Venezuela busca Lula para aprofundar cooperação
Itamaraty não sabia da visita ao Brasil de presidente da Assembleia
Grupo visitou fábricas da JBS em São Paulo e disse buscar 'aliança' para estimular produção no país
ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO
Folha de S.Paulo, 11/06/2015
Uma delegação liderada pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, segundo nome mais importante do chavismo, e integrada por ministros do governo de Nicolás Maduro, se reuniu na quarta (10) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo.
A intenção era discutir o "aprofundamento da cooperação política" entre os países, segundo o Instituto Lula.
O Itamaraty, contudo, não foi comunicado sobre a visita. Segundo a Folha apurou, a embaixada do Brasil em Caracas não havia sido informado da viagem da comitiva, que inclui os ministros da Economia, Rodolfo Torres, e da Indústria, José David Cabello, irmão do deputado.
A visita ocorre quando a presidente Dilma Rousseff e seu assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, estão em Bruxelas para a cúpula entre a União Europeia e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Segundo a agência Efe, o grupo fica no Brasil até sexta (12), mas não há confirmação de que vá se encontrar com representantes do governo.
"Por instruções do presidente Nicolás Maduro, ando pelo Brasil, trabalhando pela e para a pátria", disse Cabello em sua conta no Twitter, ao lado de uma foto com Lula.
Em outubro, o ministro das Comunas, Elías Jaua, veio ao Brasil também sem comunicar o Itamaraty e acabou fechando um convênio com o MST. Na época, o encarregado de negócios da embaixada, Reinaldo Segovia, foi chamado pelo Itamaraty para dar explicações sobre o acordo.
Após a reunião com Lula, o grupo visitou duas fábricas da brasileira JBS no interior de São Paulo ""uma de processamento de frango em Amparo (a 133 km da capital) e outra de higiene e limpeza em Lins (a 431 km da capital).
Em sua conta no Twitter, o ministro da Indústria disse que eles "não descansariam até cumprir a tarefa encomendada" por Maduro: "impulsionar a produção na nossa pátria". "Com estas alianças estratégicas mantemos vivo o legado do comandante supremo [Chávez] sobre a cooperação Sul-Sul", disse.
Segundo a assessoria da JBS --uma das principais exportadoras de produtos brasileiros para o país vizinho--, não houve qualquer conversa com os venezuelanos sobre uma futura parceria na área de produção.
Segundo a Folha apurou, Cabello estaria usando a viagem e o encontro com Lula para reforçar sua imagem política diante de pressões internas e externas, após divulgada a investigação, nos EUA, de seus supostos vínculos com o narcotráfico.
Colaborou SAMY ADGHIRNI, de Caracas
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
Mostrando postagens com marcador bolivarianos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bolivarianos. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 11 de junho de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
A grande fragmentacao da América Latina: globalizados, reticentes, bolivarianos - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente artigo publicado:
“A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e bolivarianos”,
Carta Internacional (Associação Brasileira de Relações Internacionais-ABRI, email: cartainternacional@abri.org.br; site: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta;
vol. 9, n. 1, 2014, p. 79-93; link para o número completo da revista: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/issue/view/10; link para o artigo em pdf: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/article/view/86/79).
Relação de originais n. 2574; relação de publicados n. 1159.
Texto completo: PDF
“A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e bolivarianos”,
Carta Internacional (Associação Brasileira de Relações Internacionais-ABRI, email: cartainternacional@abri.org.br; site: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta;
vol. 9, n. 1, 2014, p. 79-93; link para o número completo da revista: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/issue/view/10; link para o artigo em pdf: http://www.cartainternacional.abri.org.br/index.php/Carta/article/view/86/79).
Relação de originais n. 2574; relação de publicados n. 1159.
A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e bolivarianos
Paulo Roberto Almeida
Resumo
Vários países latino-americanos tiveram, em termos de crescimento econômico e de desenvolvimento social, um desempenho decepcionante ao longo das últimas décadas, comparativamente, por exemplo, aos emergentes asiáticos. O ensaio fornece explicações para o atraso relativo de alguns dos países da região nesses quesitos, apoiando-se em fatores macroestruturais, examinando as políticas econômicas seguidas no continente e os resultados de longo prazo. A inflação, as inconsistências fiscais e a introversão econômica são em grande medida responsáveis pelas desigualdades e pelo modesto crescimento da América Latina. Nem todos eles recuaram, todavia, podendo ser identificados três tipos de países: (a) os globalizados, que são os que empreenderam reformas estruturais; (b) reticentes, que ficaram na metade do caminho dos ajustes necessários à sua integração internacional; e (c) bolivarianos, termo genérico aplicado àqueles que pretendem operar um retorno aos tempos de intervenções estatais na economia e de redistribuição de renda por meio de mecanismos compulsórios. São finalmente apresentados os elementos de política econômica e social que poderiam sustentar um processo de crescimento durável com transformação produtiva e redistribuição da renda, cuja primeira condição é o aumento da produtividade, por sua vez fundamentado sobre a boa qualidade da educação e das instituições de governança.
Recebido em: 13 mar. 2014
Aprovado em: 27 out. 2014
Recebido em: 13 mar. 2014
Aprovado em: 27 out. 2014
Palavras-chave
América Latina; fragmentação; políticas macroeconômicas; divergência
Referências
BARRO, R.; SALA-I-MARTIN, X. 1995. Economic Growth. 2a.ed.; Cambridge, Mas.: The MIT Press.
BAUER, P. 1957. The Economics of Under-developed Countries. Cambridge: Cambridge University Press.
BEATTIE, A. 2010. False Economy: a surprising economic history of the world. New York: Riverhead.
EASTERLY, W. 2006. The White Man’s Burden: Why the West’s Efforts to Aid the Rest Have Done So Much Ill and So Little Good. Nova York: Penguin Books.
MADDISON, A: 2001. The World Economy: a millenial perspective. Paris: OECD.
MYRDAL, G. 1970. The Challenge of World Poverty: A World Anti-Poverty Program in Outline. New York: Pantheon Books.
MYRDAL, G. 1968. Asian Drama: An Inquiry into the Poverty of Nation. Londres: Allen Lane: The Penguin Press.
domingo, 7 de setembro de 2014
Banco Central bolivariano? - Selva Brasilis
Apenas transcrevendo os propósitos de um economista indignado, como eu, com a atitude do Banco Central.
Então, qualquer político, qualquer sindicalista, qualquer industrial pode acusar o Banco Central e seus diretores de estarem a serviço dos banqueiros, de serem apenas um instrumento dócil nas mãos do tal de capitalismo financeiro internacional, e não acontece nada com eles?
E um economista sério, que faz artigos com opiniões fundamentadas sobre as c......s que o Banco Central vem fazendo em termos de política monetária, merece uma denúncia, uma queixa-crime, como se fosse um inimigo do Brasil?
Ridículo, patético, inaceitável.
Paulo Roberto de Almeida
O Ridículo, Covarde e Boçal Bacen Bolivariano
Blog Selva Brasilis, 6/09/2014
Se o Bacen ainda tinha alguma reputação ele acabou de perdê-la ao abrir um processo ridículo contra o economista Alexandre Schwartsman por ter feito críticas a péssima condução da política monetária pelo Bacen. Com esse processo covarde e boçal de intimidação o Bacen joga no lixo uma grande conquista do plano Real, que foi a recuperação do seu nome e reputação. O Bacen se cobre de ignomínia e ridículo ao macaquear a típica reação autoritária dos idiotas bolivarianos.
sábado, 18 de janeiro de 2014
As duas Américas Latinas: a que funciona e a que patina... - Editorial Estadao
Eu já tinha postado o artigo original do Wall Street Journal aqui, mas sem comentários.
Este editorial serve de comentário, mas eu já vinha escrevendo sobre isso desde os últimos dez anos...
Paulo Roberto de Almeida
Este editorial serve de comentário, mas eu já vinha escrevendo sobre isso desde os últimos dez anos...
Paulo Roberto de Almeida
As duas Américas Latinas
Editorial O Estado de S.Paulo, 17/01/2014
A Aliança do Pacífico, bloco comercial formado por México, Colômbia, Peru e Chile, deverá ter neste ano um crescimento médio de 4,25%, com inflação baixa e forte investimento estrangeiro, conforme estimativa do Morgan Stanley. A mesma instituição financeira calcula que Brasil, Argentina e Venezuela, as três principais economias do Mercosul, terão expansão média de apenas 2,5% - e o Brasil crescerá modesto 1,9%. Tal perspectiva evidencia o crescente contraste entre a América Latina que optou pelo livre-comércio e a América Latina estatizante, protecionista e intervencionista.
Conforme notou The Wall Street Journal, essas diferenças permitem acompanhar, no mesmo continente e sob condições relativamente semelhantes, uma espécie de certame sobre qual modelo de desenvolvimento é o mais adequado, algo como um "experimento econômico controlado".
Ao longo da última década, parecia que o grupo dos brasileiros, argentinos e venezuelanos levaria a melhor, sob o impulso da alta dos preços das commodities e das boas condições macroeconômicas para conceder estímulos fiscais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a sugerir, em 2009, no auge da crise internacional, que "os países avançados deveriam caminhar para o novo modelo colocado pelos países emergentes". Em 2010, a economia brasileira não só conseguiu evitar a contaminação pela crise, como cresceu 7,5%, enquanto o mundo desenvolvido patinava.
Em pouco tempo, a fantasia desse triunfo se esfumou. Confiou-se excessivamente no crescimento chinês como motor da expansão das economias latino-americanas exportadoras de petróleo, minérios e soja, sem levar em conta a possibilidade de desaceleração da China e a consequente queda nos preços dessas commodities. O "modelo de sucesso" emergente inebriou incautos e adiou reformas necessárias que tornariam a economia menos dependente dos humores chineses.
Enquanto isso, países latino-americanos menos afeitos ao populismo optaram pelo livre mercado, aproximando-se dos Estados Unidos depois que a ideia da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca) foi torpedeada, em 2005, pela aliança entre o petismo e o kirchnerismo - que queria fazer da hostilidade aos americanos o eixo da política comercial da região. Nos anos seguintes, a Aliança do Pacífico usufruiu da vantagem de ter acesso preferencial ao mercado americano. Já o Brasil enfrentou - e ainda enfrenta, sem se queixar - o inflexível protecionismo argentino, que distorce as relações comerciais no Mercosul.
Assim, enquanto Brasil, Argentina e Venezuela se atavam a compromissos ideológicos, o bloco do Pacífico se preparava para os novos tempos. O Chile, cuja dependência do comércio de cobre é conhecida, está se esforçando para diversificar as exportações. No caso do México, as vendas externas de manufaturados hoje representam 25% do total, enquanto no Brasil essa fatia ainda é de 4%.
É a comparação com a Argentina e a Venezuela, contudo, que torna as diferenças mais claras. Os venezuelanos, donos de uma das maiores reservas de petróleo do mundo, enfrentam escassez crônica e inflação na casa dos 50% ao ano, como resultado dos delírios do "socialismo do século 21".
A Argentina, por sua vez, viu sua moeda perder 32% do valor em relação ao dólar no mercado oficial em 2013. A inflação, maquiada pelo governo, ronda os 30% anuais, mesmo com o controle de preços praticamente generalizado. O país convive com apagões diários, graças à falta de investimentos das empresas de energia, prejudicadas pelo represamento das tarifas.
Para o Journal, a atual conjuntura sugere que o Brasil está se tornando uma Argentina, a Argentina está virando uma Venezuela, e a Venezuela já é quase um Zimbábue. Pode ser um exagero, mas a comparação com a Aliança do Pacífico é, de fato, constrangedora. Como disse o ex-ministro da Fazenda peruano Pedro Pablo Kuczynski, "no fim das contas, os resultados dos dois diferentes blocos vão resolver o debate" sobre qual é o melhor modelo, "mas as más ideias levam muito tempo para morrer".
sábado, 21 de setembro de 2013
They do not like us, South of the border... - Douglas Farah (Miami Herald)
Latin America
Militaries In The Region
Tilting Left Against U.S.
By Douglas Farah
Miami Herald, September
19, 2013, p. 13
As concern grows over the
declining ability of the United States to influence events in faraway places
such as Syria, little attention has been paid to a significant loss of
influence much closer to home — South America, where there is a concerted
effort by radical populist governments to erase any trace of U.S. military doctrine.
The U.S. influence is
being replaced by a lethal doctrine of asymmetrical warfare, inspired by
authoritarian governments seeking perpetual power and nurtured by Iran.
The most recent step of
the Venezuela-led “Bolivarian” bloc of nations came in Argentina in June.
President Cristina Fernández de Kirchner carried out a little-noticed but
significant purge of the armed forces, forcing out some 30 senior officers and
replacing them with loyalists and specialists in internal intelligence.
The Argentine purge is
only the latest phase of an historic break with the U.S. military, long an
overriding objective of the late Venezuelan president Hugo Chávez and a goal
that remains dear to his successor and his main allies, primarily Iran and
Russia.
The Venezuela-led
Bolivarian alliance — including Ecuador, Bolivia, Argentina and Suriname and
others — is replacing the U.S. influence with a toxic mix of anti-democratic
values, massive corruption and a doctrine that draws on terrorism and
totalitarian revolutionary models, including the justification of the use of
weapons of mass destruction against the United States.
During the Cold War, the
United States tolerated human-rights abusers and supported bloody dictatorships
across the region. But over the past two decades its military doctrine and
training have focused on human-rights training, respect for civilian governance
and the rule of law. In the process it helped transform Latin American
militaries away from their coup-prone and authoritarian past to national
defense institutions. Colombia is a vibrant example of that change.
In the Bolivarian bloc,
this progress has been reversed. Special counter-narcotics units have been
disbanded, joint training halted, and those with links to the United States
forced into retirement. Argentina’s new army chief, Gen. César Milani, is loyal
to the most militant and anti-U.S. wing of the president’s party and will
remain as head of intelligence.
Rather than building
militaries under civilian control and subject to the rule of law, the
Bolivarian leaders are building militaries in the Cuban and Iranian molds — as
instruments of their increasingly authoritarian revolutions, to be used against
any “counterrevolutionary” dissent, including peaceful democratic protests.
Once the military
leadership is deemed loyal, they are given large parts of the national economy
to profit from. Like Iran’s Islamic Revolutionary Guard Corps, Venezuela’s
Military Industry Company (CAVIM) is now active in economic spheres far outside
the military’s normal purview. At the same time, the narco-corruption in the
militaries under the sway of the new doctrine is pervasive.
According to its own
literature, the new Bolivarian military doctrine rests on the concept of
fourth-generation asymmetrical warfare in which a U.S. invasion is the
hemisphere’s primary security concern. The doctrine explicitly advocates the
use of weapons of mass destruction to defeat or deter such an attack. The model
for resistance is Hezbollah, Iran’s terrorist proxy operating across Latin
America.
Iranian influence is
palpable. The Islamist regime is helping fund the new Bolivarian military
academy in Santa Cruz, Bolivia, where the joint doctrine is being developed.
The curriculum draws on the work of Jorge Verstringyne, a Spanish academic who
praises al Qaida, Hezbollah and suicide bombings while advocating the use of
WMD against the United States; Illich Sánchez Ramirez, better known as Carlos
the Jackal, a convicted terrorist serving a life sentence, who converted to
Shia Islam in prison and wrote Revolutionary Islam, arguing that the Shia
Islamic and Marxist revolutions were natural allies; and Ernesto “Ché” Guevara,
the Argentine-Cuban Marxist who fought alongside Fidel Castro.
This little noticed but
radical shift of posture of the Bolivarian militaries and their growing ties to
Iran and drug corruption pose significant challenges to United States and
represents a historic break with traditionally friendly allies. It also
presents an enormous obstacle to the return of democratic institutions and the
rule of law in Venezuela, Argentina and beyond.
Douglas Farah is the
president of IBI Consultants, a national security consulting company and a
senior non-resident associate of the CSIS Americas Program.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Claudio Humberto: "política externa cabisbaixa e submissa"
PATRIOTA FEZ DO ASILO DE MOLINA UMA PRISÃO POLÍTICA
Coluna de Claudio Humberto, 27/08/2013
O ex-chanceler Antonio Patriota interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.
QUE VERGONHA
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.
CRUEL COVARDIA
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.
INSISTÊNCIA
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.
BONS PROFISSIONAIS
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.
COVARDIA E SUBMISSÃO MARCAM POLÍTICA EXTERNA
O ex-chanceler Antonio Patriota não recusava chance de mostrar como sua política externa era feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.
PROCESSO NELE
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.
Coluna de Claudio Humberto, 27/08/2013
O ex-chanceler Antonio Patriota interrompeu só uma vez sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do “bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol, proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.
QUE VERGONHA
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.
CRUEL COVARDIA
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.
INSISTÊNCIA
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.
BONS PROFISSIONAIS
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.
COVARDIA E SUBMISSÃO MARCAM POLÍTICA EXTERNA
O ex-chanceler Antonio Patriota não recusava chance de mostrar como sua política externa era feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata, Patriota cedeu ao cocaleiro.
PROCESSO NELE
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado.
domingo, 21 de julho de 2013
Escola de Defesa Sul-Americana: os militares se rendem aos companheiros?
Pode ser anti-imperialismo instintivo, nacionalismo exacerbado ou simples desejo de negócios ampliados e orçamentos idem. Pode ser também o Foro de São Paulo ampliando seu escopo, de maneira subliminar. Enfim, os militares já são grandinhos e devem saber o que fazem.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Brasil apoia a criação da Escola de Defesa Sul-Americana. A proposta de constituição da Escola foi formalizada pelo Equador recentemente durante a reunião de vice-ministros de defesa, realizada em Lima, Peru, no âmbito do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) da Unasul.
Parece que alguns transfugas terão dificuldades para legitimar relações com o Império ou se inserir em instituições militares norte-atlânticas.
Paulo Roberto de Almeida
A manifestação favorável à ideia ocorreu após a reunião bilateral entre Amorim e a ministra da Defesa do Equador, María Fernanda Espinosa Garcés, em Quito, capital equatoriana. Na passagem pelo país, o ministro brasileiro também foi recebido pelo presidente Rafael Correa, em encontro no Palácio Presidencial. Em entrevista à imprensa após o encontro, os dois ministros explicaram que a Escola terá o objetivo de impulsionar a formulação de um pensamento estratégico regional de defesa.
A nova instituição deverá ter sede em Quito, onde funcionarão as áreas de coordenação e de administração. No entanto, como explicaram os ministros, a escola funcionará como uma rede, aproveitando as diversas iniciativas no campo militar existentes nos países do continente.
Como exemplo de iniciativas em rede, Amorim citou o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/CDS), sediado em Buenos Aires, Argentina, e o Curso Avançado de Defesa Sul-Americano (CAD-SUL), que este ano será realizado, pelo segundo ano consecutivo, na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.
“Todos esses cursos organizados por diferentes instituições podem fazer parte de uma rede que deverá ter uma coordenação para evitar duplicações e perda de recursos”, disse Amorim, acrescentando que a Escola respeitará sempre a pluralidade e diversidade de ideias.
Segundo a ministra da Defesa equatoriana, embora tenha recebido a chancela dos integrantes do CDS, a proposta de criação da Escola terá ainda que ser confirmada na próxima reunião de ministros da Defesa sul-americanos, marcada para novembro deste ano, também em Lima.
Para Maria Espinosa Garcés, a Escola deverá aproveitar, de maneira coordenada, a riqueza de ofertas das nações sul-americanas, potencializando as capacidades e especialidades que cada país tem em matéria de defesa. “O caminho futuro é construir um pensamento, por mais diverso que ele seja, que nos identifique, que gere uma identidade sul-americana”, afirmou Garcés. “O essencial é que seja uma escola que se concentre em problemas que são nossos, e não condicionada por problemas que não são nossos”, acrescentou Amorim, que já havia defendido a criação da Escola em fóruns internacionais.
O ministro brasileiro foi a Quito a convite do governo do país. Durante a reunião bilateral, ocorrida na sede do Ministério da Defesa, representantes das duas delegações discutiram uma extensa pauta de assuntos que resultaram em decisões com o objetivo de aprofundar a cooperação em defesa entre as duas nações.
Entre os temas discutidos pelas delegações presentes ao encontro, figuraram o apoio brasileiro ao desenvolvimento da indústria de defesa equatoriana, a ampliação do auxílio às ações de desminagem no país, controle e defesa do espaço aéreo, e o treinamento de pilotos e técnicos da força aérea equatoriana que operam com os aviões Super Tucano.
Além desses assuntos, as delegações trataram de questões relativas ao fortalecimento da identidade sul-americana de defesa no marco do CDS/Unasul, e da contribuição brasileira à iniciativa equatoriana, ora em curso, de atualização de sua agenda política na área militar.
Os principais resultados do encontro foram objeto de um comunicado conjunto, divulgado à imprensa ao final da reunião (veja aqui a íntegra do documento). Amorim convidou os equatorianos a enviarem observadores militares à próxima edição da Operação Ágata, na fronteira do Brasil, que deverá ocorrer no segundo semestre deste ano. Ele também convidou a ministra Garcés para uma visita oficial ao Brasil em Agosto.
Para garantir a continuidade e o acompanhamento direto dos temas acordados, os dois ministros decidiram criar um grupo de trabalho e institucionalizar uma reunião anual dos respectivos estados-maiores conjuntos.
A delegação brasileira contou, entre outros, com o subchefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire, com o chefe da Comissão de Implementação do Sistema de Controle do Espaço Aérea da FAB, brigadeiro Carlos Aquino, além do chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Defesa, conselheiro Ibrahim Neto.
Ainda o caso dos avioes violados pela Bolivia (que alguns pretendiammanter secreto)
Pois é, depois de tanta conversa desonesta e mistificadora sobre o caso dos sapatos descalços num aeroporto do Império, por puro acaso ficamos sabendo do caso (que era para ficar secreto, mas sempre tem um traidor), bem mais grave, dos aviões violados, revistados, farejados, num aeroporto aliado, bolivariano. Que coisa hem?
Alguém devia engolir sapatos depois dessa...
Resta relembrar Noel Rosa: "Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?"
Apenas trocando, em homenagem à ativa e altiva: Onde está a soberania? Onde está a soberania?
Paulo Roberto de Almeida
Reclamo desprestigiado
Por Harold Olmos
Los Tiempos (Bolívia), 19/07/2013
Las relaciones de Bolivia con Brasil han sido con frecuencia difíciles en los años del Gobierno actual. Deberían haber sido idílicas. Brasil es el mayor comprador de gas natural de Bolivia, suficiente para procurar un empeño sostenido por elevarlas al mejor nivel. No ha sido así
El Gobierno se hizo el desentendido con la creencia de que esquivando los problemas se los resolvía. Después comprobó que el mundo real no funciona de esa manera y que nada se logra con querer esconder la realidad que, tarde o temprano, aparecerá.
Ante la evidencia de la declaración del Ministerio de Defensa de Brasil, no le quedó otra opción sino reconocer que sí hubo aviones brasileños que Bolivia inspeccionó, al menos uno de ellos sin el consentimiento del vecino país. Hoy, el resultado es que la exigencia boliviana de satisfacciones y explicaciones por el incidente que tuvo por escenario los cielos de cuatro países europeos está desprestigiada. Con todos los elementos que ya son públicos, habría que preguntarse qué harían las autoridades nacionales si mañana se realizara la reunión (disminuida) de Unasur que se solidarizó con Bolivia y condenó al grupo de países europeos con profusas alusiones a Estados Unidos por una supuesta o presumida responsabilidad principal en todo el incidente. ¿Habría el mismo resultado?
Nada es tan dañino en las relaciones entre Estados y entre personas que la sospecha de una mentira o de verdades incompletas admitidas a regañadientes. Bolivia se quejaba de lo que antes había hecho ella misma y nadie se lo había reprochado públicamente. En ese marco, el reclamo lucía como una actitud con olor a hipocresía. En tesis, Brasil tuvo la poco agradable tarea de decir al Gobierno: Ustedes inspeccionaron tres aviones de la Fuerza Aérea Brasileña, pero en aras de las buenas relaciones colocamos paños fríos sobre la cadena de incidentes. Ahora nos toca decir basta.
Brasil fue uno de los cuatro países que no tuvieron a sus presidentes en la reunión de Unasur. Perú Colombia y Chile encontraron razones para ausentarse de la cita convocada con prisa con el eco de la protesta boliviana por el trato humillante dispensado a su máximo representante. Pero para el Gobierno no fueron suficientes los pedidos de disculpas, y sus exigencias crecieron hasta abarcar una investigación que traiga la afiliación completa de todos los involucrados. Era aparente que se apuntaba a Estados Unidos con propósitos que no están claros. Algunos países pueden haberse preguntado: ¿A dónde se quiere llegar?
Las relaciones de Bolivia con Brasil han sido con frecuencia difíciles en los años del Gobierno actual. Deberían haber sido idílicas. Brasil es el mayor comprador de gas natural de Bolivia, suficiente para procurar un empeño sostenido por elevarlas al mejor nivel. No ha sido así.
En una reunión de Mercosur en Paraguay, en la que estaba presente Bolivia como país observador, hubo un encuentro tenso entre los presidentes Morales y Luiz Inacio Lula da Silva. En la narración que hizo ante el congreso brasileño el entonces canciller y actual Ministro de la Defensa, Celso Amorím, el brasileño le reprochó al boliviano haber ejecutado la nacionalización de los campos que operaba Petrobrás con el despliegue militar que ocurrió. “Eso no se hace con un país amigo”, le dijo airadamente Lula a Evo. Para Lula resultaba más incomprensible el hecho de que la medida hubiese venido de un Gobierno con el que sentía cierta afinidad. Del relato que hizo Amorím, se deduce que el ahora fallecido presidente Hugo Chávez (testimoniaba el encuentro) intervino para ayudar al acosado presidente boliviano.Brasil absorbió el golpe, pues tampoco podía asumir una actitud que critica a las grandes potencias por su comportamiento con naciones menores. Pero los planes que tenía para elevar las relaciones comerciales con Bolivia fueron archivados, entre ellos plantas petroquímicas y termoeléctricas en base al gas natural. Es también plausible suponer que las autoridades vecinas optaron por mantener las inversiones de Petrobrás sólo en un nivel suficiente para garantizar el contrato de suministros que acaba en 2019.
El autor es periodista
domingo, 2 de junho de 2013
Existem asilos e asilos: alguns sao mais asilos do que outros... - Editorial Estadao
Evo testa Dilma
Editorial O Estado de S.Paulo, 02 de junho de 2013
O espantoso caso de Roger Pinto Molina, o opositor boliviano que está refugiado na embaixada brasileira em La Paz, completou um ano na terça-feira passada. Certo da tibieza do governo petista no trato com o presidente Evo Morales, que na última década tem desafiado o Brasil à vontade sem sofrer nenhuma consequência, o governo da Bolívia continua a negar a concessão de um salvo-conduto a Molina para que ele atravesse a fronteira e possa usufruir o asilo político que recebeu da presidente Dilma Rousseff. Mais uma vez, Morales testa os compromissos ideológicos do governo petista com o "bolivarianismo", movimento em nome do qual o Brasil vem aceitando, docilmente, a arrogância dos vizinhos bolivarianos.
Dilma acertou ao conceder o asilo a Molina, senador que se refugiou na Embaixada do Brasil para não ser preso. O político é acusado pelo governo boliviano em mais de 20 processos que envolvem corrupção, participação num massacre de índios e conspiração para derrubar Morales. Molina nega tudo e se diz perseguido político. Começou a sofrer o assédio oficial depois de ter acusado um auxiliar direto de Morales de ser corrupto e de estar ligado ao narcotráfico. Considerando-se a tradição bolivariana de inventar denúncias contra seus adversários, para tirar a oposição do campo político e jogá-la no noticiário policial, Molina tem razão por temer por seu destino.
É da tradição brasileira conceder asilo a perseguidos políticos, sejam quais forem suas convicções ideológicas e sem considerar o mérito das acusações que estejam sofrendo. Dilma apenas seguiu o manual. A resposta a essa decisão, no entanto, veio na forma da intransigência de Evo Morales, que não vê problema nenhum em arriscar as relações com o Brasil quando lhe convém. Basta lembrar a ocupação militar de uma refinaria da Petrobrás, em 2006, liderada por Morales. Na ocasião, o Brancaleone andino não só não foi admoestado pelo governo Lula como ainda recebeu sua solidariedade, enquanto a Petrobrás contabilizava prejuízo bilionário.
O caso do senador Molina expõe a leniência e o duplo padrão moral da diplomacia petista quando se trata de enfrentar as desabridas atitudes dos bolivarianos. O opositor boliviano, de 53 anos, enfrenta há um ano duras condições de vida dentro da embaixada. Vive num espaço de cerca de 20 metros quadrados no primeiro andar do prédio e não pode sair para tomar sol. Foi proibido pelo Itamaraty de receber visitas de amigos e de correligionários e não pode conceder entrevistas.
O Ministério das Relações Exteriores argumenta que as restrições seguem a Convenção de Caracas, que normatiza a concessão de asilo diplomático e diz, em seu artigo 18, que os asilados não podem "praticar atos contrários à tranquilidade pública, nem intervir na política interna do Estado territorial". No entanto, não houve o mesmo zelo legal quando o bolivariano Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, se refugiou na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, em 2009. Durante os quatro meses em que Zelaya permaneceu no prédio, ele recebeu visitas as mais diversas, incitou simpatizantes à rebelião, deu entrevistas e denunciou a "ditadura" hondurenha, sem que fosse repreendido.
No caso de Molina, seu advogado, que acusa a diplomacia brasileira de fazer "corpo mole", pediu ao STF que mande o Itamaraty fornecer a seu cliente um carro do corpo diplomático para que ele possa deixar a Bolívia, independentemente da concessão de salvo-conduto. Enquanto isso, parlamentares governistas sugerem que Morales está usando os 12 corintianos presos desde fevereiro pela morte de um torcedor boliviano como moeda de troca para pôr as mãos em Molina. Há também a possibilidade, proposta pela Bolívia, de que Molina receba permissão para ir ao Peru, mas não está claro se ele receberia garantias de que de lá não seria repatriado.
Em qualquer desses casos, será inadmissível se Dilma se dobrar às chantagens bolivianas e não exigir garantias críveis de que Molina não será entregue a seus algozes.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Que tal "refundar" o pais e ter um terceiro mandato?
Pois é: acontece cada vez mais frequentemente na América Latina. Vai dar comichão em gente que sabemos...
Bolivia: constitucional avala candidatura de Evo Morales a un tercer mandato en 2014
29/04/2013 - Infolatam
El Tribunal Constitucional de Bolivia resolvió que es constitucional que el presidente del país, Evo Morales, busque un tercer mandato en las elecciones presidenciales de diciembre de 2014.
El presidente de este órgano judicial, Ruddy Flores, informó en una rueda de prensa de que el TC falló a favor de la postulación de Morales, en respuesta a una consulta al respecto remitida a este organismo por el Parlamento, a instancias del partido de Morales.
La sentencia constitucional respalda la postulación de Morales y del vicepresidente del país, Álvaro García Linera, por considerar que el actual mandato que comenzaron en 2009 cuenta como primero del Estado plurinacional, refundado ese año.
“Se ha realizado la refundación del Estado como un Estado Plurinacional y esa refundación emerge de un poder constituyente que ha generado una nueva Constitución Política del Estado que contempla un nuevo orden que contiene la aplicación de la Constitución”, dijo Flores.
La Constitución limita a dos el número de mandatos consecutivos que puede ejercer un presidente en Bolivia, pero Morales siempre ha defendido que el primero de sus Gobiernos (2006-2010) no es computable debido a que tuvo lugar antes de la refundación de su país y a que no completó el período legal de cinco años.
Con este argumento, y a pesar de que nunca ha confirmado que será candidato, Morales ha llegado a asegurar que la consulta al Constitucional era innecesaria y ha aceptado en numerosas ocasiones ser proclamado por sus seguidores.
De ser reelegido, Morales gobernaría Bolivia hasta el año 2020 y se convertiría así en el presidente boliviano que más años ha permanecido en el poder.
Bolivia: constitucional avala candidatura de Evo Morales a un tercer mandato en 2014
29/04/2013 - Infolatam
El Tribunal Constitucional de Bolivia resolvió que es constitucional que el presidente del país, Evo Morales, busque un tercer mandato en las elecciones presidenciales de diciembre de 2014.
El presidente de este órgano judicial, Ruddy Flores, informó en una rueda de prensa de que el TC falló a favor de la postulación de Morales, en respuesta a una consulta al respecto remitida a este organismo por el Parlamento, a instancias del partido de Morales.
La sentencia constitucional respalda la postulación de Morales y del vicepresidente del país, Álvaro García Linera, por considerar que el actual mandato que comenzaron en 2009 cuenta como primero del Estado plurinacional, refundado ese año.
“Se ha realizado la refundación del Estado como un Estado Plurinacional y esa refundación emerge de un poder constituyente que ha generado una nueva Constitución Política del Estado que contempla un nuevo orden que contiene la aplicación de la Constitución”, dijo Flores.
La Constitución limita a dos el número de mandatos consecutivos que puede ejercer un presidente en Bolivia, pero Morales siempre ha defendido que el primero de sus Gobiernos (2006-2010) no es computable debido a que tuvo lugar antes de la refundación de su país y a que no completó el período legal de cinco años.
Con este argumento, y a pesar de que nunca ha confirmado que será candidato, Morales ha llegado a asegurar que la consulta al Constitucional era innecesaria y ha aceptado en numerosas ocasiones ser proclamado por sus seguidores.
De ser reelegido, Morales gobernaría Bolivia hasta el año 2020 y se convertiría así en el presidente boliviano que más años ha permanecido en el poder.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...