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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Corruptos do Brasil, a relacao dos que serao investigados - Lista Fachin

DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO
VEJA A LISTA COMPLETA DA 'LISTA FACHIN' QUE SERÃO INVESTIGADOS
VEJA A LISTA DOS DELATADOS NA JUSTIÇA, INCLUINDO EX-PRESIDENTES
Publicado: 11 de abril de 2017 às 20:38 - Atualizado às 23:53
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para instâncias inferiores inquéritos onde os investigados não possuem foro privilegiado. Todos os inquéritos são baseados nas 78 delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.
Nesta segunda “Lista de Fachin” estão os três ex-presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Roiusseff (PT). O senador Fernando Collor (PTC-AL) está na lista com foro privilegiado e o ex-presidente José Sarney (PMDB) já tem inquérito para chamar de seu, aberto depois dos áudios do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Governadores também serão investigados, Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte, Tião Viana (PT) governador do Acre e Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas.
Os prefeitos Napoleão Bernardes (PSDB), prefeito de Blumenal (SC), Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró (RN).
E os ex-ministros petistas Guido Mantega e José Dirceu.
Confira a integra da Lista de Fachin:

Neste link:
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=77564764788

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O tratamento de cabelo mais caro do mundo, em 2013: 27 mil reais (ainda acho que foi pouco; deveria ter renunciado, ou ser destituido)

Renan devolve R$ 27 mil por uso de avião da FAB em voo particular

Presidente do Senado viajou para Recife para fazer implante de cabelo em dia que não tinha compromissos oficiais

30 de dezembro de 2013 | 15h 59
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recolheu R$ 27.390,25 aos cofres públicos nesta segunda-feira, 30. "O valor se refere ao uso da aeronave em 18 de dezembro entre as cidades de Brasília e Recife e foi calculado pela Força Aérea Brasileira (FAB)", informou a assessoria de imprensa da Presidência do Senado. O pagamento foi realizado por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).
Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data. De acordo com dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a serviço".
Diante do episódio, a Aeronáutica informou no último dia 23 que disponibilizou um avião para o transporte do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em voo de Brasília a Recife, atendendo regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. Nota divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica citou que fugia à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem.
Foi a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utilizou um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Brasil a caminho de ser uma Republica Mafiosa, desde a base, alias...

Em parte por culpa de nossa Constituição esquizofrênica, em grande parte pela lassidão de costumes políticos, num país onde certos líderes amorais consagram o desrespeito à leis, e o culto da impunidade...
Paulo Roberto de Almeida

Com mais verbas federais, prefeituras são alvo da cobiça

Depois da Constituição de 88, que permitiu incremento de repasses, executivos locais ganharam mais poder

12 de outubro de 2013 | 16h 00
Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo
As mortes de prefeitos aumentaram no País a partir da Constituição de 1988. Da Lei da Anistia, em 1979, até aquele momento, 13 prefeitos foram assassinados, uma média de 1,3 assassinato por ano. A partir da nova Carta Magna, quando as prefeituras passaram a receber maior injeção de recursos federais, foram 65 assassinatos de chefes de Executivos municipais, 2,6 por ano.
Com o repasse de dinheiro de novos fundos federais, a caneta do prefeito se fortaleceu, tornando-se um objeto desejado como nunca, um oásis em regiões onde o emprego e a indústria não chegaram. A luta pelo controle da prefeitura e de Câmaras Municipais tornou-se menos partidária e mais violenta, a ponto de superar a influência dos grandes proprietários de terras. A ligação entre a grande propriedade rural e a concentração de votos em redutos eleitorais dos grotões, que por tradição alimentaram as figuras do pistoleiro, do capanga e do mandante, foram retratadas, por exemplo, no clássico "Coronelismo, enxada e voto", de Victor Nunes Leal.
Hoje, Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), avalia que a disputa por poder está cada vez mais acirrada nos cerca de 4 mil municípios do País com até 20 mil habitantes. "São cidades onde a indústria é a prefeitura", explica.
Ele observa que os crimes políticos nesses municípios são de ordem mais "pessoal" e "econômica". Segundo Ziulkoski, o prefeito tanto pode ser morto por envolvimento em atos ilícitos e esquemas de desvios de recursos como pode ser alvo dos entraves que enfrenta para governar seu município. "Às vezes, ele não consegue pagar dívidas ou o funcionalismo e entra na mira de pessoas desesperadas", afirma.
Ziulkoski diz que ouve com frequência histórias de funcionários demitidos ou microempresários endividados que foram ao gabinete do prefeito com faca na mão.
"As pessoas não querem saber se Brasília não liberou o dinheiro ou o prefeito enfrenta problemas orçamentários", completa. "O prefeito corre mais risco de morte que a presidente." O coordenador da confederação de municípios diz que o prefeito precisa se preocupar com um esquema para protegê-lo de grupos que tiveram seus interesses contrariados. O problema, avalia, precisa ser discutido pelos órgãos de segurança pública. "O problema é que se o prefeito gastar dinheiro com muitos seguranças vai acabar condenado."
Fundeb. Um crime que se tornou comum no Piauí, Rondônia e Maranhão é o assassinato de prefeitos por financiadores de campanha. Durante a disputa, agiotas bancam campanhas de candidatos diante da promessa de repasse ilegal de recursos federais. Um dos fundos mais visados é o do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb.
O uso de recursos federais também é apontado como causa da morte de adversários de prefeitos e secretários.
Em setembro de 2009, os sindicalistas e professores Álvaro Henrique Santos e Elisney Pereira, em Porto Seguro, na Bahia, foram mortos numa emboscada. Eles tinham denunciado um esquema de desvio de recursos do Fundeb. O secretário de governo e comunicação do município, Edésio Lima Dantas, foi denunciado como mandante dos crimes. Ficou preso oito meses e, agora, aguarda julgamento em liberdade. Antonio Marcos Carvalho, motorista do secretário, e outras testemunhas foram mortos numa "queima de arquivo". As mortes dos sindicalistas causaram revolta na cidade. Pistoleiros tinham invadido o sítio de Maria Aparecida Santos, mãe de Álvaro, e que estava com o neto Arthur Henri, uma criança com deficiência. Os assassinos obrigaram a mulher a telefonar para Álvaro e dizer que o menino passava mal. Ao chegar ao sítio em companhia de Elisney, Álvaro foi recebido à bala. Elisney morreu no local. Álvaro ainda foi levado para o hospital e morreu seis dias depois.