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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Milicos do Bozo ficam sem os seus brinquedinhos bélicos: EUA cortam exportações de armas ao Brasil - Renato Alves (O Tempo)

 Os EUA, já os principais defensores da Ucrânia na resistência contra a guerra de agressão do tirano de Moscou ao país da Europa oriental, se tornaram, com as proibições às exportações de armas às FFAA do Brasil, os principais defensores da democracia no país, contra as ameaças de golpe do psicopata perverso. 

Mais um golpe nos seus milicos amestrados. Vão aprender?

Paulo Roberto de Almeida

EUA suspendem venda de mísseis ao Brasil por ameaças de Bolsonaro, diz agência

Negócio, que envolveria cerca de US$ 100 milhões, começou a ser tratado quando o presidente dos EUA era o republicano Donald Trump, aliado de Jair Bolsonaro

Por Renato Alves

O Tempo, 8 de agosto de 2022 | 13h38 

O governo dos Estados Unidos decidiu segurar a entrega de mais de 200 mísseis antitanque portáteis Javelin às Forças Armadas brasileiras devido às preocupações parlamentares norte-americanos com o futuro da democracia no Brasil diante das declarações do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral e a favor de regimes autoritários. A informação é da agência Reuters.

Os mísseis Javelin são um dos modelos mais avançados do planeta e ganharam mais notoriedade com a guerra na Ucrânia. A arma tem sido fundamental na resistência ucraniana contra o avanço das tropas russas.

Os Javelin usados pelos ucranianos foram enviados por Berlim e Washington para ajudar Kiev na luta contra Moscou. Fabricados pelas gigantes bélicas Lockheed Martin e Raytheon, ele pesa mais de 15 kg e permite ataques diretos (posição horizontal) ou superiores contra tanques.

Com alcance entre 65 metros a 4 km de distância, o Javelin é considerado uma arma perigosa porque consegue atingir até helicópteros voando em baixa altitude. O treinamento para uso é mínimo e é uma arma difícil de ser detectada por radares, por conta do tamanho e mobilidade.

No caso do Brasil, a aquisição dos Javelin começou a ser tratada quando o presidente dos EUA era o republicano Donald Trump, aliado de Jair Bolsonaro. O negócio, que envolveria cerca de US$ 100 milhões (equivalente a cerca de R$ 500 milhões), vinha sendo mantido sob sigilo, segundo a Reuters.

O Departamento de Estado norte-americano – órgão responsável pela diplomacia dos Estados Unidos – deu seu aval para a venda no fim de 2021, quando o democrata Joe Biden já havia assumido a presidência do país, ainda de acordo com a agência de notícias.

A venda e compra dos mísseis subiu no telhado após parlamentares democratas tomarem conhecimento da transação e alertarem Biden sobre as ameaças da gestão Bolsonaro à democracia brasileira, inclusive com declarações sobre um possível apoio das Forças Armadas do Brasil para a mudança de regime caso Bolsonaro perca as eleições deste ano.

Na semana passada, congressistas dos EUA revelaram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, pode ser incluído nas investigações sobre a invasão ao Capitólio por ter se reunido com mentores do ataque dia antes do episódio sangrento que atentu contra a democracia norte-americana.

Em visita a Brasília no mês passado, onde esteve para participar de uma cúpula dos ministros da defesa das Américas, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, afirmou em discurso que os EUA esperam eleições brasileiras “limpas e justas” como são desde a redemocratização. Recado similar já havia sido dado pelo conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em visita a Bolsonaro no ano passado.

O Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa não responderam aos pedidos de comentário da Reuters. O Departamento de Estado dos EUA também permanece em silêncio.

https://www.otempo.com.br/politica/governo/eua-suspendem-venda-de-misseis-ao-brasil-por-ameacas-de-bolsonaro-diz-agencia-1.2712559