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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nazistas ladroes: obras roubadas, confiscadas de judeus (Le Monde)

Près de 1 500 tableaux confisqués par les nazis découverts à Munich
Le Monde.fr avec AFP | 03.11.2013

Près de 1 500 tableaux de maître, propriétés de collectionneurs juifs, auraient été retrouvés en 2011 dans l'appartement d'un octogénaire à Munich, révèle dimanche 3 novembre l'hebdomadaire allemand Focus. Une découverte qui jusqu'ici n'avait pas été rendue publique et que le parquet d'Augsbourg, compétent dans cette affaire, n'a pas voulu confirmer.
Parmi les toiles, d'une valeur totale de près de 1 milliard d'euros, figureraient des œuvres de Picasso, Matisse, Chagall, et de grands noms allemands comme Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckmann et Max Liebermann.
D'après Focus, le père de l'octogénaire, Hildebrand Gurlitt – célèbre collectionneur allemand –, avait acheté ces tableaux dans les années 1930 et 1940 : des toiles soit confisquées par les nazis à des juifs et revendues ensuite, soit vendues à bas prix par des juifs en fuite, soit saisies par les agents du IIIe Reich parce que considérées comme de "l'art dégénéré" – par opposition à l'art officiel prisé par Hitler – et revendues ensuite par les nazis.

UN "MATISSE" DE LA COLLECTION DE PAUL ROSENBERG
Hildebrand Gurlitt, peu apprécié des nazis au départ à cause d'une grand-mère juive, sut se rendre indispensable auprès des dignitaires du IIIe Reich grâce à ses innombrables contacts et ses immenses connaissances dans le domaine de l'art. Il fut ainsi chargé par le ministre de la propagande, Joseph Goebbels, de vendre dans des pays étrangers des tableaux d'"art dégénéré" exposés dans des musées allemands. Après la seconde guerre mondiale, le collectionneur sut se défendre de ses accointances suspectes en mettant en avant ses origines juives et sa non-appartenance aux organisations du Reich. Il affirma également avoir aidé des juifs et des artistes persécutés en achetant leurs biens.

Pendant près de cinquante ans, le fils avait gardé ces tableaux dans des pièces sombres de son appartement. Au fil des années, il les avait vendus et avait vécu du fruit de ces ventes. Selon le journal allemand, son comportement suspect a amené la police allemande à perquisitionner son appartement en 2011, ce qui leur a permis de découvrir les tableaux. Parmi les œuvres découvertes, se trouve un tableau d'Henri Matisse qui avait appartenu au collectionneur juif Paul Rosenberg, forcé d'abandonner sa collection lorsqu'il avait fui Paris.

domingo, 3 de novembro de 2013

Venezuela: assalto a luz do dia; sim, do Estado contra uma empresa privada

Petróleo

Venezuela confisca duas plataformas de petróleo

"Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre", diz diretor da empresa confiscada

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mostra um livro do ex-líder do país, Hugo Chávez, durante uma coletiva de imprensa na sede do Partido Socialista, em Caracas, em 21 de outubro de 2013
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Leo Ramirez/AFP)
A Venezuela desapropriou duas plataformas de petróleo pertencentes a uma unidade da empresa americana Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está meses atrasada em seus pagamentos. "Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre e esperando que você o ajudasse a levá-lo embora", afirmou Jesus Centeno, gerente das operações locais da Superior na cidade de Anaco. "O argumento deles era de que nós estávamos praticamente sabotando a produção nacional", disse.
O confisco ocorreu na quinta-feira, após um juiz do estado de Anzoátegui, acompanhado de quatro integrantes da polícia local e da guarda nacional, entrar em uma área da Superior e ordenar que a empresa cedesse o controle de duas plataformas especializadas para uma subsidiária da PDVSA.
A estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país sul-americano, de acordo com a ordem judicial. Funcionários da companhia foram instruídos a deixar as plataformas e entrar em caminhões para serem levados a "poços importantes" em outras regiões, de acordo com o documento.
Nem o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nem qualquer autoridade do governo comentou publicamente o confisco das duas plataformas. Um porta-voz da PDVSA em Caracas não quis se pronunciar e disse que não estava ciente do caso.
As empresas de petróleo estão receosas em trabalhar com a PDVSA, que vem acumulando grandes dívidas com prestadores de serviços dos quais depende para desenvolver as maiores reservas provadas de petróleo do mundo. A Superior é uma empresa de serviços de petróleo com mais de 14 mil funcionários em todo o mundo e 4,5 bilhões de dólares (10,1 bilhões de reais) em receita anual.

(Com Estadão Conteúdo)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Pagando a conta da "iluminacao publica" (e sendo roubado...)

Alguns acham que eu reclamo demais do nosso Estado caro e ineficiente, e da estatais,  enfim, nosso não, delles, pois eles se apropriaram de tudo e de todas...
Pois bem, posso acrescentar mais um absurdo.
Acabo de receber, para pagar, claro, a conta de eletricidade do apartamento de minha filha, que não gastou muito no mês passado, entre outros motivos porque estava conosco.
Agora vejam sua fatura, que detalho abaixo:
Energia elétrica (incluindo impostos, tributos, taxas, etc): 15,56
Contribuição de "Iluminação Pública" (sic, três vezes): 14,53
Multa por atraso : 3,62
Total: 35.96

Agora percebam o tamanho do roubo: se trata de um apartamento, num prédio de 20 andares, com vários outros prédios semelhantes ao redor: são dezenas e dezenas de apartamentos, centenas ao total nessa rua em impasse (ou seja, terminando por uma pracinha sem saída), com talvez 4 ou 5 postes de iluminação pública, no máximo.
Ainda vou calcular o tamanho do roubo que signifa cobrar quase 15 reais de cada apartamento,  "n" vezes, para a iluminação pública, que custa quase tão cara quanto a própria eletricidade.
Roubo puro, pois não?
Esses são os absurdos que existem no Brasil.

Na minha quadra acontece o mesmo: um bloco de edifícios com no mínimo 36 apartamentos por bloco (e são mais de dez blocos), cada um pagando em torno de 16 reais para "iluminação pública", quando a minha conta de luz não passa de 50 reais...
Roubo, puro roubo.

Ainda acham que eu reclamo muito?
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 19 de agosto de 2012

O fascismo em construcao no Brasil: o assalto ao brasileiro, pelos poderes publicos...

Um leitor habitual, Eduardo Rodrigues, relembrado pelo meu post sobre as tomadas do Inmetro, um órgão tão fascista quanto a Anvisa, a despeito de ambos serem aparentemente "técnicos", me envia esta postagem do Instituto Mises Brasil, sobre a maior falcatrua já cometida em terras tupiniquins desde Cabral, pois que envolvendo todos os lares e escritórios brasileiros.
Havia alguma razão para que o Brasil adotasse um padrão de tomadas único no mundo?
Claro, que não!
Apenas a colusão criminosa do órgão regulador com espoliadores industriais e mafiosos políticos pode explicar essa adoção de um formato exclusivamente brasileiro, obrigando milhões de lares e centenas de milhares de empresas a trocarem TODAS as tomadas e todos os conectores dos aparelhos.
Vocês já pararam para calcular QUANTO DINHEIRO INÚTIL foi gasto na operação? E quantos milhões foram embolsados pelos "expertos"  que comandaram a operação?
É isso que deve ser chamado de o maior ASSALTO NA HISTÓRIA DO MUNDO. Claro que só podia ser no regime dos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida 
A espoliação estatal atinge níveis inauditos
por , quarta-feira, 28 de março de 2012

 

Nada demonstra tão claramente o caráter de uma sociedade e de uma civilização quanto a política fiscal que o seu setor público adota.
Joseph Schumpeter, History of Economic Analysis (1954)

receita-federal-apreendeu-no-aeroporto-internacional-de-viracopos-em-campinas-sp-39-malas-de-11-tonelada-vindas-de-lisboa-portugal-1332799579062_956x500.jpgQue o estado seja uma gangue de ladrões em larga escala, uma entidade que sobrevive exclusivamente do roubo da propriedade alheia, e a qual adquire apoio ideológico para tais feitos por meio da redistribuição de uma fatia desta propriedade espoliada, é algo por demais óbvio para qualquer observador atento e minimamente informado.
Vagabundos que não trabalham e nada produzem recorrem ao furto ou aos assaltos para sobreviver.  Na maioria dos casos, o assalto é praticado de forma violenta e explícita, abordando-se a pessoa na rua e ameaçando-a com um revólver, uma faca ou qualquer outro objeto cortante.
Há, porém, uma forma mais sofisticada e eficiente de assalto, na qual os vagabundos se agrupam e criam uma quadrilha cuja fachada é tida como respeitável (para os mais ignaros, obviamente).  Os vagabundos trajam terno e gravata, têm aparência normal (embora sejam mentalmente perturbados) e utilizam a tecnologia como arma.
Essa modalidade de assalto é duplamente mais vantajosa que a primeira: a receita auferida é muito maior e a prática é 100% segura, pois é tida como legítima pela maioria das vítimas — resultado de um longo processo de doutrinação realizado pelo braço intelectual dessa quadrilha, o qual é sustentado pela redistribuição de uma fatia da propriedade espoliada. 
A quadrilha acostumada a praticar tal modalidade de assalto é sofisticada e goza de plenos e irrestritos poderes de atuação.  E, principalmente, é salvaguardada pela lei — que foi criada por ela própria.
Esta quadrilha sofisticada, muito bem armada e plenamente poderosa, sempre teve como aliados os empresários e industriais mais poderosos do país, cujos interesses convergem: os empresários, por serem os financiadores majoritários da quadrilha, pedem em troca proteção para seus produtos no mercado.  A quadrilha, por ser fartamente financiada por estes poderosos, aquiesce prontamente à demanda.  E a conta, obviamente, vem para nós, o rebanho.
Foi um cavalheiro chamado Benito Mussolini quem apresentou a elegante definição abaixo para este arranjo de conluio entre estado e grandes empresas:
O fascismo deveria ser mais apropriadamente chamado de corporativismo, pois trata-se de uma fusão entre o poder do estado e o poder das grandes empresas
Com sede de dinheiro e com o aparato judiciário ao lado da quadrilha, você cidadão comum não pode fazer absolutamente nada a não ser acatar as ordens do assalto, obedecer bovinamente e entregar sua propriedade.  Com um meliante de rua você ainda pode negociar.  Caso consiga escapar dele, estará livre.  Já com essa quadrilha, não só você não pode negociar, como também, se tentar escapar, irá em cana — repetindo, o sistema judiciário está do lado dela.
No Brasil atual, os principais financiadores da quadrilha estão passando por dificuldades empreendedoriais (que ganhou o pomposo jargão técnico de "desindustrialização"), pois aparentemente o rebanho vem se recusando a adquirir os produtos por eles fabricados, preferindo adquirir produtos lá fora, mais baratos e, muitas vezes, de melhor qualidade.  Tamanha liberdade é intolerável e os financiadores pediram providências.
As providências inicialmente vieram na forma de aumentos nas tarifas de importação, com o intuito exclusivo de encarecer os produtos estrangeiros.  Como o efeito surtido ainda não havia sido o esperado, a quadrilha adotou revisões de acordo de importação e determinou a utilização de farto conteúdo nacional em bens produzidos aqui no país.  Como isso ainda não satisfizesse os financiadores, a quadrilha partiu para o "modo desespero": confiscar direta e explicitamente todas as compras feitas pelo rebanho no exterior, enviando assim um claro sinal para aqueles futuros infratores que ousarem adquirir produtos fora do cartel.
Veja a notícia abaixo:
Receita faz a maior apreensão de bagagens da história do aeroporto de Viracopos
Uma operação da Receita Federal no último sábado (24) resultou na maior apreensão de bagagens da história do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Foram retidas 39 malas de um voo proveniente de Lisboa (Portugal), que pesavam 1,1 tonelada no total. O órgão estima que o valor total das mercadorias apreendidas ultrapasse US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,8 milhão).
Entre os itens confiscados estão jóias de prata, produtos médicos, peças de computadores, telefones celulares, aparelhos eletrônicos, suplementos alimentares e anabolizantes. Segundo a alfândega local, somente dois passageiros que viajavam juntos traziam 13 malas com mais de 400 quilos de jóias italianas de prata. As demais mercadorias retidas estavam com outros oito passageiros.
A apreensão faz parte da Operação Maré Vermelha, deflagrada há uma semana pela Receita Federal e que visa a combater fraudes no comércio exterior. No caso de Viracopos, investigações levantaram a suspeita de que alguns desses passageiros atuam em quadrilha.
Cada passageiro que teve os bens confiscados receberá auto de infração e poderá perder definitivamente os produtos. Os fatos serão formalmente comunicados ao Ministério Público Federal e os passageiros que transportavam as mercadorias poderão ser processado pelo crime de descaminho (entrada ou saída do país de produtos legais sem o devido pagamento de impostos), cuja pena chega a quatro anos de prisão.
Em um único assalto, R$ 1,8 milhão.  De matar de inveja assaltantes de banco.
Mas o problema do método acima é que, embora seja violento e intimidante, ele ainda deixa aberta várias brechas, as quais podem ser utilizadas pelos infratores mais espertos.  Portanto, para garantir efetivamente o domínio de mercado para seus financiadores, de modo a dificultar ao máximo qualquer sucesso da parte dos infratores, a quadrilha adotou uma solução genial: a adoção do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas, o qual já está em vigência.
Com isso, aqueles infratores que tiverem o atrevimento de comprar produtos eletrônicos no exterior terão gastos extras apenas para poder utilizar seus produtos em solo pátrio.
Como disse o presidente do IMB, Helio Beltrão:
A tomada universal que nós usávamos será extinta no Brasil, país da piada pronta. Ficamos com a tomada jabuticaba agora. Viva o lobby que financia as campanhas políticas...
E quem são estes lobistas?  Muito certamente, os fabricantes nacionais de eletrodomésticos, que querem inibir importados, que vêm com outro plugue.  Veja o absurdo em uma foto:
tomada_plug_brasileiro.jpg
Segundo relatos de um pequeno empreendedor:
Ano passado compramos todo o estoque local de tomadas padrão antigo! E já acabou! Estou sofrendo com isso este ano! Acabo de sair de uma reunião sobre isso.  Os eletrodomésticos que usamos aqui no meu trabalho são todos importados dos EUA! Imagina o tanto de aparelhos elétricos para as 400 residências oficiais que temos no Brasil!  Só aqui em Brasília são 120!  (Todas com geladeira, freezer, fogão, máquina de lavar, máquina de secar, lava-louça, bebedouro, e por aí vai!)  E aí?  Ah, é só trocar o plug, né?  E a garantia? Dança!
Você por algum momento acreditou no conto do Inmetro, que diz estar adotando esta tomada única para "dificultar o contato do dedo com a corrente elétrica e impedir que seja inserido somente um pino do plugue, evitando o contato acidental do usuário"?
Se há algum consolo em todo este truculento estado policial sob o qual vivemos é que os próprios burocratas da Receita Federal admitem abertamente que nada mais são do que ladrões.  Duvida?  Pois veja o que diz este estudo tributário que está na página da própria Receita, e que foi redigido pela então Coordenadora Geral de Política Tributária da Receita Federal, Andréa Lemgruber:
[...] A condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria comparável a usurpação ou roubo. É justamente por referir-se à construção do bem-comum que se dá à tributação o poder de restringir a capacidade econômica individual para criar capacidade econômica social.
Ou seja, não apenas os adoráveis assumem que o que fazem "seria comparável a usurpação ou roubo" caso feito por entidades privadas, como ainda admitem que o fazem com o intuito de "restringir a capacidade econômica individual para criar capacidade econômica social".  Ou seja, se arvoram o papel de engenheiros sociais.
Se uma burocrata do alto escalão da Receita Federal, que entende perfeitamente como as coisas funcionam por lá, confessa que a entidade age como se fosse um assaltante com o intuito de fazer uma reengenharia social, quem sou para discordar?
Você não acha que a Receita Federal seria leviana ao ponto de colocar tais palavras em seu site e pensar outra coisa completamente diferente, acha?
Pelo menos agora, quando aquele estatista vier falar sobre as maravilhas da tributação e sobre como ela realmente nada tem a ver com roubo ou espoliação, diga-lhe apenas que nem a (ex-)Coordenadora Geral de Política Tributária da Receita Federal acredita nesta abobrinha.  Segundo a própria, tributação é roubo.
Era realmente necessário que um burocrata admitisse esta obviedade para ela ser aceita por fanáticos governistas?

Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Caro leitor: voce conseguiria gastar 160 mil por mes?

Vejamos: talvez indo três vezes no mesmo mês a Paris, em voos de 1ra classe, se hospedando no Hotel Crillon, comendo caviar Beluga todas as noites e fazendo compras para suas duas mulheres (sim, uma só, acho que seria pouco para gastar tudo isso) na rue de Rivoli e na Place Vendôme, enfim, esticando duas vezes a New York, no Astoria e nas boutiques da 5th Avenue...
Acho que dá, sim, mas precisa fazer certo esforço, senão vai sobrar...
Claro, sempre tem os clochards de Paris e os homeless de NY, que não reclamariam se recebessem 1.000 euros ou 1.300 dólares de esmola...
Paulo Roberto de Almeida 

Sonia Racy
O Estado de S. Paulo - 17/05/2012

José Maria Marin rebate acusação de que teria elevado o próprio salário na CBF – de R$ 90 mil para R$ 160 mil.

Segundo fonte da confederação, o aumento ocorreu antes de ele assumir a presidência.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Receita Federal: um orgao extorsivo, alem de fascista, claro...

Não tenho palavras para expressar todas as coisas más que eu poderia pensar desse órgão extrator dos recursos alheios (sem prestar serviços correspondentes), absolutamente fascista e responsável (junto com o Governo, de modo geral), pelo famoso custo Brasil, ou seja, a canga que os empresários e cidadãos carregam em favor de um Estado absolutamente "extrativo" e perverso do ponto de vista do desenvolvimento brasileiro. Aliás, o crescimento só pode ser impedido por práticas como essa.


Explico, e exponho: 


Importei, por não existência no Brasil, uma capa em formato de livro antigo, em couro, para o MacBook Air, um laptop da Apple. 
Preço do "leather case", já com frete incluído, por meio de entrega rápida no Brasil: 
US$ 79,99


Ao câmbio de 1,8508, como consta do próprio comprovante de entrega, o preço final do produto é, portanto, de:
R$ 147,98


Pois bem, agora começa o fascismo extorsionista:


1) Imposto de Importação: R$ 88,83
(ou seja: 60% do preço do produto já com frete incluído)


2) ICMS/GNR: R$ 48,52
(ou seja: 33% do preço do produto)


3) Taxa Administrativa: R$ 44,72
(ou seja: 30% do preço do produto)


4) Infraero: R$ 1,17
(coitadinha, tão pobrezinha)


Total do Pagamento: R$ 183,24
OU SEJA: 123,82% do preço do produto.


PODE?
Só num país de ladrões oficiais, como o Brasil.
Depois querem que os empresários sejam competitivos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

iPad2?: claro, pague dois e leve so um para casa...

Comparação de preços dos iPads2, aqui e na origem:

Básico:
US: 16GB, Wifi: $499.00
Brasil: R$ 1.649,00 (ou: US$ 1.030,62)

Mais sofisticado
US: 64GB, 3G: $829.00
Brasil: R$ 2.599,00 (ou: US$ 1.624,37)

Acho que o contrabando traz por um terço a mais, ou menos...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Serviço de utilidade publica: nova forma de roubo

Recebido, como sempre ocorre, pela internet, e suficientemente importante para merecer postagem aqui, como informação de interesse relevante para nossa vida diária, num Brasil cada vez mais entrega à violência e à delinquência.
Só tem um problema de Português, que é o de misturar o tratamento "você" com "tu", mas esses pequenos atentados cometidos contra a língua não correm o risco de matar ninguém...
Paulo Roberto de Almeida

UM ALERTA PARA TODOS - NOVA FORMA DE ROUBO

A imaginação dos marginais não tem limites...
Esperam num estacionamento, e depois de você sair do carro, eles mudam a placa e ficam à espera.
Depois, te seguem, te ultrapassam e mostram a placa pela janela, como se ela se tivesse desprendido do teu carro.
Talvez você fique um pouco espantado por ver a tua placa ali mas, sem desconfiar e porque acha que ela caiu, resolve parar para recuperá-la e agradecer a quem tão "generosamente" deseja devolver a placa que você nem reparou que tinha caído...
Parar é tudo o que eles querem que você faça e aí já é tarde demais e terá sorte se não for violentamente tratado, raptado, ferido ou morto (que ironia: será ótimo se for apenas um assalto).
Não pare, seja por que motivo for. Uma placa não é nada, comparada com a tua integridade física.
Pense no que poderá acontecer, antes de agir.

Os criminosos são espertos e podem ser extremamente violentos quando querem conseguir alguma coisa.

Este e-mail é para defesa de todos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Telecomunicações: como o governo rouba a sociedade...

Quem diz não sou eu, mas um respeitado colunista e especialista em telecomunicações. Acho que não preciso acrescentar uma linha sequer ao que ele disse, apenas confirmar que o governo nos faz de idiotas, de idiotas, de ingênuos inúteis, pois sequer sabemos defender o nosso patrimônio, contra esse assalto declarado e aberto do Estado.
Paulo Roberto de Almeida

Um confisco de R$ 362 bilhões
Ethevaldo Siqueira
Estado de São Paulo, 08/08/2010)

Os adversários do modelo privatizado das telecomunicações inventaram a palavra privataria, uma mistura de privatização e pirataria, para desqualificar o processo de desestatização do setor, levantando suspeitas sobre sua lisura. Pura mentira e desespero, por falta de argumentos. Mesmo diante de uma expansão de quase 900% da infraestrutura setorial, em 12 anos, os defensores do velho monopólio estatal ainda falam em privataria.

Mostro neste artigo a incrível ganância estatal, em relação às telecomunicações do País. E começo com uma pergunta: “Você sabia, leitor, que nós, assinantes e usuários de telefonia fixa e móvel – cidadãos como eu e você – já recolhemos R$ 330 bilhões de impostos aos cofres do governo, ao longo dos últimos 10 anos (2001-2010)”?

Pois bem, mesmo depois de ter vendido suas ações nas empresas de telecomunicações, o maior sócio de todo o setor continuou a ser o Estado brasileiro, pois arrecada anualmente nesse setor o correspondente a 10 vezes o lucro líquido de todas as operadoras de telefonia fixa e celular juntas.

As distorções crescem e se agravam ano a ano, com a elevação das alíquotas de tributação sobre serviços de telefonia fixa e móvel, e que hoje são as maiores do mundo (43% sobre o valor dos serviços). Só a Turquia comete equívoco semelhante, ao tributar suas telecomunicações em 42%.

É claro que, com menos impostos, o preço dos serviços poderia ser bem menor e as tarifas telefônicas brasileiras não seriam consideradas as mais caras do mundo.

E pior do que isso: em lugar de investir nesse setor vital, o Estado brasileiro prefere usar as telecomunicações como uma vaca leiteira, uma mina de ouro, da qual retira e confisca o máximo. Nessas condições, não poderia haver melhor negócio no mundo para o governo do que a privatização do velho Sistema Telebrás.

Assalto
Além dos R$ 330 bilhões de impostos arrecadados nesta década, o Estado retira muitos outros bilhões da telefonia. Acompanhe, leitor, a demonstração, passo a passo, dos números referentes a tudo que tem sido retirado e arrecadado de nossos bolsos e do setor pelo Estado brasileiro, desde os leilões, vendas de licenças, impostos e fundos setoriais não aplicados.

Ao privatizar, o governo brasileiro vendeu o controle da antiga Telebrás por R$ 22,2 bilhões e ainda faturou mais R$ 20,1 bilhões com os leilões de licenças de celulares e faixas de frequências. Em seguida, reformulou os tributos (em especial o ICMS) para ampliar a arrecadação e chegar aos R$ 330,4 bilhões recolhidos nesta década. Esse enorme confisco tem ocorrido ao longo dos últimos 10 anos, sendo dois anos do governo FHC, de 2001 a 2002, e oito anos no governo Lula, de 2003 a 2010.

Mas a sangria do setor não termina aí. Além desse montante, o governo federal ainda embolsou no mesmo período mais R$ 32 bilhões que pertenciam a três fundos setoriais, assim distribuídos: a) R$ 22 bilhões do excesso de arrecadação do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), b) R$ 8 bilhões correspondentes à totalidade da arrecadação do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust,) e c) R$ 2 bilhões dos recursos excedentes do Fundo de Tecnologia de Telecomunicações (Funttel).

Ilegalidade total
Esse confisco de R$ 32 bilhões dos fundos setoriais é um exemplo de ilegalidade flagrante, pois esses recursos são carimbados, com destinação legal certa e obrigatória. Deveriam, portanto, ter sido aplicados integralmente em fiscalização, universalização dos serviços e pesquisa tecnológica. Mas não foram. Na linguagem vulgar, esses R$ 32 bilhões foram para o ralo. Ou seja, para a vala comum do superávit fiscal.

Imagine, agora, o que teríamos hoje de modernização setorial se, por hipótese, o governo tivesse investido os R$ 32 bilhões e a fatia de apenas 10% dos R$ 330 bilhões de impostos arrecadados (R$ 33 bilhões), num grande projeto de banda larga e inclusão digital.

Seriam R$ 65 bilhões (o equivalente a US$ 37 bilhões), quantia suficiente para implantar uma das infraestruturas de banda larga mais avançadas do mundo, tão moderna quanto a do Japão ou da Coreia do Sul.

Por outras palavras, com esse investimento, poderíamos ter assegurado ao País uma penetração de banda larga da ordem de 80 ou 90% de seus domicílios, bem próxima da que têm os países mais desenvolvidos.

Balanço final.

Agora, caro leitor, some os R$ 330 bilhões de tributos escorchantes ao confisco de R$ 32 bilhões dos fundos e terá o total de R$ 362 bilhões. Eis aí o grande mal que o governo federal tem feito contra as telecomunicações, segundo dados oficiais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Tesouro Nacional (Siafi), Confaz, revelados em estudo do Sindicato das Empresas Operadoras de Telecomunicações (Sinditelebrasil).

Faça um teste, leitor. Pergunte ao cidadão comum se ele sabe quanto paga de impostos em sua conta de energia elétrica, gasolina, alimentos essenciais, água, transportes ou na conta de telefone fixo ou celular.

“Impostos? Sei, não” – responderá o pobre cidadão alienado. Como tanta gente neste País, ele não sabe nada.

É dessa inconsciência que se aproveitam todos os governos perdulários e populistas, ao longo da história.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Negociatas nas telecomunicacoes (4): ao fim e ao cabo, o consumidor está pior...

Dos três posts precedentes (haveria muito mais a postar sobre essas operações entre as empresas de telefonia, mas me contentei com apenas três), uma conclusão é possível (aliás, muitas seriam, mas me contento com uma):

O cliente, o consumidor, o assinante de serviços de telefonia, que somos todos nós, sai mais prejudicado do que antes, pois o setor não apenas se consolida como um "tripólio" -- ou seja, um monopólio a três, provavelmente com pouca concorrência efetiva entre elas, a não ser para efeitos de marketing -- como o governo, mais uma vez, demonstra que está a serviço das empresas, não dos cidadãos, que ele se envolve em negociatas obscuras (bota obscura nisso), e que continuaremos a pagar muito por serviços miseráveis e um atendimento lamentável, exasperador (como sabem todos aqueles que já tiveram de telefonar para esses nefandos números para falar com atendentes visivelmente despreparados para tratar de qualquer problema).

Somos reféns de carteis sequiosos de lucros, com o mínimo de investimento necessário, somos extorquidos pelo governo -- que fica com 4 de cada 10 reais que pagamos nas faturas de telefone, SEM TER FEITO ABSOLUTAMENTE NADA PARA ISSO -- e temos a sensação de estar sendo logrados a cada passo do sistema (sensação, não, certeza).

Meu diagnóstico final: somos roubados, todos os dias, em nossa posição de clientes (que segundo a teoria liberal deveria ser o ditador supremo do sistema capitalista) por causa de uma política vagabunda de telecomunicações, que consagra monopólios e carteis e que retira nossa renda sem qualquer contrapartida (a não ser a pretensamente regulatória, que também é vagabunda e está ao serviço das companhias, não dos cidadãos).

Caro leitor: eu, você, todos nós, estamos sendo roubados todos os dias por duas tribos de meliantes. Tenha certeza, também, que alguns traficantes de interesses estão ficando ricos, muito ricos, com toda essa promiscuidade entre governo e empresas, as poucas empresas que nos assaltam todos os dias, com a cumplicidade do governo.
Paulo R. Almeida
(Shanghai, 31/07/2010)