O Brasil vive seu momento “Alemanha 1933-34”?
Paulo Roberto de Almeida
Na Alemanha, os criminosos insanos conquistaram o poder e começaram sistematicamente a destruir o país.
Lá os militares e grandes capitalistas colaboraram com a tropa tresloucada, porque queriam evitar o “comunismo”.
Conseguiram destruir o país com o seu equivalente de extrema-direita, a mais insana possível. E também destruiram metade da Europa, e teriam arrastado o mundo para 30 anos de tirania se não tivessem sido contidos por dois líderes democráticos (mas que para isso tiveram de se unir a um outro tirano, que escravizou todo o seu povo e ainda eliminou dezenas de milhões).
Esperemos que isso não se repita aqui.
Exemplos já temos, o que deveria bastar para que militares e grandes capitalistas façam o seu dever: salvar o país do caos criminoso.
Os políticos são, invariavelmente, os retardatários nessa história, porque sempre querem se aproveitar da fragilidade dos donos temporários do poder.
Eleitores (não digo nenhuma novidade) são ignaros em sua grande maioria, e sempre tem o gado que segue os messiânicos mentirosos. Loucos têm essa capacidade de atrair os loucos dispersos pela sociedade, como ocorre com o guru de fancaria, o Rasputin de subúrbio, o sofista expatriado na Virgínia, que fornece estrume mental para os ineptos no poder.
Se as nossas elites não fossem tão medíocres, não precisaríamos estar passando por todo esse sofrimento.
O lulopetismo mafioso atrasou o Brasil em pelo menos dez anos.
Se não interromperem a atual trajetória insana, o olavo-bolsonarismo desvairado vai destruir o Brasil e atrasar o país por vinte anos. Eles já começaram pela erosão das instituições, da mesma forma como o lulopetismo mafioso.
Lamento, finalmente, pelo Itamaraty, entregue a um chanceler acidental, que inaugurou a EA, a Era dos Absurdos, que só vai acabar quando retirarem o insano do poder, pelo impeachment ou “renunciado”.
Quanto antes melhor.
Como sempre, assino embaixo do que escrevo:
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/04/2020
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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sábado, 25 de abril de 2020
domingo, 12 de janeiro de 2014
Incendiarios de bibliotecas, assassinos da cultura, inimigos da humanidade, tristeza infinita...
Primeiro li, estupefato, uma notinha muito sucinta, numa página de pequenos registro do exemplar corrente (11-17 Janeiro) da Economist, que assino e recebo todo sábado:
The acrid smell of burning books
A library belonging to an Orthodox Christian priest in Lebanon, containing over 80,000 books and manuscripts, was set ablaze after it was claimed it contained a pamphlet that was insulting to Islam and the Prophet Muhammad.
Fui buscar ávido pela notícia completa no site da revista, e fiquei ainda mais estarrecido. Comparto com todos vocês o meu horror absoluto por esses atos inomináveis, muito ligados, infelizmente, a correntes fundamentalistas de uma religião muito primitiva:
The acrid smell of burning books
A library belonging to an Orthodox Christian priest in Lebanon, containing over 80,000 books and manuscripts, was set ablaze after it was claimed it contained a pamphlet that was insulting to Islam and the Prophet Muhammad.
Fui buscar ávido pela notícia completa no site da revista, e fiquei ainda mais estarrecido. Comparto com todos vocês o meu horror absoluto por esses atos inomináveis, muito ligados, infelizmente, a correntes fundamentalistas de uma religião muito primitiva:
Religion, libraries and war
The acrid smell of burning books
LAST month, when a moderate Sunni Muslim figure, ex-minister Mohamed Chateh, was assassinated by a car bomb in Beirut, some Middle East-watchers detected a "Sarajevo moment" for Lebanon. In other words, a single violent event that could be a step on the road to a broader conflict across the region, or even beyond it—just as the assassination of Austria's Archduke Ferdinand in the Bosnian capital, a century ago, started a chain reaction that led to the first world war. An exaggerated comparison? It did at least seem true that the killing of Chateh—a critic of the Syrian regime and its Lebanese allies, the Shia fighters of Hezbollah—on December 27th marked a new twist in the contest between Sunnis, Shias and their respective allies and sponsors, even though Syria and Hezbollah denied responsibility.
Anyway, in a rather different and more literal sense, you might say Lebanon had a Sarajevo moment last Friday night. In the north Lebanese city of Tripoli, a library belonging to an Orthodox Christian priest, containing over 80,000 books and manuscripts, was set ablaze and two-thirds of the contents were destroyed. What triggered the act of arson was the alleged "discovery...of a pamphlet inside one of the books at the library that was insulting to Islam and the prophet Muhammed," according to an AFP report. The library's steward, Father Ibrahim Sarrrouj, is a locally respected figure who enjoys good relations with the town's Muslim leaders. He had convinced them that he was nothing to do with the pamphlet, and had managed to negotiate the cancellation of a proposed demonstration against the library, which includes Islamic texts. But at least one fanatic with a match proved impossible to stop. Tension in Tripoli has been running high because the port is a stronghold of Sunni Islam with a minority of Alawites, practising the same faith as Syria's ruling elite. But Father Ibrahim has been one of the city's peacemakers and he has continued calling for restraint even after losing his treasures.
For people who care about ancient book collections that tell a rich cultural story, the act of arson immediately recalled an even greater assault on the written heritage of a cosmopolitan city: the destruction of the Sarajevo library in August 1992. The Moorish-revival structure, built in the 1890s, had housed more than 1.5m volumes, including at least 155,000 rare books and manuscripts. They were an important legacy of the region's Christian, Muslim and Jewish heritage. The great majority of the contents was destroyed when the building was pounded with incendiary grenades, but librarians and ordinary citizens braved sniper fire to form a human chain to pass books out of the smouldering building. One librarian was killed. Aleksandar Hemon, a Bosnian-born writer who now lives in America, believes the shelling of the library was ordered by his old literature professor, Nikola Koljevic, a Shakespeare scholar who horrified his students by joining the leadership of the hard-line Bosnian Serbs who were besieging the city. A troubled and conflicted figure, Koljevic committed suicide in 1997.
In all these ghastly situations, there are inspiring moments as well as horrifying ones. In Sarajevo, members of the library staff—Serbs and Croats as well as Muslims—worked on through the siege to catalogue the material they had salvaged. A new Sarajevo library is supposed to open this year, although some of its employees have had to work without pay recently because inter-ethnic squabbles have left them without a budget.
In the Lebanese port, one mildly encouraging thing is that on Saturday, hundreds of local Muslims staged a demonstration against the act of arson committed the previous night, with banners like "Tripoli, peaceful town" and "This is contrary to the values of the prophet Muhammed". The enemies of co-existence (whether their target is present-day symbiosis or the evidence of it in centuries past) never have things entirely to themselves.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Reuniao de Emergencia num certo pais longe daqui...
Gostaria de dar créditos aos autores, aos artistas, mas ainda não consegui: só aparece ao final do video.
Quem puder, por favor...
Vale a pena ver de novo. Plim, plim...
http://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ&feature=c4-overview&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag
Tem também aquela história da criação de um novo ministério, absolutamente pertinente:
http://www.youtube.com/watch?v=VNK7jF_vYlU&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag
Quem puder, por favor...
Vale a pena ver de novo. Plim, plim...
http://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ&feature=c4-overview&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag
Tem também aquela história da criação de um novo ministério, absolutamente pertinente:
http://www.youtube.com/watch?v=VNK7jF_vYlU&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag
Da Marcha da Insensatez para a Marcha da Estupidez: o Brasil continua modesto na sua decadencia...
Sempre a mesma coisa: o Brasil não consegue fazer as coisas direito nem na sua caminhada para o precipício. Em lugar de cair em grande estilo, a ponto de provocar uma catástrofe de efeitos hollywoodianos, como aquela relatada pela historiadora Barbara Tuchman (na verdade, uma grande vulgarizadora), que redundou na mais destruidora das guerras europeias, o país fica enrolando a sua própria decadência.
Bem, pelo menos o surto atual já foi apelidado de Marcha da Estupidez, o que eu acho que retrata fielmente o estado mental de certas pessoas.
Não fiquem deprimidos, pois até aqui ainda está razoável.
Tenham absoluta certeza: vai ficar muito pior, mas muuuuiiito mais pior, como diria alguém.
Aliás aquele mesmo que vocês estão pensando, objeto do próximo post.
Paulo Roberto de Almeida
O governo pretende enviar na semana que vem ao Congresso Nacional a proposta do plebiscito para tratar da reforma política. O prazo da consulta e o conteúdo das perguntas ainda dependem, respectivamente, de uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do posicionamento de líderes partidários. “A princípio a presidente pretende encaminhar ao longo da semana que vem. Mas vamos aguardar a decisão do TSE”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira.
Bem, pelo menos o surto atual já foi apelidado de Marcha da Estupidez, o que eu acho que retrata fielmente o estado mental de certas pessoas.
Não fiquem deprimidos, pois até aqui ainda está razoável.
Tenham absoluta certeza: vai ficar muito pior, mas muuuuiiito mais pior, como diria alguém.
Aliás aquele mesmo que vocês estão pensando, objeto do próximo post.
Paulo Roberto de Almeida
Reinaldo Azevedo, 27/06/2013
Nunca se esqueçam de que este “reaça” aqui, como dizem alguns, advertiu que estava em curso a marcha da irresponsabilidade. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RS), tornou-se agora o fanático do Passe Livre Estudantil. É o mais novo aliado da Mayara Vivian, a futura geógrafa e ex (suponho) garçonete do MPL. Ele está a fim de mudar a sua reputação junto aos chamados “progressistas”. Agora, se o povo quer, Renan quer também.
O senador conseguiu aprovar o regime de urgência para votar a proposta. Isso quer dizer que ela vai diretamente a plenário, sem passar nem pela Comissão de Constituição e Justiça. Os estudantes que, hoje em dia, já pagam meia, terão gratuidade total. Atenção! Só em São Paulo, 10% dos usuários do sistema já têm esse privilégio. Os que pagam meia são 12% — aí incluídos estudantes e professores. Por baixo, isso elevaria a gratuidade, suponho, para perto de 20%. Será assim: basta ser estudante, não paga — pouco importa a renda familiar.
A gratuidade total e mesmo a meia passagem, na maioria dos casos, já são uma estupidez, expressão óbvia de injustiça social. Mas estes são os tempos, não é? Pois é… Vamos lá, coleguinhas progressistas da imprensa! Saiam convocando as ruas “em nome do povo”. OS MAIS POBRES PAGARÃO A CONTA.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) tentou resistir: “Eu não sei o que diz o clamor das ruas. Mas a prudências recomenda que uma matéria dessas passe pela CCJ. Ele envolve um número enorme de recursos, não temos estimativa dos impactos. Precisamos de estimativa de quantos bilhões serão necessários para financiar o passe livre”.
Inútil. É claro que a proposta será aprovada no Senado. Os senadores não vão querer ficar de mal com o “espírito das ruas”, não é? A Comissão de Constituição e Justiça do Senado, diga-se, já aprovou uma PEC que põe o transporte entre os direitos sociais. Se é, então tem de ser oferecido de graça; será preciso haver o SUS dos ônibus, né? Espero que, ao menos, seja permitido que empresas particulares ofereçam um alternativa a quem quer pagar… Vocês sabem onde esse negócio daria: sucateamento do transporte público. É o que dá cair na conversa da Mayara Vivian. Não vou dizer que ela pensou como garçonete porque respeito a profissão.
Dilma poderia chamar o seu aliado Renan e dizer: “Isso não dá! A conta cai no colo dos prefeitos, e os prefeitos virão para cima de mim”. Para tanto, Dilma precisaria:
a: liderar — e ela não lidera:
b: ter um interlocução eficaz no Congresso — seu homem de confiança, hoje, é Aloizio Mercadante…
a: liderar — e ela não lidera:
b: ter um interlocução eficaz no Congresso — seu homem de confiança, hoje, é Aloizio Mercadante…
Se a estrovenga passar, um dos que mais vão sentir o peso, obviamente, será Fernando Haddad. A reputação deste rapaz, segundo estou sabendo, despencou. E ele nem pode acusar os “reacionários” da oposição, não é mesmo? Numa entrevista concedida à revista “Poder”, em abril, Haddad ficou muito bravo quando citaram meu nome. Babou de ódio mesmo. Afirmou que eu até fazia bem à esquerda porque demonstraria, segundo entendi, a insensibilidade da direita etc e tal. Vai lá, novo homem “sensível”! Dá o que pedem teus conselheiros “progressistas”! Faze o que querem teus aliados do Passe Livre!
Chegou a hora de cobrar a revisão da Lei da Gravidade. Se a massa quer, Renan também quer.
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Por Gabriel Castro e Marcela Mattos,na VEJA.com, 27/06/2013
O governo pretende enviar na semana que vem ao Congresso Nacional a proposta do plebiscito para tratar da reforma política. O prazo da consulta e o conteúdo das perguntas ainda dependem, respectivamente, de uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do posicionamento de líderes partidários. “A princípio a presidente pretende encaminhar ao longo da semana que vem. Mas vamos aguardar a decisão do TSE”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira.
A declaração de Mercadante foi dada após uma reunião nesta quinta em que a presidente ouviu presidentes de dez partidos da base aliada sobre o tema; no encontro, que durou quase três horas, a ideia do plebiscito foi aceita pela maioria das siglas – o PP defende a realização de um referendo. “Ficou absolutamente claro que a reforma política é necessária e que o povo deve ser ouvido nessa reforma”, afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após a reunião.
Dilma receberá nesta tarde líderes de partidos aliados na Câmara e no Senado. Só depois de ouvir representantes da base e da oposição é que ela vai organizar as questões propostas ao Legislativo. Mas Mercadante já afirmou que a população decidirá apenas os “pilares” da reforma – e citou dois: o formato de financiamento de campanha e o sistema de votação para vereador e deputado.
Mercadante, que tem atuado como articulador de Dilma, disse que a consulta será feita no tempo mais curto possível, e que o tema não deve mobilizar toda a população. “Seguramente não são todos os cidadãos que vão se interessar por participar do plebiscito, mas todos aqueles que têm interesse neste debate terão espaço concreto de atuação: poder votar e ajudar a definir as prioridades da reforma política.”
O presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), foi escalado para falar ao lado de Mercadante e de Cardozo após a reunião e disse que não necessariamente as mudanças devem ser aplicadas já nas próximas eleições: “Algumas coisas devem valer em 2014, mas nem todo o conjunto da reforma necessariamente valerá para 2014. Isso é uma decisão que vai ser dada no Congresso Nacional e pode, inclusive, ser objeto do plebiscito”, disse.
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