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domingo, 11 de dezembro de 2016

Defesa e MRE organizam Seminario de Coordenacao Tematica (7/12/2016)

Defesa e MRE organizam Seminário de Coordenação Temática
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa


Brasília, 8/12/2016 – Com o propósito de buscar convergências entre as agendas dos Ministérios da Defesa (MD) e das Relações Exteriores (MRE), realizou-se, no último dia 7, o 1º Seminário de Coordenação MD-MRE, organizado pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Defesa Pandiá Calógeras (IBED-MD) e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-FUNAG-MRE).

  O ministro da Defesa, Raul Jungmann, comentou: “considero esta reunião, em sequência da outra [realizada com o Ministro José Serra], das mais importantes, estratégicas, históricas para o Brasil. Não é para Relações Exteriores, não é para a Defesa, é para o Brasil, porque aqui podemos clarear e contribuir muito para nossos conceitos, nossas abordagens, nossas convergências e divergências”.


Fotos: Ten Maurílio Kelly/EMCFA

No evento, realizado no auditório do MD, embaixadores e autoridades militares abordaram assuntos como cenário internacional – visões e perspectivas; fronteiras – vias de aproximação e áreas problemas; adidos de defesa e seu apoio à diplomacia e às relações internacionais; operações de Paz; e Base Industrial de Defesa.

A mesa inicial contou com a presença do diretor do Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais da Fundação Alexandre de Gusmão, ministro Paulo Roberto de Almeida; do diretor do Pandiá Calógeras, Demétrio Carneiro da Cunha Oliveira; e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho.

Na abertura do encontro, o almirante Ademir Sobrinho (CEMCFA) apresentou a visão da Defesa sobre o mundo atual. Citou a intensificação dos conflitos étnicos e religiosos; o incremento do tráfico de drogas, do contrabando, do crime organizado; o crescimento do terrorismo internacional; a falência de Estados; a ampliação da possibilidade de acesso de criminosos e terroristas às chamadas “armas sujas” (biológicas e radiológicas); o emprego de redes sociais para ativação de grupos terroristas e simpatizantes; as alterações climáticas no mundo; e a crise de refugiados.



Segundo o almirante, no caso do Brasil, na área de defesa, temos que equacionar políticas e estratégias que se adequem aos interesses do País, nesse ambiente tão permeado de ameaças e incertezas. “Podemos afirmar, com tranquilidade, que a parceria entre a diplomacia e a defesa brasileira será um importante catalisador da cooperação em todos os continentes, e vai continuar contribuindo, significativamente, para prevenção de conflitos, para consolidação da paz e para estabilidade internacional. Vai cooperar para que o Brasil defina seu rumo no conserto das nações”, afirmou.

Busca de convergências
Os painéis do seminário foram resultado do encontro de alto nível entre o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o Ministro das Relações Exteriores, José Serra, ocorrido no mês passado. “Essa aproximação é fato novo e deve ser considerada como extremamente relevante por se tratar de dois ministérios tipicamente de Estado. Essa busca de convergências só tem ganhadores, em especial o maior ganhador será o povo brasileiro, a quem servimos com orgulho”, explicou o diretor do Pandiá Calógeras, Demétrio Carneiro da Cunha Oliveira.

Durante as exposições, os debates transcorreram em torno do envolvimento do País no cenário internacional. O secretário de Planejamento Diplomático, ministro Braz Baracuhy, citou a relação Estados Unidos e China, que poderá definir uma dinâmica preponderante no sistema internacional nos próximos anos, com consequências importantes para o entorno estratégico do Brasil.

Embora grande parte dos problemas internacionais não estejam na América do Sul, seus reflexos geram incerteza nos países da região em matéria de segurança e defesa. “Isso contribui para exacerbar tensões, para rearmar, para adquirir maior capacidade militar, porque a incerteza está associada à sensação de falta de segurança, gerando reações”, disse o vice-chefe de Assuntos Estratégicos do MD, general Fernando Rodrigues Goulart, em sua apresentação.

A última discussão apresentada foi a do secretario de Produtos de Defesa, Flávio Basílio, sobre a inclusão do Ministério da Defesa no Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).

Participaram, ainda, dos painéis, pelo MRE: o diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança, embaixador Nelson Antonio Tabajara de Oliveira; a diretora do Departamento da América do Sul Meridional, embaixadora Eugênia Barthelmess; o diretor do Departamento da América do Sul Setentrional e Ocidental, embaixador Tarcísio de Lima Costa; a diretora do Departamento de Organismos Internacionais, ministra Maria Luiza Escorel; o coordenador geral de Mecanismos Regionais, conselheiro Arnaldo de Baena Fernandes; o subchefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial, secretário José Renato Ferreira.

Pelo MD, também participaram o subchefe de Logística Operacional, brigadeiro Tarcisio Aquino Brito Veloso; o gerente da Seção de Assuntos Setoriais da SCOA, coronel Amaro Soares de Oliveira; e o gerente da Seção de Adidos de Defesa, coronel Igor Sidhartha Boechat.