadão espantoso. O Gabrielzinho nunca faria isso.
22 DE JANEIRO ─ Só hoje pude acompanhar a cobertura dos bailes. De vestido vermelho eu entendo. O da Michelle ficou o ó. Aquele veludo molhado parecia uma cortina de cabaré. Agora, como dançam bem, ela e o Obama. Que o Demétrio Magnoli não me ouça, mas acho que tem a ver com a raça. Vai pôr um búlgaro para valsar…
23 DE JANEIRO ─ Ao contrário do que me garantiu a Abin, na terceira temporada de The Killing a Sarah Lund não aposentou aqueles suéteres de matar. Não espanta que a fama internacional da moda dinamarquesa seja tão grande quanto a dos nossos serviços de inteligência.
24 de JANEIRO ─ Derrubei no grito as tarifas de energia. O Lula não quer voltar? Que lide com as consequências. Aproveitei para reduzir na maciota a alíquota de importação daquele aparelho nir que delineia a mandíbula. Tentei comprar um no shopping e quase caí para trás. Ideli pediu para eu incluir no pacote a redução de IPI dos shakes dietéticos.
26 DE JANEIRO ─ Renan e Henrique Alves. Não vão sobrar nem as cúpulas do Niemeyer.
===========
Addendum, pouco íntimo:

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

NEM SEGURANÇAS AGUENTAM O HUMOR DE DILMA
Conhecida por seus acessos de fúria, a presidente Dilma não deixa apenas os ministros à beira de um ataque de nervos. Segundo fontes palacianas, o Gabinete de Segurança Institucional tem dificuldades de encontrar oficiais do Exército que aceitem chefiar o serviço de segurança presidencial. Entre os mais estressados estaria o coronel Artur José Solon Neto, que por breve período cobriu as férias do titular.

QUERIA
O coronel Neto, hoje secretário adjunto do Gabinete de Segurança Institucional, queria sair do cargo burocrático e ir mais a campo.

HUMILHAÇÃO PÚBLICA
Habituada ao perfil discreto do general Amaro, seu chefe de segurança, Dilma não poupou puxões de orelha públicos em quem o substituiu.

CHUTANDO O BALDE
Em junho de 2011, a capitã de fragata E.H., oficial brilhante, cansou dos esculachos presidenciais e foi embora. Quase deixou a Marinha.

INCLUA-ME FORA DESSA
O Palácio do Planalto também demorou a encontrar quem aceitasse substituir a capitã E.H. como ajudante de ordens.