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quinta-feira, 16 de maio de 2024

A odiosa campanha bolsonarista das FakeNews, explicada por Marcos Rolim

 Permito-me postar aqui a manifestação de um amigo gaúcho sobre o trabalho execrável da oposição bolsonarista, não simplesmente ao governo Lula (certamente criticável por uma variedade de outras razões), mas aos gaúchos e ao Brasil, pois foi o negacionismo climático e vacinal desses celerados que conduziu o Brasil ao descalabro ambiental e sanitário registrado com virulência no RS. PRA

Entenda porque a onda de fake news durante a tragédia no RS se intensificou tanto

MARCOS ROLIM

Desde o início da enchente no RS os perfis bolsonaristas estão trabalhando de forma coordenada (como sempre), divulgando fakes sempre com os mesmos temas e em alta velocidade (como nas eleições), inclusive para dificultar as checagens. Eles estão agindo em três eixos temáticos principais:

*EIXO 1 - O Estado nada faz* -  são exibidos vídeos descontextualizados ou mentirosos nos quais se quer falsamente evidenciar que próprio governo está parado, não toma atitude alguma.

*O lema da desinformação é: "civil quem está salvando civil"*, já que o governo não faz o que deveria. Só que quando o civil é de esquerda (tipo o Felipe neto que liderou uma campanha para doar 220 purificadores que vão produzir 1,5 milhão de litros de água potável por dia) é pra boicotar de todas as formas. Já quando o civil é de direita, é tornado herói, tipo o véio da Havan, que cedeu 2 helicópteros para resgate, mas as fakes afirmam que ele teria mais aeronaves que o Estado atuando no RS, o que é mentira, já que na verdade o governo atua com 42 aeronaves, 50 viaturas, 12 barcos e mais um mega navio de guerra da Marinha. Essas fakes são repetidas, alteradas, aumentadas o tempo todo.

*EIXO 2 - O Estado é responsável pelas mortes* - Vídeos montados ou fora de contexto e uma quantidade maior de áudios, afirmam o governo está IMPEDINDO o socorro e a chegada de mantimentos. Exemplos: que se está pedindo nota fiscal de caminhões de doações, que a Anvisa está dificultando liberação de remédio para os gaúchos (quando a Anvisa sequer faz esse trabalho).

*O lema da desinformação é: "o Estado atrapalha"* - exibem repetidamente vídeos até de tragédias antigas e de outros países tentando falsamente atribuir aos agentes do Estado atitudes de perseguição ao "heróis civis”, a exemplo de: "a polícia não está permitindo que jet-skis circulem", "o Estado está proibindo pessoas de fazerem salvamentos", "eu vi uma família ser deixada pra trás por conta do salvamento de um cavalo", etc.

*EIXO 3 – O Brasil vai piorar muito* - exibem vídeos e áudios afirmando falsamente que já está faltando arroz, que as pessoas devem correr para os supermercados, que haverá racionamento, portanto, se deve estocar comida.

*O lema da desinformação é: "vai faltar comida"* - com isso objetivam criar um clima de terror e uma corrida aos mercados elevando artificialmente a demanda por meio de estoques desnecessários, o que segundo a lei da oferta e da procura, pode de fato inflacionar os preços.

*Os objetivos desses três eixos temáticos de desinformação são:* 

a) evitar uma melhora da imagem e da avaliação do governo Lula, principalmente no Sul do Brasil, que é majoritariamente bolsonarista; 

b) anular comparações com o Governo Bolsonaro, que além de praticamente zerar investimentos em prevenção, está diretamente relacionado ao negacionismo climático/ambiental e teve uma péssima atuação em desastres, com a imagem do Bolsonaro imitando pessoas sem fôlego durante a Covid e passeando de jet-ski enquanto a Bahia vivia um pesadelo similar;

c) desgastar o governo do PT junto ao seu eleitorado, provocar uma artificial alta de preços e a perda de apoio principalmente entre os mais pobres, já que a redução no preço de alimentos tem sido uma marca positiva do governo Lula.

O movimento é coordenado, sistemático e repetitivo. *Observe que absolutamente todos os canais bolsonaristas*, e por tabela seus seguidores, estão massificando esses três eixos. Enquanto isso, o Bolsonaro apenas incentiva a percepção de caos.”

Recebido em 16/05/2024