Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Bolivarianos andam pelo Brasil como se estivessem na Casa da Mae Joana (ou do Pai Lula); Itamaraty ignorava
Itamaraty não sabia da visita ao Brasil de presidente da Assembleia
Grupo visitou fábricas da JBS em São Paulo e disse buscar 'aliança' para estimular produção no país
ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO
Folha de S.Paulo, 11/06/2015
Uma delegação liderada pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, segundo nome mais importante do chavismo, e integrada por ministros do governo de Nicolás Maduro, se reuniu na quarta (10) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo.
A intenção era discutir o "aprofundamento da cooperação política" entre os países, segundo o Instituto Lula.
O Itamaraty, contudo, não foi comunicado sobre a visita. Segundo a Folha apurou, a embaixada do Brasil em Caracas não havia sido informado da viagem da comitiva, que inclui os ministros da Economia, Rodolfo Torres, e da Indústria, José David Cabello, irmão do deputado.
A visita ocorre quando a presidente Dilma Rousseff e seu assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, estão em Bruxelas para a cúpula entre a União Europeia e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Segundo a agência Efe, o grupo fica no Brasil até sexta (12), mas não há confirmação de que vá se encontrar com representantes do governo.
"Por instruções do presidente Nicolás Maduro, ando pelo Brasil, trabalhando pela e para a pátria", disse Cabello em sua conta no Twitter, ao lado de uma foto com Lula.
Em outubro, o ministro das Comunas, Elías Jaua, veio ao Brasil também sem comunicar o Itamaraty e acabou fechando um convênio com o MST. Na época, o encarregado de negócios da embaixada, Reinaldo Segovia, foi chamado pelo Itamaraty para dar explicações sobre o acordo.
Após a reunião com Lula, o grupo visitou duas fábricas da brasileira JBS no interior de São Paulo ""uma de processamento de frango em Amparo (a 133 km da capital) e outra de higiene e limpeza em Lins (a 431 km da capital).
Em sua conta no Twitter, o ministro da Indústria disse que eles "não descansariam até cumprir a tarefa encomendada" por Maduro: "impulsionar a produção na nossa pátria". "Com estas alianças estratégicas mantemos vivo o legado do comandante supremo [Chávez] sobre a cooperação Sul-Sul", disse.
Segundo a assessoria da JBS --uma das principais exportadoras de produtos brasileiros para o país vizinho--, não houve qualquer conversa com os venezuelanos sobre uma futura parceria na área de produção.
Segundo a Folha apurou, Cabello estaria usando a viagem e o encontro com Lula para reforçar sua imagem política diante de pressões internas e externas, após divulgada a investigação, nos EUA, de seus supostos vínculos com o narcotráfico.
Colaborou SAMY ADGHIRNI, de Caracas
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
A grande fragmentacao da América Latina: globalizados, reticentes, bolivarianos - Paulo Roberto de Almeida
“A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e bolivarianos”,
Carta Internacional (Associação Brasileira de Relações Internacionais-ABRI, email: cartainternacional@abri.org.br; site: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta;
vol. 9, n. 1, 2014, p. 79-93; link para o número completo da revista: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/issue/view/10; link para o artigo em pdf: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/article/view/86/79).
Relação de originais n. 2574; relação de publicados n. 1159.
A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e bolivarianos
Resumo
Recebido em: 13 mar. 2014
Aprovado em: 27 out. 2014
Palavras-chave
Referências
domingo, 7 de setembro de 2014
Banco Central bolivariano? - Selva Brasilis
Apenas transcrevendo os propósitos de um economista indignado, como eu, com a atitude do Banco Central.
Então, qualquer político, qualquer sindicalista, qualquer industrial pode acusar o Banco Central e seus diretores de estarem a serviço dos banqueiros, de serem apenas um instrumento dócil nas mãos do tal de capitalismo financeiro internacional, e não acontece nada com eles?
E um economista sério, que faz artigos com opiniões fundamentadas sobre as c......s que o Banco Central vem fazendo em termos de política monetária, merece uma denúncia, uma queixa-crime, como se fosse um inimigo do Brasil?
Ridículo, patético, inaceitável.
Paulo Roberto de Almeida
O Ridículo, Covarde e Boçal Bacen Bolivariano
sábado, 18 de janeiro de 2014
As duas Américas Latinas: a que funciona e a que patina... - Editorial Estadao
Este editorial serve de comentário, mas eu já vinha escrevendo sobre isso desde os últimos dez anos...
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 21 de setembro de 2013
They do not like us, South of the border... - Douglas Farah (Miami Herald)
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Claudio Humberto: "política externa cabisbaixa e submissa"
Coluna de Claudio Humberto, 27/08/2013
O ex-chanceler Antonio Patriota interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.
QUE VERGONHA
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.
CRUEL COVARDIA
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.
INSISTÊNCIA
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.
BONS PROFISSIONAIS
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.
COVARDIA E SUBMISSÃO MARCAM POLÍTICA EXTERNA
O ex-chanceler Antonio Patriota não recusava chance de mostrar como sua política externa era feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.
PROCESSO NELE
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.
domingo, 21 de julho de 2013
Escola de Defesa Sul-Americana: os militares se rendem aos companheiros?
Ainda o caso dos avioes violados pela Bolivia (que alguns pretendiammanter secreto)
Reclamo desprestigiado
Los Tiempos (Bolívia), 19/07/2013
domingo, 2 de junho de 2013
Existem asilos e asilos: alguns sao mais asilos do que outros... - Editorial Estadao
Evo testa Dilma
terça-feira, 30 de abril de 2013
Que tal "refundar" o pais e ter um terceiro mandato?
Bolivia: constitucional avala candidatura de Evo Morales a un tercer mandato en 2014
29/04/2013 - Infolatam
El Tribunal Constitucional de Bolivia resolvió que es constitucional que el presidente del país, Evo Morales, busque un tercer mandato en las elecciones presidenciales de diciembre de 2014.
El presidente de este órgano judicial, Ruddy Flores, informó en una rueda de prensa de que el TC falló a favor de la postulación de Morales, en respuesta a una consulta al respecto remitida a este organismo por el Parlamento, a instancias del partido de Morales.
La sentencia constitucional respalda la postulación de Morales y del vicepresidente del país, Álvaro García Linera, por considerar que el actual mandato que comenzaron en 2009 cuenta como primero del Estado plurinacional, refundado ese año.
“Se ha realizado la refundación del Estado como un Estado Plurinacional y esa refundación emerge de un poder constituyente que ha generado una nueva Constitución Política del Estado que contempla un nuevo orden que contiene la aplicación de la Constitución”, dijo Flores.
La Constitución limita a dos el número de mandatos consecutivos que puede ejercer un presidente en Bolivia, pero Morales siempre ha defendido que el primero de sus Gobiernos (2006-2010) no es computable debido a que tuvo lugar antes de la refundación de su país y a que no completó el período legal de cinco años.
Con este argumento, y a pesar de que nunca ha confirmado que será candidato, Morales ha llegado a asegurar que la consulta al Constitucional era innecesaria y ha aceptado en numerosas ocasiones ser proclamado por sus seguidores.
De ser reelegido, Morales gobernaría Bolivia hasta el año 2020 y se convertiría así en el presidente boliviano que más años ha permanecido en el poder.