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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 15 de março de 2020

Brasil perdeu Nobel porque o cientista não tirou certificado de reservista - Bruno Vaiano

Brasil perdeu Nobel porque o cientista não tirou certificado de reservista

Peter Medawar nasceu em Petrópolis e lá viveu até os 14 — quando foi estudar na Inglaterra e renunciou à cidadania brasileira para não servir o exército

Em 2015, a SUPER entrevistou o evolucionista Richard Dawkins — e ele comentou de passagem que um de seus ídolos, o prêmio Nobel Peter Medawar, nasceu no Brasil. Não só nasceu como viveu e estudou em Petrópolis, no Rio de Janeiro, até os 14 anos.
Eu achei essa história muito estranha. Afinal, já virou clichê dizer que o Brasil não tem Nobel. Isso fere nosso orgulho. A Argentina tem Nobel. O Peru tem Nobel. A Colômbia tem Nobel. O Brasil não tem Nobel do mesmo jeito que a Inglaterra não ganha uma Copa desde 1966: padrão Mick Jagger de de zica e pé-frio. É um desses fatos inescapáveis da vida.
Uma pesquisa rápida revela o essencial sobre o prodígio mais desconhecido da nação: Medawar era filho de um libanês e uma inglesa. Sua família veio para cá quando o patriarca, sócio de uma empresa inglesa que fabricava próteses e instrumentos de dentista, visitou a capital fluminense para instalar uma filial na rua do Ouvidor. O casal gostou do que viu e ficou por aqui mesmo: eles tiveram quatro filhos, morreram e foram enterrados no Brasil.
Medawar pai não era bobo: apesar de gostar do país tropical, sabia que ter um passaporte inglês não faz mal a ninguém. Registrou suas quatro crias tanto aqui como na terra da rainha Elizabeth. Com 14 anos, o Peter adolescente aproveitou sua dupla cidadania para fazer o colegial na Europa — e como já era um gênio desde cedo, emendou uma graduação em zoologia em Oxford. Coisa fina.
O que leva a outra pergunta: naquela época, não prestar serviço militar era mesmo suficiente para perder a cidadania? Ou Medawar simplesmente optou por não ser mais brasileiro para evitar a dor de cabeça?
Em uma reportagem do Fantástico de 1998 (que você pode ver no YouTube), um advogado afirma que Medawar morreu tão brasileiro quanto nasceu: ficar sem certificado de reservista não é suficiente para ser jogado na sarjeta pela nação.
Folha também fez uma matéria sobre o assunto em 1996, em que há uma breve análise de um professor de Direito da USP. A conclusão dele foi um pouco diferente: de fato, nenhuma das constituições brasileiras  inclua aí as de 1934 e 1937, que vigoravam quando Medawar estava na faculdade — afirma explicitamente que quem não presta serviço militar fica sem cidadania. Na época, porém, “havia essa interpretação”.
O texto da Folha não dá mais detalhes, mas não é difícil de imaginar o porquê de uma medida tão radical: 1937 marca o início do Estado Novo, a ditadura comandada por Getúlio Vargas. Nessa época, tentar escapar do exército na malandragem certamente não era o melhor jeito de ficar bem na fita com a justiça.
Gerdal Medawar, um primo do biólogo que passou a vida no Brasil, afirma que ele, na verdade, renunciou voluntariamente à cidadania brasileira. O pesquisador simplesmente não quis ter a dor de cabeça de interromper a graduação em Oxford para fazer uma visita arriscada ao quartel — que poderia lhe render um ano longe dos estudos. Como ele já tinha a cidadania britânica, garantida por seus pais, não foi tão difícil assim tomar a decisão.   
Os Medawar eram razoavelmente bem relacionados: o padrinho do futuro Nobel era ninguém menos que Salgado Filho, na época ministro do Trabalho. O político pediu pessoalmente a Gaspar Dutra, então ministro da Guerra, que liberasse o afilhado do serviço militar. E ouviu um “não”. Dureza.
Conclusão? Com ou sem cidadania, é pouco provável que Medawar tivesse entrado para a história como um Nobel brasileiro. Ele abraçou seu lado inglês sem olhar para trás, e foi na Inglaterra que ele fez todo seu trabalho.
Por último, para você não ir embora curioso: Medawar ganhou o prêmio por suas pesquisas sobre o sistema imunológico — que permitiram os primeiros transplantes de órgãos e tecidos sem rejeição. 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Premio Nobel da Paz: o discurso (preparado) do próximo ganhador, ele mesmo...

Acho que está muito próximo do texto que o próprio teria escrito, e falado.
Parabéns ao Dana Milibank. Penetrou na alma do grande idiota.
Paulo Roberto de Almeida

President Trump’s Nobel Peace Prize acceptance speech


“President Trump should win the Nobel Peace Prize.”
— South Korean President
“No-bel! No-bel! No-bel!”
— Audience at Trump’s Michigan rally Saturday
NOBEL PEACE PRIZE ACCEPTANCE SPEECH OF PRESIDENT TRUMP
OSLO, DEC. 10, 2018
Your Majesties, Your Royal Highnesses, distinguished members of the Norwegian Nobel Committee: 
I have received a lot of honors — like, a lot. I was on the cover of Time more than anybody else. I went to the best schools. I was elected president on my first try. It was the biggest electoral college landslide since Reagan. But people tell me this is a big honor — the biggest, maybe. And I think this is very good for you, because your ratings are going through the roof right now. This crowd is much bigger than Obama’s was.
People don’t know this, but some other top guys like Nelson Mandela have won this award before. He’s done an amazing job and is being recognized more and more, even though South Africa is a crime-ridden mess that is just waiting to explode — not a good situation for the people! Anyway, with me, you’re breaking all the records. You’re welcome.
I love Norwegians! I want more immigrants from Norway and others who have the same merit-based complexion that Norwegians have. Why are we having all these people from shithole countries? Why do we need more Haitians? Take them out. They all have AIDS.
I thought I was going get this peace prize when I told your prime minister in January that I was sending Norway some F-52 fighter jets. People laughed and said the F-52 only exists in the video game “Call of Duty: Advanced Warfare.” But they aren’t laughing anymore, because we also sent Norway barrels full of Xbox Ones.
You’re going to need those F-52s because there are a lot of bad hombres in Europe. You look at what’s happening last night in Sweden. Sweden, who would believe this? They’re having problems like they never thought possible. Germany is a total mess. Brussels is a hellhole (although, I admit, Belgium is a beautiful city). Have you seen the videos of destructive radical Islamic terrorism in Britain? Paris is no longer Paris.
The haters and the liars say I don’t deserve this award. They make up fake newsabout how I invented the country of Nambia, shoved the prime minister of Montenegro, thought the prime minister of Singapore was from Indonesia, mistookNew Zealand’s prime minister for Justin Trudeau’s wife, called Israel’s Holocaust memorial “so amazing,” admired Brigitte Macron’s body, rewrote the history of Napoleon’s Russia invasion, substituted a porn actress’s name for the British prime minister’s, mixed up the names for China and Taiwan, and had missile talks while guests at Mar-a-Lago listened.
Wrong!
I was, like, really smart, when I made peace with Rocket Man. By calling him short and fat and saying I would totally destroy him with fire and fury from my big and powerful nuclear button, I got him to negotiate. He still hasn’t given up his nuclear weapons, but he has agreed to stop calling me a dotard. In exchange I have agreed not to attack him, and I have given California to North Korea.
I am bringing peace to the rest of the world, too — peace from terrible, horrible and disgusting deals like the Paris accord and the Trans-Pacific Partnership. The world’s shipping lanes are now more peaceful and quiet. Trade wars are good, and easy to win! I might give people peace from other stupid deals: the insane Iran nuclear deal, the terrible Cuba exchange deal, the worst ever Australia refugee dealbad-joke NAFTA and obsolete NATO. We have also made air travel more peaceful by making sure people from Syria, Iran, Libya, Somalia and Yemen don’t visit America. 
On my way to the Nobel Prize, I knocked the hell out of the Islamic State, sent nice, new, smart missiles into Syria and dropped the Mother of All Bombs on Afghanistan. But those are only a tiny, tiny fraction of the countries I could have bombed.
I did not bomb Mexico even though they’re murderers and rapists. I did not bomb Canada, even though they are disgraceful about trade. I didn’t bomb Pakistan, even though they have given us nothing but lies and deceit. I didn’t bomb China, even though they are raping our country. And I have strongly supported the leaders of Turkey, Egypt, Saudi Arabia, the Philippines and Russia, as they promote peace by silencing noisy dissidents. 
Your Majesties and Highnesses, people who worked for me once said “do not congratulate!” — but I fired most of them. So come on, get up and applaud. You are so lucky that I gave you that privilege.

Twitter: @Milbank

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mario Vargas Llosa e os esquerdistas da Suecia - Cato Institute

Meu amigo Orlando Tambosi me chama a atenção para esta matéria, do Cato Institute, que reflete a geografia universal dos néscios...
Paulo Roberto de Almeida

A Suécia também tem seus estúpidos ideológicos
Orlando Tambosi, 26/01/2014

A Suécia, tão festejada pelos amantes do Estado benfeitor, também tem lá seus estúpidos ideológicos esquerdistas. Convém lembrar que eles gritaram contra o "traidor" Mário Vargas Llosa, quando a Academia Sueca lhe concedeu o Prêmio Nobel de Literatura. (2010). Leiam o artigo de Joahan Norberg, que revela o nefando preconceito contra um dos raros intelectuais liberais da América Latina. Ah, não deem o prêmio a um "direitista", bradaram os estúpidos do estatismo. Segue o texto, na íntegra:

“Estoy un poco molesta”, dijo la crítica de literatura Ulrika Miles durante el anuncio en televisión sueca del Premio Nóbel de Literatura del 2010. La elite cultural del país se demoró segundos en darse cuenta de que se había cometido un error en el proceso de votación de la Academia Sueca: como sabrán, Mario Vargas Llosa, el ganador, ya no es socialista. “Lo perdí cuando se convirtió en un neoliberal”, se lamentaba Miles. Muchos otros hacían eco de su queja.
La gente que nunca tuvo reparos sobre la orientación política de otros ganadores del Premio Nóbel —como Wislawa Szymborska, quien escribió celebraciones poéticas de Lenin y Stalin; Günter Grass, quien alabó a la dictadura cubana; Harold Pinter, quien respaldó a Slobodan Milosevic; José Saramago, quien purgó a los anti-estalinistas del periódico que él editaba— pensó que la Academia Sueca finalmente había cruzado la línea. La orientación política de Mario Vargas Llosa aparentemente debería haberlo descalificado de cualquier consideración para el premio. Él es, después de todo, un liberal clásico que sigue la tradición de John Locke y Adam Smith.
Los periodistas y escritores de la izquierda estatista de Suecia explicaron que Vargas Llosa se había convertido en “traidor” durante los ochenta, cuando se opuso públicamente al socialismo e incluso se lanzó para la presidencia del Perú con un programa de gobierno liberal. Sugirieron que fue probablemente su estilo de vida privilegiado de escritor exitoso lo que socavó su simpatía y solidaridad con los pobres y los oprimidos.
En el periódico más importante de Suecia, Aftonbladet, tres escritores lo acribillaron el primer día del anuncio del Premio Nóbel. Uno escribió que el premio era un triunfo para la derecha sueca; otro dijo que era una victoria para la derecha autoritaria de América Latina; otro lo acusó de ser no solamente un neoliberal, sino también un “machista” (lo que Vargas Llosa ignoraba es que hoy en día solamente es aceptable que las mujeres escriban sobre sexo; cuando los hombres lo hacen, aparentemente, es algo machista y de mal gusto).
Martin Ezpeleta de Aftonbladet incluso dijo que el premio era una victoria para los racistas porque Vargas Llosa una vez escribió un ensayo atacando la ideología del multiculturalismo. Que en ese mismo ensayo también haya pedido que se adopte una política de inmigración más abierta no fue de importancia para Ezpeleta —hasta que otros detectaron su distorsión y él silenciosamente omitió la acusación de “racismo” de su artículo y pretendió que nunca estuvo ahí.
Al periódico de extrema izquierda Flamman le tocó decirles a sus lectores que se calmaran. Sí, Vargas Llosa es un liberal, pero también es un escritor fantástico y una “excelente elección” para el Premio Nóbel. Bueno, de hecho él lo es. Incluso si uno odia los mercados libres, el libre comercio y otras cosas que Vargas Llosa respalda, es difícil negar que es uno de los mejores novelistas de nuestros tiempos.
Vargas Llosa ha escrito cuentos sencillos, incluso unos cómicos, pero las novelas comoLa fiesta del chivo y La guerra del fin del mundo son ese tipo de relatos ambiciosos que ya no se cuentan, en una época en que gran parte de los escritores no tienen la paciencia de compartir algo más allá de sus bares favoritos y sus trágicas vidas amorosas. En sus mejores momentos, Vargas Llosa es la respuesta del mundo literario a una serie de científicos teóricos: él trata con más dimensiones que las que gran parte de nosotros podemos experimentar con nuestros sentidos. Como Víctor Hugo, captura toda una era o la tragedia de un país en unos cuantos capítulos, pero como los mejores escritores de novelas de crimen, él también nos mantiene en suspenso con intrigas dramáticas. Y también administra un gran número de personajes, como los grandes escritores rusos —personajes cuyas relaciones, conversaciones y desarrollos internos constituyen el verdadero escenario de la novela.
Vargas Llosa va y viene entre estas dimensiones, cambia la narración y los tiempos para contar la misma historia desde distintos ángulos, para hacerla más completa pero también más compleja. Es algo técnicamente complejo, pero fácilmente accesible y legible, incluso resulta difícil soltar un libro suyo una vez que se empieza a leerlo. Puede hacer que temas ligeros parezcan serios e importantes y puede escribir acerca de la miseria y la tragedia de una manera humorística e irónica.
Pero antes de que se deje llevar y concluya que Vargas Llosa se merece el premio: ¿me olvidé de decirle que no es socialista? Bueno, antes lo era. Era un comunista convencido que respaldaba la revolución cubana. Cambió de parecer no porque ya no era capaz de simpatizar con los pobres y los oprimidos, sino porque todavía lo hacía cuando otros empezaron a identificarse más con los revolucionarios que con la gente en cuyo nombre se hacía la revolución. Él vio que Castro perseguía a los homosexuales y encarcelaba a los disidentes. Mientras que otros socialistas se quedaron callados y pensaron que el sueño justificaba los medios, Vargas Llosa empezó a hacerse preguntas incómodas acerca de cómo sus ideales, una vez realizados, se parecían más a los campos de concentración que a las utopías socialistas.
Ahí es cuando el autor empezó a pensar que la centralización del poder y de la riqueza en el Estado derivaba en autoritarismo y que las barreras comerciales, las regulaciones y la ausencia de los derechos de propiedad protegían a los poderosos y hacían imposible que los pobres inicien un negocio y se construyan una vida. Se convirtió en un liberal clásico, siempre luchando en contra de los corruptos y los autoritarios, sin importar como se disfrazaran —ya sea como juntas militares, o como personas de la derecha mercantilista o como dictadores socialistas— y emprendió en la lucha por el Estado de Derecho y los derechos de propiedad para los pobres y los oprimidos.
Los intentos de presentar a Vargas Llosa como un partidario de la derecha autoritaria en América Latina son simplemente vergonzosos. La única pieza de evidencia en el artículo de Aftonbladet fue que respaldó a Sebastián Piñera en la última elección presidencial de Chile —lo cual, sin embargo, no tiene sentido ya que Piñera es un político democrático moderado que ha criticado la tradición autoritaria de la derecha chilena y que votó en contra de Pinochet en el referéndum sobre su mandato en 1988.
El intento de Vargas Llosa de someter a todos los gobernantes a los mismos estándares es lo que hace algo sumamente revelador la aseveración de que él traicionó a la izquierda. Muchos intelectuales han condenado a las dictaduras derechistas de Perú y de Chile y muchos intelectuales han condenado a las dictaduras izquierdistas de Cuba y de Nicaragua, pero pocos han condenado ambos grupos de dictaduras como Vargas Llosa.
Si eso es un ataque para la izquierda, lo es solamente porque la izquierda ha puesto su esperanza en generaciones sucesivas de caudillos como Castro y Chávez. Para la izquierda, cualquiera que insiste en que las mismas reglas democráticas deberían aplicarse a sus héroes se vuelve un traidor, un derrotista, un derechista. Él es el esclavo dentro de sus filas, murmurando que toda la gloria es efímera y que ustedes son mortales. Y ese no es un papel popular. Como Vargas Llosa escribió una vez: “Por razones que no entiendo, cualquiera que defiende la libertad de expresión, las elecciones libres y el pluralismo político en América Latina es visto como un derechista entre los intelectuales de la región”.
Los intentos de politizar el premio de literatura y las demandas de que los autores deberían ser izquierdistas confesos no son muy atractivos. Pero tal vez los críticos han señalado algo válido. Tal vez no podemos separar a las novelas de Vargas Llosa de su pensamiento político, su literatura de su creencia en la libertad. En un ensayo acerca de la literatura él explicó que “toda la literatura buena es radical y hace preguntas radicales acerca del mundo en el que vivimos”, y que toda la literatura es “el alimento de los que tienen un espíritu rebelde, la promulgadora de las inconformidades”.
Incluso se puede decir que la Academia Sueca está de acuerdo, porque le dio el premio a Vargas Llosa “su cartografía de las estructuras de poder y por sus incisivas imágenes de la resistencia, la rebelión y la derrota del individuo”. La diferencia entre él y sus viejos amigos que ahora son sus opositores es que él toma en serio a ese poder y a esa resistencia. No son solo meras ficciones. (El Cato).

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Premio Nobel do Erro: Enrico Fermi, Fisica 1938

Il y a 75 ans, le Nobel de physique récompensait… une incroyable erreur

Lundi 7 octobre s'ouvre la grande parade annuelle des prix Nobel, avec la catégorie "physiologie ou médecine". Suivront la physique (le 8 octobre), la chimie (le 9), la paix (le 11), les sciences économiques (le 14) et la littérature à une date qui n'est pas encore déterminée. 2013 est l'occasion d'un curieux anniversaire puisqu'on fête cette année les 75 ans de ce qu'on peut appeler le prix Nobel de l'erreur et ce dans le domaine qui est censé être le plus précis de tous ceux que cette récompense recouvre, à savoir la physique.
En 1938, c'est l'immense chercheur italien Enrico Fermi qui reçoit la distinction suprême pour, je cite, "sa découverte de nouveaux éléments radioactifs, développés par l’irradiation des neutrons, et sa découverte à ce propos des réactions de noyaux, effectuées au moyen des neutrons lents". Le communiqué explicite cette découverte ainsi : “Fermi a en effet réussi à produire deux nouveaux éléments, dont les numéros d’ordre sont 93 et 94, éléments auxquels il a donné le nom d’ausénium et d’hespérium.” Seulement voilà, d'ausénium et d'hespérium il n'y avait en réalité point dans l'expérience du savant transalpin. Fermi s'était trompé dans son interprétation et il avait néanmoins eu le prix Nobel pour la découverte de deux éléments imaginaires...
Pour comprendre cette erreur, il faut replonger dans les années 1930, ère des pionniers du noyau atomique. L'histoire illustre à merveille la manière dont la science se trompe, se corrige et, ce faisant, s'améliore. Que fait Enrico Fermi dans l'expérience qui lui vaut ce Nobel, relatée en 1934 dans Nature ? A l'époque, on ne connaît pas d'élément chimique dont le noyau contienne davantage de protons que l'uranium (92) et le chercheur italien se demande s'il est possible de synthétiser des éléments plus lourds. Son idée est de profiter de la radioactivité bêta qu'il vient de modéliser et grâce à laquelle un neutron peut se transformer en proton (ou le contraire). Pour son expérience, Fermi part de l'idée qu'en bombardant de neutrons des noyaux d'uranium, ceux-ci vont finir par absorber un neutron qui, sous l'effet la radioactivité bêta, se transformera en proton. Le noyau aura finalement gagné un proton, ce qui aura "transmuté" l'uranium à 92 protons en élément nouveau à 93 protons (que Fermi appellera ausénium). Après une nouvelle étape, celui-ci se métamorphosera en élément à 94 protons (nommé hespérium). La difficulté de l'expérience consiste à détecter la présence de ces nouveaux éléments. Fermi ne les identifie pas chimiquement : il se contente de constater que l'expérience produit deux "choses" radioactives dont les caractéristiques sont inconnues. Pour lui, c'est la preuve, certes indirecte, mais la preuve quand même, qu'il a synthétisé deux nouveaux éléments.
Comme l'explique Martin Quack, chercheur à l'Ecole polytechnique fédérale de Zurich, dans l'article qu'il a récemment consacré à cette histoire (publié parAngewandte Chemie International Edition), Enrico Fermi est au départ plutôt prudent dans sa formulation. Mais les années passant et rien ne venant contredire cette interprétation, cette prudence s'estompe et l'on considère le résultat comme acquis, d'autant que la stature scientifique de l'Italien est immense. La chimiste allemande Ida Noddack tente bien d'avancer que le niveau de preuve n'est pas suffisant, mais personne ne tient vraiment compte de ses objections. Un magnifique cas d'école de l'aveuglement des experts.
Tout se précipite à la fin 1938, comme dans un thriller scientifique où le temps se condense et s'accélère. Le 12 décembre, Enrico Fermi reçoit à Stockholm son prix Nobel des mains du roi de Suède. Il en profite pour fuir aux Etats-Unis, la situation de son épouse, qui est juive, étant de plus en plus précaire dans l'Italie mussolinienne. Une semaine plus tard, le 19, le chimiste allemand Otto Hahn, qui a, avec Fritz Strassmann, reproduit l'expérience de Fermi, envoie ses résultats à sa consœur Lise Meitner : les produits de l'expérience ne sont pas des éléments superlourds. Au contraire, cela ressemble à des isotopes inconnus d'éléments plus légers, notamment du baryum (56 protons). Mais comment diable de l'uranium peut-il donner du baryum ? Pendant les vacances de Noël, Lise Meitner discute avec son neveu, Otto Frisch de la possibilité théorique qu'un noyau d'uranium se brise pour donner des noyaux plus légers. Ils écrivent un article en ce sens qui sera publié en février 1939. Ce qu'avait réalisé Enrico Fermi sans le comprendre, c'était la première expérience de fission nucléaire !
Le coupable était dans l'uranium. Le minerai naturel d'uranium contient deux isotopes de cet élément. Le premier, l'uranium 238 (92 protons + 146 neutrons) est de très loin le plus courant puisqu'il représente plus de 99 % du minerai. Le second, l'uranium 235 (92 protons + 143 neutrons) est beaucoup plus rare (0,7 %) au point qu'on peut le considérer comme une impureté. C'est lui qui est fissile et que l'on emploie dans de nombreux réacteurs nucléaires. Et c'est aussi lui qui se trouvait dans la bombe atomique d'Hiroshima. Dans l'expérience de Fermi, le bombardement de neutrons n'a, contrairement à ce qu'espérait le savant italien, rien fait aux atomes d'uranium 238. En revanche, il a provoqué la fission des noyaux d'uranium 235. Les produits nouveaux qu'a détectés l'Italien étaient des produits de fission, des éléments plus légers, inconnus sous cette forme radioactive, comme le baryum 140.
Enrico Fermi méritait sans doute un Nobel et il est dommage qu'il l'ait reçu pour une expérience mal interprétée et pas assez approfondie. Dès qu'il apprit la découverte de Hahn et Strassmann, début 1939, il modifia son discours de réception du prix pour intégrer ce nouveau résultat, preuve d'une grande honnêteté intellectuelle. Les deux chercheurs allemands reçurent le Nobel de chimie 1944 pour la fission nucléaire (Lise Meitner étant scandaleusement oubliée dans l'histoire) et, d'une certaine manière, pour avoir corrigé l'erreur de Fermi. Ce dernier réalisa, en collaboration avec Leo Szilard, la première pile atomique en 1942, c'est-à-dire la première réaction nucléaire en chaîne contrôlée de l'histoire. Et, bien sûr, Fermi travailla pour le projet Manhattan qui mena à la bombe atomique. Quant aux éléments 93 et 94, le neptunium et le plutonium, ils furent bel et bien produits selon le processus qu'avait prévu Fermi. En 1951, on donna donc de nouveau un prix Nobel (de chimie) à ceux qui les avaient mis en évidence, mais cette fois-ci pour de vrai : Glenn Seaborg et Edwin McMillan.
Trois-quarts de siècle après le Nobel de l'erreur, l'histoire vient rappeler que la science a deux versants inséparables, le côté créatif et le côté critique. Comme le souligne Martin Quack dans son article, "la composante créative s'engage dans de nouvelles idées et dans des avenues inexplorées (...). Elle se vend bien grâce au terme chic de "nouveau". Cependant, la composante critique est tout aussi importante que la composante créative. Elle interroge le résultat "nouveau", soumettant ses faiblesses à une critique sévère, répétant et testant les résultats dans de longues enquêtes impliquant un dur labeur. Souvent elle rejette ou corrige le résultat original et mène parfois à une découverte encore plus frappante." Vérifier les résultats des autres a des airs austères et tristes de police scientifique mais conduit parfois à la révolution.
Pierre Barthélémy (suivez-moi ici sur Twitter ou bien là sur Facebook)

sábado, 3 de agosto de 2013

Revocacao ou devolucao de Premio Nobel: isso existe? - The Sovereign Investor vs Obama


Will Obama Lose His Nobel Peace Prize?

Think President Obama’s 2009 Nobel Peace Prize was a mistake?

Well, Stefan Svallfors, a Swedish sociology professor from Umeå University, certainly does. In fact, he has a better candidate for the prize: NSA whistleblower Edward Snowden.

In a letter recently sent to the Norwegian Nobel Committee, Svallfors wrote that Snowden has: “revealed the existence and extent of the surveillance the U.S. government devotes to electronic communications worldwide … Edward Snowden has helped to make the world a little bit better and safer.”

Can I get an “Amen”?

To top it off, Svallfors added that giving Snowden the Nobel Peace Prize would help remove the shame of the “hasty and ill-conceived decision to award U.S. President Barack Obama the 2009 award.” There’s also an online petition demanding the Nobel Committee revoke Obama’s prize, and the president of Bolivia even demanded that he give it back.

I’m sensing a trend here.

Looks like the rest of the world is finally realizing that Obama’s 2009 “Hope and Change” campaign schtick has instead brought us “Snooping and Shame.”

Sincerely,

Jim Signorile
Managing Editor, The Sovereign Society

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Premio Nobel da Paz: integracao Europeia - 60 anos de paz

Faz sentido. Acabo de escever um livro sobre a integração regional. Vou ter de incluir esta informação também.
Paulo Roberto de Almeida

EU wins Nobel Peace Prize

By Richard Milne in Oslo and Peter Spiegel in Brussels
Financial Times, October 12, 2012

The EU was awarded the Nobel Peace Prize on Friday for its role in bringing democracy to a war-ravaged continent and in reconciling France and Germany.
The timing of the prize is contentious, with much of the EU embroiled in theeurozone crisis and deep debate over the future of Europe.
But Thorbjørn Jagland, head of the Oslo-based Nobel Committee, stressed that the award was a reminder to Europe not to discard the fruits of 60 years of integration as social unrest increases because of the economic crisis.
“We want to focus on what has been achieved in Europe in terms of peace and reconciliation,” Mr Jagland said. “It is a message to Europe to secure what they have achieved . . . and not let the continent go into disintegration again because it means the emergence of extremism and nationalism.”
Shortly after the Nobel announcement, José Manuel Barroso, who as the European Commission president is the most recognisable face of the EU, said he was honoured by the decision and that it was a reminder that even during the current crisis “the EU is something very precious”.
“It is a great honour for all 500m citizens of Europe, for all the member states and for all the European institutions,” Mr Barroso said at a hastily called news conference. “Through its transformative power, the EU was able, starting with six countries, to reunite almost all the European continent.
Herman Van Rompuy, the European Council president, said the award was a deserving recognition to previous generations of European leaders and called the EU the “biggest peacemaking institution in world history”.
“We were in wars for centuries, we had two world wars,” Mr Van Rompuy said. “We put an end to them. With the EU, that kind of war cannot happen again.”

Mr Barroso and senior EU officials said they had no inkling the award was to be awarded to the institution until news reports out of Norway began to filter in. “I have to say that when I woke up this morning, I did not expect it to be such a good day,” Mr Barroso said.
The EU award follows a number of recent Nobel Peace Prizes that have been shrouded in controversy from US President Barack Obama in 2009 to Chinese democracy activist Liu Xiaobo the following year. Norwegian business is still feeling the effects of the latter award with visas to China almost impossible to obtain.

The Norwegian committee, which hands out only the peace prize, with all other Nobel awards coming from Sweden, has discussed the possibility of the EU winning for several years.
Geir Lundestad, the secretary of the committee, said two years ago that the EU was behind only Mahatma Gandhi in terms of being overlooked for the prize.
Mr Jagland said this year’s decision had been unanimous but Norwegian media reported that Ågot Valle, a former leading light of the anti-EU campaign in the country who sat in the committee, had been ill this year and thus unable to oppose the award as she had in previous years.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Liu Xiabo, premio Nobel da Paz: prisioneiro da China - livro


The Freedom Writer

The Wall Street Journal (Bookshelf), 30/12/2011
Writings on Tibet, Tiananmen Square and Chinese society by Liu Xiaobo, the imprisoned dissident who won the 2010 Nobel Peace Prize.
When the dissident Liu Xiaobo won the 2010 Nobel Peace Prize from his prison cell, the Chinese government reacted hysterically—denouncing the Nobel Committee, retaliating against Norway diplomatically and trying to intimidate foreign governments out of sending representatives to the ceremony. Mr. Liu had been arrested nearly two years earlier, just before the release of Charter 08, a declaration of democratic principles for China inspired by Charter 77, the Czechoslovak initiative led by the playwright (and later Czech president) Václav Havel that, 31 years earlier, led to the Velvet Revolution and inspired people throughout the Soviet bloc.
China's leaders should feel just as aggrieved by "No Enemies, No Hatred," a collection that shows why the Communist Party fears this 56-year-old intellectual-turned-activist and his ideas. In essays on China's rise, Tibet, the impact of materialism and nationalism on morality and sex, the 2008 Olympics, and much more, Mr. Liu advances the antithesis to the Party line, writing "free from fear," as co-editor Perry Link puts it in his valuable introduction.
The essays appeared mainly in publications based in the U.S. and Hong Kong and found their way back to China via the Internet, which Mr. Liu celebrates, perhaps only half-jokingly, as evidence of a divine being. Interspersed throughout are poems, often searing, that attest to Mr. Liu's intellectual as well as emotional partnership with his wife, Liu Xia, an artist currently under house arrest. Rounding out the book are documents including the text of Charter 08, Mr. Liu's poignant statements at his 2009 trial and the verdict sentencing Mr. Liu to 11 years in prison.
The title "No Enemies, No Hatred" is taken from the June 2, 1989, announcement by Mr. Liu and a few comrades of a hunger strike at Tiananmen Square. Several essays and poems, and his final statement to the court, reflect the profound influence on Mr. Liu of the Tiananmen protests and massacre—events the Party still distorts and denies. In 1989, Mr. Liu, then a visiting professor of literature in New York, came home to join the protesters, consciously rejecting what he saw as the passivity of most Chinese intellectuals. On the night of June 3-4, as troops advanced, killing indiscriminately, Mr. Liu saved lives by persuading students to leave Tiananmen and negotiating their safe passage. He survived but retained a burden of guilt about his comparatively mild prison experience ("deathly bored . . . but that's about it"), his forced "confession" and the disproportionate attention "luminaries" received for their role in the protests.
Mr. Liu's writing is most personal when writing about Tiananmen, but all of the essays display a distinctly humane spirit. He takes evident pride in the changes that ordinary Chinese have brought about despite the Communist Party's tight grip on power. "Moral authority, in the popular view, lies increasingly with the people," he writes in an essay that was later cited at his trial as evidence of subversion. Repression is the only element of totalitarianism still in place in China, and even it, Mr. Liu says, has unintended consequences, no longer turning people into "political leper[s]" but "actually helping a person to achieve spiritual wholeness."
Reforms for which the Communist Party takes credit and is lauded abroad originated in pressure from "the bottom up," he writes in "Xidan Democracy Wall and China's Enlightenment." Xidan is an area in central Beijing where, in 1978, brave souls hung posters on a "Democracy Wall" criticizing the Party and arguing for liberalization. This movement, he argues—not Party-sponsored debate—triggered official reforms, fostered a new solidarity among dissidents that influenced the wei quan ("rights defense") movement of the past decade, and transformed the language of dissent from "Maoist cant."
Mr. Liu has a keen eye for the cynicism and hypocrisy that warps Chinese society, fed by propaganda extolling wealth, power and national pride. Youth turn their "patriotism" on and off like a switch, he writes. "When these students are cursing America, they are filled with righteous indignation; when sitting on a plane headed for Boston, their hearts are even more wild with joy." Intellectuals who bend with the political winds come in for no less scorn. Chinese Leaders' embrace of Confucius—a "mediocre" thinker—signaled "the moment Chinese intellectuals arrived in hell on earth, because now they were nothing more than handmaidens to power," he writes in "Yesterday's Stray Dog Becomes Today's Guard Dog."
But Mr. Liu is not a purist. He urges tolerance and respect, including for those working inside the system. Nevertheless, he distinguishes between tolerance and compromising on principle, warning that "when the 'rise' of a large dictatorial state that commands rapidly increasing economic strength meets with no effective deterrence from outside, but only an attitude of appeasement . . . the results will not only be another catastrophe for the Chinese people but likely also a disaster for the spread of liberal democracy in the world."
When Mr. Liu won the Nobel, Havel wrote to him of being "touched" but not surprised that Charter 08 drew inspiration from Charter 77 (a compliment Havel returned by working to free Mr. Liu and defend Charter 08 until his death earlier this month): "There simply exists a sort of moral minimum that is common to the entire world and thanks to which people from countries as different and far apart as the Czech Republic and China can strive for the same values and sympathize with each other, thereby creating the basis for true—not simply feigned—friendship." Mr. Liu already shares a great deal with Havel, chiefly a faith in individuals and the impact they can have on a totalitarian system. One day, we can hope, Mr. Liu will also join him in having brought about the end of a communist regime.


Ms. Bork is director of democracy and human rights at the Foreign Policy Initiative.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um Principe da literatura: Mario Vargas Llosa, Nobel Prize Lecture

Estou ouvindo, e recomendo que todos ouçam, a alocução, uma aula inteira, de Mario Vargas Llosa, ao receber seu prêmio Nobel:

http://nobelprize.org/mediaplayer/index.php?id=1416

O prêmio, na verdade, importa pouco, pois o que vale mesmo é sua aula sobre a literatura universal.

Nobel Lecture by Mario Vargas Llosa(54 minutes)

Mario Vargas Llosa delivered his Nobel Lecture, 7 December 2010, at the Swedish Academy, Stockholm. He was introduced by Peter Englund, Permanent Secretary of the Swedish Academy. The lecture was delivered in Spanish.
Credits: Sveriges Television AB (production)
Copyright © Nobel Media AB 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Um Premio Nobel para um coronel...

Talvez um prêmio IgNobil, mas fiquemos com a paródia...
Paulo Roberto de Almeida

Opinión
Premio Nobel para Chávez
FRANCISCO RIVERO VALERA
EL UNIVERSAL, viernes 15 de octubre de 2010

Creo que ha llegado el momento de proponer a Chávez para el Premio Nobel. Para bajar un poco el impacto de Vargas Llosa. Y proyectar al Presidente, por fin, en algo tan bueno como son las disciplinas científicas y humanísticas. Pero, el problema para la nominación de Chávez no es que no tenga suficientes méritos sino que por tener tantos méritos es difícil su ubicación en una de las 6 disciplinas de la Fundación Nobel: Literatura, Economía, Paz, Medicina, Física y Química. Puede ser ubicado, por ejemplo, en Literatura, como Vargas Llosa, García Márquez, Pablo Neruda y otros latinoamericanos, por su vasta producción literaria hecha pública a través de la prensa escrita semanal en Las Líneas de Chávez o en Twitter, como chavezcandanga. Con eso es suficiente. No sería necesario mencionar la creación de la Real Academia de la Lengua de Chávez que mejora nuestro idioma al rescatar palabras casi olvidadas como pendejo, y frases que se omiten por la censura; o al enriquecer el lenguaje con palabras foráneas como pitiyanqui. Ni tampoco sería necesario mencionar su especial cuidado de la majestuosidad del discurso presidencial dirigido a la gente de adentro y a los de afuera de nuestro país. Y eso tiene su gratificación: el Nobel en Literatura.

También puede ser propuesto para el Nobel de Economía porque, piense en lo siguiente: para volver papilla la economía de un país que ha tenido la bicoca de un Billón de Dólares de ingresos, se necesita una habilidad especial que no la tiene nadie en el mundo. Y eso sin mencionar las expropiaciones, la inflación, la corrupción, el control de divisas y otras antítesis económicas que ubican a Venezuela como único país en América Latina con crecimiento económico negativo. Sin duda, por habilidades tan exclusivas merece el Nobel en Economía
Pero, Chávez también puede ser propuesto para Nobel de la Paz porque, ¿usted se imagina esta Paz lograda en la convivencia de los venezolanos, con amor y buenas palabras, evitando el odio y la polarización de la población; y el tremendo trabajo que está desarrollando para convencer a las FARC, a los Etarras y a los países relacionados con el terrorismo que dejen de hacer eso, porque eso es malo? Ese trabajo es titánico, similar al de Liu Xiaobo. Y eso no tiene precio. Por lo tanto, también merece el premio Nobel de la Paz.

Y para que usted vea cómo son las cosas: Chávez también tiene chance en Medicina porque, recuerde su labor tan importante en el área sanitaria con su Misión Barrio Adentro. Ha logrado crear la estrategia más eficiente para limpiar al país de Dengue, Malaria, Chagas y otras enfermedades. De paso, tiene a todos los hospitales públicos como tacitas de oro y a los médicos, enfermeras y personal obrero bailando en una pata, contentos con el sueldo y con la cancelación oportuna de sus prestaciones. Esa eminente estrategia sanitaria de Chávez es, sin exageraciones, idéntica a la labor de la Madre Teresa de Calcuta. Por lo tanto, también se merece el Nobel en Medicina.

O sea, Chávez califica en 4 de las 6 disciplinas. Si solo 4 personas han recibido 2 premios Nobel: María Curie, Linus Pauling, John Bardeen y Frederick Sanger, y si Chávez recibe 4 Nóbel sería un hecho histórico, apoteósico, fin de mundo. Una utopía.

Advertencia: para hacer realidad esta propuesta ya está abierta la recolección de firmas en todo el país. Se agradece hacer fila y no empujar para firmar: hay espacio para todos.