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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 15 de abril de 2022

A fabulosa história econômica da Irlanda, de um dos países mais pobres da Europa para um dos mais ricos - Adam Tooze (Chartbook)

From Adam Tooze Chartbook, April 15, 2022 

“The Irish economy during the century after partition” 

Cormac Ó Gráda,Kevin Hjortshøj O'Rourke Economic History Review May 2022

Ireland, which had not been particularly rich to begin with, had fallen significantly further behind other western European economies by 1958, being overtaken by Finland and Italy. The mid-1950s represented a nadir for the Irish economy, a period when observers from near and far were questioning its future viability. A key public policy document of the time noted that ‘a sense of anxiety’ about Ireland's economic prospects was indeed justified, and that ‘after 35 years of native government people are asking whether we can achieve an acceptable degree of economic progress’.16 The Irish economy's relative position had barely improved by the mid-1980s (column 3), implying only very mild convergence since the 1950s. Greek and Spanish incomes had by this stage also caught up with Irish ones. However, by 2018 the doleful picture painted by Lee had been reversed … household consumption per head in Ireland being more or less on a par with that in Germany,


sábado, 13 de março de 2021

A nova década perdida brasileira e o resto do mundo – resultados per capita - Claudio Considera, Juliana Trece (IBRE)

 A nova década perdida brasileira e o resto do mundo – resultados per capita

 
 
IBRE-FGV-RJ, 12/03/2021

 

 

 

O Brasil passou por uma profunda recessão entre 2014 e 2016, o que, de acordo com o Codace, mostrou-se o período com o pior biênio de crescimento econômico dos últimos 120 anos. Após a recessão, a recuperação nos três anos posteriores se arrastou com resultados medíocres. Adicionalmente, ocorreram outros choques negativos nesses anos, tais como a greve dos caminhoneiros em 2018, o desastre de Brumadinho, a crise argentina e a incerteza internacional, com a guerra comercial entre EUA e China, em 2019,[1] que tiraram alguns pontos percentuais do crescimento brasileiro. E, em 2020, veio a pandemia da Covid-19, paralisando a economia brasileira e mundial. O resultado final desse conjunto de desastres foi para o Brasil, mais uma década perdida na economia

Ao se olhar para o crescimento do PIB per capita, o Brasil apresentou o pior desempenho dos últimos 120 anos, “empatando” com os anos 80, conhecidos como década perdida, com um recuo médio de 0,6% do PIB per capita, por ano (Gráfico 1).[2]

Numa comparação internacional, ao se olhar para as taxas de crescimento do PIB per capita (em moeda local),[3]82% (156, numa amostra de 191) dos países do mundo apresentaram um desempenho melhor do que o Brasil na década passada (2011-20).

O Gráfico 2 mostra as taxas médias reais de crescimento do PIB per capitaentre os anos de 2011 e 2020[4] para um conjunto de 13 países, que correspondem a 60,0% do PIB mundial.[5] A amostra contém os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países da América Latina que geralmente são comparados com o Brasil (Chile, Colômbia, México e Peru) e quatro países desenvolvidos selecionados (EUA, Reino Unido, Japão e Alemanha). O Brasil foi o “segundo pior país”, à frente apenas da África do Sul. No extremo oposto, de melhores desempenhos, estão China e Índia com as taxas de crescimento mais robustas.

Em resumo, na década 2011-20, o PIB per capita brasileiro recuou, em média, 0,6% ao ano, mesma queda dos anos 80, conhecidos como década perdida. O Brasil ficou atrás de 82% dos países do mundo no crescimento da renda per capita nesse período. É preciso vacinar logo a maior parte da população, para acabar a pandemia, e a economia poder voltar a normalidade, dando continuidade a agenda de reformas. Ou seja, é preciso a diminuição das incertezas políticas, econômicas e sanitárias para o Brasil poder voltar a crescer e não ter mais uma década perdida.

ANEXO

Neste anexo os países são agregados em três grupos (Mundo, Economias Emergentes e América Latina e Caribe) e comparados com o Brasil. Nota-se, no Gráfico A-1 abaixo, que o PIB per capita (US$, PPP) das economias emergentes cresceu, por ano, 2,5% na década 2011-20. O PIB da América Latina recuou 0,6% por ano, em média, resultado bastante influenciado pelo peso médio do PIB do Brasil no PIB da AL que foi de 1/3 na década passada, portanto com bastante impacto no agregado latino-americano. Em US$, PPP, o recuo médio do PIB per capita brasileiro foi de 0,2% ao ano, um pouco menor do que a queda em R$ que foi de -0,6%. É possível, então, calcular um “PIB per capita mundial”, ponderado pelo peso das economias emergentes e avançadas, chegando-se no resultado de um crescimento médio anual para o Mundo de 0,4% na década 2011-20.


As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

[1] Segundo estimativas do Banco Central, os três eventos tiraram 0,67 p.p. do PIB de 2019. Ou seja, ao invés da taxa de crescimento do PIB ser de 1,1%, seria de 1,8%.

[2] De acordo com o IBGE, o PIB do Brasil recuou, em termos reais, 4,1% em 2020, e -4,8% para o PIB per capita.

[3] Nível do PIB per capita = nível do PIB, em preços constantes e moeda local, dividido pela população.

[4] Para 2020, o dado do Brasil é o efetivo, divulgado pelo IBGE. Para os demais países, projeções do FMI de outubro de 2020.

[5] PIB em US$, PPP.


sábado, 24 de agosto de 2013

Escravidao moderna: o Estado brasileiro como principal violador daConstituicao, e da moralidade

Estranha esta matéria, pois não?
Over 12,000 people were held in New York City jails last year, according to the Independent Budget Office, with the city spending more per inmate than any other state or city.

Mas, a renda é gasta por causa do prisioneiro, não fica com ele, e sim se perde na burocracia.

City’s Annual Cost Per Inmate Is $168,000, Study Finds




New York City is an expensive place to live for just about everyone, including prisoners.
The city paid $167,731 to feed, house and guard each inmate last year,according to a study the Independent Budget Office released this week.
“It is troubling in both human terms and financial terms,” Doug Turetsky, the chief of staff for the budget office, said on Friday. With 12,287 inmates shuffling through city jails last year, he said, “it is a significant cost to the city.”
Mr. Turetsky added that he was not aware of any previous studies that broke down the cost per inmate in the jails, but there have been national studies.
And by nearly any measure, New York City spends more than every other state or city.
The Vera Institute of Justice released a study in 2012 that found the aggregate cost of prisons in 2010 in the 40 states that participated was $39 billion.
The annual average taxpayer cost in these states was $31,286 per inmate.
New York State was the most expensive, with an average cost of $60,000 per prison inmate.
The cost of incarcerating people in New York City’s jails is nearly three times as much.
Michael P. Jacobson, the director of the City University of New York Institute for State and Local Governance and a former city correction and probation commissioner, said part of the reason the city’s cost was so high was because it had a richly staffed system. “The inmate-to-staff ratio probably hovers around two prisoners for every guard,” he said.
The budget office said 83 percent of the expense per prisoner came from wages, benefits for staff and pension costs.
Mr. Jacobson noted the success in bringing down the city’s jail population — from a peak of about 23,000 in 1993 to about 12,000 people today — but said the fixed costs were not likely to go down soon.
Still, he said, there were things that could be done to save money, like reducing the amount of time people sat in jail awaiting trial. Some 76 percent of the inmates in the city were waiting for their cases to be disposed, according to the budget office.
The wait times have grown even as the number of felonies committed in the city has declined.
Since 2002, the time spent waiting for cases to be disposed of has gone to 95 days, from 76 days, Mr. Jacobson said.
The delays were worst in the Bronx, but Mr. Jacobson said the trend could be seen across the city.
“On paper you would think that with a lot less work, these things should be blowing through the system and they are not,” he said. “If you have more time to do something, you will take more time.”
Only 7 percent of inmates are women, according to the budget office report.
They are also more likely to be minorities: 57 percent are black, 33 percent Hispanic, 7 percent white and 1 percent Asian.

Encarcerado em NY: a maior renda per capita dos EUA: US$ 168.000

Estranha esta matéria, pois não?
Over 12,000 people were held in New York City jails last year, according to the Independent Budget Office, with the city spending more per inmate than any other state or city.

Mas, a renda é gasta por causa do prisioneiro, não fica com ele, e sim se perde na burocracia.

City’s Annual Cost Per Inmate Is $168,000, Study Finds




New York City is an expensive place to live for just about everyone, including prisoners.
The city paid $167,731 to feed, house and guard each inmate last year,according to a study the Independent Budget Office released this week.
“It is troubling in both human terms and financial terms,” Doug Turetsky, the chief of staff for the budget office, said on Friday. With 12,287 inmates shuffling through city jails last year, he said, “it is a significant cost to the city.”
Mr. Turetsky added that he was not aware of any previous studies that broke down the cost per inmate in the jails, but there have been national studies.
And by nearly any measure, New York City spends more than every other state or city.
The Vera Institute of Justice released a study in 2012 that found the aggregate cost of prisons in 2010 in the 40 states that participated was $39 billion.
The annual average taxpayer cost in these states was $31,286 per inmate.
New York State was the most expensive, with an average cost of $60,000 per prison inmate.
The cost of incarcerating people in New York City’s jails is nearly three times as much.
Michael P. Jacobson, the director of the City University of New York Institute for State and Local Governance and a former city correction and probation commissioner, said part of the reason the city’s cost was so high was because it had a richly staffed system. “The inmate-to-staff ratio probably hovers around two prisoners for every guard,” he said.
The budget office said 83 percent of the expense per prisoner came from wages, benefits for staff and pension costs.
Mr. Jacobson noted the success in bringing down the city’s jail population — from a peak of about 23,000 in 1993 to about 12,000 people today — but said the fixed costs were not likely to go down soon.
Still, he said, there were things that could be done to save money, like reducing the amount of time people sat in jail awaiting trial. Some 76 percent of the inmates in the city were waiting for their cases to be disposed, according to the budget office.
The wait times have grown even as the number of felonies committed in the city has declined.
Since 2002, the time spent waiting for cases to be disposed of has gone to 95 days, from 76 days, Mr. Jacobson said.
The delays were worst in the Bronx, but Mr. Jacobson said the trend could be seen across the city.
“On paper you would think that with a lot less work, these things should be blowing through the system and they are not,” he said. “If you have more time to do something, you will take more time.”
Only 7 percent of inmates are women, according to the budget office report.
They are also more likely to be minorities: 57 percent are black, 33 percent Hispanic, 7 percent white and 1 percent Asian.

sábado, 17 de agosto de 2013

Receita para a riqueza: abolir as FFAA e os impostos. Onde: emGibraltar!

Bem, brincadeira a abolição do Exército. Mas não em relação aos impostos, que devem ser reduzidos, sim, vários, ou quase todos, e abolidos, pelo menos alguns.
Se isso traz riqueza e prosperidade, por que não fazer?
Mas melhor fazer logo, e antes dos outros, já que quando todo mundo perceber que reduzir impostos melhora a economia, todo mundo vai querer fazer, e só os muito estúpidos vão ficar de fora.
Como depois todo mundo vai estar na mesma situação, que fizer antes atrai algum investimento...
Bom, aí a gente pensa em eliminar as FFAA, OK?
Paulo Roberto de Almeida
¿De qué vive Gibraltar?
Para ser una roca, en Gibraltar la economía resulta un material muy sensible. Por una razón evidente: va muy bien. El año pasado, si formara parte de los rankings del FMI (Fondo Monetario Internacional), se habría convertido en el cuarto territorio con mayor renta per capita del mundo, con 41.138 libras (47.847 euros) anuales. En solo un ejercicio habría ascendido del noveno al cuarto puesto impulsado por una economía que crece al 7,8% anual. ¿Cómo ha llegado hasta ahí?
La Roca se recorre de Norte a Sur en 40 minutos andando, tiene una superficie de 6,8 kilómetros cuadrados y alberga, pese a su reducido tamaño, 24.000 empresas. Buena parte, claro, virtuales. Una vez allí, resulta interesante fijarse en lo que falta: el Ejército. La antigua base militar británica se ha reinventado en un centro que alberga servicios financieros, operadores de apuestas online y empresas de fletes. Si a comienzos de los años ochenta la presencia militar británica aportaba el 60% del PIB, hoy apenas supone el 5%.
Ese cambio explica el éxito de la Roca, apunta James Tipping, director del Centro Financiero de Gibraltar. “Generalmente, un país” [hace una pausa y matiza esa última palabra], “o una jurisdicción pequeña”, aclara, “como la nuestra, lo máximo es que tenga una o dos fuentes de ingresos. Nosotros buscamos la mayor diversificación posible”. Sobre esas vigas maestras construyen los gibraltareños una prosperidad que les proporciona un PIB de 1.425 millones de euros y que se traduce en un salario medio mensual de 3.498 euros.
Con todo, el mayor cambio lo propicia el negocio de las apuestas online. Una paradoja en un territorio que solo tiene un casino, construido en los años setenta. Casi todos los grandes operadores del sector, como William Hill, Ladbrokes o Betfair, tienen oficina en el Peñón, un paisaje de pantallas de alta definición y concentrados trabajadores, que parece más la sala de trading de un banco de inversión que una casa de apuestas. ¿Qué les ha llevado hasta allí? Sin duda, la baja tributación. Cuando en 2011 Betfair se trasladó a Gibraltar, reveló que se ahorraría 23,3 millones de euros en impuestos. Al fin y al cabo, “los negocios por Internet son muy fáciles de llevar al extranjero. Las empresas establecidas en el Peñón consiguen con este movimiento deslocalizar los beneficios y con ellos el pago de gravámenes”, apunta Jesús Lizcano, presidente en España de la ONG Transparencia Internacional. De momento hay 26 licencias de juego concedidas, y el negocio, que ocupa a 2.500 trabajadores, supone el 15% de la riqueza de Gibraltar.
Otra controversia llega desde el bunkering (repostaje de gasóleo en buques). Este movimiento supone el trasiego de cinco millones de toneladas de combustible al año en el Peñón. Al tener Gibraltar poco terreno, los barcos cisterna están fondeados todo el tiempo. Esta situación contribuye, según denuncia Antonio Muñoz, portavoz de Verdemar-Ecologistas en Acción (Campo de Gibraltar), a que se produzcan vertidos. Algo que niegan desde uno de los principales operadores petroleros de la zona. “El riesgo es muy bajo y casi no hay derrames”, aseguran.
La Administración de la Roca insiste en que hay más razones que las fiscales para atraer empresas. “El nivel impositivo no es el criterio básico que determina que una empresa se establezca aquí”, asegura James Tipping. Y enumera otras virtudes: seguridad personal, nivel de vida, reputación del territorio, acceso al mercado único, costes… Pero lo cierto es que no hay IVA, ni impuestos sobre el patrimonio, sucesiones, tabaco o de ganancias de capital. El tipo máximo efectivo para una persona física es del 25% y el impuesto sobre sociedades se grava con un 10% (frente al 30% en España).
Pero ¿es Gibraltar un paraíso fiscal? Para sus administradores, no. La OCDE lo ha excluido de su lista de paraísos tras haber firmado 26 acuerdos de intercambio de información con la Unión Europea. Y si antes el delito fiscal, dicen, solo se penaba con tres meses de cárcel, desde el 1 de enero pasado ya acarrea hasta siete años. Pero en España estos argumentos convencen poco. “Aquí un paraíso fiscal es aquel lugar que tiene un IVA inferior al 21%, un tipo marginal del IRPF por debajo del 56% y un impuesto de sociedades que no llegue al 30% sobre los beneficios”, recuerda Paula Papp, experta de Analistas Financieros Internacionales (AFI). Además es complicado que el Gobierno firme ningún compromiso de intercambio con el Peñón, pues supondría reconocerle el estatus de país.
Pese a todo, algunos observadores creen que este mundo off-shore gibraltareño pierde fuerza. “Al negocio le ha hecho daño la crisis, la vigilancia internacional sobre estos territorios y la amnistía fiscal que puso en marcha el Gobierno español”, reflexiona el director de un banco privado suizo. Sin haber escuchado estas frases, Tipping se defiende: “Nuestros bancos gestionan solo 7.100 millones de libras en activos, mientras que en Jersey [isla británica considerada un paraíso fiscal] hay más de 152.000 millones”. El tamaño del sector financiero define el 20% de su riqueza, con 16 filiales de bancos internacionales y 55 aseguradoras.
El enclave también es una fuente de empleo. “Gibraltar es la fábrica más importante que tiene Andalucía”, dice Juan José Uceda, portavoz de la Asociación Sociocultural de Trabajadores Españoles en Gibraltar (ASCTEG). El año pasado, 3.609 españoles (sobre un total de 21.519, el 16,7%) estaban contratados en la Roca. Una cifra un 22% menor que en 2011, previsiblemente por el retroceso de la construcción. Aun así, cubren ofertas en hostelería, ayuda domiciliaria y servicios domésticos. Eso sí, la banca, el gran negocio gibraltareño, sigue copado por lugareños, solo 26 españoles trabajan en esa industria.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Como esta' a América Latina? Depende... - Carlos Alberto Montaner

Carlos A. Montaner: America Latina riqueza

¿Dónde está América Latina?

america_latina_internet
En definitiva, ¿cómo está América Latina? Depende. A mi juicio, el desempeño es mediocre. Podría ser mucho mejor.
Infolatam
Miami, 14 mayo 2013
Por CARLOS ALBERTO MONTANER

(Infolatam).- ¿Cómo está su mujer? Depende. ¿Comparada con quién? Ese es un diálogo frecuente entre españoles jocosos. Me imagino que las mujeres pueden responder de la misma manera. Los maridos salimos muy mal parados si nos comparan con Brad Pitt y mucho mejor si el contraste es con Eduardo Gómez, el superfeo padre del portero en la comiquísima serie Aquí no hay quien viva de la televisión madrileña.
Con los países y las regiones sucede lo mismo. Para comprender dónde estamos hay que saber dónde están los otros y a qué ritmo nos movemos. Todo esto viene a cuento de la reciente noticia sobre los países más exitosos de América Latina. Según el cable, las tres economías más ricas de América Latina eran Chile, Panamá (que lleva casi una década creciendo al 8%) y Uruguay.
Argentina quedaba relegada a un cuarto lugar, dato que acaso se explica por la falta de transparencia. El gobierno de Cristina Kirchner aparentemente adultera el grado de inflación para maquillar los resultados de su pobre gestión, con lo cual hace casi imposible establecer el PIB real de los argentinos.
Pese a sus limitaciones, el PIB per cápita sigue siendo el dato clave para entender de un chispazo el nivel de prosperidad. Sale de la suma de todos los bienes y servicios producido por una nación, dividida entre el número de sus habitantes. Para que esa cifra tenga algún sentido, es conveniente ajustarla a lo que puede adquirirse con ella o Purchasing Power Parity (PPP). ¿De qué vale ganar 20 dólares por hora si una botella de agua cuesta 50?
Grosso modo, el planeta cuenta con siete mil millones de habitantes y produce anualmente unos 83 mil billones (trillions en inglés) de dólares. Eso da, redondeando la cifra, unos $12 000 per cápita. Algunas sociedades muy prósperas, como la estadounidense, alcanza los $50 000, mientras otras muy pobres, como la haitiana, apenas llegan a los $1700.
Pero retengamos la cifra promedio mundial: 12 000 dólares.
Hay varios países latinoamericanos que, efectivamente, están por encima de esa cifra: Chile, Panamá, Uruguay, Argentina, Puerto Rico, México, Venezuela y Costa Rica. Brasil está exactamente en la frontera: 12 000 dólares.
Pero la mayor parte cae por debajo del promedio del planeta: Perú ($10 800), Colombia ($10 700), Cuba ($10 200), República Dominicana ($9 600), Ecuador ($8 800), El Salvador ($7 700), Paraguay ($6 100), Guatemala ($5 200), Bolivia ($5 000), Honduras ($4 600) y Nicaragu a ($3 300).
De esos datos es posible extraer algunas conclusiones:
El impetuoso crecimiento de Chile y Panamá, dos de las economías más abiertas de la región, indica que ese camino es el más corto para llegar al Primer Mundo. Es posible que en el 2020, si no desvían el rumbo, esas dos naciones arriben a un nivel de prosperidad semejante al promedio de la Unión Europea que hoy está en $34 500. (España, en medio de la crisis, mantiene un PIB per cápita de $32 300).
Por la otra punta del razonamiento, los países del llamado Socialismo del Siglo XXI, (Cuba, Venezuela, Ecuador, Bolivia y Nicaragua), con la excepción de Venezuela, que continúa su declive relativo, están todos por debajo del promedio mundial. Eso debería indicarles que transitan en la dirección equivocada.
Venezuela, que en su momento estaba a la cabeza de América Latina, hoy ocupa el sexto puesto en ingreso per cápita, con apenas $13 200, pese al río de petrodólares que recibe. Debe ser el país peor administrado de América Latina.
Brasil sigue siendo el país de ese futuro luminoso que nunca llega. El volumen de su economía es grande porque se trata de una nación de 200 millones de habitantes, pero su desempeño real deja mucho que desear. En el pasado se hablaba de Brasil como Belindia. Una nación que tenía un segmento desarrollado, como el belga, mientras la mayor parte vivía como en la India. Todavía esa cruel metáfora mantiene su vigencia.
En definitiva, ¿cómo está América Latina? Depende. A mi juicio, el desempeño es mediocre. Podría ser mucho mejor.