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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Cem anos da revolucao russa - Revista Espaço Acadêmico

Interessante este anúncio desta Revista Espaço Acadêmico tipicamente acadêmica, se me permitem a redundância (PRA):


Em 2017 a Revista Espaço Acadêmico publicará o DOSSIÊ: 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA. As submissões devem ser feitas diretamente no site de acordo com as Diretrizes para autores e Condições para submissão. Os textos submetidos serão apreciados pelos organizadores.

Estamos abertos à contribuição, críticas e sugestões.
Muito obrigado.

Abraços e tudo de bom,
​________________________
Antonio Ozaí da Silva
FACEBOOK: https://www.facebook.com/prof.ozai.dcsuem
BLOG: http://antoniozai.wordpress.com


Retomo (PRA):
Os cem anos se referem a 1917, correto?
Ora, em 1917 houve uma revolução russa, mais exatamente russa, se me permitem outra redundância, que foi a de fevereiro, portanto, os cem anos exatos já estão passando ou já passaram.
Não acredito que os organizadores do dossiê estejam se referindo a essa, uma legítima revolução, que acabou com o czarismo, e criou uma situação transitória, um governo provisório, administrando uma democracia de fachada, mas preparando uma Constituinte para a instauração de uma República da Rússia, em moldes mais ou menos ocidentais.
Creio que eles se referem a um outro processo revolucionário, em outubro ou novembro (segundo o calendário, juliano ou gregoriano), e que na verdade constituiu um putsch, muitas vezes referido como revolução bolchevique, mas que pode, e deve, ser chamado de golpe de estado,ou seja, a tomada violenta do poder por uma minoria de revolucionários profissionais, que se aproveitaram das circunstâncias para afastar o governo provisório, dissolver a prometida Constituinte da Duma, e instaurar uma suposta ditadura do proletariado, que na verdade foi uma ditadura de um partido, que logo proibiu todos os outros partidos, prendeu seus representantes, e deslanchou uma repressão violenta contra todos os que não estavam de acordo com o slogan "todo poder aos sovietes", mas que na verdade era todo poder à clique dos bolcheviques dirigidos por Lênin.
Creio que é a esse processo que os organizadores do movimento se referem.
Interessante, não é?
Os bolcheviques criaram o maior, mais extenso -- não o mais mortal, pois nisso foram suplantados pelo tirano Mao -- regime escravocrata contemporâneo, a ditadura comunista mais longeva que existiu, responsável pela morte de milhões de inocentes.
Será que devo colaborar?
Por que não?
Paulo Roberto de Almeida  

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A frase da semana: Mario Vargas Llosa sobre a liberdade

E, sobretudo, sobre a nossa responsabilidade, na terrível tragédia da Venezuela, que certos governos insistem em não ver, ou melhor, insistem em ficar do lado da ditadura...

Aqueles que chegaram à deprimente conclusão de que a política é uma atividade imunda, de medíocres e ladrões, e que é preciso, portanto, dar-lhe as costas, venham à Venezuela, onde ouvindo estes jovens, falando e aprendendo com eles, comprovarão que a ação política pode ser também nobre e altruísta, uma maneira de enfrentar a barbárie e derrotá-la, de trabalhar pela paz, convivência, justiça e liberdade, sem dar tiros nem detonar bombas, com razões e palavras, como fazem os filósofos e os poetas – criando a cada dia gestos, espetáculos, ideias, como fazem os artistas, que comovam e eduquem os outros e os embarquem num empreendimento libertário. Centenas de milhares, milhões de jovens venezuelanos estão dando nestes dias à América Latina e ao mundo inteiro um exemplo de que ninguém deve renunciar à esperança, de que um país, não importa quão profundo seja o abismo no qual a demagogia e a ideologia o precipitaram, sempre pode sair dessa armadilha e redimir-se.

Mario Vargas Llosa, em visita à Venezuela, em abril de 2014.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Fidel Castro: a vida capitalista (mais, nababesca) de um ditador comunista

Um ditador ordinário leva uma vida extraordinária, não na ilha miserável que ele administra como uma fazenda mal cuidada, mas na sua ilha privada, particular, pessoal, exclusiva, indecente.
Mas reparem: Cuba não é miserável por que o seu ditador ordinário tem uma ilha particular, com todos os luxos da aristocracia do dinheiro. Cuba é miserável por causa do regime socialista.
Fidel, como presidente, ou mesmo como ditador ordinário, poderia ter a sua ilha paradisíaca e sua vida de nababo, e ainda assim o povo cubano desfrutar de uma vida razoável, se estivesse num sistema capitalista ordinário.
Mas, o que eles tem, naquela ilha infeliz, é um socialismo miserável, ordinário, disfuncional, afrontoso do ponto de vista dos direitos humanos, da democracia, da simples razão e do bom senso.
E pensar que os companheiros protegem, sustentam, subsidiam, gostam desse ditador, sancionam o tipo de vida miserável que ele imprime ao seu povo.
Os companheiros devem ser esquizofrênicos, ou então de muita má fé, totalitários em potencial...
Paulo Roberto de Almeida

Usina de Letras, 29/06/2014
às 19:00 Vasto Mundo

UM ESPANTO: Fidel Castro e sua inacreditável ilha particular (que não é Cuba)

PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
A ILHA DO CARA
Revelado o segredo dos altos índices de desenvolvimento humano em Cuba.
Eles devem estar sendo medidos na ilha privativa de Fidel Castro, um paraíso nababesco
Reportagem de Leonardo Coutinho publicada em edição impressa de VEJA
Cultuado pelos partidos de esquerda do Brasil e da América Latina, Fidel Castro vende com facilidade a falsa imagem do revolucionário despojado, metido antes em farda de campanha e, agora, na decrepitude, em agasalhos esportivos Adidas que ganha de presente da marca alemã.
Inúmeros relatos de pessoas que privaram da intimidade de Fidel haviam arranhado a aura de asceta do ditador cubano. Sabia-se que ele manda fazer suas botas de couro, sob medida, na Itália; que tem um iate e um jato particulares; come do bom e do melhor – enfim, nada diferente da vida luxuosa levada, em despudorado contraste com a miséria do povo, por tantos ditadores de todos os matizes ideológicos no decorrer da história.
Mas, como manda o manual do esquerdismo latino-americano, que nunca conseguiu se afastar do culto ao caudilhismo populista, se a realidade sobre Fidel desmentir a lenda, que prevaleça a lenda. Assim, a farsa sobrevive. Assim, as novas gerações vão sendo ludibriadas.
Resta ver se a farsa vai resistir às revelações sobre a corte de Fidel que aparecem na autobiografia de um ex-guar­da-costas do ditador, Juan Reinaldo Sánchez. O livro, que está chegando às livrarias brasileiras no fim de junho com o título A Vida Secreta de Fidel (Editora Paralela), revela excentricidades que seriam aberrantes mesmo para um bilionário capitalista.
Algum rentista de Wall Street tem uma criação particular de golfinhos destinados unicamente a entreter os netos?
Fidel tem.
Os líderes das empresas mais valorizadas do mundo, Google e Apple, que valem centenas de bilhões de dólares, são donos de ilhas particulares secretas, vigiadas por guarnições militares e protegidas por baterias antiaéreas?
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Fidel tem tudo isso em sua ilha – e não se está falando de Cuba, que, de certa forma, é também sua propriedade particular.
O que o ex-guarda-costas revela em detalhes é a existência de uma ilha ao sul de Cuba onde Fidel Castro fica boa parte do seu tempo livre desde a década de 60. Nada mais condizente com uma dinastia absolutista do que uma ilha paradisíaca de usufruto exclusivo da família real dos Castro.
Juan Reinaldo Sánchez narra a liturgia diária do séquito de provadores oficiais que experimentam cada prato de comida e cada garrafa de vinho que chegam à mesa do soberano para garantir que não estejam envenenados. “A vida inteira Fidel repetiu que não possuía nenhum patrimônio além de uma modesta cabana de pescador em algum ponto da costa”, escreve Sánchez no seu livro.
A modesta cabana de Fidel é uma imensa casa de veraneio de 300 metros quadrados plantada em Cayo Piedra, ilha situada a 15 quilômetros da Baía dos Porcos, no mar caribenho do sul de Cuba. Quando Fidel conheceu Cayo Piedra, logo depois do triunfo de sua revolução de 1959, o lugar lhe pareceu o refúgio ideal para alguém decidido a nunca mais deixar o poder.
Eram duas ilhotas desertas sobre um banco de areia com uma rica fauna marinha. Condições excelentes para a caça submarina, um dos passatempos do soberano resignatário de Cuba. Muito se especulava sobre a existência do resort de Fidel, mas sua localização só se tornou conhecida agora, depois da publicação do livro de Sánchez.
O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido recentemente, frequentava esse refúgio e, claro, nunca revelou o segredinho do amigo Fidel.
As coordenadas da casa principal de Cayo Piedra são: latitude 21°57¿52.06″N e longitude 81°7¿4.09″O. Além dela, o paraíso caribenho de areias branquinhas e mar transparente foi equipado com alojamento para a guarda pessoal, casa de criados, estação de geração de energia, baterias antiaéreas, um viveiro de tartarugas (Fidel as adora numa sopa), uma casa de hóspedes de 1 000 metros quadrados, piscina semiolímpica e um delfinário – que podemos apelidar, por que não, de a “Sea World do castrismo”.
Um lazer obsceno, quando se sabe que os cubanos não têm recursos para frequentar praias, reservadas aos turistas estrangeiros e seus dólares. Quando vão à praia, é para tentar um bico como guia ou se prostituir.
Em Cayo Piedra há também um heliporto, que serve apenas para o recebimento de suprimentos e para uma eventual emergência. Segundo Sánchez, Fidel só viajava para a ilha a bordo de seu iate – pelo menos até o seu câncer no intestino se agravar, em 2006.
Aquarama II é uma versão melhorada e ampliada de uma embarcação que ele confiscou de um milionário local depois de derrubar o governo de Fulgencio Batista, em 1959. Construído nos anos 70, o iate de Fidel tem 27,5 metros de comprimento e leitos para dezesseis pessoas, as mais privilegiadas no conforto de duas suítes.
O interior é revestido de madeiras nobres de Angola e há quatro motores – presentes do então líder soviético Leonid Brejnev – capazes de desenvolver a velocidade de 78 quilômetros por hora. No salão principal estão seis poltronas de couro negro. Uma delas, a maior, era exclusiva de Fidel. Ele costumava passar os 45 minutos da viagem bebendo uísque da marca Chivas Regal, o seu preferido, com gelo.
OSTENTAÇÃO — Fidel, em 1988, com o guarda-costas Juan Reinaldo, autor do livro devastador sobre o luxuoso estilo de vida do ditador socialista, ídolo do PT (Foto: SIPA Press)
OSTENTAÇÃO — Fidel, em 1988, com o guarda-costas Juan Reinaldo, autor do livro devastador sobre o luxuoso estilo de vida do ditador socialista, ídolo do PT (Foto: SIPA Press)
Em Cuba, uma garrafa custa 45 dólares, o dobro do salário mensal de um cidadão comum. Iate, mesmo que setentão? Um luxo, sem dúvida, ainda mais num país em que até os pescadores são proibidos de ter canoas, para evitar que fujam para os Estados Unidos, a 200 quilômetros de Cuba.
A residência de Fidel em Havana é uma casa de dois pavimentos com área construída de cerca de 1 200 metros quadrados e situada no centro de uma propriedade de 30 hectares, o equivalente a 36 campos de futebol. Conhecida como Ponto Zero, a área concentra ainda um conjunto de mansões onde vivem alguns de seus filhos.
Há casas de hóspedes, academia de ginástica, piscina, lavanderia industrial e até uma sorveteria exclusiva para a família Castro. As ruas dos arredores são inacessíveis para qualquer outro morador da cidade. O sítio urbano e cercado por muralhas de Fidel também tem um pomar, uma horta orgânica, um galinheiro e um curral.
O ditador é obcecado por suas vacas. No período em que Sánchez frequentou sua casa, cada integrante da família bebia o leite de uma vaca específica. A do ditador era a de número 5, o mesmo da camisa de basquete que ele usava na juventude.
Fidel dizia que o leite de cada vaca tinha um nível de acidez e que, depois de muitos testes e cruzamentos genéticos, ele havia encontrado o sabor de leite ideal para cada um dos cinco filhos que teve com Dalia del Valle, sua segunda mulher, com quem vive até hoje. (No total, Fidel tem nove filhos, incluindo um do primeiro casamento e três de relações extraconjugais.)
A farra das vacas leiteiras de Fidel é um acinte em um país em que apenas crianças de até 7 anos têm acesso garantido ao leite, e ainda assim limitado a 1 litro por dia.
Houve um tempo, conta o seu ex-se­gurança, em que Fidel guardava suas preciosas vacas na mesma casa em que morava uma de suas amantes, a revolucionária de primeira hora Celia Sánchez, no bairro de Vedado, um dos melhorzinhos de Havana. Celia, falecida em 1980, ocupava o 4º e último andar de um dos melhores imóveis da quadra.
No 3º andar, ficavam quatro vacas, que foram alçadas ao estábulo especial por meio de guindastes. Elas tinham em seus aposentos mais espaço do que a maioria dos seres humanos da capital, onde é comum que duas ou mais famílias sejam obrigadas a dividir um apartamento no qual deveria caber apenas um casal com dois filhos.
A relação obsessiva de Fidel com as vacas limita-se, aparentemente, à produção de leite. Uma delas, que chegou a figurar no Guinness por produzir 109 litros de leite em um único dia, está exposta no Museu da Revolução. Empalhada. À mesa, o ditador preferia peixe, lagosta, presunto espanhol e ovelha, enquanto os seus súditos se consideram afortunados quando têm carne de porco e, ainda mais raramente, de frango para comer.
Frutos do mar, para os cubanos, só em restaurantes turísticos e ao custo de um salário mensal. Não é difícil encontrar em Havana adultos que nunca comeram um bife de boi ou um assado de ovelha na vida. Pelo menos eles não convivem com a paranoia de morrer envenenado, como ocorre com Fidel, que exige que cada prato feito por seus dois chefs particulares seja provado antes por um funcionário ou pelo guarda-costas. Suas roupas, depois de lavadas e passadas, são submetidas a um teste de detecção de radiação.
Com o fim dos repasses de dinheiro da União Soviética para Cuba, no início da década de 90, conta o ex-guarda-costas, Fidel organizou um esquema de venda no mercado negro de diamantes contrabandeados de áreas de conflito na África e passou a vender serviços a traficantes colombianos. “Para Fidel, o narcotráfico era uma arma de luta revolucionária antes de ser um meio de enriquecimento ilícito”, escreveu Sánchez, que trabalhou com Fidel entre 1977 e 1994.
Ele foi demitido depois que o seu irmão fugiu de balsa para os Estados Unidos. Para Fidel, era inadmissível ter ao seu lado alguém que não previu que dentro de sua família havia “traidores da revolução”. Sánchez foi preso. Depois de dois anos na cadeia, passou uma década tentando fugir do país. Conseguiu em 2008, e levou consigo alguns segredos de Fidel.

 

jueves, 22 de mayo de 2014


LA VERDADERA VIDA DE FIDEL CASTRO: YATES, RESIDENCIAS LUJOSAS Y VIAJES CON MILLONARIOS

 
Su guardaespaldas durante 17 años cuenta que el dictador cubano “nunca ha renunciado al confort del capitalismo ni ha vivido con austeridad”.
 
 
(LD/AGENCIAS).- “En contra de lo que siempre dice, nunca ha renunciado al confort del capitalismo ni ha elegido vivir con austeridad”, escribeJuan Reinaldo Sánchez, que durante 17 años fue guardaespaldas de Fidel Castro y que ahora publica un libro sobre la vida privada del líder de la revolución cubana.
 
 
Yates lujosos, una veintena de residencias repartidas por toda la isla o partidas de caza “a lo Luis XV”, tanto en las frondosas provincias del norte como en los privilegiados fondos marinos, son algunos de los detalles que saca a la luz La cara oculta de Fidel Castro, escrito junto al periodista francés Axel Gyldén y que estará en las librerías francesas el próximo día 28.
 
El comandante se cuidó mucho de mantener lejos de la vista de los cubanos su vida privada, “el secreto mejor guardado de la Revolución”, asegura Juan Reinaldo Sánchez, según los extractos del libro que ha podido consultar Efe.
 
 
El hombre que acompañó casi a diario a Fidel entre 1977 y 1994 describe el lujoso yate del líder, Aquarama II, copiado del de un allegado del régimen de Fulgencio Batista (presidente de Cuba entre 1940-1944 y de facto en 1952-1959), con cuatro motores, que le regaló el dirigente soviético Leónidas Breznev.
 
 
Fondeado en su puerto privado de Bahía de Cochinos, cada paseo del barco implica todo un despliegue, que incluye otros dos navíos, uno de ellos totalmente medicalizado, una patrullera militar y varios aviones en alerta para evitar que el comandante sufra un atentado.
 
 
En general, el Aquarama II sirve para dar agradables paseos marítimos, pero también para ir a Cayo Piedra, una pequeña isla situada en el sureste de Cuba, un “paraíso para millonarios” en el que Castro reposa rodeado de lujo. Fidel Castro ha dado a entender que la Revolución no le dio ningún respiro, ningún placer; que ignoraba y despreciaba el concepto burgués de vacaciones. Mentía”, afirma Sánchez.
 
El guardaespaldas relata que él estuvo “cientos de veces” en ese “pequeño paraíso”, donde era el encargado de escoltar al comandante durante sus numerosas batidas de caza submarina en unos fondos marinos casi vírgenes.
 
 
En cuanto el tiempo era clemente, Fidel y su esposa Dalia acudían casi cada fin de semana a Cayo Piedra, mientras que en la temporada de lluvias el comandante prefería la caza del pato en la mansión La Deseada, situada en la provincia de Pinar del Río.
 
“En agosto, los Castro se instalaban durante un mes en su isla de ensueño”, desde la que el líder acudía a La Habana en helicóptero si algún imperativo así lo exigía, añade.
 
Ningún cubano de a pie penetró en la secreta isla de Castro, a la que solo un reducido grupo de privilegiados, casi todos extranjeros, fueron invitados.
 
 
Reinaldo Sánchez recuerda al expresidente colombiano Alfonso López Michelsen, al empresario francés Gérard Bourgoin, conocido como el “rey del pollo”, el propietario de la CNN Ted Turner o el dictador de la República Democrática Alemana Erich Honecker. Aunque los más habituales del lugar eran el escritor Gabriel García Márquez y el héroe de la revolución Antonio Núñez Jiménez.
 
En una de esas visitas, indica el autor, Fidel propuso a Gabo lanzarse a la conquista de la presidencia colombiana con el apoyo de Cuba, pero el escritor “prefería disfrutar de los placeres de la vida quedándose confortablemente al margen de la política”.
 
 
Lo que no consiguió con García Márquez, tener un peón en Colombia, lo logró años más tarde con Hugo Chávez en Venezuela, señalaReinaldo Sánchez, quien asegura que el líder cubano “siempre tuvo en la línea de mira el petróleo” de ese país. “Sabía que era la clave para financiar su sueño internacionalista de oponerse a Estados Unidos, agrega.
 
La cara oculta de Fidel Castro no describe solo el lujo de la vida del dictador cubano, sino que también analiza otros aspectos de su régimen, la dinastía familiar, seguida por la de su hermano Raúl. El ex guardaespaldas también se centra en la costumbre que tenía Fidel de grabar a todos sus colaboradores y allegados o su intento por extender la revolución a Nicaragua.
 
Reinaldo Sánchez cayó en desgracia en 1994 por pedir la retirada y la jubilación. Fue encarcelado y, tras múltiples peripecias, logró escapar en 2008 para reunirse con su familia en Estados Unidos.
 
 
NOTA: Las imágenes y destacados no corresponden a la nota original.

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