Uma proposta modesta
Paulo Roberto de Almeida
Dos 11 ou 12 candidatos potenciais em 2022, podemos de imediato retirar um, por totalmente incompetente, irracional, perverso e até psicopata. Podemos também tirar outro, pois se provou totalmente comprometido com malversações, roubalheira, falcatruas, assalto ao Estado, associação com contraventores e bandidos de alto coturno, praticando corrupção em alto estilo, em escala nacional e internacional, além de ser apoiador de ditaduras execráveis e só gostar de mídia a favor.
Tem um terceiro que teima em ser o seu próprio sabotador de campanhas presidenciais, apesar de já ter entrado em três ou quatro; não tenho certeza de que aprendeu a ser mais humilde.
Sobra, portanto, uma dezena, aproximadamente, que até agora só ficaram em generalidades e conversas amenas.
São estes que deveriam fazer um seminário de trabalho, eventualmente fechado para permitir conversa franca (e até troca de sopapos, se for o caso), e decidirem estabelecer as bases conceituais de uma plataforma mínima de governança para um futuro governo normal, isto é, não salvacionista, mas comprometido com soluções racionais e factíveis para os problemas mais prementes (inflação, fome, desemprego), para os desafios conjunturais mais relevantes (retomada do crescimento, investimentos, reformas estruturais necessárias (tributária, administrativa, política, laborar, política comercial), apontando para as grandes diretrizes de crescimento sustentado com transformações produtivas e distribuição social dos resultados, nas áreas de estabilidade macroeconômica, competição microeconômica (fim de cartéis, monopólios, empresas estatais), boa governança (reforma da Justiça), alta qualidade do capital humano (revolução educacional) e inserção plena na economia global (com abertura aconômica, liberalização comercial e receptividade a investimentos estrangeiros), com o objetivo de construir as bases de um espaço econômico integrado na América do Sul (cabendo ao Brasil abrir-se unilateralmente a todos os demais vizinhos da região).
Estas são as bases do que eu concebo como sendo um Movimento pela Reconstrução do Brasil, a ser assumido por todos os candidatos que pensam antes no país do que em si mesmos.
Brasília, 24 de outubro de 2021