O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador revolução russa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador revolução russa. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Cem anos da revolucao russa: precisa tanta agitacao? - Unesp Assis

As universidades são livres, o pensamento é livre, a pesquisa é livre. Correto.
Mas eu me pergunto: tanta transpiração em torno dos cem anos da Revolução Russa, quando o correto seria Revoluções Russas.
Ocorreu uma revolução em fevereiro, que derrocou o czarismo, que estava preparando uma nova Constituição para uma república democrática (burguesa, como querem alguns), em meio à guerra e muita confusão política e agitações sociais.
Em outubro ocorreu um PUTSCH, bolchevique, ou seja, um golpe que fechou a Duma (Constituinte), fechou os partidos políticos e instaurou a chamada "ditadura do proletariado", na verdade, do partido bolchevique de Lênin, que criou imediatamente uma polícia política, e passou a reprimir os "inimigos de clase", ou seja, burgueses, capitalistas, oficiais do Ancien Régime, padres, camponeses ricos, proprietários em geral, e um pouco, ou muito, de tudo o que não fosse bolchevique, do Partido.
Mais adiante Stalin se encarregaria de eliminar fisicamente TODOS os bolcheviques que participaram do PUTSCH de outubro.
Eu louvo a imensa capacidade de pesquisa de todos esses acadêmicos que se empenham em explicar verdadeiramente como foram os cem anos dessa revolução russa, e suponho que eles também farão um balanço realista do seu legado, os mortos, o atraso, a repressão, a imbecilidade dos partidários do bolchevismo, lá e aqui também.
Se eles dedicassem tanto esforço para resolver os problemas do Brasil -- econômicos, sociais, políticos, educacionais -- aposto como o Brasil seria um país mais desenvolvido do que é hoje.
Uma última pergunta: será que o verbo "Pensando" se aplica neste caso?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 17 de agosto de 2017


ОКТЯБРЬ 1917 - XXXIII SEMANA DE HISTÓRIA
Pensando os Cem Anos da Revolução Russa
02 a 05 de outubro de 2017
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS – UNESP/ASSIS 

Coordenação: Prof. Dr. Paulo Cesar Gonçalves
Realização: Departamento de História; Programa de Pós-Graduação em História
Apoio: FAPESP; PROPG/UNESP
Informações: semanadehistoria2017.unesp@gmail.com

Inscrições: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/principal.asp
Minicursos: até 02/10/2017
Apresentação de trabalho: até 20/08/17

CARACTERIZAÇÃO
A XXXIII Semana de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis (UNESP), organizada pelo Departamento de História, ocorrerá durante quatro dias, com atividades científicas que englobam quatro conferências, três mesas redondas, 26 simpósios temáticos para apresentação de comunicações e 16 minicursos. Sob o título “Pensando os Cem Anos da Revolução Russa”, a proposta é debater o processo revolucionário de 1917, enfocando principalmente o seu legado ao longo do século XX e a desintegração do socialismo soviético. Aproveitando a efeméride, o objetivo é lançar um desafio aos especialistas convidados de diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais, que se integrarão à comunidade acadêmica docente e discente da UNESP, para pensar os cem anos da revolução e difundir o conhecimento histórico produzido por pesquisas de alto nível.

Segunda-feira (02/10) HISTÓRIA & CINEMA – 16h00-18h00
Encouraçado Potemkin (Dir. Sergei Eisenstein) Debate: Prof. Dr. Eduardo J. Afonso (UNESP/Assis)
Arca Russa (Dir. Alexandr Sokurov) Debate: Profa. Dra. Paula F. Vermeersch (UNESP/P.Prudente)

CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 19h30 Prof. Dr. DANIEL AARÃO REIS FILHO (UFF)
As Revoluções Russas - Controvérsias e Legados

ОКТЯБРЬ 1917
Terça-feira (03/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 1. Revoluções Contemporâneas – 10h00-12h00
Prof. Dr. ALEXANDRE SAMIS (Colégio Pedro II)
A Comuna de Paris: Gestão operária e federalismo revolucionário
Prof. Dr. CARLOS ALBERTO SAMPAIO BARBOSA (UNESP/Assis)
Da revolução à constituição - Revolução Mexicana
Prof. Dr. PAULO CESAR GONÇALVES (UNESP/Assis)
O Assalto aos Céus no Outubro Juliano: um balanço

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

LANÇAMENTO DE LIVROS – 18h00-19h00

CONFERÊNCIA – 19h30 Prof. Dr. PAULO FAGUNDES VISENTINI (UFRS)
As Revoluções Africanas: fracasso ou etapa do desenvolvimento?

Quarta-feira (04/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 2. O Socialismo e as Emancipações em África – 10h00-12h00
Prof. Dr. OMAR RIBEIRO THOMAZ (Unicamp)
Uma Revolução Triste: O mundo de ponta-cabeça e instauração de nova ordem revolucionária em Lourenço Marques / Maputo (1974–1986)
Prof. Dr. ACÁCIO S. ALMEIDA SANTOS (UFABC)
A África e as lições da experiência comunista

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

LANÇAMENTO DE LIVROS – 18h00-19h00

CONFERÊNCIA – 19h30 Prof. Dr. CLÁUDIO HENRIQUE DE MORAES BATALHA (Unicamp)
O impacto inicial da Revolução Russa no Brasil: Imprensa, movimento operário e política

Quinta-feira (05/10) MINICURSOS – 8h00-9h30

MESA REDONDA 3. Rússia: Economia e Relações Internacionais – 10h00-12h00 
Prof. Dr. FÁBIO ANTONIO DE CAMPOS (Unicamp)
Imperialismo, conjuntura econômica internacional e Revolução Russa
Profa. Dra. CRISTINA PECEQUILO (Unifesp/Osasco)
A Rússia e o Sistema Internacional: O Começo da Guerra Fria?

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS – 14h00-18h00

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO – 19h30 Prof. Dr. RUY FAUSTO (USP)
Outubro de 1917: As duas faces de uma insurreição

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Cem anos da revolucao russa - Revista Espaço Acadêmico

Interessante este anúncio desta Revista Espaço Acadêmico tipicamente acadêmica, se me permitem a redundância (PRA):


Em 2017 a Revista Espaço Acadêmico publicará o DOSSIÊ: 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA. As submissões devem ser feitas diretamente no site de acordo com as Diretrizes para autores e Condições para submissão. Os textos submetidos serão apreciados pelos organizadores.

Estamos abertos à contribuição, críticas e sugestões.
Muito obrigado.

Abraços e tudo de bom,
​________________________
Antonio Ozaí da Silva
FACEBOOK: https://www.facebook.com/prof.ozai.dcsuem
BLOG: http://antoniozai.wordpress.com


Retomo (PRA):
Os cem anos se referem a 1917, correto?
Ora, em 1917 houve uma revolução russa, mais exatamente russa, se me permitem outra redundância, que foi a de fevereiro, portanto, os cem anos exatos já estão passando ou já passaram.
Não acredito que os organizadores do dossiê estejam se referindo a essa, uma legítima revolução, que acabou com o czarismo, e criou uma situação transitória, um governo provisório, administrando uma democracia de fachada, mas preparando uma Constituinte para a instauração de uma República da Rússia, em moldes mais ou menos ocidentais.
Creio que eles se referem a um outro processo revolucionário, em outubro ou novembro (segundo o calendário, juliano ou gregoriano), e que na verdade constituiu um putsch, muitas vezes referido como revolução bolchevique, mas que pode, e deve, ser chamado de golpe de estado,ou seja, a tomada violenta do poder por uma minoria de revolucionários profissionais, que se aproveitaram das circunstâncias para afastar o governo provisório, dissolver a prometida Constituinte da Duma, e instaurar uma suposta ditadura do proletariado, que na verdade foi uma ditadura de um partido, que logo proibiu todos os outros partidos, prendeu seus representantes, e deslanchou uma repressão violenta contra todos os que não estavam de acordo com o slogan "todo poder aos sovietes", mas que na verdade era todo poder à clique dos bolcheviques dirigidos por Lênin.
Creio que é a esse processo que os organizadores do movimento se referem.
Interessante, não é?
Os bolcheviques criaram o maior, mais extenso -- não o mais mortal, pois nisso foram suplantados pelo tirano Mao -- regime escravocrata contemporâneo, a ditadura comunista mais longeva que existiu, responsável pela morte de milhões de inocentes.
Será que devo colaborar?
Por que não?
Paulo Roberto de Almeida  

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Cem anos da revolucao bolchevique de 1917: impacto na AL: chamada para artigos

Para os que consideram que o evento em si, e suas consequências mais amplas (Comintern, etc.), teve grandes repercussões na América Latina.
Teve sim, mas não tão grande quanto supõem certos saudosistas do socialismo.
Sobraram alguns partidecos irrelevantes, aqui e ali, e um regime stalinista empenhado em um programa de regime forçado sobre seu próprio povo, além de suprimir completamente qualquer sinal de liberdade que poderia haver. Só não é pior que o stalinismo demencial da Coreia do Norte.
Paulo Roberto de Almeida

CF: Convocatoria.
1917-2017: Cien Años de la Revolución Rusa en América Latina
by Marc Becker

“Las repercusiones de la revolución de octubre fueron mucho más profundas y generales que las de la revolución francesa, pues si bien es cierto que las ideas de ésta siguen vivas cuando ya ha desaparecido el bolchevismo, las consecuencias prácticas de los sucesos de 1917 fueron mucho mayores y perdurables que las de 1789. La revolución de octubre originó el movimiento revolucionario de mayor alcance que ha conocido la historia moderna. Su expansión mundial no tiene parangón desde las conquistas del Islam en su primer siglo de existencia.” (Hobsbawm, Historia del siglo XX. Buenos Aires, Crítica, 1998).

La confluencia del auge del capitalismo tardío, la universidad neoliberal, la precariedad del trabajo intelectual, el debilitamiento del movimiento laboral, el retroceso de la izquierda latinoamericana y los populismos de ultraderecha, ha estimulado la idea de que las transformaciones provocadas en diferentes planos por la Revolución Rusa—que afectaron la vida de millones de seres humanos—, hoy forman parte del pasado, quedando anacrónico su legado. El surgimiento de dichos fenómenos ha contribuido a distorsiones y hasta falsificaciones no sólo de la propia Revolución Rusa, sino de su influencia global. Comúnmente se tacha la experiencia revolucionaria con argumentos tales como: “el poder fue tomado por unos pocos”; “el partido bolchevique sustituyó a la clase”, “se aplicó un terror rojo sobre quienes dieron sustento al proceso revolucionario”, “el bolchevismo es el pasado”, entre otros.

La consecuencia inmediata de esto ha sido la invisibilización de los enormes logros de la Revolución Rusa en materia de cuestiones sociales, culturales y política-económicas; además de la corrosión gradual de la contribución de Lenin, de Trotsky y Gramsci a la historia; sin mencionar el legado de las combatientes campesinas; y de Krupskaya, Stassova, Kollantai u otras mujeres aliadas, como Rosa Luxemburgo. Pero parafraseando a Marx, los rumores de la muerte de su influencia se han comprobado prematuros.

Sin embargo, la Revolución Rusa ha influenciado fuertemente al continente latinoamericano-caribeño con procesos como las secuelas y derivas de la Revolución Mexicana; las manifestaciones obreras anarquistas de Brasil en 1917 (ver el libro icónico 1917: El Año Rojo); la rebelión del militar socialista Marmaduke Grove (1932), las décadas que van desde el Frente Popular (1936-1941) hasta la Unidad Popular (1970-1973) en Chile; pasando por las revoluciones antiimperialistas en Bolivia (1952), Cuba (1959-), Nicaragua (1979-1990) y Granada (1983); las resistencias armadas posguerras de Nicaragua, El Salvador, Colombia, Venezuela, Uruguay, Argentina, y Brasil; hasta la revolución bolivariana de Hugo Chávez, el Movimento sim Terra en Brasil; los movimientos estudiantiles a partir de la reforma universitaria en Córdoba, Argentina (1918) hasta nuestros días; y los partidos comunistas, socialistas y revolucionarios de toda la América Latina; además de varios movimientos feministas.

La difusión de los procesos e ideas no es lineal. Los movimientos sociales suelen mezclar diferentes influencias (véase por ejemplo al MST). Podríamos aseverar que la historia de los últimos cien años responde—en una u otra medida—a la influencia de los acontecimientos que parieron a la Unión Soviética. Emergen a través de la época variantes marxistas-leninistas, trotskistas y estalinistas, desembocando en distintos feminismos; van acompañadas por un espectro de políticas desde la “revolución por etapas” hasta su rechazo por las guerrillas armadas. Típicamente dichos límites se definen por la interrogativa: ¿Reforma o Revolución? Derrotadas con cierta frecuencia por el imperialismo en conjunto con sus aliados neocoloniales, dichas experiencias han tendido a reconstituirse, pasando por procesos constantes de composición, descomposición y recomposición.

Tensiones Mundiales llama a la presentación de artículos para un número especial centrado en una reflexión crítica del legado de la Revolución Rusa en América Latina y el Caribe. El objetivo principal es abrir el debate sobre las muchas y variadas influencias de la Revolución Rusa en América Latina y el Caribe: por ejemplo, en el campo de la vida social, la cultura, el arte, la educación, las ciencias, la salud, la arquitectura, y la política. Se solicitan artículos dedicados a los temas siguientes, sin ser exclusivos:

Las revoluciones latinoamericanas y su relación con el Marxismo soviético. (Casos de Estudio: p.e., la influencia soviética en la praxis histórica de la educación, la medicina, las cooperativas, el cine, políticas internacionales, las guerrillas internacionalistas)
Revoluciones exitosas, revoluciones fracasadas: su relación con el Octubre Rojo (p.e., La Revolución Mexicana, La Revolución Cubana, La Revolución Sandinista, La Revolución Boliviana).
Los feminismos y feministas marxistas: sus proyectos sociales después de Octubre.
Las clases sociales latinoamericanas y su relación con el Octubre Rojo.
Utopías, Romanticismo y Revolución.
6.   El Marxismo de intelectuales como Mariátegui, Marta Harnecker, Che Guevara, Celia Hart Santamaría: ¿Cómo respondió al legado de Octubre?

Octubre en los proyectos de la marea rosada: socialismo y populismo.
Los partidos Marxistas en la práctica política y los caminos del centralismo democrático.

Favor preparar su artículo original de acuerdo con las normas de la revista, para enviar vía el sistema electrónico: ver http://www.tensoesmundiais.net/ Solicitamos también reseñas de libros relevantes al tema del número; sugerimos contactarse primero con el equipo respecto a la relevancia del texto.

Fecha de límite para contribuciones: 30 de abril del 2017
Fecha de límite para correcciones:     30 de julio del 2017
Fecha de publicación del número:      septiembre del 2017


Contactos:        Camila Costa (portugués)        camila_al_costa@yahoo.com.br
                            Débora D’Antonio (español)   dantoniodebora7@gmail.com
                            Robert Austin (inglés)              r.austin@sydney.edu.au

Robert Austin, Grad. Cert. IV (Workplace Ed), BA (Hons), Grad. Dip. Ed., M.Ed, Ph.D
Honorary Associate, Dept. of Peace & Conflict Studies
School of Social & Political Sciences/Fac. of Arts & Social Sciences
University of Sydney, NSW, 2006, Australia
p 61 2 9351 3971 | f 61 2 9660 0862
w https://sydney.academia.edu/RobertAustin
w http://sydney.edu.au/arts/peace_conflict/people/visiting_scholars.shtml
e r.austin@sydney.edu.au