Eis o link para um trailer: https://youtu.be/RxIHK2ZVu6o
É reconhecido nas ruas por floristas, motoristas de taxi, e nos salões por políticos, gente do mundo artístico e a intelectualidade francesa, com quem diariamente convive. Seu ambiente são os refinados Cercle de l’Union e o Cercle Interallié, onde gosta de reunir figuras da política e da cultura parisiense em memoráveis almoços. E, com o mesmo desembaraço, vive cercado de mulheres bonitas, especialmente as atrizes da Comedie Française, entre as quais a famosa atriz e cantora Arlety. E é dentro deste contexto que sobrevém a 2ª Guerra Mundial, nas suas palavras “uma época de trevas e barbárie”. Diplomata de estilo clássico, bon vivant, apreciador das artes, da música, da boa comida, amava profundamente a vida e as pessoas das quais se cercava. Dentro desse perfil, seria, em princípio, a pessoa menos indicada para arriscar seu posto e posição por algo que o viesse a se comprometer. Pois, ao contrário de tudo que se esperava, foi exatamente o que passou a fazer, tomando iniciativas para livrar seres humanos, que sequer conhecia, das das garras da repressão nazista e, por conseqüência, da morte. Na época, o Governo brasileiro era claramente pró-Eixo. Assim, iniciada a guerra, passou a emitir circulares proibindo a concessão de vistos de entrada no Brasil
especialmente para semitas. Pois Souza Dantas desobedeceu todas as circulares. Indiferente às ameaças de punição até mesmo com a perda do cargo, concedeu mais de mil vistos diplomáticos que permitiram que judeus, comunistas, artistas e opositores dos nazistas escapassem das graves ameaças e reiniciassem suas vidas no Novo Mundo. Tornou-se assim nosso único herói de guerra, com reconhecimento e homenagens em vários países do exterior e hoje é comparado ao industrial Oskar Schindler por suas obras humanitárias.