[Nota PRA: Confirmando a decolagem temporal com que recebo os petardos antes chistosos, agora cada vez mais lamuriosos ou raivosos, do Cronista misterioso, ele fala nesta sua crônica de 250 mil mortos, quando já caminhamos, aceleradamente para os 300 mil mortos (e depois teremos mais, pois o ministro da "saúde" real é o capitão genocida. O cronista misterioso até esquece do seu constante objeto de derrisão, o chanceler acidental, e se concentra no verdadeiro responsável pela tragédia brasileira, o horroroso e asqueroso dirigente que nos desgoverna.]
250 mil mortos (Semana 44)
Há umas 20 semanas eu escrevi aqui um lamento sentido pela morte de 150 mil compatriotas que haviam perdido a vida para o desgoverno brasileiro, ainda que o meio tenha sido a pandemia de covid. Eu mesmo havia perdido pessoas conhecidas para esse desgoverno e estava muito compadecido por tudo que nos cercava. Mas, admito, que nutria ainda alguma ponta de esperança, uma naïveté, que me fazia crer que nossa dor haveria de passar. Acreditava que havíamos chegado ao fundo do poço e, mesmo com a incompetência total e absoluta de Bolsonaro e seus comediantes, a doença daria mais e mais trégua. Fiz um lamento ingênuo de quem acreditava que estávamos saindo do vale das trevas e poderíamos nos dar ao luxo de prantear por nossos mortos.
Há 20 semanas eu fui um tolo, um ingênuo conformado e desinformado. Me deixei levar pela emoção e por aquele pensamento que sempre chega com o desespero: as coisas hão de melhorar… Fui um parvo.
Nesta semana, quatro meses e meio depois, completamos um ano de pandemia no Brasil e vimos mais 100 mil brasileiros tombarem. A pandemia não deu trégua, mesmo ante os esforços de poucos cientistas e governadores por vacinarem a população contra os desejos maléficos de Bolsonaro, as mortes passaram a aumentar novamente e batemos novos recordes diários de casos, já rumamos a passos largos para recuperar a posição de segundo país com o maior número de infectados e não temos nenhum plano do bolso-olavismo que não seja propagar mentiras e insistir em feijões mágicos, como a tão falada cloroquina.
Cansei. Não há mais tempo para ser tolo e para ingenuidades sentimentalistas. Não há tempo para chorarmos os mortos (até disso a incompetência desses assassinos nos roubou). Há que ir à luta, pois apenas com a queda deste desgoverno de palhaços haverá esperança.
Para aqueles que acham que estou exagerando e que mesmo que mudemos o governo a luta contra a covil seguirá na mesma toada, peço que olhem os dados americanos e percebam a já notável queda no número diário de mortes e o exponencial crescimento no número de vacinados que a saída de Trump causou.
Há que se mudar o presidente, ou todos morreremos.
Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN