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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Piketty e as desigualdades: uma opiniao sensata

Transcrevo, de uma lista de discussão à qual sou filiado, mas sem a permissão do seu autor, Renato Abucham, estes simples argumentos que me parecem resumir o coração do debate:

Para a sociedade não importa quem é o dono da empresa. Importa que produza bem e barato. Importa que um banco preste um serviço eficiente. É isso que gera bem estar para todos.

As pessoas muito ricas têm capacidade limitada de consumir, por maior que seja sua riqueza, sua renda. O lucro que recebem de seus negócios e que as torna  muito ricas, na sua absoluta maior parte vira poupança. 

Se essa poupança é investida em novos empreendimentos, resulta na forma mais eficiente de alocação desses recursos, pois é investido por quem sabe investir em empreendimentos de sucesso, gerando empregos e rendas. 

Se essa poupança é tributada, como sugere Piketty, os recursos serão transferidos ao Estado que não sabe investir. Será uma péssima alocação de recursos que atrasará o desenvolvimento, geração de bem estar, empregos e renda.

Se o Estado usar o dinheiro para distribui-lo a quem não tem, aí que o desperdício será ainda maior. Estará inviabilizando investimentos de escala, os que podem produzir mais barato e mais eficiente. A economia não deslancha no seu maior potencial, pois uma economia forte é constituída por pequenas, médias e grandes empresas.

Creio que o essencial está dito. A preocupação com a desigualdade, e as políticas tendentes a criar mais igualdade, são ineficientes em si. O importante é criar sempre mais riqueza, o que sempre vai tornar pessoas mais ricas, independentemente de como essa riqueza é distribuída na sociedade. Cada qual deve cuidar da sua vida.
O Estado, que já arrecada bastante dinheiro da sociedade, deveria concentrar seus esforços no sentido de capacitar as pessoas para se posicionarem no mercado de trabalho. Ponto.
Nada de ajudar empresas, bancos, atividades de oferta de bens. Nada.
Apenas educação, segurança, infraestrutura (limitada ao que não pode ser feito pelo setor privado), relações exteriores (voltadas para a facilitação dos negócios e a maior abertura possível), apenas isso.
O mundo seria mais próspero.
Paulo Roberto de Almeida