Mensagem pessoal a meus colegas de carreira no Itamaraty
Paulo Roberto de Almeida
Um alerta fraternal a meus colegas do Itamaraty que estão colaborando, eu sei que em alguns casos involuntariamente (em outros com aquele gosto indecente de promoção e cargos de prestígio), com o projeto alucinado e alucinante do chanceler acidental, um capacho insano dos seus mestres (incluindo um mentecapto estrangeiro agora afastado do poder), ao introduzir essa fantasia antidiplomática do antiglobalismo no currículo do IRBr: vocês, um dia (quando a loucura for afastada), vão ser chamados de “colaboracionistas”, o que deve ser uma pecha terrível a levar em suas biografias pessoais (o resumo do CV do Itamaraty não trará esse detalhe).
Colaboracionista, como vocês devem saber, era o nome que os franceses deram àqueles que serviram ao ocupante nazista, alguns até por gosto, outros de forma relutante ou resignada.
Os resistentes, como sempre, foram muito poucos, a maioria quando o fim do nefando regime já se prenunciava.
Teremos esse cenário também no MRE, mas cabe sempre lembrar que certos episódios carregam marcas, deixam cicatrizes, lembranças amargas.
No meu quilombo de resistência intelectual estou empenhado, como muitos sabem, em escrever uma história sincera do Itamaraty (que aliás é o título do prefácio de meu próximo livro da série sobre a diplomacia bolsolavista), e terei considerações a fazer sobre a miséria dos tempos atuais.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18/01/2021
A fantasia delirante do globalismo entra no currículo do Instituto Rio Branco: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/01/a-fantasia-delirante-do-globalismo.html - O que pode levar um diplomata tido como “normal” a derivar para a loucura? 1) ambição de poder; 2) a loucura já existia antes, apenas encoberta. Isto é EA, a Era dos Absurdos!