O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 10 de janeiro de 2015

Janer Cristaldo: um intelectual por inteiro, em todos os seus ebooks

Desde que tomei conhecimento da obra, e da personalidade, deste gaúcho irreverente, universal em seu humanismo, e corrosivo com certas bobagens nacionais (e a estupidez de quem nos comanda), tornei-me um admirador de sua obra, e leitor fiel, ainda que irregular.
Permito-me colocar aqui uma relação de seus e-books, que reproduzem muitos dos artigos que ele assinava quase cotidianamente em seu blog, ainda disponível:

http://cristaldo.blogspot.com/
JANER CRISTALDO
segunda-feira, novembro 17, 2014
 
OBRA LONGE DE ESTAR COMPLETA
SOBRE OS PRAZERES DA TEOLOGIA
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/prazeres.html
FÁBRICAS DE RACISMO
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/racismo.html
O SUPREMO APEDEUTA
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/supremo.html
O PARAÍSO SEXUAL DEMOCRATA
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/paraisosexual.html
PONCHE VERDE
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/ponche.html
ENGENHEIROS DE ALMAS
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/engenheirosdealmas.html
CRÔNICAS DA GUERRA FRIA
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/cronicasdaguerrafria.html
COMO LER JORNAIS
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/lerjornais.html
IANOBLEFE – O JORNALISMO COMO FICÇÃO
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/ianoblefe.html
ELECRÔNICAS
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/elecronicas.html
LAPUTA
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/qorposanto.html
FLECHAS CONTRA O TEMPO
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/flechas.html
A INDÚSTRIA TEXTIL
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/textil.html
RESSENTIDOS DO MUNDO TODO, UNI-VOS
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/ressentidos.html
MENSAGEIROS DAS FÚRIAS
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/mensageirosdasfurias.html
QORPO SANTO DE CORPO INTEIRO
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/qorposanto.html

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O livro em papel estaria condenado? -Janer Cristaldo (2011)

Blog do Janer Cristaldo, quarta-feira, agosto 24, 2011

DIAS CONTADOS PARA O LIVRO EM PAPEL

Carreguei muito livro em minha vida. E livros pesam. Quando voltei da Suécia, trouxe uma boa centena de quilos de literatura. Quando fui fazer doutorado em Paris, levei dezenas de quilos de bibliografia e, ao voltar, despachei pelos correios umas três centenas. O mesmo aconteceu comigo em Madri. 
A propósito, sou o feliz proprietário de um Diccionario Literário Bompiani. É obra hoje esgotada, a editora que o publicou na Espanha foi à falência. São quinze pesados volumes, com belíssima iconografia. Três tomos são dedicados a autores, um outro a personagens e dez a obras literárias. Um outro constitui o índice. É a glória de minha biblioteca. Encontrei-o em Buenos Aires, na casa da filha de Roberto Arlt, escritor de quem traduzi Os Sete Loucos. Apaixonei-me pela enciclopédia e fiz de sua busca um dos objetivos de minha vida. 
Procurei-a em Madri e Barcelona. Estava esgotada. Perguntei a um livreiro quanto custaria, se existisse. Não tem mais preço, respondeu-me. Se pedirem mil, dois mil dólares, nada de surpreender. Continuei minha busca, mais por teimosia que por desejo. Em Barcelona, na calle Aribau, no quarteirão universitário, perguntei a uma velhota em um antiquário: 
- A senhora tem a Bompiani? 
- Está ali – me respondeu – apontando para o alto. 
Senti um frio na espinha. Depois de tanto procurar, não podia voltar atrás. Seriam pelo menos mil dólares a menos em minha viagem. Com medo, perguntei: 
- E quanto custa? 
- 150 dólares – me respondeu a velhota. 
Mandei baixar. Suponho que aquela senhora fosse viúva do antiquário e desconhecesse o real valor da obra. A enciclopédia pesava cerca de trinta quilos. Levei-a no braço para o hotel e trouxe-a no braço no avião. Cheguei a ter pesadelos nos quais a extraviava. Hoje, ela repousa solene em minhas estantes.
Houve época em que namorei uma Espasa-Calpe. Aí a aposta é maior. São 72 volumes, exigem uma estante especial. Deixa pra lá. Nos anos 90, quando chegava a São Paulo, uma vendedora ofereceu-me uma Britânica. Seriam uns trinta volumes e custava algo em torno a cinco mil dólares. Recém estavam surgindo os CD-Roms. Perguntei à moça se não teria uma edição em CD-Rom. Ela nem sabia do que se tratava. A Britânica relutou muito em desistir do papel, mas acabou aderindo às novas tecnologias. Mesmo assim, muito cara. Custava mil dólares. 
Não sou de comprar produtos piratas, mas besoin oblige. Desaforo cobrar mil dólares por uma obra cuja reprodução custa centavos. Fui na Santa Ifigênia e comprei uma na calçada. Por “dez real”. Em vez de trinta volumes, três disquinhos. Os tempos mudaram. 
A respeito de recente crônica sobre a indústria livreira, me escreve uma leitora: “Para mim, ao menos, o livro de papel jamais será substituído. Se ganhasse um Kindle, o venderia no ato”. 
Devagar nas pedras, leitora. Ainda não comprei um Kindle, mas mais dia menos dia chego lá. Para começar, tenho dezenas de livros em meu computador. O ebook tem uma vantagem imbatível sobre o livro em papel, o search. Se quero uma palavra na Bíblia, por exemplo, a encontro em segundos. O que é inviável no livro-papel. Tenho todo o Renan em papel. Mas se preciso fazer uma pesquisa, procuro uma edição eletrônica. 
Isso sem falar no conforto do cut & paste. Se preciso fazer uma citação mais longa, não preciso digitar. Todo jornalista detesta digitar. Para isso existem nos jornais os digitadores. Hoje, se fosse fazer uma viagem prolongada, eu me muniria imediatamende de um Kindle. É a única maneira de carregar a biblioteca no bolso. Além do mais, é aparelho muito útil em pequenas cidades do interior, onde já não existem livrarias. 
Digamos que você viva em Dom Pedrito e, subitamente, à noite, sente o desejo irrefreável de ler O Banquete. Ora, em Dom Pedrito você não vai encontrar Platão, nem de dia nem de noite. Mas, se tiver um computador, poderá baixá-lo na hora e sem pagar um vintém. A distância entre seu desejo de ler Platão e a leitura de Platão é de apenas alguns segundos. 
O livro em papel – perdoem-me os saudosistas – está condenado. Sei, há quem goste do cheiro do papel, eu também gosto. Devo ter umas duas toneladas de papel em minhas estantes. Tenho centenas de quilos de literatura que pouco ou nada vale. É a literatura brasileira que comprei para lecionar literatura. Meu apego a livros é tal que não sei o que fazer com esse lixo. Queimar, não consigo. Doá-lo, muito menos. Não vou dar a alguém literatura que não presta. Ficam então entulhando minhas paredes. Passo então a jogá-los para o alto das estantes. Livro é como funcionário público. Quanto mais alto, mais inútil. 
Não há mais sentido em gastar milhões em papel, composição, encadernação, transporte, depósito, espaço em livrarias, quando se pode ter um livro em segundos no computador. Sempre há resistência a uma nova tecnologia. Quando Gutenberg inventou sua prensa, a grita dos copistas foi geral. Hoje, quem chora são os editores de livro-papel. 
Que chorem à vontade. Seus dias estão contados. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

To Kindle or not to Kindle?: o futuro dos ebooks...

Parece que foi ontem: o livro começou a circular com mais facilidades fazem mais ou menos 500 anos. E eu já consegui acumular, creio, uns 5 mil livros, mas preciso ainda contar...
Agora, fica pesado carregar todos esses livros de um lado a outro, tanto é assim que deixei a maior parte dos meus livros no Brasil, e trouxe apenas o essencial para os EUA, ainda assim para facilitar uma consulta que não sei se virá, pois grande parte deles já se encontra diponível ou em formato eletrônico (os mais recentes e editados nos EUA) ou em bibliotecas universitárias dos EUA (os puramente brasileiros e antigos), que parecem ter tudo...
Quanto ao Kindle, não tenho ndada contra, muito pelo contrario...
Paulo Roberto de Almeida

Tempo de Kindle
MARCELO COELHO (coelhofsp@uol.com.br)
Folha de São Paulo, 23.01.2013 – pág. E12

É muito chato ler qualquer livro em que o texto tem a invariável aparência de um documento do Word

Ando meio cansado dos tradicionais elogios ao livro impresso. Aquela conversa de "adoro cheiro de livro" não me convence muito; de tão repetitiva, parece perder a sinceridade que possa ter tido, tornando-se talvez só um clichê.

Não sei se muita gente apreciava de fato o cheiro do livro antes de surgir a ameaça do Kindle e outros formatos eletrônicos.

São raros, aliás, os livros que têm cheiro de fato, a não ser que você afunde o nariz dentro deles, atividade dificilmente compatível com a da leitura propriamente dita. Tudo bem, alguns livros da infância trazem esse tipo de memória guardada nas páginas.

Mas a encadernação ou a cola podem até produzir um odor próximo do amargo e do enjoativo: algumas edições de arte, com papel brilhante e pesado, estão nessa categoria. Além de apresentarem o defeito de refletir a luz, se a lâmpada for forte demais.

Quanto ao contato da pele do dedo com o papel, não sei que prazer se tira disso. Já me cortei com as bordas de edições muito perfeitas. O papel mais macio, por sua vez, pode exigir uma lambida nos dedos de vez em quando, coisa que na minha opinião fere um pouco a etiqueta de qualquer escritório ou biblioteca. Um pouco mais e estaremos todos mexendo os lábios durante a leitura.

É que todo esse apelo à "fisicalidade" do livro tende a ser uma traição, acho, do que há de mais espiritual no ato de ler. Não é prazer que deva ser contaminado por apelos táteis, olfativos ou, pronunciemos a palavra, gastronômicos.

O livro impresso, quando se manifesta na conversa sobre tato e perfume, inscreve-se no mesmo capítulo que mobiliza os adeptos da "slow food", os especialistas em charutos, os que percebem notas de canela e mirtilo no vinho não sei das quantas. É vontade de refinamento, decorada e repetida num esforço de autoconvencimento.

Quanto à praticidade, tenho também minhas dúvidas. Não é fácil segurar nas mãos uma boa edição de "Guerra e Paz". A versão encadernada pesa muito. Em formato de bolso, é raramente resistente aos meses de investida. Em dois volumes? Aí não vale.

Tenho livros baratos que se despedaçaram antes de eu chegar ao final. Livros mais caros, de capa dura, resistem obtusamente à informalidade e ao conforto de um uso cotidiano. O papel antigo fica amarelo e ganha manchas. O papel de luxo, tipo bíblia, cria orelhinhas e se rasga facilmente. Um dicionário grande, editado em volume único (penso no "Houaiss") é objeto de alto risco. Em vários volumes? Sempre erro ao calcular a ordem alfabética.

Resultado: comprei um Kindle, numa viagem, há coisa de dois anos. O produto agora está disponível no Brasil.

Fica o testemunho: nunca uso a geringonça. A ausência de cheiro é o de menos. Os problemas são outros. Em primeiro lugar, é muito chato ler qualquer livro em que o texto tem a invariável aparência de um documento do Word. Será incompetência minha ou toda a arte da tipografia desaparece com o Kindle?

E as capas? Não existirão mais? Voltamos ao século 19 com essa novidade eletrônica. Além disso, não me conformo em pagar, digamos, quarenta reais apenas pelo direito abstrato de baixar um arquivo literário na máquina.

A abstração do Kindle tem outra consequência, mais grave do que a questão do cheiro do papel. É que, como em toda tecnologia contemporânea, o espaço entra em vias de desaparecimento, sendo substituído pelo tempo. Não ficam mais evidentes a página de trás, a página da frente, a página par, a página ímpar, a grossura do livro que estamos lendo, ou o seu lugar na prateleira.

Tudo passa a se situar numa névoa temporal, entre o "agora" e o "não ainda", sem o "para trás" ou o "mais adiante". Por isso se fala na "memória" do computador, e não no seu "armário" ou no seu "depósito". Última vitória do tempo, o sistema de arquivos em "nuvem" eliminou o problema do "espaço em disco".

Com o Kindle, você nem precisa de marcador de livro: ele liga sozinho na página em que você interrompeu a leitura. Só que, assim, você também deixa de folhear o livro e reler por acaso alguma passagem.

Claro que vão inventar, um dia desses, a "função folhear", e um comando de produção de odores, assim como os computadores imitam o barulho de páginas sendo viradas. Mas aí eu já não estarei, provavelmente, lendo mais coisa nenhuma. Mais uma vitória do tempo, aliás.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Meu proximo livro vai ser em Kindle: liberdade, contra os ludditas

Enfim, estou anunciando a pele do urso antes de ter "actually" matado o urso, mas vai ser assim.
Por enquanto fiquem com um artigo que traduz justamente o espírito do novo empreendimento.
Paulo Roberto de Almeida 



Dead-Tree Luddites
by Genevieve LaGreca 
Mise Daily, May 16, 2012

Imagine you're living in the 15th century. You're witnessing a revolution that will profoundly change the world. This revolution doesn't involve swords and cannons but rather words and books. The cause of this upheaval is the most important invention in more than a thousand years: the printing press, by Johannes Gutenberg.
Within a few decades of its launch, you see the printing press transform the field of bookmaking in ways previously unimaginable. Printed books are far easier, faster, and less costly to produce than the books that had preceded them, which had to be laboriously copied, one page at a time, by hand. In the time it takes to copy one page by hand, the printing press can turn out hundreds or thousands of copies of that same page, thereby making it possible for the first time in history for almost anyone to own books.
Within a century of its creation, the printing press will spread throughout western Europe, producing millions of books, spurring the economic development of industries related to it, such as papermaking, and spreading literacy and knowledge around the world. The printing press will make possible the rapid development of education, science, art, culture — and the rise of mankind from the medieval period to the early-modern age.
Let us further imagine that not everyone in the 15th century is happy about this innovation. Unable to match the benefits of the printing press, the producers of hand-copied books are outraged. The scribes are being put out of business. The penmanship schools that train the scribes, the quill makers that supply their pens, and the manufacturers of the stools and drafting tables that literally support them are seeing a drop in sales. The hand-copied books are now priced too high to compete with the Gutenberg press, so their publishers are experiencing no growth, with no new capital coming into their industry. The sales force for the hand-copied books is also in despair, with their customers now ordering the new printed books from the Gutenberg people, and their lost income being money they can no longer put into their communities. Alas, the monopolistic monster, the printing press, is taking over.
The hand-copied-book interests complain bitterly to the Great Sages at their Hallowed Council of Justice. "Sires," they cry, "you must stop the predatory pricing and scorched-earth policies of the Gutenberg press. It's wiping out the competition. How can this be in the public interest?"
Fast-forward to the 21st century, and we see another revolution that is turning the book industry topsy-turvy — the transformation from printed books to electronic ones. This revolution is spearheaded by a modern-day Gutenberg, Amazon.com, the pioneer of the ebook, the Kindle device for reading it, and the online marketplace for publishing and selling it.
What Amazon has accomplished is truly amazing. With Kindle, it has eliminated the industry middlemen who come between the writer and reader of a book — from agents to publishers to distributors to wholesalers to brick-and-mortar bookstores. Kindle has also eliminated the need for a physical inventory of books, with its high printing, warehousing, and shipping costs. These innovations have resulted in far less expensive books now available to consumers. And the new marketplace of ebooks has been especially advantageous for self-publishers unable to get their books accepted through the traditional channels, who now have an avenue open to them for reaching customers directly.
The popularity of these ground-breaking innovations is enormous, with Kindle books now outselling the combined total of all paperback and hardcover books purchased from Amazon.
Without any middlemen or gatekeepers, with virtually no costs involved, and with self-marketing possible through social media and other Internet channels, electronic publishing is creating a robust market for new writers and books. For example, one novelist who was unable to find an agent or publisher has self-published two of her novels on Kindle. With her books priced at $2.99 and with a 70 percent royalty from Kindle, she earns approximately $2 per book. She is selling 55 books per day, or 20,000 books per year, which amounts to sales of $60,000 and royalties to her of $40,000. (As a simple comparison, without getting into the complexities of book contracts, this author might earn a royalty of approximately 10 percent from a traditional publisher, which would require her to achieve sales of $400,000 to earn as much money as she does self-publishing on Kindle.) Other authors are doing even better, including two self-published novelists who have become members of the Kindle Million Club in copies sold. These writers started with nothing — they were not among the favored few selected by agents and trade publishers, and they had no publicists or book tours — yet, thanks to electronic publishing, they are making a living, with some achieving stunning success.
The low pricing of ebooks, scorned by the traditional publishing interests, is the emerging writer's new ticket of admission into the book industry. While readers may be highly reluctant to risk $25 in a bookstore to try a new writer's hardcover work, they are buying the ebooks of new writers priced at or around $2.99 on Kindle. Writers are finding their fans and making money at these prices, and readers, judging by Amazon's "customer reviews," are happy with these low-cost books.
The writer-publisher in America dates back to our founding, promoting vigorous free speech and intellectual entrepreneurship. Benjamin Franklin's Poor Richard's Almanac and Thomas Paine's Common Sense, both bestsellers in their day, were self-published. If the American dream is to start with nothing but one's own talent, motivation, and hard work, and from that achieve success, then in recent times this dream was essentially closed to writers who failed to win the favor of the agents and trade publishers. Prior to the ebook revolution and online marketing spurred by Amazon, there was a stigma attached to self-publishing, despite its long and distinguished tradition in America. The major trade reviewers would not consider a self-published book, which meant that libraries and bookstores, which order based on the reviews, would not carry it. Now, ebooks are not only taking the stigma out of self-publishing but arguably making it the preferred route. Amazon has opened the avenue to pursuing the intellectual's American dream once again.
Yet the same medieval attacks projected above against the printing press are now being launched against Amazon, with the attackers imploring the modern-day "sages" at the Justice Department to stop the new menace called Amazon.
Leading the charge back to the Middle Ages is the New York Times. Two articles appearing on the front page of its business section on April 16, 2012, illustrate what happens when the Luddites (i.e., those hostile to technological development) meet the statists (i.e., those who look to achieve their ends through government force).
"Daring to Cut Off Amazon" by David Streitfeld praises a publisher-distributor for pulling its printed books out of Amazon. (Amazon discounts not only ebooks but also the printed books it so successfully sells.) The company is Educational Development Corporation, whose CEO, Randall White, laments, "Amazon is squeezing everyone out of the business.… They're a predator. We're better off without them."
One of Mr. White's concerns was that his sales people were losing business because their customers were buying the company's books cheaper from Amazon. Sales consultant Christy Reed comments about her local customers, "Yes they got the books for less [from Amazon]. But my earnings go back into our community. Amazon's do not." It apparently didn't occur to her that by buying books cheaper on Amazon, her former customers have more money to spend in her community, and the Amazon staff who replaced her have more money to spend in their communities. But where spending does or doesn't take place is not the main economic point. The real point is that for the same total spending in the economic system as a whole, people now obtain more books and have money left over to buy more of other things.
"Book Publishing's Real Nemesis" by David Carr cites the recent antitrust suit brought by the Justice Department against five publishers and Apple, charging they engaged in the price-fixing of ebooks. Instead of condemning this police action against production and trade, Mr. Carr bemoans the fact that the strong arm of the law didn't go far enough to grip the "monopolistic monolith" Amazon, which "has used its market power to bully and dictate." Mr. Carr considers it bullying and dictating when a private company (Amazon) sets its terms, and other players (the publishers) are free to do business with it or not. But it's not bullying and dictating when the compulsory power of the state intervenes to set economic terms and punish businesses arbitrarily?
Mr. Carr quotes Authors Guild president and best-selling author Scott Turow, who worries that the club of authors and publishers will shrink. (Really?) "It is breathtaking to stand back and look at this and believe that this is in the public interest," complains Mr. Turow about Amazon's success. He also wonders if Amazon will drive the price of books so low that there will be "no one left to compete with them." Apparently the "public interest" doesn't include the millions of customers who choose to buy the mother lode of affordable ebooks from Amazon and who may not welcome his solicitous concern over the low prices they're paying. And apparently the "public interest" doesn't include the fresh crop of new authors now sprouting through ebooks, without the benefit of the major publishers and lucky breaks that he had.
The Luddite tone of the attacks against Amazon rings like the following: The electric light will replace the candle. The car will replace the horse and buggy. The cure for tuberculosis will put the sanatoriums out of business. The computer will replace the typewriter.
The statist element lies in the attackers' desire to enlist the police power of the state to stifle the competition and artificially prop up their businesses.
Granted, it may be disappointing and painful for those whose jobs are thinning out or becoming obsolete due to technological advancements, but that can't justify government intrusion. Morality is on the side of the people engaged in voluntary trade and against those who urge the Justice Department's encroachment into their industry. The charges levied against Amazon — as a predator, monopolist, bully, etc. — actually do not apply to a company engaged in voluntary trade, no matter how big its market share, but rather to those trying to preserve their interests through government action.
In the case of Amazon, the ones trying to restrain trade are the attackers themselves. Moreover, not only is morality on the side of Amazon, but so too are the long-run material self-interests of everyone in the economic system. Everyone working will earn money, but, thanks to Amazon and every other innovator of better products or more efficient methods of production, the buying power of the money he earns will be greater. The enemies of productive innovators are, by the same token, antisocial enemies of the general buying public.
The complaints lodged against Amazon would be harmless if the complainers could not use the government to advance their cause. But they can, through antitrust laws. These laws give the state the power to evaluate the price of a company's product in relation to its competition and to punish companies — severely and arbitrarily — for prices deemed to be unacceptable. If a company's price for its goods is deemed to be too low, it can be punished for being predatory and destructive of competition. If the price is deemed to be the same as its competitors, it can be punished for collusion and price-fixing. If the price is deemed to be too high, it can be punished for being monopolistic.
Using antitrust laws against the book industry poses an additional grave danger over and above their use against other industries. Because the book industry represents the dissemination of knowledge and ideas, an attempt to regulate the price of books abridges the free flow of ideas and violates our First Amendment right to freedom of the press.
Anyone interested in the survival of a robust book industry — or any other industry — with the free flow of products, the creativity of new business methods, and the preservation of economic freedom and property rights, must support the repeal of these oppressive laws.
The market — comprising the voluntary decisions of millions of free people — determines the pricing of books, the form a book will take, the device it will be read on, the winners and the losers of the competition. If the market chooses an innovative technology and a new direction, then so be it. Let the medieval bookmakers copying their books by hand and their contemporary counterparts using needless paper and ink, warehouses, delivery trucks, and bookstores, adopt the advances or quit!
Totally unlike competition in the animal kingdom, in which the losers are eaten or die of starvation, the losers of an economic competition do not die. At worst, they must relocate in the economic system at a lower level. But in an economic system free enough rapidly to progress, as ours has been for most of the last two and a half centuries, even the lowest-paid workers enjoy a standard of living that surpasses that of the kings and emperors of earlier ages. This is why the Gutenbergs of the world must be left free to dream, to create, and to trade without fear of punishment.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vender UM MILHAO de ebooks!!!??? Seria possivel? John Locke diz que sim...

Não, não é o filósofo inglês do século 18. Se trata, obviamente, de um capitalista americano do século 21.
E faz muito bem. Por mais mal escritos que sejam seus livros, sempre tem gente disposta a pagar 99 centavos de dólar (sim, menos de um dólar) na Amazon para ler um romance de mistério.
É a versão moderna dos "romans de gare", aqueles pocket books impressos em papel jornal que se compravam na estação antes de embarcar no trem.
Acho que vou enveredar por essa linha...
Vejam na página do nosso "filósofo capitalista": John Locke, Lethal Books...

Lower Your Expectations? Really?
Posted on June 22, 2011 by jplocke

Traditional publishers and even some successful indie authors are publicly saying how hard it is for self-published authors to succeed. They say most will never sell 100 ebooks, and only a small percent will sell 10,000. Self-published authors are being told to “be realistic” and “lower your expectations.”

Really? What type of advice is that?

Sure, there are obstacles out there, but that’s true in any endeavor. Is it simple to write a best seller? No. But can you do it? Yes, absolutely!

The world makes it hard enough for you to be successful, so you’re not going to see me piling on the negativity! Let others talk about the mountains. I’ll show you where the tunnels are! Others can talk about the raging rivers, I’ll point you toward the bridges! Yes, there are roadblocks in the land of self-publishing, but there are super highways, too.

I’ll leave it to others to lower your expectations. There are plenty eager to do that. But I’m not one of them. If you’re a struggling author I want to RAISE your expectations.

I’m not a know-it-all. I’m still humble. I’ll never forget the frustrations I felt, trying to fit in, trying to feel like I belonged. I absolutely know what you’re going through. I’ve been there.

It’s a huge achievement to complete a manuscript, and that’s just the beginning. You’ve still got proofing and re-writes and edits and more re-writes, and when you finally get it just right you dig into your pocket and take money you could use for other things, and invest it in your dream.

But when your book is published, it just sort of lays there. No one knows how to find it. You listen to others tell you what to do, how to get your book “out there,” and you try those things and they don’t work. You Facebook, you Tweet, you blog, you try to get reviews, you buy courses, attend classes…and nothing seems to work.

After awhile, you start to take it personally. You wonder if it’s you. Maybe your writing sucks. Maybe you’re a joke. Maybe you were stupid to even try. Maybe the whole thing was a colossal waste of time.

Let me tell you something. Rejection of any kind sucks. But rejection of your book, which entered the world as your labor of love, is especially hard to take. Especially when you talk to your friends about being an author. They may be very supportive of you, but…

They don’t consider you an author.

Your friends and relatives know what an author is. To them, it’s the names they see on the shelves of bookstores. The ones who wrote the books that became movies. Until our books start selling, they consider us vanity authors.

That’s what I was, a vanity author. At least that’s how everyone saw me. But when I finally got sick of being a vanity author I sat down and created a marketing system to get my books onto the best-seller lists.

On Monday, June 20, 2011, Amazon announced I was the first self-published author to sell a million downloads on Kindle, and only the eighth author in history to do so. You know how I’m celebrating? By making my marketing system available for everyone who wants to duplicate, or exceed my achievements. I wrote it all out, step-by-step. Everything I tried that didn’t work and everything that did.

I’m charging $4.99 for this information via eBook, $9.99 paperback. I hope you’ll consider it a bargain, since I spent $25,000 for information that didn’t work. Why so cheap? Because adding five bucks to what you’ve already spent on your dreams isn’t a big deal.

You know when my friends finally considered me an author? When I started making serious money from book sales! And no matter how nice your friends and family are, you know in your heart they’re not going to consider you a real author until the royalties start pouring in.

The book is titled, How I Sold 1 Million eBooks in 5 Months! It’s about me, but it was written for you. Here’s the link: http://tinyurl.com/6atrd8y