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sábado, 21 de janeiro de 2023

Como pudemos tolerar toda a indignidade do bolsonarismo? - Paulo Roberto de Almeida, Juarez Campos

 Minha introdução ao texto que segue abaixo de Juarez Campos:

Confesso que me surpreendeu — e até fiquei chocado — com a passividade, eu até diria a submissão, não só dos mandarins do Estado, dos servidores públicos em geral, mas dos universitários em particular, dos chamados intelectuais e ditos representantes da sociedade civil supostamente organizada, em face da obra de destruição empreendida pelos novos bárbaros, verdadeiros hunos, do bolsonarismo. Onde estavam a OAB, a ABI, a ABL, as associações profissionais, as ONGs humanitárias e outras entidades? Ficaram todos paralisados?

Devo ter sido o único diplomata que reagiu imediatamente contra a barbárie e escrevi cinco livros contra os hunos, sem qualquer repercussão entre os colegas do Itamaraty ou o público em geral. Ficaram calados, de cabeça baixa?

Lamento sinceramente a passividade demonstrada pelas ditas corporações educadas em face do horror bolsonarista, e confesso não compreender até hoje como tantos se deixaram seduzir pelo psicopata perverso.

Paulo Roberto de Almeida 

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Sabe-se que alguns integrantes do Alto Comando foram favoráveis à contestação do resultado das urnas e, dentre aos que se opuseram à agenda golpista, os generais Tomás Ribeiro de Paiva, André Luiz Novaes e Valério Stumpf foram alvos de campanha nas redes que os qualificavam de traidores.

Os idealizadores e organizadores dos eventos do dia 8 são conhecidos: inspiração do Bolsonaro, articulação do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, com a participação do governador do Distrito Federal, apoio da PM do DF e apoio logístico das FA e traição de militares lotados no Planalto. Esses são os fatos.

Pode-se dizer que toda a oposição à insanidade do Bolsonaro nos últimos quatro anos partiu do STF-TSE, Globo, Folha, Estadão e seus jornalistas. Lula e o PT apostaram no "deixar o Bolsonaro se enforcar sozinho" e sumiram do mapa, as centrais sindicais desapareceram e os movimentos sociais submergiram. Palmas para os Gaviões da Fiel.

Tivemos cinco ministros da Educação e uma única agenda: a destruição do ensino público e o sucateamento das universidades, centros de pesquisa e da ciência. Quantas greves tivemos nas universidades nos últimos quatro anos? Zero. E de cientistas que assistiram à criminosa destruição do parque de ciência nacional? Zero.

E do movimento negro que assistiu calado às provocações diárias do presidente da Fundação Palmares? Ocuparam simbolicamente o prédio? Não. E dos artistas? Nada, fora os gritinhos babalus nos shows.

Lula foi eleito pelo andar de baixo que desde o segundo governo da Dilma vem sendo espoliado e barbarizado, e recebeu o apoio de algumas franjas do antibolsonarismo e da Mídia. A esquerda pegou carona nesse bonde e subiu a rampa do Planalto, mas como disse o Romário, entrou por último no ônibus e já quer se sentar na janelinha.

O oito de janeiro já dá uma ideia do que o governo Lula pode esperar, e olha que nem chegou perto da questão econômica, o debate sempre adiado da necessidade de um novo pacto entre o capital e o trabalho. Vai ser o Lula contra o Mercado que no capitalismo canibal brasileiro é muito mais poderoso do que os nossos bravos generais.

Dentro desse cenário escatológico qual foi para a esquerda o inimigo a ser batido ontem? A fotojornalista Gabriela Biló e a capa da Folha de São Paulo que como lembraram alguns cedeu para os militares os seus caminhões em 1964. A mesma Folha que deu o espaço para a Vaza Jato e durante quatro anos foi alvo da fúria bolsonarista e manteve a linha editorial de oposição ao fascismo. Os inimigos dos bolsonaristas eram a Globolixo e o Datafalha que tinham os seus jornalistas e repórteres ofendidos e agredidos frequentemente.

É por isso que a esquerda brasileira não mobiliza ninguém, fechou-se na bolha autorreferente das redes sociais e fossilizada desperta da hibernação letárgico por alguns segundos para aplaudir Bacurau, Marighella e os moinhos de vento de seus pesadelos lisérgicos.

É o que temos.

Juarez Campos

20/01/2023

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A “verdadeira” história da invasão do Capitólio, segundo o Rasputin - Paulo Roberto de Almeida

 Abaixo, o que o guru presidencial, o Rasputin de Subúrbio tem a dizer sobre a “pequena arruaça” no Capitólio. Os dementes que seguem o louco sofista da Virgínia devem começar a repetir suas barbaridades, os bolsonaristas também. Temos o desgosto de viver num país de alucinados, mas eles também estão espalhados pelo mundo.

Paulo Roberto de Almeida

Copio de Juarez Campos:

“ Se vc não tem estômago (nem intestino) para acompanhar os posts do Olavo de Carvalho no Twitter, vale ler, abaixo, o resumo da versão dele (postado há pouco) sobre o ocorrido nos USA.

(1) a invasão que matou cinco pessoas foi uma "arruaça".

(2) a causa da invasão foi "a maior fraude de todos os tempos" (que não foi reconhecida nos mais de 60 processo judiciais e várias recontagens de voto).

(3) "o crime de alta traição foi protegido pelo Senado", (que não quis dar um golpe e referendou os votos do Biden), "com o apoio das Big Techs" (que cortaram o Twitter do Trump).

(4) "querem dar a impressão que a causa da violência foram umas palavrinhas inócuas do Trump".

É exatamente isso que pensam do Bolsonaro, Dudu, ao Ernesto Araújo e milhares de seguidores deles nas redes. Ah, e é a posição oficial do país no exterior, né?

Post completo:

"O mais lindo é que NINGUÉM lembra que a causa da arruaça no Capitólio foi a maior fraude eleitoral de todos os tempos, um crime de alta traição protegido pelo Senado e pela Big Tech. Todos querem dar a impressão que a causa da violência foram umas palavrinhas inócuas do Trump."