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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Trajetórias dramáticas ou exitosas na vida de certas nações - Paulo Roberto de Almeida

Trajetórias dramáticas ou exitosas na vida de certas nações

Algumas conseguem, à custa de muito trabalho, competência educacional, tolerância com a alteridade, ausência de preconceitos mesquinhos, construir um estado razoável, ou até confortável, de bem-estar social, e um regime político satisfatoriamente democrático, de modo a oferecer um bom padrão de vida a seus habitantes e imigrantes. Enfrentam desafios, até guerras, mas resistem até superar adversidades impostas de fora, ou por vezes até surgidas no próprio seio da nação, e finalmente conseguem estabelecer um modus vivendi razoável, até aceitável no plano civilizatório. 

Outras, infelizmente, dominadas por elites opressivas e opressoras, são levadas a enfrentar sofrimentos indiziveis, que impõem um alto custo humano e material a seu próprio povo ou a populações de culturas diversas, mas dominadas e submetidas a uma ditadura, senão a um totalitarismo dos mais horrendos. Passam por periodos fugazes de liberdade, mas voltam, por causa de suas oligarquias autoritárias, a regimes de força, de arbítrio e de opressão, interna e por vezes externas. Alguma submissão eventual a tiranos demenciais pode causar mortandades extensas e intensas, com incomensurável destruição de vidas e patrimônio, para  o seu próprio povo ou naqueles sobre os quais estendeu seu domínio brutal. 

Olhando a história da humanidade nos últimos dois ou três séculos, é possivel distinguir entre aqueles povos e culturas que marcharam na direção das economias de bem-estar, de mercados livres e de regimes liberais e democráticos, e aquelas sociedades infelizes, que só produziram pobreza e opressão, e que também as impuseram a outros povos e culturas, pela força destruidora de oligarquias autocráticas ou pela dominação eventual, temporária ou recorrente, de tiranos carismáticos o suficiente para arrancar apoio entre os ignorantes e miseráveis criados por alguma crise institucional mais séria. Não é dificil apontar um ou outro desses povos infelizes, que ainda não conseguiram criar, manter e fazer prosperar regimes de economia de mercados livres e sistemas políticos abertos e democráticos: esses causam tragédias a si próprios e as impõem a outros povos e nações. 

Não vou nomear as prósperas e bem sucedidas democracias de mercado, pois elas são reconhecíveis, apesar de serem em número limitado ainda hoje. A maior parte da humanidade ainda é formada de nações pobres, desiguais, por vezes ditatoriais, e pode-se prever uma longa trajetória em direção a um futuro razoável. 

Algumas poucas, grandes oligarquias, atravessaram sofrimentos extensos e indizíveis produzidos desde dentro, e os impuseram a outros povos e nações também. Não é dificil de reconhecer exemplos nesse infeliz percurso também. São poucos, mas existem. Nenhum povo ou nação está imune a retrocessos ou até a avanços existosos.

Numa próxima oportunidade, vou me referir a casos concretos, inclusive à experiência do Brasil, ainda não integrado totalmente à primeira categoria de países satisfatoriamente exitosos, mas tampouco fracassados totalmente. Estamos no meio do caminho: podemos avançar, estagnar ou até recuar no caminho do bem-estar e da democracia de mercado. Tudo depende da clarividência de seus líderes e da energia do seu povo.

Falarei disso mais adiante.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 25/12/2025


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