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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Paulo Roberto de Almeida: Relações Internacionais do Brasil, séculos XVI-XIX: ensaios historiográficos (novo livro em preparação)

 No momento em que estão sendo ultimados dois livros sobre os quais trabalhei cuidadosamente nos dois anos até aqui – Intelectuais na Diplomacia Brasileira: a cultura a serviço da nação (Francisco Alves-Unifesp) e Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil (Ateliê de Humanidades) – tenho o prazer de informar sobre mais um sendo ultimado:


Paulo Roberto de Almeida
Relações Internacionais do Brasil, séculos XVI-XIX: ensaios historiográficos
(15 de agosto de 2025)

Índice

Prefácio, 7
Apresentação, 9


        Parte I:
        Da Colônia à Independência

1. Quatro séculos de relações internacionais do Brasil, 15
1.1. Uma periodização tentativa da história brasileira, 15
1.2. A construção do Estado independente e sua diplomacia, 16
1.3. Um lento crescimento econômico no século XIX, 18
1.4. A divergência econômica mundial se acentua, 20
1.5. A diplomacia brasileira, do Império à República, 22

2. A diplomacia dos descobrimentos: de Colombo a Tordesilhas, 25
2.1. O ato fundador da história moderna, 25
2.2. O monopólio pontifício das relações internacionais, 27
2.3. Da arbitragem papal à negociação direta, 30
2.4. Tordesilhas: a primeira partilha do mundo, 33
2.5. Do condomínio ibérico à balança de poderes, 36
2.6. O nascimento da diplomacia permanente, 39
2.7. A formação territorial do Brasil, 40

3. Formação econômica do Brasil antes da autonomia política, 45
3.1. Napoleão provoca a emergência do Brasil no cenário mundial, 45
3.2. Situação econômica do Brasil colonial até 1808, 46
3.3. Transformações econômicas a partir da abertura dos portos, 50
3.4. Efeitos do tratado de comércio de 1810, 52
3.5. Mudanças econômicas a caminho da independência, 57
3.6. O contexto econômico das independências ibero-americanas, 61
Quadros e tabelas, 67

4. O nascimento do pensamento econômico no Brasil: Hipólito da Costa, 71
4.1. A economia pelo método empírico: Hipólito nos Estados Unidos, 71
4.2. A economia pelo método teórico: leituras de Hipólito, 74
4.3. A abertura dos portos e as indústrias: Hipólito olha o futuro, 76
4.4. O comércio com a Grã-Bretanha: Hipólito antecipa o prejuízo, 80
4.5. O tratado de 1810 e o interesse nacional: Hipólito pauta o debate, 83
4.6. Hipólito finaliza sua missão: a autonomia e a questão da mão-de-obra, 84
4.7. Influência de Hipólito no debate econômico do século XIX, 87
4.8. O legado de Hipólito para o pensamento econômico brasileiro, 90

5. As revoluções ibero-americanas e o constitucionalismo luso-brasileiro, 93
5.1. A evolução constitucional na Europa e nas Américas, 93
5.2. Da Constituição de Cádiz (1812) à Revolução do Porto (1820), 94
5.3. O mundo restaurado e novamente turbulento: ascensão do liberalismo, 100
5.4. O constitucionalismo português e a recolonização do Brasil, 104
5.5. A constituição portuguesa de 1822 e seus efeitos no Brasil, 108

6. O Correio Braziliense e a revolução do Porto: o caminho da independência, 113
6.1. Primeiras notícias: do lado dos constitucionalistas, 113
6.2. A preocupação com as “coisas” do Brasil, 115
6.3. As Cortes se “esquecem” do Reino Unido do Brasil, 116
6.4. Começam as divergências constitucionais entre os dois reinos, 117
6.5. A revolução do Porto finalmente chega ao Brasil, 118
6.6. O Brasil constrói sua própria estrutura constitucional, 120
6.7. A separação refletida nas páginas do Correio Braziliense, 121

7. A censura ao Correio Braziliense e a independência do Brasil, 125
7.1. Censura, uma prática estatal, desde a mais remota antiguidade, 125
7.2. A censura política contra o “armazém literário” de Hipólito, 128
7.3. O Correio Braziliense como bastião da liberdade de imprensa, 132

8. A hipótese de um império luso-brasileiro: um ‘imenso Portugal’?, 141
8.1. Poderia o Brasil ter sido o centro de um império luso-brasileiro?, 141
8.2. A importância do Brasil para a economia da metrópole, 143
8.3. Situação de Portugal e Brasil na fase anterior à independência, 146
8.4. A hipótese da união imperial no período joanino e na independência, 148
8.5. Hipólito da Costa e a manutenção da unidade luso-brasileira 155
8.6. Um império luso-brasileiro a partir de uma unidade americana?, 162
8.7. O Brasil poderia assumir o comando de um império multinacional?, 164

        Parte II:
        Os grandes desafios da diplomacia imperial

9. A diplomacia brasileira da independência: heranças e permanências, 175
9.1. A diplomacia e a política externa na independência do Brasil, 179
9.2. A conquista da autonomia no Arquivo Diplomático da Independência, 178
9.3. A outra independência: uma construção alternativa do Estado, 182
9.4. A Bacia do Prata e a Cisplatina: a primeira guerra do Brasil, 186
9.5. A diplomacia do tráfico escravo: defendendo o indefensável, 190
9.6. A lenta conformação de uma diplomacia profissional, 198

10. O reconhecimento internacional da independência do Brasil, 201
10.1. Antes da Independência, o manifesto às “nações amigas”, 201
10.2 Finalmente o Império do Brasil: as primeiras missões, 202
10.3. A defesa do país exigia uma monarquia unitária, 204
10.4. Sem concessões aos imperialismos europeus, 206
10.5. Estabelecimento de relações com as principais potências, 208
10.6. A primeira diplomacia americanista do Brasil, 209
10.7. Os retardatários da Santa Aliança: Áustria e Espanha, 211
10.8. A diplomacia brasileira na construção do Estado, 213

11. A construção da diplomacia imperial por seus “pais fundadores”, 216
11.1. Um Estado com política externa, mas sem diplomacia, 217
11.2. Construindo a instituição: caminhos da profissionalização, 220
11.3. O papel do Parlamento na condução da diplomacia, 224
11.4. As bases intelectuais dos diplomatas imperiais: Paulino, 226
11.5. A burocratização da diplomacia imperial: Visconde do Rio Branco, 229

12. A diplomacia da imigração: contornando o escravismo 233
12.1. A diplomacia da imigração e a competição estrangeira, 233
12.2. A Lei de Terras: uma contrarreforma agrária, 236
12.3. Os diplomatas à cata de imigrantes europeus, 238
12.4. Argentina e Estados Unidos ganham no recrutamento, 239
12.5. A escravidão forçada contra a imigração espontânea, 241
12.6. Os diplomatas e a abolição, 242
Tabela estatística, 245

13. Uma geopolítica avant la lettre: Varnhagen e a reforma do Império, 247
13.1. Um historiador que também foi um pensador geopolítico, 247
13.2. Varnhagen possuía um pensamento estratégico?, 250
13.3. O pensamento estratégico na época de Varnhagen, 255
13.4. Qual era o pensamento estratégico de Varnhagen?, 258
13.5. As propostas de Varnhagen se refletiram no Estado imperial?, 267
13.6. O legado desse pensamento na construção do Estado brasileiro 272
13.7. Existe uma modernidade em Varnhagen?, 281

        Parte III:
        Historiografia das relações internacionais do Brasil

14. A historiografia da independência: uma revisão da literatura, 289
14.1. Os principais trabalhos sobre a história da independência, 289
14.2. Qual historiografia, qual independência?, 293
14.3. A historiografia da independência: seus principais historiadores, 295
14.4. As fontes, os fatos e a historiografia da Independência, 297
14.5. Historiadores estrangeiros dos “sucessos” da independência, 300
14.6. O patrono da historiografia, Varnhagen, e seu crítico, Oliveira Lima, 303
14.7. O Arquivo Diplomático da Independência e o Projeto Resgate, 306

15. A historiografia diplomática até a primeira metade do século XX, 313
15.1. A historiografia: uma quase esquecida na história das ideias, 313
15.2. A historiografia das relações exteriores: principais representantes, 315
15.3. Varnhagen, o pai da historiografia, o legitimista da corte, 317
15.4. João Ribeiro inaugura a era dos manuais de história do Brasil, 322
15.5. Oliveira Lima: o maior dos historiadores diplomatas, 324
15.6. Pandiá Calógeras: a sistematização da história diplomática, 330
15.7. Interregno diversificado: trabalhos até o início do século XX, 334
15.8. Os manuais de história diplomática: Vianna, Delgado e Rodrigues, 340

16. A historiografia econômica do Brasil, 347
16.1. Temas, agendas, historiadores, 347
16.2. Da reconstituição do passado colonial às crises financeiras, 348
16.3. O nascimento de uma história econômica nacional, 350
16.4. O nacionalismo e o papel econômico do Estado, 353
16.5. O grande esforço da industrialização: Celso Furtado, 354
16.6. Os desequilíbrios do crescimento: os novos historiadores, 356
16.7. Progressos na pesquisa em história econômica, 357


Anexos: cronologia e documentos históricos
1. Cronologia histórica até a independência do Brasil, 363
2. Documentos fundadores do território a brasileiro, 377
a) Tratado de Tordesilhas, 1494, 377
b) Carta de El-Rei de Portugal, D. Manuel, aos Reis Católicos, 1501, 379
c) Tratado de Madri, 1750, 381
d) Manifesto às nações amigas, 1822, 385

Referências bibliográficas, 397
Notas sobre os trabalhos, 419
Nota sobre o autor, 433