O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Ukraine: The State of the War p Timothy Snyder

 Os interessados numa história da Ucrânia, dos tempos ancestrais à atualidade, podem visualizar o curso que ele deu na Yale, disponível no seu canal no YouTube.


Observatório da Política Externa e Inserção Internacional do Brasil - Gilberto Maringoni (UFABC)

Acadêmicos estudam, discutem e apoiam a política externa do lulopetismo diplomático, com a qual tenho diferenças conceituais e operacionais. Nem por isso deixo de ler, refletir, reagir a essas posturas.

Paulo Roberto de Almeida

Observatório da Política Externa e Inserção Internacional do Brasil
Ano IV, nº 64, 07 de setembro de 2023.


🌎📢 Bem-vindo à newsletter do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (OPEB) 📢🌎

É com grande entusiasmo que trazemos mais uma edição da newsletter do OPEB. Neste mês, mergulhamos em análises aprofundadas sobre acontecimentos globais que impactam diretamente a nossa região e o cenário internacional. Acompanhe conosco as principais questões que têm moldado o panorama geopolítico e as relações exteriores do Brasil.

No destaque desta edição, abordamos o Golpe de Estado que abalou o Níger em junho de 2023. Exploramos suas causas profundas, desde a influência neocolonial francesa até os desafios como o terrorismo e as mudanças climáticas, que moldam a realidade da África Ocidental. Além disso, analisamos a crescente competição global na região, onde diversos atores buscam consolidar sua influência.

Na seção seguinte, lançamos luz sobre a ambivalente trajetória do Brasil em direção à sustentabilidade econômica. Discutimos como o governo mobiliza atores nacionais e internacionais em prol dessa transformação, ao mesmo tempo em que mantém incentivos à economia baseada em carbono. Uma análise crítica das políticas atuais e de seus desafios.

Em um cenário próximo, direcionamos nossa atenção para a Argentina, que enfrenta uma crise econômica de difícil solução no curto prazo. Exploramos como esse contexto se tornou terreno fértil para as ideias de Javier Milei, candidato à presidência de extrema-direita, e como sua eleição poderia afetar a integração regional e as relações bilaterais com o Brasil.

Na sequência, destacamos a importância da 15ª Cúpula do Brics, que ganhou notoriedade mundial ao anunciar a primeira expansão em mais de uma década. Examina-se o impacto dessa expansão nas relações internacionais contemporâneas, especialmente o papel da China como grande vencedora nesse encontro histórico.

Finalmente, observamos as relações comerciais entre o Brasil e o Paraguai, um parceiro de longa data que busca ampliar suas exportações para nosso país. Além disso, discutimos os esforços do Paraguai para desenvolver sua agricultura e avançar no setor energético, bem como sua preocupação em lidar com a alarmante violência de gênero em seu território.

Acompanhe conosco estas análises e muito mais, à medida que exploramos as complexas dinâmicas da política externa e da inserção internacional do Brasil e de nossos parceiros globais.

Acompanhe nossa newsletter para não perder nenhum detalhe.

Até a próxima! 🌐🌍📊

Clique nos títulos para acessar os textos.

Golpe no Níger e o declínio francês na África Ocidental
Por Gustavo Alves Daniel, Carlos Eduardo Ramos Sanches e Wilson Gregorio da Silva

Analisamos o Golpe de Estado ocorrido no Níger em junho de 2023, destacando as causas, a influência neocolonial francesa, os desafios como o terrorismo e as mudanças climáticas, e a competição global na região. O Golpe reflete problemas profundos na África Ocidental e a busca por influência de diversos atores globais na região.

Governo propõe transformação econômica sustentável
Por André Cotting, Lais Pina, Lucas Rocha, Priscila Honório Sales, Rodolfo Vaz e Olympio Barbanti 

Uma no prego, outra na ferradura! Governo propõe transformação econômica rumo à sustentabilidade, mobiliza atores nacionais e internacionais, mas mantém incentivos à economia baseada em carbono.
Eleições argentinas e a ameaça neoliberal à integração latinoamericana
Por Dante Tomyo Fasolin Koboyama e Gabrielly Provenzzano

Assolada por uma crise econômica sem saída no curto prazo e com um crescente sentimento antigoverno, a Argentina se tornou terreno fértil para as ideias de Javier Milei, candidato à presidência de extrema-direita. Se eleito, a política externa do novo governo pode colocar em risco a integração regional, na medida em que comprometeria a participação do país em mecanismos de integração, como o Mercosul, e as relações bilaterais com os demais países da região, como o Brasil. 

Não é que a China vai ganhar e o Brasil vai perder; vai todo mundo ganhar
Por Flávia Mitake Neiva, Isabella Pedroso Lucino, Lucas Barbosa Oliveira, Olívia Bulla, Pedro Gabriel Ferreira dos Santos e Vitor Hugo dos Santos

A 15ª Cúpula do Brics recebeu notoriedade mundial por anunciar a primeira expansão em mais de uma década, representando um marco nas relações internacionais contemporâneas. Porém, mesmo com a adesão de seis novos países a partir de 2024, não houve dúvidas, ao menos na imprensa convencional, de que a China foi a grande vencedora ao final do encontro em Joanesburgo entre 22 e 24 de agosto.
Paraguai, a longa sobrevivência colorada
Por Acauã Alexandre José dos Santos, Ivan Cersosimo Valverde, Luiza Rodrigues de Oliveira e Mônica Almeida Peña

Governado pelo mesmo partido quase que ininterruptamente desde 1947, o Paraguai tem no Brasil um importante parceiro comercial. O país busca ampliar as exportações de produtos para o Brasil, ao mesmo tempo em que se esforça para desenvolver sua agricultura e avançar no setor energético. Além disso, o Paraguai tem demonstrado interesse em reverter a situação alarmante de violência de gênero presente em seu território, mas os avanços ainda não são palpáveis.

- Podcast: Política externa é coisa de mulher?😉

É sim! 💪🏾

Para colocar no mapa as mulheres que pensam e fazem as relações internacionais brasileiras e promover debates sobre a política externa e o papel do Brasil no mundo, o OPEB tem o prazer de anunciar o podcast “Mulheres no Mapa”. O podcast é protagonizado, roteirizado e apresentado por diplomatas integrantes da Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras e por pesquisadoras ligadas ao OPEB (UFABC) e ao NUPELA (UNILA).

A diplomata Rita Bered convida a todos para se tornarem ouvintes desse projeto incrível, que estará disponível nas principais plataformas de streaming/áudio!

Primeiro episódio em 14 de setembro, não perca!


Compartilhem e sigam o perfil @mulheres.no.mapa

E acompanhem os participantes: 
Tatiana: @tatianaberringer
OPEB: @opeb.ufabc

NUPELA-PPGRI: @ppgri_unila
Karen Honorio: @karen.honorio
Mariana Lobato: @mari.loba

AMDB:@mulheresdiplomatasbrasil
Rita Bered: @bereddecurtis
Irene Vida Gala: @irenevidagala
VIII Semana de Relações Internacionais! 🌎 ✈️

Estamos muito felizes em anunciar a Semana de RI desse ano! 🌐✨

🌟 Prepare-se para uma experiência incrível! Anote na sua agenda: de 19 a 22 de setembro, a VIII Semana de Relações Internacionais na UFABC transformará seus horizontes. 🗓️✨

Durante a primeira semana do próximo quadrimestre, mergulharemos no mundo das Relações Internacionais com uma série de debates, palestras e mesas que vão expandir sua compreensão global. 🌐📚


Fique de olho para mais informações! 
Acompanhe pelo instagram do OPEB e do CARI

 
O OPEB convida a todos/as/es para assistirem a live de lançamento do podcast “Mulheres no Mapa” (@mulheres.no.mapa), que acontecerá no dia 11/09 às 18:30h (horário de Brasília) e contará com a participação da diplomata e historiadora Rita Bered de Curtis, da presidenta da AMDB, Embaixadora Irene Vida Gala, e da professora e integrante do Observatório de Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil, Tatiana Berringer. O podcast dará visibilidade às análises das mulheres diplomatas e aos estudos acadêmicos desenvolvidos por mulheres pesquisadoras da área de Relações Internacionais e será protagonizado, roteirizado e apresentado por mulheres. 

Participe da live e venha se tornar ouvinte desse projeto incrível e apoiar mais mulheres na Política Externa brasileira! 💪🏾😉💜

Acompanhe pelo Instagram do OPEB

Se você ainda não viu, OPEB recomenda:
- TV Tutaméia: O professor Gilberto Maringoni, coordenador do OPEB, participa do programa "Redemoinho" no canal da Tutaméia TV, no YouTube, analisando a conjuntura internacional. Novos programas todas às quartas ao meio-dia. Confira: clique aqui

Edição visual e de imagens: Bruno Fabricio Alcebino da Silva (monitor do OPEB)


Identidade e Identitarismo - Edmar Bacha, Eduardo Gianetti e Antonio Risério(Academia Brasileira de Letras)


Identidade e Identitarismo

Academia Brasileira de Letras, 14/06/2023

Sob a coordenação de Edmar Bacha, com a participação de Eduardo Gianetti e Antonio Risério.

https://www.youtube.com/watch?v=RpIXowLAgxs

Identidade e Identitarismo" foi o tema do debate dessa semana do ciclo “Ponto e Contraponto – discursos em tensão”, que ocupará o Teatro R. Magalhães Jr. durante o mês de junho. O Acadêmico Eduardo Giannetti e o antropólogo Antonio Riserio, que participou de forma online, discutiram, entre outros temas ligados ao assunto, a fronteira entre identidade e identitarismo. 


O inevitável e o imprevisível: o Brasil e a questão da neutralidade num grande conflito global - Paulo Roberto de Almeida

 O inevitável e o imprevisível: o Brasil e a questão da neutralidade num grande conflito global

Paulo Roberto de Almeida

Nota sobre as posturas adotadas pelo Brasil nos dois grandes conflitos globais do século XX e agora em face da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. 


Certas coisas são previsíveis: o Brasil se declarar neutro ao início de um grande conflito, como em 1914 e em 1939. 

Mas terá sido inevitável o país ficar do lado dos agredidos contra as potências agressoras, como finalmente ocorreu em 1917 e em 1942-43? 

Para isso concorreram dois fatores, um objetivo, o outro subjetivo: o fato de termos sido igualmente agredidos pelas potências responsáveis pela guerra de agressão e o fato de contarmos com lideranças políticas com visão de estadistas nas duas circunstâncias, e aqui eu me refiro mais a Rui Barbosa e a Oswaldo Aranha do que ao presidente em 1917 ou ao ditador do Estado Novo.

Pode, agora, não ser mais assim e a questão crucial do ponto de vista diplomático é a de saber o que mudou em 2022-2023, em relação aos contextos de 1917 e de 1942-43?

O Brasil não foi diretamente agredido, como extensão de uma guerra de agressão deslanchada por impérios militaristas e expansionistas, como ocorreu depois de 1914 e 1939, mas sim tínhamos fortes vinculos comerciais, econômicos e até humanos, como havia naquelas duas primeiras circunstâncias e que continuaram existindo no atual contexto: Alemanha imperial ou Alemanha nazista mantinham grandes relações econômicas com o Brasil em suas respectivas épocas, assim como atualmente Rússia e China exibem tais capacidades, sobretudo no campo comercial (mas também, e de modo talvez imprevisível, no campo, da visão do mundo por parte das lideranças).

O que mudou foi provavelmente o fator subjetivo, a qualidade do capital humano em cada circunstância. Essa circunstância pode ajudar a explicar uma outra dimensão da postura diplomática, o fator moral, geralmente descurado em favor de razões propriamente econômicas ou materiais.

Bolsonaro e Lula, por razões notoriamente diferentes, acabaram adotando uma postura similar, se não semelhante (independentemente das orientações recomendas pela diplomacia profissional): uma falsa neutralidade, objetivamente favorável ao agressor, provavelmente evitável, se outros tivessem sido os condicionantes humanos em cada caso.

Interesses eleitoreiros, num caso, adesão a uma visão do mundo e a compromissos com um projeto político não exatamente condizente com nossos padrões políticos, culturais e diplomáticos mais tradicionais, levaram a uma postura que difere daquelas a que acabamos aderindo em 1917 e 1942.

No atual contexto, o fator humano talvez explique porque o Brasil se afastou de uma postura de se afastar, na prática, das potências agressoras e de continuar exibindo uma postura objetivamente favorável a estas, em contradição com os interesses de longo prazo do Brasil.

Estes são, na minha concepção, e com base nas tradições diplomáticas do Brasil, os de se alinhar preferencialmente ao campo das democracias defensoras das liberdades e dos direitos humanos.

Nem sempre, todavia, é assim: fortes inclinações personalistas à direita e à esquerda podem destoar daquilo que seria previsível e inevitável. 

A guerra de agressão de uma Rússia imperial declinante talvez fosse previsível, mas a Segunda Guerra Fria não era inevitável, fossem outros os condutores dos grandes impérios existentes (com a exceção do meio império europeu).

Não era imprevisível que o Brasil adotasse uma postura de neutralidade em face de grandes conflitos interimperiais.

Mas era evitável que suas lideranças circunstanciais adotassem, na prática, uma postura de neutralidade objetivamente favorável à parte agressora.

Não faz parte de nossas tradições e não condiz com nossos interesses nacionais de médio e longo prazos. Mas isto a História poderá confirmar oportunamente.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 7 de setembro de 2023


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Indicadores quantitativos da OCDE e o Brasil (Publicação Preliminar do IPEA) - Renato Baumann e colaboradores

Indicadores quantitativos da OCDE e o Brasil 

(Publicação Preliminar)

Renato Baumann (coordenador)

https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12346

Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12346

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição multilateral voltada à promoção de melhores práticas regulatórias e políticas econômicas. Assume-se algum grau de convergência de seus países membros ao que é considerado uma boa prática, bem como reformas que promovam tal convergência. O Brasil protocolou pedido de acessão à OCDE em 2017. As discussões sobre a acessão do país foram iniciadas em janeiro de 2022 pelo Conselho de Administração. Em junho do mesmo ano, foi formalmente entregue ao Governo brasileiro o Accession Roadmap, que estabelece os termos e condições para o processo de acessão do Brasil à Organização. Com o objetivo de apoiar o Brasil no processo de negociação no contexto de uma possível acessão à OCDE, o IPEA desenvolveu um amplo projeto, de análise detalhada dos indicadores quantitativos empregados pela Organização. O objetivo foi avaliar cada indicador, tendo em vista as características da economia e da sociedade brasileira. No processo de acessão do Brasil à OCDE o tópico de reformas estruturais é um dos mais amplos e multifacetados, na medida em que engloba discussões sobre diversos temas, como empresas e governança pública, política fiscal, regulação, instituições econômicas e intervenções do Estado na economia, ambiente de negócios, comércio internacional, investimento estrangeiro direto, entre outros.

ASEAN Fights for Relevance - Foreign Policy

 

ASEAN Fights for Relevance 

Foreign Policy, Sept 6. 2023

Indonesia is hosting the three-day Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) summit this week. On Tuesday, leaders and officials from 10 countries convened in Jakarta to discuss regional security, territorial sovereignty, and growing animosity between the world’s two largest superpowers: the United States and China. ASEAN—whose members are Brunei, Cambodia, Indonesia, Laos, Malaysia, Myanmar, the Philippines, Singapore, Thailand, and Vietnam—represents around 650 million people and more than $2.9 trillion in GDP.

Traditionally, the bloc had preached a policy of nonalignment due to strained loyalties between its biggest security partner, the United States, and its biggest economic partner, China. But recent foreign-policy challenges have tested that practice.

At the top of ASEAN’s agenda this week is the security crisis that has engulfed Myanmar since 2021, when its military overthrew the country’s quasi-democratic government and imprisoned many top leaders, including former leader Aung San Suu Kyi, as well as thousands of other critics. On Tuesday, reports emerged that the ruling junta had denied Aung San Suu Kyi’s request to see an outside physician for her ailing health. The military-led government was set to chair ASEAN in 2026, but the bloc announced on Tuesday that the Philippines would lead the grouping instead. Since the coup, ASEAN has pushed for a five-point peace plan that would end violence in Myanmar, catalyze peace talks between the junta and its opponents, and deliver humanitarian aid.

However, junta-attended dialogues hosted by Thailand and Cambodia have divided the bloc’s approach to the nation’s conflict. Specifically, Thailand and Cambodia, alongside China, have embraced the junta rather than calling for its ouster—while the rest of the bloc suspended Myanmar’s top generals from participating in this week’s ASEAN meetings.

Myanmar isn’t the only regional crisis limiting ASEAN’s effectiveness. Internal disagreements over China have curtailed the bloc’s ability to assert its power. Last week, Beijing released a new map that defined almost all of the South China Sea as under its sovereignty. Numerous ASEAN members—including Brunei, Indonesia, Malaysia, the Philippines, and Vietnam—denounced China’s actions. However, growing Chinese investment in the region, specifically through its Belt and Road Initiative, has hindered the bloc’s willingness to collectively counter rising Chinese aggression.

The bloc’s inability to agree on foreign-policy next steps has damaged its international reputation. Most significantly, major leaders such as U.S. President Joe Biden and Chinese President Xi Jinping chose not to attend this year’s summit. Instead, U.S. Vice President Kamala Harris and Chinese Premier Li Qiang will take their places. “We can complain all we want about other countries not respecting us or not coming to our summits,” former Indonesian Foreign Affairs Minister Marty Natalegawa said. “But ultimately, it is actually a point of reflection.”

Biden’s decision to skip this week’s summit was particularly humiliating for ASEAN because the U.S. president will be in the region later this week. On Thursday, Biden heads to India for the G-20 summit; he will then visit rising economic power Vietnam on Sunday. Despite its seeming deprioritization of ASEAN, the White House has been quick to reaffirm Washington’s interests in Southeast Asia, pointing to Biden’s creation of the first U.S.-hosted summit with ASEAN leaders last year. “It’s just impossible to look at the record that this administration has put forward and say that we are somehow walking away” from the region, White House spokesperson John Kirby said.